Arquivo da categoria ‘Fé’

Minha mãe foi internada. Apêndice supurado, infecção generalizada, cirurgia de emergência, coma induzido, intubamento. Estado grave. A cada dia, uma tensão; uma expectativa; uma dor; uma, duas, três, muitas lágrimas; incontáveis orações.

O quadro melhora. A esperança vem. Vamos tirar do coma para tentar remover o tubo, diz o médico. Drogas suspensas, tubo tirado, orações esperançosas de gratidão.

Vou visitá-la no CTI. O médico informa que está sedada e não ouvirá nada. Teimoso, por amor, chego ao lado do leito, a mãe inerte como uma boneca de pano. Olhos fechados. Boca aberta. Inconsciente. Mas é quando vem aquela coceira estranha chamada…

fé.

Fé que me faz conversar com aquele corpo imóvel e desacordado.

Acaricio seus cabelos e seu rosto. Digo palavras de amor. Ponho para ela ouvir o áudio da netinha que mandou beijos e do irmão que mora no exterior.

Nenhuma resposta ou movimento.

Imponho a mão sobre sua cabeça e digo que vou orar por ela. Oro. Assim que a oração termina, a boneca de pano abre os olhos com muito esforço e olha para o céu.

“Mãe, você está consciente? Me ouve? Se está entendendo o que estou falando, pisca uma vez”. Ela pisca. Quase choro. Me derramo em palavras de amor, perdão, conexão. Ela responde com piscadelas. Uma para “sim”. Duas para “não”.

Falo tudo o que tinha de falar. Chega o fim da visita. Digo: “Mamãe, te amo. Se você quer me dar um beijo, pisca uma vez os olhos”. Ela pisca uma. Duas. Três. Quatro. Cinco. Incontáveis. Rajada de piscadas de olhos. Sou coberto de beijos pelo olhar de amor da mãe paralisada. Saio do hospital com a fé renovada na recuperação.

Ontem, a má notícia. Mamãe tem piora brutal. Precisa ser reintubada. Falência renal. Pressão descontrolada. Infecção hospitalar. A médica pergunta se queremos deixá-la inconsciente até o desfecho ou lutar. Optamos pela luta. Hemodiálise. Traqueostomia, os últimos recursos. Estado gravíssimo.

Não sei se voltarei a falar com minha mãe nesta vida. Mas, se não falar, levarei para sempre na memória o gentil gesto de Deus, que me permitiu ser coberto de beijos por uma mãe que não precisou falar nada para dizer tudo.

Meu irmão, minha irmã, se você não está ouvindo mais a voz de Deus, permita-me lhe dizer, com toda fé do mundo: creia, ele está piscando para você.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

Deus nos poda diariamente. E, quanto mais eu vivo, mais percebo que a principal maneira de ele fazer isso é no campo dos relacionamentos humanos.

Peço para amar mais, ele insere em meu caminho pessoas que me fazem querer destilar cada gota de ódio, egoísmo e indiferença.

Peço para ter mais alegria, ele me põe em contato com gente que me entristece e deprime ferozmente.

Peço paz, ele põe em minha jornada pessoas que tornam as pequenas coisas da vida uma enorme tribulação.

Peço paciência, ele me faz conviver com gente insuportável.

Peço amabilidade, ele me junta com pessoas estúpidas, grosseiras e arrogantes.

Peço bondade, ele me faz conhecer maus que prosperam e se alegram.

Peço fidelidade, ele me permite conviver com quem provoque meus instintos mais pecadores e egoístas.

Peço mansidão, ele põe em meu caminho gente explosiva e briguenta.

Peço autocontrole, ele me faz viver situações que me instigam a deixar o velho e impulsivo homem assumir as rédeas da vida.

Paro. Suspiro. Oro. Leio. E tento vencer aquele momento, pois basta a cada segundo o seu mal. O segundo seguinte virá e, muitas vezes, vencerei. Outras tantas, perderei. Mas é na equação entre perdas e ganhos que ele vai me podando.

Poda-me, Senhor, para que eu me torne aquele que, depois de aperfeiçoado, leve amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole ao meu próximo, o bom e o mau. Ainda estou longe, muito longe disso, imerso neste oceano de imperfeição que sou, mas sigo na jornada.

Meu irmão, minha irmã, agradeça a Deus pelas piores pessoas que atravessam seu caminho. Pois elas são a maior bênção que você poderia receber no processo de fazer de você alguém cada dia mais diferente delas e mais parecido com o único que é totalmente perfeito: Jesus de Nazaré.

Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

A maioria das pessoas tem o mau hábito de caminhar pela vida tendo como foco os sonhos que deseja realizar. Confesso que não gosto de enfatizar meus sonhos, embora, é claro, eu os tenha.

Explico: sonhos são objetivos, metas, destinos, linhas de chegada. Se supervalorizo o sonho, isto é, aquilo que espero que aconteça lá na frente, deixo de valorizar tudo o que posso viver no decorrer da jornada. E a realidade é que nós não vivemos apenas para “chegar lá”, vivemos para experimentar a soma de todos os instantes que compõem o trajeto até atingirmos o alvo.

Ficar infeliz porque nossos sonhos não se realizaram é deixar de desfrutar da paisagem grandiosa da escalada só porque ainda não chegamos ao cume da montanha. Mas… o cume não é tudo! Cada etapa vencida é uma vitória, um deleite, uma gota de felicidade. Se o sonho é ter um filho, não despreze as alegrias dos nove meses de gravidez.

Se o sonho é ter o emprego, não despreze o aprendizado do processo de consegui-lo. Se o sonho é o casamento, não despreze tudo de bom que a solteirice proporciona antes de subir ao altar. Em suma: pare de dar tanta ênfase ao sonho e passe a valorizar a jornada que o leva até o sonho.

É saudável ter objetivos e desejar “chegar lá”. Nosso erro é achar que a alegria e o propósito da vida estão em ver os sonhos realizados. Nada disso. Jesus nos ensinou que basta a cada dia o seu mal, isto é, cada dia tem seu próprio foco, valor e propósito. A felicidade está na soma de todos os pequenos e aparentemente insignificantes momentos que, juntos, nos levam até a realização, ou não, dos nossos sonhos.

Afinal, essa soma de momentinhos tristes e felizes, vitórias e derrotas, lágrimas e sorrisos é aquilo que compõe este presente tão maravilhoso que Deus nos deu, chamado… vida.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

Já parou para pensar que planos para o futuro Moisés fazia aos 39 anos? Príncipe, morando no bem-bom do palácio, paparicado por servos, sem precisar trabalhar para viver, tendo do bom e do melhor. Imagino que ele fizesse planos como dar um pulinho no Nilo para se banhar, participar de um campeonato de corrida de bigas, comprar uma espada nova, casar com uma nobre egípcia, construir um palacete bacana.

Mas aí, aos 40 anos, seus planos foram destruídos, quando teve de fugir do Egito. Virou trabalhador braçal, casou com a filha de um pastor, passou a morar em tendas e a falar outro idioma. Tudo diferente.

Aí, aos 79 anos, quais seriam seus planos para o futuro? Creio que se aposentar do pastoreio e desfrutar de uma vida tranquila, sentado na cadeira de balanço com Zípora, brincando com os netinhos e vendo o pôr do sol. Mas, aí, vem Deus no ano seguinte e muda tudo. Libertador. Confronto com o Faraó. Deserto. Uau.

A história de Moisés é uma entre tantas na Bíblia que mostram como devemos estar preparados para ter nossos planos totalmente transformados por Deus do dia para a noite. José. Jó. Pedro. Paulo. E tantos outros, que tinham planos absolutamente diferentes e foram surpreendidos por futuros radicalmente transformados por Deus.

Jesus falou sobre isso (Lc 12.16-20), chamando de louco quem deposita as esperanças nos próprios planos. Eu mesmo aprendi isso na carne: não foi nem uma, nem duas vezes em que achei que tinha chegado ao local preparado para mim por Deus em seus propósitos e, quando vi, ele transformou absolutamente tudo, sem que eu pudesse fazer nada.

Faça planos. Trace metas. Planeje percursos. Mas nunca deixe de fora da equação o fator mais importante: o propósito de Deus para sua vida. Porque, se os seus planos forem diferentes dos de Deus (e, provavelmente, são), ele mudará tudo, de forma rápida e, por vezes, assustadora.

Esteja preparado para ser frustrado pelo Senhor. Porém, que isso não lhe faça mal. Afinal, saber que tudo mudou porque Deus quis fazer cumprir sua boa, agradável e perfeita vontade em sua vida não é motivo de frustração e tristeza, mas de alegria, realização e glória eterna.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

É fácil tomar a decisão de fugir para Társis quando se é Jonas. Afinal, embora cabeça dura, o profeta sabia exatamente o que Deus queria. Desobedeceu com clareza da situação. Mas… e quando você não sabe se o Senhor quer que vá para Nínive, Társis, Columbandê ou Paramaribo? Que rumo tomar?

Sabemos que caminhar segundo a vontade de Deus é o que nos conduzirá aos pastos verdejantes. A questão é que, falhos e pecadores, frequentemente erramos. Achamos que Deus quer que sigamos para oeste quando ele quer que rumemos para leste. E quebramos a cara.

Se você tem enfrentado dilemas sobre que rumo seguir, saiba que não é o único. Davi se viu nessa situação muitas vezes. E deixou para nós uma pista do que fazer: “Mostra-me por onde devo andar, pois me entrego a ti. […] Que o teu Espírito bondoso me conduza adiante por um caminho reto e seguro” (Sl 143.8-10).

Davi foi claro: se queremos seguir pelo caminho certo, precisamos deixar quem conhece o caminho nos guiar. Para isso, duas atitudes são necessárias: 1) Estar sempre junto do guia; 2) Seguir pelo caminho que ele aponta e não pelo que nossa teimosia determina. E isso só é possível se vencemos nosso ego.

Em linguagem bíblica, vencer o ego é “negar a si mesmo”. E Jesus deixou claro que, se alguém quisesse segui-lo (isto é, deixar que ele mostre o caminho), precisaria aniquilar o ego. Negar a si mesmo. Tomar a sua cruz. E, então, segui-lo.

Sim, o caminho para cumprir a vontade de Deus é sempre duvidar das próprias vontades e certezas. Pois é esse saudável questionamento do eu que abre espaço para o “e se…?”. E se eu estiver errado? E se o caminho for outro? E se Deus não quiser isto?

Quando você se pegar duvidando dos seus caminhos, só lhe restará ir até o guia. Buscar a face do condutor. Almejar a intimidade daquele que conhece o caminho. E, com isso, terá cumprido a vontade de Deus.

Por quê?

Porque o que Deus realmente quer é que você esteja junto a ele. E, uma vez na presença do Eterno, qualquer rumo que tomar será o certo. Estranho? Não se você entende o principal: mais importante do que saber que rumo seguir é caminhar junto a Deus em qualquer caminho em que estiver.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari, editor da GodBooks Editora
Instagram e Facebook: @editoragodbooks

Hoje quero abrir meu coração para você. Às vésperas de o blog Apenas completar 10 anos de existência, olho para o passado e vejo quanta coisa aconteceu nesse período. Criei o Apenas para pôr para fora meus pensamentos durante uma crise de estresse e ele acabou se tornando um meio de compartilhar reflexões com incontáveis irmãos e irmãs (hoje, o Apenas conta com 4,9 milhões de acessos), muitos dos quais se tornaram amigos pessoais. Aqui desabafei, exortei, chorei e sorri. Você deve perceber que estou bastante sumido daqui e quero explicar por quê – trazendo, claro, uma reflexão para a sua vida.

Tudo muda. Uma das maiores verdades da existência é que viver é transformar e ser transformado. E, hoje, acredito que este é, justamente, um dos segredos da felicidade: compreender que a nossa atual circunstância em breve será transformada em algo novo, diferente, frequentemente inesperado. Melhor ou pior? Só Deus sabe. Mas, certamente, diferente.

A Bíblia não diz, mas fico especulando o que se passava pela cabeça de Moisés em sua jornada desde o Egito até Midiã. Certamente, dois dias antes, ele imaginava que viveria o resto da vida no palácio de faraó, sendo servido por escravos, sem se preocupar em trabalhar, desfrutando do bom e do melhor. E, agora, 48 horas depois, por sua mente deviam estar passando questionamentos como estes: Como ganharei a vida? Onde morarei? Como serão meus dias? O que me reserva o futuro? Qual é minha real identidade? E, meses depois, o cara que vivia num palácio passou a viver em tendas, o reizinho que era servido passou a ter de trabalhar cuidando de animais, o homem que falava egípcio teve de aprender midianita, o príncipe que se vestia luxuosamente passou a usar túnicas rústicas de pastor… tudo mudou. Tudo!

Assim é a vida.

Pense em José. Hoje, filhinho de papai, usando a túnica talar, fazendo fofoca dos irmãos, sendo paparicado pelo pai, com a vida ganha. Amanhã, no fundo de uma cisterna. Depois de amanhã, escravo. Depois de depois de amanhã, servo na casa de Potifar. Dois dias depois, presidiário. Por fim, governador de toda uma nação. Quem imaginaria?! Que loucura!

Mas… assim é a vida.

Pense em Jó: hoje, rico, saudável, pai feliz, religioso, legalista e cheio de certezas. Amanhã, doente, acusado pelos amigos, amargurado pela esposa, pobre, cheio de dúvidas. Depois de amanhã, íntimo de Deus, rico novamente, com filhos que não imaginava mais ter… tudo novo e diferente.

Vida.

Sim, quando olhamos para a Bíblia, vemos que todas essas inesperadas reviravoltas na jornada dos homens e mulheres de Deus não aconteceram em vão: foram parte do grande plano divino e contribuíram para a realização de seus propósitos. O difícil é lidar com as mudanças, pois não enxergamos o que vem à frente e toda transformação gera questionamentos, dúvidas, angústias e incertezas. Para ser feliz, portanto, é preciso esperar o inesperado, saber que aquilo que hoje é… amanhã não será mais. Se entendermos que nossa atual realidade sem nenhuma sombra de dúvida vai mudar, quando mudar não seremos pegos de surpresa nem sofreremos a dor do inesperado; antes, teremos paz.

E felicidade.

Será que você está vivendo uma crise porque as coisas não são mais como eram antes? Será que está infeliz porque tudo mudou? Será que seu coração é assolado por questionamentos e ansiedade porque queria que as coisas se mantivessem como antes mas elas mudaram à revelia do que você queria? Saiba de uma coisa: a mudança que você viveu se chama, simplesmente, VIDA.

E o Autor da vida segue no comando.

Todas mudanças que você enfrenta, por mais dolorosas que sejam, contribuem para os bons, perfeitos e agradáveis propósitos de Deus. Você não sabia que seria do jeito que está sendo. Mas ele sempre soube.

Eu não estou sumido do Apenas à toa. De um ano e meio para cá, tudo em minha vida mudou. E essas mudanças exigiram de mim o tempo que eu dedicava para escrever as reflexões que aqui compartilho (pois nunca escrevi de qualquer maneira, cada post deste blog é fruto de meditação, reflexão, oração e tempo investido). Algumas mudanças são pessoais. Outras, eu gostaria de compartilhar com você, de forma bastante breve.

Depois de uma série de eventos inesperados, debaixo de intensa oração e muita reflexão decidi fundar uma nova editora cristã: a GodBooks <www.godbooks.com.br>. Foi um ano trabalhando intensamente para que ela existisse, de setembro de 2019 a setembro de 2020. Assim como Moisés, tive de aprender muitas coisas que não sabia, de contabilidade a distribuição de livros. Sempre fui funcionário, agora tive de aprender a ser empreendedor. E assim por diante.

Acredite: foram doze meses de muuuuuuito aprendizado, erros e dúvidas. Perguntei-me muitas vezes se era isso que Deus queria mesmo de mim. Assim como Jó, me lancei a diálogos dolorosos e humilhantes com Deus. Assim como José, chorei em noites escuras e inseguras da alma. E, nesse processo, tive de devotar todo meu tempo, energias e atenções para a criação da GodBooks.

E foi assim que, em 1º de setembro de 2020, a GodBooks lançou seus primeiros livros, “Sexo e santidade”, de Augustus Nicodemus, e “Um clamor por unidade e paz na igreja”, obra inédita no Brasil de John Bunyan (autor de “O peregrino”). Em outubro, saiu meu 12º livro, “A cura da solidão”, e um livro de Wilson Porte Jr., “O impacto da humildade”. E assim prosseguiremos, se Deus permitir.

Um ano e meio atrás, nem em sonho eu poderia supor que, hoje, seria fundador de uma editora que disponibiliza seus livros em todo o território brasileiro e em 190 países do mundo (em formato impresso e em e-book). E que teria no seu time de autores, já no segundo mês, 45 expoentes da Igreja, sendo dois estrangeiros. Que teria um selo para publicação de livros de autores iniciantes, que não encontram espaço em outras editoras, o selo Aprisco: https://godbooks.com.br/publique-seu-livro . E que minha vida seria o que hoje é. Acredite, meu irmão, minha irmã: jamais eu poderia acreditar nisso. Mas… Deus quis. Seja feita a sua vontade.

Por que lhe conto tudo isso? Primeiro, para justificar minha ausência do Apenas por esses muitos meses, visto que a GodBooks vem exigindo todas as minhas energias. Segundo, para dizer que a mudança inesperada que você vive eu também vivo – e que, em meio a todas as dúvidas e incertezas que vêm de ter de sair da zona de conforto, se confiarmos que Deus segue à frente de tudo e que todas as coisas contribuem para os seus propósitos e para o nosso bem, encontraremos a felicidade. Creia: o inesperado para você não pegou Deus de surpresa. Ele sabia. E estava preparado para o que aconteceu.

Meu irmão, minha irmã, se você tem sido abençoado pelo que compartilho no Apenas, quero convidá-lo a acompanhar a GodBooks no Instagram e no Facebook: @editoragodbooks. Também quero convidá-lo a visitar o site da GodBooks e, se desejar, assinar a newsletter, para receber apenas um e-mail por mês avisando sobre os lançamentos: http://www.godbooks.com.br. Minha oração diária tem sido que, se Deus abençoa sua vida por meio do que escrevo neste blog, que abençoe muito mais por meio do que será publicado pela GodBooks.

O Apenas é, a partir de agora, o blog oficial da editora GodBooks. Continua sendo meu espaço de reflexões, e desejo continuar escrevendo aqui. Somente ampliei seu escopo. O conteúdo das reflexões não mudará. Sou grato a você por ter sua companhia aqui. E peço a Deus que, seja pelo Apenas, seja pela GodBooks, eu continue sendo um cano enferrujado, torto e cheio de problemas, mas por onde o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, siga transportando a água da vida até você. Ore por mim, por favor. Ore pelo Apenas. Ore pela GodBooks. Muito obrigado, meu irmão, minha irmã.

Tudo muda. Saber antecipadamente disso fará com que a mudança não nos pegue de surpresa. E, sem a dor do inesperado, conseguiremos seguir em paz, em tudo dando graças, em segurança e alegria.

E felicidade.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

Uma amiga minha está com enormes dificuldades de lidar com o isolamento e o medo destes dias de pandemia por conta do coronavírus e me procurou para questionar como poderia “manter a sanidade”. Essa pergunta ocupou meus pensamentos por algum tempo e, após alguma reflexão, cheguei a algumas sugestões que gostaria de compartilhar com você:

1. CONFIE EM DEUS. Lembre-se de que o Eterno continua sendo o mesmo de sempre: amoroso, bondoso, compassivo, amigo, cuidador. Não é porque há uma pandemia que ele deixou de ser quem sempre foi. Leia Sl 139.

2. SAIBA QUE A PANDEMIA VAI PASSAR. Esta não é a primeira desgraça da história humana. Enfrentamos peste negra, guerras, terremotos, tsunamis, destruição de civilizações, exílios… e, sempre, a sociedade se reergueu e seguiu adiante. Vai passar.

3. EXERCITE O FRUTO DO ESPÍRITO. Paulo listou em Gálatas 5.22-23 nove virtudes que definem um verdadeiro cristão. Mas elas não vêm automaticamente, carecem de amadurecimento. Então, veja a pandemia como uma oportunidade de amadurecer em paciência, amor, amabilidade, autocontrole, alegria e outras. Deus está ajudando você a crescer.

4. DIVIRTA-SE. Isolamento não é estagnação. Durante este período, faça aquilo que alegra seu coração: ouça música, dance, jogue com a família, conte piadas, veja filmes, faça amor com seu cônjuge, leia bons livros, pegue sol na janela. Produza endorfinas.

5. RELACIONE-SE. Uma das grandes dádivas deste período é que ele nos deu a oportunidade de quebrar o ciclo da correria do dia a dia. Com isso, você tem tempo para gastar horas pondo o papo em dia com os amigos de perto e de longe. Use telefone, Whatsapp, Zoom, Hangout, o que for. A cura da solidão são pessoas.

6. REFLITA. Romanos 12 nos propõe renovar a mente. Não há nada melhor para isso que gastar tempo analisando nossos erros e acertos. Invista o tempo que agora você tem de sobra para pensar em como ser uma pessoa melhor. Após a pandemia, quem você quer ser? O mesmo de antes? Por que não aproveitar este momento para se analisar e melhorar?

7. AME O PRÓXIMO. Seja útil. Descubra quem está em dificuldades e ajude financeiramente. Ampare os sofridos. Encoraje os desanimados. Alimente os famintos. Isso lhe dará enorme senso de propósito nestes dias.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari

APENAS_Banner três livros Zágari

Clicando na imagem acima você vai para a livraria virtual Amazon

 

A Bíblia deixa indubitavelmente claro que nada acontece no mundo à parte da soberania de Deus. O Senhor é o dono do mundo e ele administra com atenção e todo poder aquilo que lhe pertence. Nada ocorre sem sua expressa permissão e entender essa realidade nos leva a algumas conclusões importantes, em uma época em que o mundo enfrenta a assustadora pandemia de coronavírus.

Se Deus domina tudo e desgraças acontecem, naturalmente ocorrem debaixo da permissão dele. Mas, como conciliar que o Senhor permite uma pandemia que tira a vida de milhares de pessoas pelo planeta com o fato de que ele é bondoso, amoroso, compassivo, cuidador e benigno?

Uma conclusão seria: na verdade, Deus não é soberano e o mundo corre à revelia de seu controle. Essa é uma heresia chamada teísmo aberto (ou teologia relacional, em sua versão brasileira). O problema é que esse pensamento é refutado por todo o relato bíblico, que mostra um Deus que é Senhor absoluto da História.

Outra conclusão seria que o Criador, afinal, não é tão bom assim. Porém, acreditar nisso seria jogar fora as Sagradas Escrituras, que não deixam margem de dúvida sobre a infinita bondade e misericórdia do Deus que é amor.

A terceira conclusão possível é que há na desgraça um propósito divino mais elevado e que ainda não conseguimos vislumbrar. É o que chamo de “bendita desgraça”, isto é, Deus permite um mal com vistas a um bem maior. Acredito que essa é a resposta.

O exemplo que costumo dar para explicar essa realidade é o de uma injeção: qual de nós gosta de tomar? Ainda assim, tomamos. Por quê? Porque somos masoquistas? Não. Porque sabemos que, para evitar um mal maior, é melhor nos submetermos à dor da agulhada.

Procurei mostrar essa realidade em meu livro O fim do sofrimento (Mundo Cristão). Frequentemente, Deus faz isso. Lembra-se do espinho na carne de Paulo? É interessante que o apóstolo explica que Deus decidiu afligi-lo com aquele “espinho” a fim de que ele não se tornasse arrogante pela grandeza das revelações que recebera. Ou seja, um mal muitas vezes é a caneta que Deus usa para escrever a história do bem maior. Sei que isso pode soar meio estranho, mas, à luz da onisciência divina, Deus sabe que aquilo que nos parece absurdo muitas vezes vai ao encontro de uma lógica superior majestosa e inalcançável pela limitada mente humana.

O fim do sofrimento_Banner APENAS

Clicando na imagem acima você vai para a livraria virtual Amazon

Exemplos bíblicos não faltam: o Dilúvio, a confusão das línguas em Babel, o exílio na Babilônia, a dominação romana, as chagas e perdas de Jó, as dores de Oseias, os constantes sofrimentos de Israel sob jugo de povos vizinhos, a escravidão no Egito, a cruz de Cristo – o fenômeno se repete: males aparentes que, no grande esquema das coisas, contribuem para proveitos muito mais elevados e importantes.

Tenha uma certeza: o coronavírus não é maior que o Criador dos buracos negros, de Andrômeda, da Ursa Maior, dos quasares e do top quark. Esse mesmo Deus que tudo criou pelo poder de sua palavra não abandonou o mundo ao léu, como uma carruagem desembestada, mas mantém as rédeas bem seguras em suas mãos.

O que ele deseja ao permitir essa pandemia? Talvez, mais contrição. Talvez, mais arrependimento. Talvez, mais busca de sua face. Não temos como saber. Mas podemos ter a certeza e a confiança de que ele segue na direção dos fatos da vida.

De uma coisa eu sei, com absoluta e bíblica certeza: aconteça o que acontecer, todas as coisas cooperarão para o bem daqueles que amam a Deus. E mais: todas as coisas culminarão na glória daquele que amou tanto o mundo que nos deu seu Filho único, a fim de que, com coronavírus ou sem coronavírus, tivéssemos a vida eterna.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari
.
John Bunyan foi um profícuo pregador do século 17, conhecido por ser o autor do livro cristão mais lido de todos os tempos depois da Bíblia: O peregrino. O que nem todas as pessoas sabem é que Bunyan escreveu essa obra – e diversas outras – durante o período em que estava preso por se recusar a parar de pregar o evangelho. Ele permaneceu 12 anos em isolamento em uma prisão inglesa.
.
Além da rara fidelidade de Bunyan à Grande Comissão, chama a atenção o fato de ele não ter se fechado em depressão ou desânimo pelo fato de estar isolado, muito pelo contrário: aquele homem de Deus usou o tempo em que se encontrava distante do convívio humano para produzir algo que, séculos depois, segue edificando a Igreja.
.
Assim como Bunyan, temos conhecimento de muitos homens e mulheres de Deus que não deixaram seu isolamento social abatê-los. Pelo contrário, eles viram nesse período de reclusão uma oportunidade de servir a Deus e à Igreja.
.
É o caso do apóstolo Paulo, que, mesmo na solidão da prisão, escreveu diversas cartas que hoje compõem o Novo Testamento. Ou o de João, que, exilado na pedregosa ilha de Patmos, recebeu visões extraordinárias, que geraram o Apocalipse. Ou, ainda, o do reformador Martinho Lutero, que, escondido no castelo de Wartburg, usou seu tempo de solidão para traduzir a Bíblia para a linguagem do povo alemão.
.
A História mostra que estar isolado não é sinônimo de estar estagnado ou improdutivo. Nada disso: a vida segue, o tempo corre, Deus subsiste soberano e aqueles que se dispõem a permanecer em comunhão e a prestar serviço à obra do Onipotente podem, e devem, usar esse tempo para grandes coisas.
.
O mundo se isolou, em função da pandemia do coronavírus. As pessoas se trancam em casa e evitam o contato social. As igrejas locais se viram diante do dilema: prosseguir com as atividades públicas ou seguir as orientações dos especialistas e contribuir para a quarentena? O fato é que, em menor ou maior grau, todos teremos certo nível de isolamento e solitude enquanto durar a pandemia. A pergunta que surge nessa hora é: como agir? Como enxergar esse afastamento que torna o próximo não tão fisicamente próximo assim?
.
Minha sugestão é: faça como Bunyan, Paulo, João e Lutero. Aproveite este tempo para crescer em sua espiritualidade. Se você terá mais tempo livre, dedique-se mais e mais profundamente à leitura das Escrituras e à oração. Deixe um pouco de lado as redes sociais e a Netflix e leia bons livros cristãos (sabe aqueles que você sempre diz que não tem tempo de ler? Pois é, agora tem). Tire periodos devocionais. Jejue. Tudo isso são disciplinas espirituais que deveriam fazer parte de nossa rotina, mas que a correria dos tempos modernos não nos deixam vivenciar como deveríamos. Agora, é uma excelente oportunidade de rever isso.
.
Mas, além de aproximar-se de Deus e de aprofundar-se nele, você também pode edificar o próximo. Em vez de ficar nas redes sociais postando informações que apavoram pessoas, poste o que encoraja, motiva, consola, conforta e dá ânimo. Grave vídeos com passagens bíblicas. Doe quentinhas a quem perdeu a renda por conta do isolamento. Una-se em videoconferência com irmãos para compartilhar o que se passa em seu coração, orar, contar piadas, animar-se mutuamente. Use a tecnologia para manter contato com os amigos.
.
Desnecessário seria falar sobre a oportunidade de evangelismo que este momento proporciona. As pessoas estão amedrontadas, acuadas e não há resposta maior ao medo que a paz que só Jesus pode dar. A confiança inabalável naquele que nos amou. O médico dos médicos, Rei do Universo, Senhor dos Senhores, sob cujo domínio estão todas as coisas. Proclame esse Deus e, neste momento de dor, muitos se abrirão a ouvir a mensagem da vida eterna.
.
Há muito a se fazer e o isolamento não pode nos abater. Pelo contrário, deve incentivar-nos à criatividade e à ação – uma ação diferente, é verdade, mas que, se levada a sério, contribuirá para nos aproximar muito mais de Deus e do amor cristão.
.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
Facebook: facebook.com/mauriciozagariescritor
Instagram: instagram.com/mauriciozagari
.

Deus nos poda diariamente. E, quanto mais eu vivo, mais percebo que a principal maneira de ele fazer isso é no campo dos relacionamentos humanos.

Peço para amar mais, ele insere em meu caminho pessoas que me fazem querer destilar cada gota de ódio, egoísmo e indiferença.

Peço para ter mais alegria, ele me põe em contato com gente que me entristece e deprime ferozmente.

Peço paz, ele põe em minha jornada pessoas que tornam as pequenas coisas da vida uma enorme tribulação.

Peço paciência, ele me faz conviver com gente insuportável.

Peço amabilidade, ele me junta com pessoas estúpidas, grosseiras e arrogantes.

Peço bondade, ele me faz conhecer maus que prosperam e se alegram.

Peço fidelidade, ele me permite conviver com quem provoque meus instintos mais pecadores e egoístas.

Peço mansidão, ele põe em meu caminho gente explosiva e briguenta.

Peço autocontrole, ele me faz viver situações que me instigam a deixar o velho e impulsivo homem assumir as rédeas da vida.

Clicando na imagem acima você vai para a livraria virtual Amazon

Paro. Suspiro. Oro. Leio. E tento vencer aquele momento, pois basta a cada segundo o seu mal. O segundo seguinte virá e, muitas vezes, vencerei. Outras tantas, perderei. Mas é na equação entre perdas e ganhos que ele vai me podando.

Poda-me, Senhor, para que eu me torne aquele que, depois de aperfeiçoado, leve amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole ao meu próximo, o bom e o mau. Ainda estou longe, muito longe disso, imerso neste oceano de imperfeição que sou, mas sigo na jornada.

Meu irmão, minha irmã, agradeça a Deus pelas piores pessoas que atravessam seu caminho. Pois elas são a maior bênção que você poderia receber no processo de fazer de você alguém cada dia mais diferente delas e mais parecido com o único que é totalmente perfeito: Jesus de Nazaré.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari < facebook.com/mauriciozagariescritor >

Clicando na imagem acima você vai para a livraria virtual Amazon

BNJC_arte para blog APENAS