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teologia1Tive uma conversa com um amigo que me incomodou profundamente. Já conto o que aconteceu, mas antes me permita dizer algo, por favor. Eu amo teologia. Poucas atividades me dão tanto prazer quanto sentar com amigos e discutir as coisas de Deus, falar sobre livros de bons autores cristãos, discorrer sobre aspectos variados da fé, remoer sobre filosofias, ideologias e sistemas de pensamento. Tanto que cursei com muito prazer dois seminários teológicos, dei aulas em uma instituição acadêmica cristã por nove anos e sinto enorme alegria em ler com constância obras teológicas. Penso que tentar viver uma vida de fé sem conhecimento teológico é como dirigir um carro sem ter estudado as leis do trânsito – um perigo. Portanto, quero deixar bem claro que considero o estudo da teologia enriquecedor, prazeroso e, por que não dizer, indispensável. Incentivo que todos estudem a boa teologia ortodoxa. Mas vou te confidenciar uma coisa: tenho andado um pouco cansado de certas discussões teológicas que não me parecem ter nenhuma aplicação prática na vida de fé das pessoas e aparentam ter como principal objetivo mostrar que as pessoas que se envolvem nos referidos debates sabem muito. Sem falar que muitos desses debates e exposições são feitos num tom tão arrogante de superioridade intelectual que não consigo enxergar neles, de jeito nenhum, um espírito cristão – pois Cristo não tem parte com quem usa de arrogância e/ou agressividade no falar, mesmo que seja para defender Jesus e a sã doutrina.

Jesus falou o tempo inteiro sobre teologia. O Sermão do Monte é um belíssimo tratado teológico. A leitura atenta das palavras de Cristo nos evangelhos mostra que ele abordou temas de diferentes áreas da teologia sistemática: eclesiologia, escatologia, cristologia, pneumatologia, soteriologia, hamartiologia… o Senhor foi, de fato, um grande Mestre, um pensador, um teólogo. Portanto, viva a teologia! Mas há uma particularidade que chama minha atenção: tudo o que ele disse tem uma função. Uma aplicação no dia a dia. E ele fugia constantemente do rebuscamento: Jesus simplificava sempre o seu discurso: explicava profundas realidades teológicas por meio de simples parábolas, usava aspectos do dia a dia do povo como metáfora de conceitos teológicos complexos, e agia de fato a partir do que falava.

teologia2Este, aliás, é um ponto nevrálgico das atitudes do grande teólogo Jesus de Nazaré: seus ensinamentos “em sala de aula” eram sempre seguidos de “aulas práticas”. Jesus punha a mão na massa: andava com as pessoas, sentia o cheiro do povo, comia com os pecadores, dialogava com mestres da lei e com prostitutas, botava cuspe nos olhos do cego… ele suava a camisa. Mais ainda: o Senhor vivia a teologia que ensinava e, com isso, demonstrava a todos ao seu redor que ela fazia sentido e existia por uma razão consequente. Não eram apenas belas palavras formuladas e debatidas por um cérebro privilegiado: eram vida.

É por ver esse exemplo magnífico de Jesus que me espanta a enorme frequência com que vejo irmãos entrarem em debates, discussões e assuntos que te levam a pensar: “Tá, mas… e daí?”. Muitas vezes são até temas bem saborosos, dos que fazem o cérebro trabalhar a mil por hora, mas que não têm nenhuma consequência para o mundo real. E, diante disso, confesso meu nefasto pecado: por vezes, chego a supor que o único interesse dessas pessoas é mostrar que sabem muito e, com isso, alimentar sua vaidade. É maldade minha, eu sei, não deveria pensar isso. Mas penso. Perdoe-me.

Já me perguntaram algumas vezes por que uso neste blog uma linguagem tão popular. Esta semana fui questionado por um amigo acadêmico, em uma conversa, acerca do que escrevi no último post que publiquei aqui no APENAS, O futebol e a religião. Como citei no texto alguns aspectos teológicos relacionados ao pensamento de Anselmo de Cantuária sobre fé e razão, esse amigo querido disse coisas como “Finalmente você falou sobre teologia em um texto seu”, “Já que você é formado em Teologia, por que você não entra em questões teológicas mais acadêmicas?” e “Você não deveria estar escrevendo coisas mais profundas?”. Bem… eu explico: é porque não consigo enxergar nada que seja mais profundo do que refletir sobre verdades bíblicas fundamentais numa linguagem e num formato que sejam compreendidos por todos e que conduzam à transformação de vidas e a uma aproximação de Cristo na prática diária. Não me contento com nada menos do que isso.

PlatãoNo meu pequeno círculo de amigos amantes de teologia deixamos a mente voar solta e as conversas trafegam em outros trilhos, vamos de Karl Barth aos irmãos Boff, passando por Platão e Schaeffer; debatemos de Tertuliano a McGrath, trafegando por Tozer e Dallas Willard. Mas em situações e ambientes públicos como a internet, em palestras, pregações, programas de rádio, livros voltados para o grande público e similares eu não consigo me ver me posicionando de forma que as pessoas não me compreendam. Todas. Minha vaidade teológica nessas horas precisa permanecer muito bem trancafiada e amordaçada, porque ela impediria que eu fosse um proclamador do evangelho e me restringiria ao triste e deplorável papel de um intelectual que quer mostrar que sabe muito e usa palavras difíceis.

Na conversa que tive esta semana, ouvi que eu deveria “entregar os pontos”, porque “é impossível discutir teologia de forma acessível a todos”. Bem, eu discordo. Claro que é possível. Não é exatamente o que fazemos aqui no APENAS? E, se você leu o livro A Verdadeira Vitória do Cristão, viu que procurei fazer uma abordagem de conteúdo extremamente teológico e histórico, mas com uma linguagem conscientemente escolhida para ser a mais coloquial possível – pois desejo que qualquer pessoa entenda o que quero dizer e, assim, que meus escritos tenham consequência real em sua vida. Não me interessa ser aplaudido por poucos intelectuais, entrar em um pequeno círculo de notáveis, participar de eventos e debates teológicos se nada disso gerar frutos concretos para o reino de Deus. Se os resultados forem concretos, podem me chamar e debateremos com alegria. Mas se for apenas para ficar discutindo o sexo dos anjos, prefiro usar esse tempo para chorar abraçado a um homem que perdeu um filho num acidente de moto ou para falar do amor de Cristo a uma mulher que pensa em cometer suicídio.

O que me parece é que muitos excelentes pensadores perdem grandes oportunidades de se fazer entender porque se recusam a abandonar o academicismo de seu discurso. São teólogos falando para teólogos e não para pessoas comuns. Fico pensando em como seria se Jesus tivesse optado por falar numa linguagem tão elitizada que só os mestres da lei o compreenderiam. Você acha que ele não era capaz disso? Claro que era. Mas Jesus sabia que seria ineficaz, e ele não estava ali para mostrar apenas o que sabia, estava ali para mostrar, acima de tudo, quem era e o que fazia – salvar, perdoar, amar, curar, restaurar e por aí vai.

william_holman_hunt-the_shadow_of_deathEm círculos restritos, como na sala de aula, em uma conferência teológica ou em um evento de uma universidade, é compreensível que se adote o “teologuês”. Faz sentido e é natural que nesses ambientes seja assim, não tenho absolutamente nada contra. Faz parte do contexto. Mas, em foro público, em ambientes abertos a quantidades maiores de pessoas… para quê? Que voltemos à simplicidade do evangelho. Às palavras compreensíveis. Amo a teologia, ela é indispensável. Mas se vier a tornar-se um fim em si mesma, passa a ser dispensável. Embora eu ame teologia, sei que jamais devemos amá-la mais do que amamos Cristo – pois, se assim fizermos, nos tornamos idólatras teológicos. E quem ama Cristo usa a teologia meramente como uma ferramenta a serviço do reino de Deus, o que pressupõe proclamar o reino de modo que o próximo compreenda. Palavras bonitas, ideias complexas e discursos rebuscados jamais levaram ninguém para perto de Deus: a simplicidade da cruz é que leva.

A proclamação do evangelho, para ocorrer como Jesus fez, deve vir montada num jumentinho. Mais ainda: deve ser feita na linguagem de um carpinteiro.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Biblia1Você já parou para pensar por que Deus decidiu se revelar justamente por meio de um livro – a Bíblia? Haveria centenas de maneiras diferentes de ele se apresentar à humanidade e de expôr o plano de salvação, mas a estratégia adotada pelo Senhor foi justamente tinta sobre papel. Claro, ao longo dos 1.500 anos em que as Escrituras foram escritas, não havia o formato de livro que conhecemos hoje, com páginas coladas ou costuradas, capa e quarta capa. A coisa era mais rústica, os textos eram registrados em pergaminho ou em pele de animais curtida, em rolos enormes. A coisa evoluiu e o formato chegou ao que temos em nossos dias. Mas, independente da forma, o fato é que o conteúdo do que Deus tinha a transmitir à humanidade foi gravado para as gerações futuras com tinta sobre uma superfície. Contextualizando: livros. Teria sido à toa? Será que o Senhor não é criativo o suficiente para ter bolado montes de outras maneiras de se apresentar? Essa realidade nos desperta para a importância que têm os livros. E não, este não é um post literário, o assunto é altamente espiritual.

Recebi um comentário aqui no APENAS de um irmão, que, democraticamente, expôs sua visão – que respeito, mas da qual discordo com absoluta veemência. Escreveu ele: “NÃO LEIAM O QUE ” HERNANDES DIAS LOPES ” OU QUALQUER OUTRO ” SUPOSTO ” AUTOR CRISTÃO DIZEM ESTAR NA ESCRITURA , MAS LEIAM AS ” ESCRITURAS SEM NENHUM — A C R É S C I M O — OU SEJA : ” SEM COMENTÁRIOS , SEM ESTUDOS OU QUALQUER OUTRO ACRÉSCIMO QUE TE SUGIRAM QUE ISTO ACRESCENTAR LHE Á UM ACRÉSCIMO A SUA VIDA ESPIRITUAL ! ! ! ISTO É UMA GRANDE MENTIRA ! ! !” (sic). Confesso que pisquei bastante olhando isso, refleti por um longo tempo e fiquei realmente triste por ver que ainda há aqueles que têm esse tipo de visão. Por isso, decidi compartilhar alguns pensamentos sobre esse assunto tão vital.

Primeiro, vamos falar sobre literatura em si, para depois tratarmos da questão espiritual.

Biblia2Sem livros, a humanidade ainda caçaria com lanças e se vestiria de pele de animais. Não teríamos medicamentos, muito menos tecnologia, a educação seria extremamente limitada e viveríamos em cavernas ou, se muito, em tendas. Por uma simples razão: a escrita é o meio que permite transmitir conhecimento entre as gerações. Se hoje conseguimos mapear o genoma humano e o dos animais é porque as descobertas na área da genética ficaram registradas em livros desde que Mendel analisou suas ervilhas. A coisa funciona assim: eu dou um passo no conhecimento sobre algo, e registro em livros. Daqui a pouco eu morro e meu filho vai pegar aquele conhecimento e levá-lo um pouco mais além. Em seguida, ele morre e meu neto usa o conhecimento registrado e o leva a um novo patamar. É assim que a humanidade evoluiu: conhecimento transmitido em livros para futuras gerações, que pegaram aquelas informações, leram e as levaram a novos níveis. Como bem analisou Alberto Moravia, “Um livro não é um livro, mas sim um homem que fala através do livro”. Já Jorge Luis Borges disse, com muita sabedoria: “O livro é a grande memória dos séculos… se os livros desaparecessem, desapareceria a história e, seguramente, o homem”.

Sem livros, não teríamos a medicina, viagens espaciais, arquitetura, engenharia, computadores, cinema, automóveis… nada! Pois a transmissão oral é limitada: as pessoas se esquecem do que ouviram, transmitem com erros naturais do telefone-sem-fio e a coisa não avança muito. É preciso registrar o conhecimento adquirido de forma precisa: livros são a solução. Histórias do passado, poesia, avanços da matemática, até mesmo as historinhas que você lê para seus filhos. Tudo chegou a nossos dias graças aos livros.

Monteiro Lobato escreveu: “Um país se faz com homens e livros”. Homem sábio.

Biblia3Além da óbvia preservação do conhecimento, a leitura proporciona um benefício adicional. Malba Tahan escreveu: “Quem não lê mal fala, mal ouve, mal vê”. O hábito de ler tem efeitos diretos sobre o nosso cérebro e, logo, sobre as estruturas e os modelos de pensamento. Ler sobre matemática desenvolve seu raciocínio lógico, treina sua mente na solução de problemas da vida cotidiana. A leitura de obras de poesia estimula nosso lado emocional e treina as habilidades mentais em uma série de áreas. Ler romances de ficção trabalha nosso poder imaginativo, criativo e lúdico. E por aí vai. Quando você assiste a um filme na TV, por exemplo, tudo já está ali, pronto, exige-se pouquíssimo do cérebro, é como se o puséssemos em pause. Não é necessário imaginar nada quando vemos um longa-metragem. Mas, quando você lê em um livro palavras que descrevem uma paisagem, uma pessoa, um cenário ou uma situação, seu cérebro trabalha profundamente para construir todo esse mundo inexistente em sua mente: literalmente, você cria um universo a partir do nada, constrói realidades inteiras a partir de palavras, tira seu pensamento do zero e o leva a 2.000 km/h no virar de uma página. A ciência já conhece os efeitos benéficos da leitura, tanto que pessoas em idade avançada são estimuladas a ler livros, escrever e até fazer palavras-cruzadas, como forma de manter pleno o seu vigor mental.

Em resumo: ler é essencial para a vida – do indivíduo e da sociedade. E, claro, da igreja.

É por isso que sou um crítico bem ranheta no que se refere ao abandono de ler livros para ficar ciscando textinhos inócuos e minúsculos em redes sociais. Esse hábito vai resultar em uma geração (ou mais de uma) mentalmente flácida, sem capacidade crítica, destituída de novas ideias, que não vai avançar seus sistemas de pensamento. Uma tragédia para a humanidade. E muitos não enxergam isso, infelizmente. Ironicamente, o próprio Bill Gates afirmou: “Meus filhos terão computadores, mas antes terão livros”. Claro, ele não é bobo.

Pois bem, tendo visto a importância da leitura para a perpetuação do conhecimento na humanidade e para o nosso desenvolvimento mental, lógico, criativo e dedutivo, abordemos agora a questão espiritual.

biblia0Sim, a revelação de Deus está completa na Bíblia. Nenhum outro livro acrescenta nenhuma nova revelação, crer nisso seria uma heresia. Só que tem uma coisa: ler a Bíblia sem que haja quem a explique gera milhões de erros de entendimento. Como você vai compreender para quem cada profeta escreveu, em que período, em que contexto, sem ter alguém que lhe ensine isso? E, creia, o grande comentarista bíblico John Gill não retornará do túmulo para lhe explicar. Mas se você ler os escritos que ele deixou vai compreender muito. Livros cristãos trazem insights valiosos e formas de abordagens que jamais teríamos tido sozinhos. A percepção de irmãos acerca das coisas de Deus, registradas no papel, são extremamente úteis para edificação, conserto, crescimento espiritual. A Editora Mundo Cristão, onde trabalho como editor, tem como filosofia que cada livro que publicamos tenha o propósito de transformar vidas à luz do evangelho. E basta ler um pouco sobre a história da humanidade para ver o quanto livros transformaram vidas, países, culturas e civilizações inteiras. E seguirão transformando.

Lendo “O livro dos mártires”, de John Foxxe, fui para sempre impactado acerca do tipo de espiritualidade que eu deveria viver mas não vivo. Lendo “O sorriso escondido de Deus”, de John Piper, percebi quanto o Senhor age em nós em meio às maiores dificuldades da vida. Lendo “Cristianismo puro e simples”, de C.S.Lewis, meus olhos foram abertos para a essência da vida cristã. Lendo “O cristianismo através dos séculos”, de Earle E. Cairns, acompanhei a evolução da Igreja desde a era apostólica até nossos dias. Cada livro que lemos é uma galáxia a mais que acrescentamos ao nosso universo.

Esta semana, uma irmã que conheci algum tempo atrás, quando ela estava em crise espiritual, me escreveu um e-mail que muito me emocionou. Ela relatou que hoje está viva na sua fé, crescendo cada vez mais, e que o estopim para essa transformação em sua espiritualidade foi a leitura do livro que escrevi, “A Verdadeira Vitória do Cristão”. Isso é nada menos do que vidas sendo tocadas por Deus por meio da literatura cristã. Desprezar esse potencial transformador seria uma insanidade.

Biblia01A Bíblia é um livro que se basta. Mas – entenda bem o que vou dizer, para não soar como heresia – que, muitas vezes, não traz em si explicações importantes para sua compreensão. Como entender a geografia bíblica sem ler bons livros sobre o assunto? O que aconteceu entre Malaquias a Mateus? Como assim, Israel era dominado por Roma (até Malaquias, Roma não tinha nenhuma expressividade)? A quem Jeremias está falando e sobre o quê? Por que Esdras e Neemias entram no cânon fora da ordem cronológica? Com que motivação João escreveu as suas três epístolas? Colossenses foi escrito a partir de um contexto local específico, como entendê-lo sem entender o que se passava em Colossos naquela época? Os hábitos e os costumes bíblicos serão compreendidos como, sem bons livros que os expliquem a nós? O que significa aquela confusão toda de taças e selos de Apocalipse? Xerxes e Assuero eram a mesma pessoa? Etc., etc., etc. São milhões de pontos de interrogação que ficariam no ar se não houvesse instrução, transmitida por pessoas que estudaram por anos e se especializaram em suas áreas de conhecimento bíblico. E que nos presenteiam com seu conhecimento por meio de… livros.

Tal qual o irmão que deixou o comentário reproduzido acima, já ouvi outras pessoas criticarem, por exemplo, Bíblias de estudo. Acreditam que não se deveriam publicar “Bíblias de estudo femininas”, por exemplo. Que bobagem… É extremamente produtivo ler o texto bíblico acompanhado de estudos que nos clarifiquem as ideias, que nos mostrem como podemos viver uma vida espiritual mais sadia e rica a partir do que lemos com focos específicos. Direcionar a leitura das Escrituras não é pecado, é rico, é esclarecedor. Já contei em outros posts que cerca de um ano e meio atrás reli os evangelhos com foco nas palavras de Jesus, para tentar compreender o cerne da mensagem de Cristo. E se eu tivesse escrito as minhas conclusões, as inserido no rodapé do texto bíblico e publicado uma Bíblia focada nas palavras do Senhor? Que mal haveria nisso, exceto se eu escrevesse heresias?

Devo muito a autores como Luiz Sayão, Alister McGrath, C.S.Lewis, John Piper, Darren Patrick, Dallas Willard, Augustus Nicodemus Lopes, Martin Lloyd-Jones, Charles Spurgeon, Tim Keller, David Wraight, John Wesley, Max Lucado, Jonathan Edwards, John Foxxe, John MacArthur, Mark Driscoll e tantos e tantos outros, que se dispuseram a investir tempo e esforço para pôr no papel conhecimento, ensinamentos, reflexões, exortações, consolações e outras virtudes importantes para a fé cristã. São homens que, a partir da Bíblia, criaram obras literárias extraordinárias, que ajudaram a forjar muito do pouco que há de bom em mim. A eles só tenho gratidão.

Meu irmão, minha irmã, não deixe que nada roube de você o tesouro que são os livros. Nada. Pois a literatura cristã é um tesouro que vai contribuir para que você se torne um servo de Deus melhor; mais versado na Palavra; mais sólido na fé; mais refratário aos falsos ensinamentos; mais capacitado para evangelizar; mais frutífero para a obra de Deus; e, em última mas não menos importante instância, mais íntimo de Deus.

“Além de ser sábio, o mestre também ensinou conhecimento ao povo. Ele escutou, examinou e colecionou muitos provérbios. Procurou também encontrar as palavras certas, e o que ele escreveu era reto e verdadeiro. As palavras dos sábios são como aguilhões, a coleção dos seus ditos como pregos bem fixados, provenientes do único Pastor” (Ec 12.9-11).

Leia. E leia muito! Leia o máximo de livros que puder. Leia sem parar, um atrás do outro. Invista seu dinheiro em livros, pois são um investimento em você mesmo e no reino de Deus. Você só tem a ganhar – e, com isso, a contribuir para a qualidade da Igreja de Nosso Senhor Jesus.

Acredito que a diferença entre ler livros e não ler livros é a mesma diferença entre a grandeza e a mediocridade. Pense grande. Aja grande. Leia.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari

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