“Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado“? (Sl 51.1,2)

Li recentemente em um blog a reprodução de um velho texto de um antigo líder religioso cristão. O artigo atesta, em resumo, que “o sentimento de culpa do pecador se opõe à graça de Deus”. Que seriam conceitos excludentes, opostos. Li o referido texto, de 2003, e cheguei a uma conclusão: esse argumento está errado. Bem errado, na verdade. Segundo o artigo, “é sem culpa que nós temos que tratar dos nossos pecados. Pois com culpa apenas os aumentaremos e os fixaremos mais profundamente em nós…como ‘pecados próprios’“. O autor propõe uma graça que desmaterializa a culpa previamente. Já eu entendo que a graça vem em sequência à culpa, como a borracha que apaga o erro. Em suma: entendo biblicamente que a graça de Deus não exclui a culpa do pecador, mas vem como o bálsamo que irá curar as dores dessa culpa e transformá-la em vida e paz.

Acredito que o pastor que escreveu o texto o fez com a melhor das boas intenções. O artigo foi escrito na tentativa de aliviar do coração dos pecadores o peso da culpa de pecados cometidos. Seria uma atitude amável e louvável, se não usasse de um argumento antibíblico. O conceito de culpa é tão execrado pelas pessoas por uma razão bem clara: ele se contrapõe frontalmente ao desejo de ser feliz. Pois culpa gera tristeza. E tristeza é o contrário de felicidade.

E a verdade é que vivemos na era do pseudoevangelho da felicidade, que afirma que o cristão tem que viver “feliz da vida”. Logo, a ideia de que o cristão sentir culpa pode ser algo benéfico como resultado da ação graciosa de Deus (e não em oposição à graça) é ofensiva ao cristão do século 21. Pois eu e você queremos seguir Jesus para sermos felizes, para fugir da tristeza, para nos livrarmos de toda a culpa e assim alcançar o máximo de felicidade que a vida com Cristo poderia nos proporcionar.

Só que há um porém. Se deixarmos de lado a poesia que existe no discurso da “graça anticulpa” e formos olhar para onde realmente importa, a Bíblia, veremos que a proposta de Cristo é que, se a tristeza for necessária, que venha! Jesus jamais, em nenhum lugar de todos os quatro Evangelhos, propõe fora do porvir uma vida de felicidade livre de culpa e de tristeza.

Culpa que funciona como canal da graça

Como funciona então – biblicamente – essa relação entre culpa e graça? A sequência é até bastante lógica:

1. O cristão peca.
2. O Espírito Santo o convence do pecado, da justiça e do juízo.
3. Esse convencimento faz brotar no coração do pecador, adivinhe você, culpa.
4. A percepção dessa culpa o leva ao arrependimento mediante a ação graciosa do Espírito Santo.
5. A confissão do pecado, motivada pela dor da culpa, aciona a ação intercessória de Cristo junto ao Pai e o pecado é lançado no mar do esquecimento.

Porém, pela proposta do texto em questão, automaticamente a graça vem e nos leva a lidar com aquele pecado com uma certa leveza. Afinal, propõe ele, a salvação já nos teria libertado da culpa de ter pecado.

Mas, se assim fosse, como entender as palavras do rei Davi no Salmo 51, rasgado pela culpa após ter adulterado com Bate-Seba e causado a morte de Urias, “tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado“?

Fato é que a nossa sociedade pós-freudiana pintou a culpa como sendo um mal terrível. Um dos grandes vilões dos nossos dias, geradora de neuroses e infelicidade. Mas a verdade é que, na Bíblia, longe dos consultórios dos psicólogos, a culpa é um mal necessário. Aliás, fundamental. Sem que o pecador seja incomodado pela culpa gerada pelo toque do Espírito (que nos convence do nosso pecado) ele não alcançará arrependimento. Mostre-me um cristão sem sentimento de culpa e lhe mostrarei um cristão que não se arrepende de seus pecados.

Quando o profeta Natã é usado pelo Espírito Santo para mostrar a Davi que ele é réu de pecado, o rei, assolado por seu sentimento de culpa, escreve nos versículos 11 a 14 do mesmo Salmo: “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer. Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti. Livra-me da culpa dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação! E a minha língua aclamará a tua justiça“.

Será que, ao ler essas comoventes palavras de um pecador que busca desesperadamente o perdão, motivado pelo sentimento gracioso de culpa que o levou ao arrependimento, você concordaria com o que o prezado pastor escreveu em seu texto, que “é sem culpa que nós temos que tratar dos nossos pecados“? Lamento, eu não. A culpa redentora da Davi soa mais forte ao meu coração, visto que foi usada como canal da graça de Deus.

A tristeza que alegra Deus

O apóstolo Paulo, ao escrever aos cristãos de Corinto em 2 Co 7.8-11, deixa claro: “Mesmo que a minha carta lhes tenha causado tristeza, não me arrependo. É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito“.

Paulo está dizendo que a tristeza levou os cristãos que estavam em pecado ao arrependimento. E diz claramente:  “vocês se entristeceram como Deus desejava“, ou seja, a tristeza daqueles cristãos que estavam em pecado, que foram alcançados pela graça, que se viram imersos em culpa… era desejo de Deus! Paulo afirma que o Deus de toda a graça queria que os cristãos de Corinto ficassem tristes por estarem pecando, isto é, que sentissem culpa pelo pecado e mudassem de atitude para que esse sentimento fosse deletado. E o apóstolo usa uma expressão absolutamente fora de moda nos nossos dias e que destoa totalmente do texto que motivou este post: “tristeza segundo Deus“. Ou seja, uma tristeza que vem da graça de Deus e que nos leva a sentir culpa pelo pecado e, logo, tristeza – que por sua vez leva ao arrependimento.

Fato é que o Deus da graça pode usar a culpa como um grande elemento transformador. Ver-se culpado de uma transgressão, como Davi se viu, revela em nós a ação da graça e nos desperta para as consequências do pecado, da justiça e do juízo. E não o contrário. E é essa percepção que gera a vida – mediante nosso arrependimento, nossa posterior confissão de pecados e por fim nossa reconciliação com o Pai.

Freud X Bíblia

Nós, cristãos, temos que abandonar o conceito fredudiano de culpa como elemento destruidor e passarmos a abraçar o conceito bíblico e cristão de culpa como elemento transformador. Para Freud, culpa gera neuroses. Para o Deus da graça, culpa gera tristeza que leva ao arrependimento dos pecados. E, com isso, vida.

Por isso, perdoem-me se discordo da afirmação do pastor que escreveu que “é sem culpa que nós temos que tratar dos nossos pecados. Pois com culpa apenas os aumentaremos e os fixaremos mais profundamente em nós…como ‘pecados próprios’“. Respeito a opinião dele, mas acredito exatamente o contrário: que é com culpa que temos de tratar dos nossos pecados – pois ela é um santo remédio. A culpa age como um combustível para buscarmos com a mesma contrição de Davi o Deus Todo-Poderoso que nos livra da culpa e somente mediante esse contato deixaremos de ser escravos dela – por meio da ação perdoadora, reconciliadora e justificadora do Jesus ressurreto.

Assim, por mais curioso que seja, é justamente a culpa que nos livrará da culpa, pela ação de Deus. E, querido irmão, querida irmã, isso sim é graça: ser culpado mas ser absolvido da culpa sem nenhum merecimento. Pois tudo é mérito da Cruz.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

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comentários
  1. Lelê (Alessandra) disse:

    Mauricio,
    Concordo com sua contextação.
    Aliás, acho fantástico quando a culpa se torna tão doloroso que nos faz mudar de atitude.
    A culpa de não ter falado, ou falado demais, a culpa de ter feito algo que não queríamos e simplismente fizemos por impulso.
    Qd sou fraco ai que sou forte!
    Parabéns por mais este texto.
    Um abraço na familia!

    • Amem, querida, é isso.
      Beijo grande a vc e a todos, na paz do Cordeiro.

    • adilson fidencio disse:

      tambem concordo pois a palavra de Deus ensina é assim sentimos culpados e infelizes por temos praticado um pecado contra Deus e sendo buscamos o teu perdao com lagrimas por termos pecado e Deus vendo essa atitude de humildade junto com um grande esforço de nunca mais cometer mais esses pecados e sentimos alivio quando DEUS nos perdoa isso é a maior felicidade do mundo ter o perdao de Deus e viver segundo as tuas leis justas e santas!

  2. Marco Juric disse:

    Bom dia Zágari!
    BINGO!!!!!!!
    Kara, mandou muuuuito bem nesse post. Em cima do que comentei no post passado, lembra(nem tem obrigação, é tanta gente te escrevendo…rsss)?
    Mas veio mesmo um bálsamo e uma confirmação de que o caminho é esse, ou melhor, a culpa é apenas uma etapa, e graças a Deus por ela…hehehehe.

    God bless you!
    Abração!!!!!

  3. Bruno Lopes disse:

    Ótimo post,
    Parabéns!
    Gostaria que me ajudasse a encaixar este versículo que me veio à memória: Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Rm 7:20
    Lendo e aprendendo!

  4. Matheus Henrique disse:

    Zágari, agradeço a Deus pela sua vida mais uma vez. Este texto veio em uma hora de muita necessidade. Frequentemente me achava preso numa rede de engano baseadas em ensinos errados, achando que por sempre me ver triste pelos meus pecados (pois sempre cometemos pecados) eu não era salvo em verdade. Recentemente Deus tem me ensinado a esse respeito. Sei muito sobre muitas coisas, mas em Cristo, percebo as vezes que nada sei, e que sempre posso aprender mais de Deus e de seu Cristo. Queria agradecer profundamente por sua vida. Nas últimas semanas você escreveu três artigos, incluindo este, que tem me ensinado DEMAIS, a saber, “Sou um tremendo santarrão”, “Quero confessar o meu pecado” e, este em questão.

    Mais uma vez, porém ainda insuficiente, obrigado!

    Deus te abençoe ricamente!

    • Matheus,
      fico feliz por ter edificado sua vida.
      .
      E nunca se esquece: é pela graça, é pela cruz.
      .
      Um abraço apertado, querido, na paz do Cordeiro que morreu por nós.

      • Alexandre disse:

        Mauricio, Boa noite.
        Concordo com você, a culpa é o primeiro passo ao arrependimento pois se a pessoa não se sentir culpada certamente continuara erro.
        Acontece que muitas pessoas se sentiram culpada, pediram perdão a Deus mas elas próprias
        já não conseguem se perdoar e isto também vai gerar um grande problema pois ficara presa e sempre triste, eu conheci pessoas assim, mas é claro isso não é regra.
        Um grande abraço que a graça e a paz do Senhor esteja sobre sua vida.

        Alexandre.

      • Ola, Alexandre,
        entendo que isso seja verdade. Mas creio que um bom discipulado, a leitura das Escrituras e um desenvolvimento na maturidade com Deus pode levar as pessoas da realidade do perdão divino.
        Obrigado pelo comentário afetuoso.
        Graça e paz sejam sobre ti.

  5. Muito boa colocação. Eu acredito que o sofrimento nos faz crescer, e essa culpa, está incluído nesta premissa. Se os erros nos ensinam, por que ignorá-los? Deus abençôe.

  6. Luiz Fernando disse:

    Olha Maurício, nunca tinha parado para pensar que a culpa segundo Deus e algo bom, maravilhoso isso! Na verdade não á salvação sem arrependimento, e no arrependimento o elemento principal é a culpa. Se não houver culpa não há arrependimento, sem arrependimento tudo é superficial, de que vale confessar se não seremos absolvidos. É, graças a Graça.

    A paz do Senhor. ótimo texto.

  7. katia machay disse:

    Gostei muito da sequencia de como funciona – biblicamente – essa relação entre culpa e graça.

  8. Ricardo Valim disse:

    Caraca que benção, Glória a Deus que palavra linda inspirada pelo Espirito Santo, entrou completamente no coração!
    Vejo que mesmo afundando em meio a culpa, jamais devemos deixa-la ser um muro que nos impeça de buscar-mos a Deus.
    Devemos agir como Davi o fez, gritar, clamar e suplicar para não sair da presença de Deus. Por experiência própria, quando pecamos agimos como Adão, nos escondemos, nos afastamos d’Aquele que é nosso Redentor, pela mais pura vergonha.
    Mas o homem segundo o coração de Deus, deixa também uma lição extraordinária, ele faz exatamente o contrário, mesmo com sua dor pela culpa, ele pediu a presença de Deus, pediu para o Espirito Santo não lhe deixar.
    Que em meio a culpa, venhamos a buscar e não nos esconder.

    Fica na Paz de nosso Senhor Jesus, meu brother em Cristo!

  9. Lourayne Natiely disse:

    Maurício, quanto tempo fazia que não passava por aqui vi esse seu texto no face, e fiquei curiosa pra ler, pois já estava sentindo falta de ler seus textos, e de verdade eles sempre vem na hora certa, saiba que esse texto falou grandemente ao meu coração, louvado seja o Senhor pela sua GRAÇA infinita, e também pela culpa como você mesmo disse é devido essa culpa que vem o arrependimento, concordo com você, pois é quando sentimos a culpa, que nos arrependemos, e Deus com sua infinita misericórdia nos perdoa, e se arrepender é não voltar a cometer a mesma falha, mais também é esquecer e jogar fora, como Deus faz ele joga no mar do esquecimento, os nossos pecados, a Maravilhosa Graça de Deus. E muitas vezes Deus coloca sentimentos em nós como tristeza como é o título do texto a “Tristeza que alegra a Deus” para nos tratar e precisamos está prontos para o tratamento de Deus, para que Ele nos molde segundo a sua vontade e assim Ele se alegrará! És benção!
    Deus te abençoe grandemente mano!
    Abraço grande, beijo no amor de Cristo!

    • Oi, Lourayne!
      É verdade, estava sentindo sua falta, espero que vc esteja bem.
      Fico feliz que o texto te fez bem e te edificou.
      De fato, Deus age de modos que não compreendemos. Numa sociedade que põe o bem-estar e o prazer acima de tudo é difícil compreender um Deus que usa tristeza e culpa para nos pôr onde e como ele quer. Mas Deus é Deus e não cabe a nós julgá-lo, não é?
      Que o Senhor te abençoe em dobro!
      Beijo grande, no amor de Cristo!

  10. Paulo Ricardo Dos Santos disse:

    O que voce escreveu vai de encontro ao que Jesus disse certa vez:”(…)…felizes os que choram,pois Deus os consolará”… .Das diversas maneiras que esse trecho pode ser interpretado,creio eu que a respeito da culpa ele pode servir como base,pois perante a Deus nossa culpa nos faz derramar muitas lagrimas….se não nos arrependessemos de nossos pecados,Deus não poderia lavar nosso corpo da sujeira e enxugar nossas lagrimas…só assim Ele nos mostra que nos concede o perdão e que não importa o que aconteça nunca nos abandonará.Mais um excelente texto irmão…
    Agora,é uma pena que muito ministérios hoje em dia acabam interpretando de maneira equivocada a palavra ministrada aos fiéis….

    Bem,abraço irmão.

  11. Fabiana disse:

    Eu entendo bem esse sentimento de culpa que você descreveu. Passei por etapas de amadurecimento da minha vida com Deus e alguns foram bem duros.Entendi que esse mal estar, essa culpa para o arrependimento é ação do Espírito, já aquele sentimento de condenação que nos faz querer recuar é algo maligno.
    Pecado>culpa>tristeza que vem de Deus>arrependimento>confissão>perdão e graça>transformação. Muito choro, joelho no chão, jejum e oração.

    a Paz

  12. Thalita disse:

    Mauricio tenho 22 anos, e sou nascida e criada no evangelio mais quando adolescente e até recentemente cometi alguns erros, namorei durante 4 anos e contei meus erros de adolescente para esse namorado de 4 anos, errei com ele não o trai mais errei brigamos e terminamos no final das contas, minha familia não sabe dos meus erros porque não conto mais ele quando terminou comigo contou todosss os meus erros para a minha mãe ea minha mãe que me julgava tão espiritual descobriu meus erros eu chorei confessei tudo e pedi perdão a Deus e ela, sofri com o relacionamento fiquei em depressão e a minha mãe mesmo sabendo de tudo ficou do meu lado , até eu em menos de 2 meses confesso conheçi uma pessoa maravilhosa pela qual estou noiva e vou me casar tudo realmente muito rápido pois bem ela esperou eu melhorar da depressão que eu estava e me ligou e disse muitasss coisas que eu preciso de ajuda psicologico que eu tenho desvio de carater e que eu não deveria me envolver com essa pessoa que deveria me apegar com Deus etc , enfim não estamos muito bem nos falando assim muito mal sabe pq me magoei com as coisas ele me julgou e eu realmente mudi ela não entende como eu que sempre fui evangélica pude cometer tantos erros assim, mais eu não sou santa e mesmo evangelica erramos sim eu me arrependi ela não acredita em nada mais que eu falo que a amo que amo a pessoa que estou enfim muito dificil me ajude em oração se puder me responda por eamail ou por aqui mesmo.
    Obrigada mauricio …..

    • Thalita, olá,
      .
      pecar é errado, não podemos passar a mão na cabeça do pecado. No entanto, absolutamente toda a humanidade é pecadora. Eu,vc, sua mãe, todos pecamos e destiuídos fomos da graça de Deus.
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      Há uma terrível hábito entre nós cristãos: não perdoar. Jesus veio em carne para perdoar, resgatar e reconciliar e, no entanto, somos perniciosos, implacáveis e impiedosos. Isso tem que ser mudado.
      .
      Infelizmente, muitos acreditam que um deslize de nossa parte nos torna indignos por toda a eternidade. E isso simplesmente não é bíblico. Há alguns textos da Palavra que você pode mostrar para sua mãe:
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      “É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão, que enche de bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia.
      O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor.
      Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades. Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões.
      Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó.” (Salmos 103.3-5; 8-14)
      .
      “Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.” (Lucas 15.7)
      .
      “O Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro ele diz: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em suas mentes”; e acrescenta: “Dos seus pecados e iniquidades não me lembrarei mais. Onde essas coisas foram perdoadas, não há mais necessidade de sacrifício pelo pecado. Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.” (Hb 10.16-21)
      .
      Veja a confissão de sua pecaminosidade, do grande apóstolo Paulo: “Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas, por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna.” (1 Timóteo 1.15-17)
      e
      “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7.14-25)
      .
      Veja ainda como é possível e desejável obtermos o perdão de nossos pecados: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3.19-22)
      .
      Além disso, quem não perdoa está em sérios apuros. Veja o que a Bíblia diz:
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      “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6.12). – ou seja, Deus só nos perdoará na medida em que perdoarmos quem nos ofendeu.
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      “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Ef 4.30-32)
      .
      “Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento.” (Rm 2.1-6)
      .
      “Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz. Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo?” (Tg 4.11,12)
      .
      As três parábolas de Lucas 15 deixam claro que:
      .
      1.Jesus encarnou para resgatar, por compaixão, homens de seus pecados;
      2.Cristo se aproxima dos pecadores para salvá-los, mesmo os “que se haviam perdido”, ou seja, cristãos que enveredaram pelo caminho do pecado;
      3.O arrependimento do pecador é motivo de alegria no Céu;
      4.O tipo de pecado e a quantidade de vezes que o indivíduo pecou são irrelevantes em seu perdão, desde que ele se mostre arrependido;
      5.Deus não aceita que o pecador arrependido se menospreze ou se sinta inferior após ser perdoado, mas dá a ele vestes limpas e, mesmo que os homens não o façam, Ele o restitui ao exato lugar em que estava antes do pecado.
      .
      Por fim, Thalita, o trecho que nos dá esperança de redenção e que fecha a boca dos leões que querem devorar-nos devido ao nosso pecado: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Provérbios 28.13)
      .
      Você confessou e deixou? Fique em paz, Deus já te perdoou.
      .
      No amor e na paz do Cristo crucificado e ressurreto,
      mz

  13. […] um texto que publiquei três meses atrás, chamado “A tristeza que alegra Deus” (leia AQUI). O post fala sobre como o Senhor pode usar culpa e tristeza em favor de nós, que a graça de Deus […]

  14. Samuel Rodrigues disse:

    Querido Paz de Cristo deixa eu comentar algo sobre essa palavra. Por sinal muito bem explicada e muito forte em nossas vidas. O termos “sentimento de culpa” esta associado na mente humana a algo que deprime e o declina a desanimo. “Sentimento de culpa” não faria ninguém tomar uma ação positiva. Reconhecer que está errado é uma arte cristã e deveria ser humana, mas não é. Nós nunca reconheceríamos que estávamos errado se não fosse Holy (Espirito Santo de Deus) que nos mostrasse isso. Se Holy permitisse que caíssemos em sentimento de culpa esta de certa forma degradando nossa alma mas ele nos convence do pecado, que o que fizemos é contra o que Deus manda..mas antes que “sentimento de culpa” se apodere Holy já estará colocando Balsamo na ferida da sua alma sem te deixar ir para “regiões de depressão do ser humano” mas te resgata a favor de Cristo. A verdade que nem todo Cristão entende outros não podem nem ouvir pois irão confundir-se não entendendo a complexibilidade de Deus, ” o pecado, erro , existe para que o homem reconheça que é dependente de Deus. nós humanos não conseguimos ficar 24 horas sem pecar. Senão nos vangloriaríamos em nossos pensamentos dizendo que somos melhores, mas dependemos de Deus em tudo. (Claro que não é por isso que vamos entrar fundo no pecado né rsrsrsrs).
    Bom longe das culpas mas firmes em Cristos permaneceremos buscando a coroa de gloria.
    Paz Deus te abençoe e te inspire cada vez mais na palavra de Cristo.

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