Posts com Tag ‘Ana Paula Valadão’

sal fora do saleiro 1Participei algum tempo atrás de um debate em uma rádio evangélica em que foi levantada uma questão: é lícito um cristão entrar em determinado local considerado pecaminoso para pregar ou refletir ali a luz de Cristo? Na minha vez de falar, eu defendi que não só é lícito, mas é imprescindível. Pregar salvação onde só há salvos… para quê? Nisso, um pastor que estava à mesa se enfureceu e me cortou: “O que você está dizendo é um absurdo. Se um crente vai a uma boate, por exemplo, o Espírito Santo fica na porta!”. Congelado por essa resposta, só consegui balbuciar de volta: “Pastor, com todo respeito, mas o Espírito Santo que habita em mim jamais ficaria na porta, pois é a luz que espanta as trevas e não o contrário. Se eu for a uma boate com a motivação de proclamar Cristo, ele entra comigo, guia meus passos, ilumina minha mente e, se lhe aprouver, realiza a obra de salvação naquele lugar”.  Esse episódio me levou a refletir sobre até que ponto devemos nos associar a determinados lugares ou pessoas para disseminar a mensagem do evangelho, seja por meio de palavras, seja por meio do relacionamento pessoal. 

Não consigo entender a ideia de que há lugares lícitos ou ilícitos para se levar Cristo: o universo inteiro é nosso campo missionário. Além disso, o conceito de “lugares pecaminosos” me soa bem esquisito; afinal, onde houver pessoas haverá pecado – portanto, todo lugar  no planeta em que houver gente é pecaminoso – pois o pecado não vive em paredes, vive no coração humano. Eleger esse ou aquele como “mais pecaminoso que outro” é um desentendimento da realidade do pecado. Boates, prostíbulos e cinemas pornôs não são mais pecaminosos do que estádios de futebol, supermercados ou shopping centers. Há pecado abundante e sem arrependimento em todos eles e, no máximo, podemos dizer que há pecados diferentes. Há pecado nas praças e nas ruas, nas escolas e nos restaurantes, nas universidades e… bem, vamos lá: nas igrejas. Ou você conhece uma igreja sequer que seja formada só por pessoas que não pecam?

Ser sal e luz num templo religioso ou ser sal e luz numa casa de meretrício é ser… sal e luz. Isso não muda a essência da coisa. O que santifica esses lugares? Cristo. E onde há proclamação de Cristo ele se faz presente. “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20). Portanto, onde o cristão está, o local é santificado pela presença do Espírito que nele habita. Só é preciso constante cautela para não deixar o vento das trevas apagar a vela do brilho da santidade, e isso em qualquer lugar  em que você esteja. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Ir para a balada “curtir a vida”, com o argumento de que vai “levar a luz de Cristo”, é hipocrisia, é mentira. A motivação do coração é fundamental.

Conheço religiosos que não pregam em igrejas de denominações de cujas doutrinas discordam. Eu respeito essa visão, mas jamais poderia estar de acordo com ela. Um presbiteriano pregar em um templo da Igreja Universal, por exemplo, não significa em absoluto que ele esteja de acordo com o que se faz e se prega ali, mas significa uma oportunidade ímpar de levar a sã doutrina a quem se alimenta de heresias dia após dia. 

sal fora do saleiro 2Eu prego de graça, jamais na vida exigi oferta ou condicionei minha presença onde quer que seja à venda de livros, que fique muito claro. Portanto, o que vou dizer agora não tem nenhum “interesse escuso”, nem financeiro nem de outro tipo qualquer que não seja o missional: se eu for convidado para pregar em uma igreja católica ou ortodoxa, na Igreja Universal, na igreja de Agenor Duque, na igreja da apóstola Sol, em qualquer igreja neopentecostal, pentecostal ou tradicional, eu vou. Se for para pregar em um centro de umbanda ou num centro espírita, eu vou. Se houver oportunidade de pregar o evangelho no palco de uma boate de striptease, eu vou. Por quê? Porque sabe o que significa ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura? Significa: ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. Sem exceções de local no mundo e sem exceções de criatura. “Todo” significa “todo” e “toda” significa “toda”. Minha imagem pessoal e minha “reputação” valem bem menos do que a importância de levar o evangelho aos sedentos e famintos. 

Meus livros têm endossos (aqueles textos de outras pessoas que vêm na quarta capa da obra) de irmãos em Cristo de quem eu discordo em questões de teologia e prática em muitos pontos. Isso não significa que eu me aliance a eles em tudo ou que apoie tudo o que creem e fazem. Significa que a mensagem que procuro transmitir nos textos alcança todos esses espaços. E que bom que essas pessoas com quem não concordo plenamente endossam o que escrevo, pois isso incentiva irmãos e irmãs que respeitam as opiniões delas a ler meus livros – e, com isso, a mensagem que acredito ser bíblica e correta alcança pessoas de todas as linhas do evangelho, ou de fora dele. E isso não tem nada a ver com interesses comerciais ou outros, tem a ver com missão. A monumental diferença está na motivação do coração: eu não vejo nenhum problema em ir a lugares ou associar-se, em certos âmbitos, a pessoas de quem se discorda, desde que a motivação seja Cristo e não interesse financeiro ou qualquer outro tipo de interesse que não o de fazer brilhar a luz do Senhor para o mundo. 

O fim do sofrimento_frente e versoJá endossaram livros meus calvinistas como Augustus Nicodemus e Franklin Ferreira; batistas arminianos como Russell Shedd e Luiz Sayão; pentecostais como Ana Paula Valadão e Bianca Toledo; autores de livros seculares, como Rachel Sheherazade e William Douglas (foto). E muitos outros. Isso quer dizer que concordamos em tudo? Naturalmente que não. Mas quer dizer que estabelecemos o vínculo da paz para incentivar leitores das mais variadas linhas doutrinárias a ler textos que apontam para Cristo. E, assim, minha associação a essas pessoas tão diferentes faz com que a mensagem do cristianismo puro e simples chegue a todo tipo de gente. A toda criatura – como Cristo mandou. Se isso fará com que pessoas que se acham mais cristãs do que outras nos olhem de forma torta… paciência. Os fariseus e mestres da lei olharam torto para Jesus porque ele andou com prostitutas e publicanos, foi à casa do repugnante Zaqueu e chamou para ser discípulo Mateus, um coletor de impostos “traidor dos judeus”; logo, por que comigo ou com você seria diferente se pregarmos em um “lugar pecaminoso”? Acostume-se aos olhares tortos e siga proclamando a luz do Verbo da vida. 

Temos de parar com o segregacionismo baseado na suposição de que somos superiores aos outros ou de que nossa santidade é tanta que macularia a nossa pureza ir a determinados lugares para pregar o evangelho – se pregar o evangelho for de fato a nossa motivação, que fique claro. A necessidade de se relacionar com quem precisa de Cristo é maior do que isso. Temos de ser sal nos lugares insossos e luz nas trevas mais densas. Temos de conviver com os publicanos e as meretrizes – e até com os fariseus. Se Adolf Hitler recomendasse a leitura de um texto meu, eu não o impediria – quem sabe, assim, muitos nazistas seriam alcançados pelo evangelho? Se o Dalai Lama ou Inri Cristo me convidassem para pregar em seus templos, eu iria, feliz e de graça, pois meu Salvador estaria sendo apresentado a quem precisa. E se eles quisessem recomendar meus textos, ótimo, pois seus seguidores leriam sobre a mensagem da cruz, a morte e a ressurreição de Cristo, as boas novas da vida eterna, o conteúdo do credo apostólico, a Palavra de Deus. 

Existe limite para os espaços em que devemos proclamar o evangelho? Claro que existe. E ele está no fim dos tempos. Quando Jesus voltar, só então pare de pregar o evangelho, pois novos céus e nova terra se farão presentes. E, então, e somente então, a proclamação deve cessar. Até lá, vá aos piores lugares do mundo e conviva com a escória da humanidade. Pois Jesus não veio para os sãos, veio para os doentes. E de que adianta você ser um médico que se recusa a estar perto e a se relacionar com os enfermos? Isso faria de você um médico inútil, por amar a medicina mas se recusar a estar com os pacientes. 

sal fora do saleiro 4Conheço um cantor evangélico famoso que, como ele mesmo me relatou, se comportava como um gladiador, distribuindo pauladas verbais para todo lado pelas redes sociais, atacando gente, ofendendo e espinafrando. Era o tipo de pessoa de quem os “santos” querem distância. Pegaria mal associar-se a ele, na visão de muitos. Um amigo meu, no entanto, aproximou-se dele, convidou-o para ir a sua casa, iniciou um relacionamento. E começou a chamar a atenção daquele cantor para os erros que cometia. Aos poucos, na convivência e mediante a orientação em amor, meu amigo foi mostrando para o artista os equívocos em que ele estava incorrendo e aquele homem os foi percebendo, até que começou a mudar. Hoje ele não posta mais comentários agressivos on-line e reconhece que estava errado, como me disse pessoalmente. Foi justamente a aproximação de alguém que optou por se relacionar em graça e amor com quem estava errado que fez a luz brilhar nas trevas. Imagine se meu amigo tivesse evitado o contato, para “preservar sua imagem” ou “para não se contaminar”. 

O templo é apenas uma das muitas instâncias da nossa fé e não uma finalidade em si mesmo. Nosso local de culto é o planeta Terra. E, se você for um astronauta, o espaço sideral também é. Não deixemos de congregar jamais, sou um defensor ferrenho da importância de frequentar uma família de fé, mas não restrinjamos nossa fé ao santuário, pois isso não é cristianismo. Cristo está onde você está e ser cristão significa ser sal e luz – para todos, em todo tempo e em todo lugar. 

Meu irmão, minha irmã, importa viver e proclamar Jesus, o único caminho, a verdade e a vida. Seja um embaixador do reino não só dentro da embaixada, mas nas terras estrangeiras, em cima dos telhados… até às portas do inferno.

sal fora do saleiro 5Fuja da contaminação, sim, mas não se prive de levar a cura onde há contaminados.

Resista ao Diabo, sim, mas não deixe de ir onde houver pessoas escravizadas pelo Diabo.

Fuja da aparência do mal, sim, mas reflita a luz de Cristo onde o mal habita para muito além das aparências.

Não entre em jugo desigual, sim, mas não recuse relacionamentos com o desigual se isso servir de canal para que o cristianismo puro e simples alcance vidas. 

Afinal… Jesus não se relacionou com o desigual? E não foi à casa dos mal-vistos da sociedade? Então, por favor, responda: em que eu e você somos melhores do que Jesus?

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari < facebook.com/mauriciozagariescritor >


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APENAS_Banner três livros Zágari

O fim do sofrimento_Capa 3DVocê está sofrendo? Ou conhece alguém que esteja? Pode ser sofrimento físico, psicológico, espiritual ou emocional; no corpo ou na alma? Ou, então, tem a sensação de que Deus não te ouve, se cansou de você, não responde as orações ou mesmo não te ama? Se é o caso, saiba que muitos bons cristãos enfrentam sofrimentos. Mas… haveria uma explicação para um Deus bom e amoroso permitir a sua dor? E será que existem respostas bíblicas que ajudem a aliviar o fardo quando se está atravessando o vale da sombra da morte? A boa notícia é que, sim, há uma explicação; e, sim, as Escrituras apontam caminhos para encontrar paz, alívio, alegria, descanso, esperança e felicidade nos piores momentos da vida.

Tenho sido fortemente motivado a me aprofundar nessa questão, como resultado de um processo pessoal de sofrimento, somado à percepção constante – por meio de conversas com irmãos e irmãs pelo APENAS, pelo Facebook ou nas igrejas em que prego e palestro – de que há multidões de pessoas entre nós que precisam lidar com os mais variados tipos de dores e angústias. Por tudo isso, esse assunto tem feito parte de minhas reflexões de modo muito intenso nos últimos tempos, o que me levou a realizar uma pesquisa profunda nas Escrituras sobre o tema. Essa busca para compreender (e viver) melhor a questão do sofrimento acabou gerando um livro, lançado oficialmente este mês de maio pela editora Mundo Cristão: O Fim do Sofrimento – Um livro para quem busca consolo e esperança nos momentos mais sombrios.

Peço desculpas se este texto soa como a propaganda de um livro. Acredite: para mim, é muito mais do que isso. Tenho a convicção, reforçada pelo depoimento de pessoas que já o leram (veja abaixo), de que ele pode ajudar vidas que se encontram esmagadas pelo peso do sofrimento a encontrar o caminho da paz. A você, meu irmão, minha irmã, que acompanha este blog semanalmente, explico que tudo o que procurei fazer com esse livro foi o que faço nos posts do APENAS: estudar e refletir sobre as coisas de Deus para abençoar a vida de quem me lê. Aliás, alguns textos que uso na obra foram baseados em posts do blog, só que mais desenvolvidos e esmiuçados. Meu objetivo é que este livro – escrito numa linguagem extremamente fácil e simples, para ser compreendido por qualquer pessoa, em textos curtos e coloquiais – conduza quem o ler a vivenciar a paz em meio ao sofrimento. Sem falsas promessas. Apenas com respostas bíblicas.

É natural que, como autor, eu incentive a leitura do O Fim do Sofrimento – Um livro para quem busca consolo e esperança nos momentos mais sombrios, pois acredito realmente que ele possa ser um canal para Deus levar paz a muitas pessoas – não por mérito próprio, mas pelo poder das verdades bíblicas que ele contém. Nesse sentido, estimulo a leitura a quem está passando por momentos de angústia e aflição, seja você, seja alguém que você conheça. Não falo isso de modo algum por interesse comercial, minha intenção é abençoar vidas e levar paz a corações.

Mauricio Zágari e Augustus Nicodemus em 2011Além de ser suspeito, por ser o autor, confesso que sinto certo desconforto de falar sobre algo que fiz, por isso prefiro deixar que outros falem em meu lugar. O livro – que tem prefácio do pastor Augustus Nicodemus Lopes – traz, nas primeiras quatro páginas e na contracapa, pequenos depoimentos de pessoas que o leram antes da publicação. Acredito que você conheça alguns deles e é para eles que passo a palavra:

“Mensagens lúcidas e bíblicas como as que Maurício Zágari transmite por este livro chegam como um bálsamo. O leitor encontrará nas páginas de O fim do sofrimento consolo, orientação e direção para atravessar o vale da sombra da morte” (Augustus Nicodemus Lopes — Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia).

“Mauricio Zágari tem a clara intenção de contribuir com a humanidade, independente de raça, cultura e religião. Seus textos procuram estimular o processo de interiorização e reflexão existencial, para que o leitor elabore suas experiências e cresça diante dos percalços da vida. Que os leitores possam ser inspirados por este livro a fazer essa caminhada” (Augusto Cury — Escritor)

shedd_g“Maurício Zágari dá respostas bíblicas repletas de esperança e encorajamento para o problema do sofrimento. Não acho que encontrará outro livro melhor para experimentar a paz!” (Russell Shedd — Pastor, escritor, professor, conferencista e teólogo)

“A oportunidade de dizer algo sobre O Fim do Sofrimento me dá a sensação de peso sob a grande responsabilidade, visto que Maurício Zágari é um escritor admirável. Recomendo com carinho e consciência o livro que tem em mãos” (Antonieta Rosa — Teóloga, pastora, escritora e líder da Igreja ADVEC, RJ)

ana paula“A leitura desse livro será um bálsamo para o coração de todo aquele que sofre mas não sabe o porquê. O sofrimento e a dor são parte da nossa vida. Gostaríamos de evitá-los mas, quando menos esperamos, eles surgem como “intrusos” nas nossas histórias. Não é fácil lidar com esses tipos de “intrusos”. Por essa razão, Deus nos deixou a sua Palavra e também a sua igreja: irmãos e irmãs que nos auxiliam na caminhada. Maurício Zágari é um desses preciosos irmãos que, com doçura, nos fala sobre o fim desses intrusos.” (Ana Paula Valadão e Gustavo Bessa — Pastores da Igreja Batista da Lagoinha, BH)

“Em Cristo, e por meio da sua Palavra, descobrimos as razões do sofrimento, conhecemos seus propósitos divinos, e mais: encontramos consolo e cura para todo tipo de dor. Neste livro, Maurício Zágari conduz o leitor com segurança por esse caminho de ajuda e esperança, por meio da Palavra de Deus.” (Carlos Alberto Bezerra e Suely Bezerra — Pastores da Comunidade da Graça, SP)

bianca toledo“O fim do sofrimento não é quando ele acaba, mas quando enfim começamos a aprender com ele. Estou certa de que este livro transformará desertos vazios em lições de inestimável valor” (Bianca Toledo — Missionária, escritora e cantora).

“Em meio a um tempo tão triunfalista, poucos têm a coragem e ousadia de falar sobre o sofrimento de uma forma tão profunda, visceral e bíblica. Maurício Zágari passeia entre o confronto e o bálsamo e consegue com muita sabedoria acalentar o coração” (Felipe Heiderich — Pastor e escritor)

O fim do sofrimento é para todos nós, homens e mulheres que nos sentimos perplexos e impotentes diante de diferentes situações pelas quais passamos ao longo da vida. Deus abençoe este livro!” (Cris Poli — Educadora, escritora e apresentadora do programa de TV Supernanny)

“Sofrimentos, crises e dificuldades estão inevitavelmente entrelaçados no tecido da vida. Contudo, você pode mudar sua vida pelas escolhas que faz, e Maurício o ajudará a fazer as escolhas certas” (Devi Titus — Escritora e palestrante)

“Maurício Zágari usa no livro os dois maiores instrumentos de comunhão com Deus: a oração e a leitura cuidadosa e proveitosa da Bíblia. Se eu fosse você, não deixaria de tê-lo como um manual de sobrevivência!” (Dora Bomilcar — Coordenadora de oração da AMTB e produtora e locutora do programa Entre amigas, da RTM)

durvalina bezerra“O assunto do sofrimento é tratado de forma bíblica, e a obra é uma leitura imprescindível para os que precisam saber enfrentar as tempestades da caminhada cristã” (Durvalina Bezerra — Teóloga, conferencista, escritora e diretora da Rede de Mobilização de Mulheres de Ação Global e Mulheres em Ministério)

“Maurício Zágari possui uma compreensão excepcionalmente clara e bíblica sobre Deus e o ser humano. Este livro faz você se levantar e viver, mesmo em circunstâncias de dor e sofrimento” (Gilciane Abreu — Teóloga, pedagoga e diretora executiva da Juventude Batista Brasileira)

enc-josueO fim do sofrimento é um livro corajoso, que aborda a soberania e o amor de Deus com a sensibilidade única de quem conhece a dor e sabe consolar por meio da verdade. Promete ser leitura obrigatória para esta geração” (Josué Gonçalves — Escritor, conferencista e pastor do ministério Família Debaixo da Graça)

“Maurício Zágari escreve com o coração e fala ao coração de seus leitores. Com toda a certeza você não será o mesmo depois de ler as páginas deste livro” (Leonardo Sahium — Pastor da Igreja Presbiteriana da Gávea, RJ)

“A Mundo Cristão está de parabéns por esta publicação. Ela fala ao âmago do ser humano” (Miguel Uchôa — Bispo anglicano da Diocese do Recife e reitor da Paróquia Anglicana Espírito Santo)

luiz-sayao“Em dias de superficialidade e irrelevância, O fim do sofrimento surge como um oásis para quem sente a inescapável missão do coração de integrar espiritualidade e sofrimento. Parabéns ao autor pela seriedade e sensibilidade!” (Luiz Sayão — Teólogo, linguista, hebraísta e pastor da Igreja Batista Nações Unidas, SP)

“Sofrimento é dor, é sinal de que algo não está bem. O importante é o que aprendemos em cada crise de dor. Esse é o objetivo do autor. Aproveite” (Nancy Gonçalves Dusilek — Palestrante e escritora)

“O autor caminha de maneira sensível, bíblica e não superficial no tema do sofrimento, balizando direções de aprendizado e crescimento que nos identificam com Jesus e nos aproximam do próximo” (Nelson Bomilcar — Músico, pastor e escritor)

nina targino“Maurício Zágari escreve sobre a angústia que vive no íntimo de todo ser humano: o medo de sofrer. Um livro muito bem-vindo, desafiador” (Nina Targino — Coordenadora nacional do ministério Desperta Débora)

O fim do sofrimento agiu sobre mim como as palavras de um amigo a meu lado que se dispusesse a ler passagens da Escritura e a confortar-me com comentários cheios de graça. O texto transpira vivência e pessoalidade” (Norma Braga Venâncio — Doutora em Literatura Francesa, escritora e palestrante)

“Mauricio Zágari nos brinda com uma obra em que a graça de Deus se faz presente, exortando-nos a permanecer firmes diante das batalhas que nos assolam a alma. Recomendo a leitura!” (Renato Vargens — Escritor e pastor da Igreja Cristã da Aliança, RJ)

Perdao Total - Rachel Sheherazade (2)“Longe de propor o fim do sofrimento, Maurício Zágari nos faz compreender sua finalidade, por que e para que sofremos. Nosso Pai de amor também opera através do sofrimento, mas nos garante: nenhuma tribulação será em vão” (Rachel Sheherazade — Jornalista e apresentadora)

“Ao invés de oferecer ‘regrinhas’ ou ‘mantras’ fáceis sobre um tema tão complexo, Maurício Zágari fará que o leitor enfrente o sofrimento sob aperspectiva de um Deus amoroso que não só está comprometido com seus filhos, como também ama sua criação” (Ricardo Bitun — Pastor da Igreja Manaim e professor de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie

“Sugiro a leitura a todos que anseiam se aprofundar na Bíblia em busca de respostas, ou melhor, direções que podem ajudar a trazer paz e esperança em momentos de sofrimento” (Rinaldo Seixas — Fundador e líder da Igreja Bola de Neve)

wd“Este livro é um dos melhores já escritos sobre a questão do sofrimento, pois oferece respostas de esperança, paz e transformação para quem está sofrendo, com argumentos totalmente bíblicos e sem fazer falsas promessas” (William Douglas — Juiz federal, escritor e conferencista)

Peço a Deus que O Fim do Sofrimento – Um livro para quem busca consolo e esperança nos momentos mais sombrios seja um canal de bênção e paz para muitas vidas. Se você está sofrendo, meu irmão, minha irmã, fica aqui minha carinhosa recomendação para que o leia, a fim de desfrutar do alívio e do consolo bíblicos que essa obra oferece. Se conhece alguém que esteja atravessando o vale da sombra da morte, dê um exemplar de presente ou recomende a leitura. E peço ao nosso Pai que as palavras de vida contidas nas páginas deste livro tragam transformação, esperança e paz a você e a todos aqueles que vier a alcançar.

Paz a todos vocês que estão em Cristo – em especial, os que estão sofrendo,
Maurício Zágari < facebook.com/mauriciozagariescritor >

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Muitos irmãos perguntam o que entendo ser “boa música evangélica”. Essencialmente, me baseio em três fatores como critério. Primeiro: a letra tem de ser bíblica. Segundo: a letra tem de ser bíblica. Terceiro: a letra tem de ser bíblica. Pronto. Quando falo isso, a reação em 100% dos casos é uma cara de espanto ou um riso e a pergunta “ahn, só isso?”. E aí começa uma série de perguntas, como “mas o compositor não tem que ser crente?”, “e se for uma versão de uma música secular?”, “e se o cantor estiver vivendo em pecado?” e outras que você certamente já conhece. A esse respeito já discorri bastante no texto “Cristão deve ouvir música do mundo?“, mas volto ao assunto para fazer mais algumas observações sobre o tema.

Quando falamos de “música evangélica” estamos nos referindo basicamente a quatro tipos de canções, cada um com uma finalidade específica. Primeiro, pode ser um louvor (palavra que etimologicamente significa “elogio”) e, nesse caso, precisa necessariamente ser teocêntrico. Ou seja, tem que ter como foco Deus (Pai, Filho ou Espírito Santo). Pois cantar um louvor é exaltar a pessoa de Deus e/ou os seus feitos. Não se pode dizer que um louvor é uma música que fale sobre a vida de Sansão, por exemplo. O louvor torna-se, assim, o tipo de música cristã básico e principal nos cultos, uma vez que a finalidade das reuniões públicas que chamamos “culto”, por definição, é a adoração e a exaltação do Senhor.

“Músicas evangélicas” também podem ser canções acerca de temas bíblicos mas que tenham um caráter didático. É o caso, por exemplo, de cantigas infantis, que servem para ensinar histórias bíblicas ou verdades da fé para crianças, como “Homenzinho torto“. Nesse caso, os holofotes não estão especificamente sobre o Senhor, como no louvor, mas também no homem, para cuja edificação e aprendizado essas canções foram compostas. Louvor é algo para Deus; músicas de caráter didático são sobre Deus para o homem.

Há ainda um terceiro tipo, que não é nem louvor nem algo didático, mas simplesmente músicas que se referem a realidades do universo cristão. Nesse terceiro grupo há variações, como as que servem para edificar, consolar ou exortar os que ouvem – como “O mover do Espírito” (“Quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é alguém tão importante para Deus…”) – ou as que promovem a comunhão – como “Visitante” (“Visitante, seja bem-vindo, sua presença é um prazer…”).

Por fim, o quarto grupo são músicas cujas letras remetem às coisas de Deus mas servem para o entretenimento e o prazer de quem escuta, como aquelas canções que alcançam sensorialmente e esteticamente quem ouve – da mesma forma que uma composição de Tom Jobim faria – e podem trazer elementos dos outros três tipos. Em geral, contam com um apuro harmônico e uma poesia fina nas letras. É o caso de “O Tapeceiro“, de Stênio Marcius.

Nenhum desses tipos de música cristã é depreciativo. Eles diferem essencialmente em sua finalidade. É bom que Deus seja enaltecido e louvado. É bom que aprendamos sobre as coisas de Deus. É bom que haja canções que nos remetam e conduzam para o universo da fé. E é bom que as Escrituras inspirem artistas a criar obras que nos proporcionem deleite.

Algo que costuma confundir muito as pessoas é a divisão da música cristã em “hinos” e “corinhos”. Isso não existe. É simplesmente uma convenção cultural, que classifica entre os “hinos” as canções mais antigas ou que constam de algum hinário cristão e “corinhos” algo mais recente, que de repente foi lançado em CD e toca (ou tocou) nas rádios. Assim, essa é uma mera convenção cronológica, mas não existe absolutamente nenhuma diferenciação espiritual entre uma música da Harpa Cristã e uma cantada por Heloisa Rosa, por exemplo. Em si mesmas, nada as difere enquanto finalidade.

A questão do estilo também incomoda muitos. Mas, para entender isso, precisamos observar algo sobre música. Toda música é composta de ritmo, melodia e harmonia. Em termos bem populares, podemos dizer que o ritmo é a “batida”, a “velocidade”; a melodia é o “lá lá lá”, aquilo que você assobia quando lembra de uma canção; e a harmonia é o conjunto de todas as melodias envolvidas na formatação final. Existem conceitos periféricos, como o arranjo, que é a forma de se apresentar uma mesma música, organizando esses três itens juntos (um hino do século 16 pode ser tocado como rock, por exemplo, dependendo do arranjo que se faz).

Assim, um estilo não define se uma música é ou não cristã, louvor ou o que for. É uma mera forma de se apresentar uma canção. Você encontra músicas evangélicas de estilos bem variados. “Leão da Tribo de Judá” (“Ele é o Leão da Tribo de Judá, Jesus quebrou nossas cadeias e nos libertou…”) é um rock. Já “Fonte de água viva” (“Aquele que tem sede busca beber da água que Cristo dá…”) é axé, igualzinho a Timbalada (e não faça careta, é o que é), embora possa ser tocada como reggae (ouça aqui). “Desemborca o vaso” (“Desemborca o vaso, dê glória, e seja cheio até transbordar…”) é forró. E por aí vai. Em geral, este é um aspecto que gera muita rejeição. Uns defendem que rock é do diabo, por exemplo, mas cantam na igreja, sem se dar conta, diversas músicas cristãs que têm estilo rock. Biblicamente não se pode desmerecer um estilo, trata-se de gosto pessoal. Como já ouvi, “não existe fá maior do diabo e dó sustenido de Deus”.

Assim, há quem goste dos “corinhos de fogo” (que nada mais são do que músicas em ritmo de forró e letras bem pentecostais). Há quem prefira o tipo pop mais comum, como as canções de Diante do Trono, Kleber Lucas e Marquinhos Gomes. Ou os que só considerem audíveis as que são estilo MPB, como Gerson Borges e Glauber Plaça. É geralmente no quesito “gosto pessoal” que surgem os maiores problemas. Quem gosta dos “corinhos de fogo” vai dizer que Gerson Borges é “frio e sem unção”. Quem gosta de João Alexandre vai dizer que Fernanda Brum é “música pasteurizada, clichê e sem criatividade” (e que fique claro que, naturalmente, estou generalizando).  E por aí seguimos, numa discussão que nunca terá fim.

Eu, particularmente, não gosto do que canta Cassiane. Não gosto de alguns hinos da Harpa Cristã. Mas o que eu gosto é absolutamente irrelevante para definir se uma música cumpre o seu propósito para com Deus. Gosto pessoal não entra na equação. Um louvor, por exemplo, não tem que me agradar ou agradar você, tem que agradar Deus. Então posso muito bem cantar algo que não me toca a alma mas racionalmente sei que engrandece o Senhor. É um erro achar que “boa música evangélica” é a que nos leva a um estado de profunda emoção ou catarse. Ela pode ou não fazer isso – o que não quer dizer nada em termos espirituais. Quando ouço árias de ópera, como “Nessun dorma” ou “Vesti la giubba” me emociono profundamente e choro com frequência – o que não quer dizer nada em termos espirituais, Placido Domingo não tem mais unção por causa disso. É simplesmente algo que move meu coração poeticamente e liricamente. A exata mesma coisa se dá com músicas cristãs: uma canção de Michael W. Smith me conduzir às lágrimas não atesta nada sobre sua unção, simplesmente é algo que me comove – o que não quer dizer que não tenha unção, simplesmente lágrimas não são o termômetro que define o “grau” de unção de uma música.

Estamos muito acostumados ao emocionalismo. Fomos ensinados que “unção” tem a ver com o que eu sinto na hora em que canto. Nada menos verdadeiro, senão o violino do judeu Yitzhak Perlman tocando o tema de “A lista de Schindler” ou “Por una cabeza“, de Carlos Gardel, seria a coisa mais ungida do mundo. Temos de repensar, reaprender isso: o que sinto num momento de louvor não importa perto do que eu afirmo racionalmente. Louvor é algo racional. Música didática é algo racional. Se houver emoção, ótimo, quem não gosta? Mas se não, não faz biblicamente nenhuma diferença.

Em resumo, entendo que “boa música evangélica” é a que cumpre a finalidade para a qual foi composta – e é bíblica. Se foi concebida para ser um louvor, deve exaltar Deus e seus feitos de modo que a criatura agrade o Criador. Se foi concebida para ser didática, deve ensinar bem quem ouve acerca do que transmite. Se foi concebida para levar os irmãos à comunhão, deve fazê-lo de forma ordenada e natural. E se foi concebida para ser ouvida e apreciada, deve ser bela aos ouvidos de quem ouve. Tudo isso independentemente de estilo, ritmo, melodia, quem canta, quem compôs, se é ou não versão e muito menos se provoca emoção. Mas, sempre, tem de ser bíblica. Se não for… não é música cristã.

Para terminar, compartilho aqui algumas músicas cristãs de que gosto (repare que usei propositalmente o verbo gostar) e que se encaixam no que defendo neste texto. Escolhi artistas bem variados (posso gostar deles ou não).

Entre os louvores, posso dar o exemplo de “Vencendo vem Jesus”. Muitos não sabem, mas ela é uma versão de uma música secular. Conhecidíssima, trata-se de uma canção de batalha da Guerra Civil americana que fala sobre a morte de um soldado chamado John Brown – mas que teve sua letra trocada para uma de temática cristã por uma irmã em Cristo chamada Julia Ward Howe e hoje está em hinários como a Harpa Cristã. Mostro aqui duas versões, repare a diferença de estilo. Primeiro algo bem pop rock, na voz de Kleber Lucas:

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Note que a mesma música aqui é cantada com um arranjo muito diferente, na voz de Mattos Nascimento:

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Outro louvor: “Agnus Dei” (em latim, “Cordeiro de Deus”), de Michael W. Smith, uma música de letra simples mas de profunda exaltação ao Senhor. Diz, simplesmente: “Aleluia, pois nosso Senhor, o Deus Todo-Poderoso, reina. Santo, Santo és tu, Senhor Deus Todo-Poderoso. Digno é o Cordeiro”.

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Do segundo grupo, músicas didáticas, “Quisera ser como Sansão”:

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Do terceiro grupo, escolhi, primeiro, “Galhos secos”, na voz de Paulo Cesar Baruk:

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Ainda no terceiro grupo há canções como “Perfeito amor”, de Oficina G3:

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Por fim, no quarto grupo, há “Janelas”, do querido e talentoso Gerson Borges. Interessante é que, para quem não conhece, é uma canção que poderia passar até por secular. Mas na verdade se refere à parábola do Filho Pródigo:

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Termino dizendo apenas que meu desejo utópico é que as diferenças de opinião acerca da música evangélica (eu prefiro a designação “música cristã”, a propósito) não nos desunissem enquanto Igreja. Que respeitássemos os gostos pessoais, abraçassemos verdades e não achismos e que tivéssemos mais tolerância com aquilo que não nos agrada pessoalmente. Que parássemos de gastar tempo discutindo sobre se uma canção é versão de música secular ou não (muitas das que você canta são, sem saber, inclusive dos hinários como Harpa Cristã e Cantor Cristão) e outras questões que não têm nenhuma importância. Deveríamos nos lembrar sempre das palavras do rei Davi: “Um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Salmos 51.17) e ter a certeza de que, se de um coração como esse parte um cântico a Deus, certamente Ele não desprezará o que se canta. Infelizmente, quando vejo conversas sobre música evangélica é mais para levantar polêmicas e gerar desacordos do que para promover a união e a unidade do Corpo. E, assim, a glória de Deus.

A música é bíblica? Cumpre seu propósito espiritual? É entoada por um coração quebrantado? É cantada para a glória de Deus e não dos homens? Então que a cantemos com paz na alma e a certeza de que Deus agrada-se de nosso perfeito louvor.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício