teologia1Tive uma conversa com um amigo que me incomodou profundamente. Já conto o que aconteceu, mas antes me permita dizer algo, por favor. Eu amo teologia. Poucas atividades me dão tanto prazer quanto sentar com amigos e discutir as coisas de Deus, falar sobre livros de bons autores cristãos, discorrer sobre aspectos variados da fé, remoer sobre filosofias, ideologias e sistemas de pensamento. Tanto que cursei com muito prazer dois seminários teológicos, dei aulas em uma instituição acadêmica cristã por nove anos e sinto enorme alegria em ler com constância obras teológicas. Penso que tentar viver uma vida de fé sem conhecimento teológico é como dirigir um carro sem ter estudado as leis do trânsito – um perigo. Portanto, quero deixar bem claro que considero o estudo da teologia enriquecedor, prazeroso e, por que não dizer, indispensável. Incentivo que todos estudem a boa teologia ortodoxa. Mas vou te confidenciar uma coisa: tenho andado um pouco cansado de certas discussões teológicas que não me parecem ter nenhuma aplicação prática na vida de fé das pessoas e aparentam ter como principal objetivo mostrar que as pessoas que se envolvem nos referidos debates sabem muito. Sem falar que muitos desses debates e exposições são feitos num tom tão arrogante de superioridade intelectual que não consigo enxergar neles, de jeito nenhum, um espírito cristão – pois Cristo não tem parte com quem usa de arrogância e/ou agressividade no falar, mesmo que seja para defender Jesus e a sã doutrina.

Jesus falou o tempo inteiro sobre teologia. O Sermão do Monte é um belíssimo tratado teológico. A leitura atenta das palavras de Cristo nos evangelhos mostra que ele abordou temas de diferentes áreas da teologia sistemática: eclesiologia, escatologia, cristologia, pneumatologia, soteriologia, hamartiologia… o Senhor foi, de fato, um grande Mestre, um pensador, um teólogo. Portanto, viva a teologia! Mas há uma particularidade que chama minha atenção: tudo o que ele disse tem uma função. Uma aplicação no dia a dia. E ele fugia constantemente do rebuscamento: Jesus simplificava sempre o seu discurso: explicava profundas realidades teológicas por meio de simples parábolas, usava aspectos do dia a dia do povo como metáfora de conceitos teológicos complexos, e agia de fato a partir do que falava.

teologia2Este, aliás, é um ponto nevrálgico das atitudes do grande teólogo Jesus de Nazaré: seus ensinamentos “em sala de aula” eram sempre seguidos de “aulas práticas”. Jesus punha a mão na massa: andava com as pessoas, sentia o cheiro do povo, comia com os pecadores, dialogava com mestres da lei e com prostitutas, botava cuspe nos olhos do cego… ele suava a camisa. Mais ainda: o Senhor vivia a teologia que ensinava e, com isso, demonstrava a todos ao seu redor que ela fazia sentido e existia por uma razão consequente. Não eram apenas belas palavras formuladas e debatidas por um cérebro privilegiado: eram vida.

É por ver esse exemplo magnífico de Jesus que me espanta a enorme frequência com que vejo irmãos entrarem em debates, discussões e assuntos que te levam a pensar: “Tá, mas… e daí?”. Muitas vezes são até temas bem saborosos, dos que fazem o cérebro trabalhar a mil por hora, mas que não têm nenhuma consequência para o mundo real. E, diante disso, confesso meu nefasto pecado: por vezes, chego a supor que o único interesse dessas pessoas é mostrar que sabem muito e, com isso, alimentar sua vaidade. É maldade minha, eu sei, não deveria pensar isso. Mas penso. Perdoe-me.

Já me perguntaram algumas vezes por que uso neste blog uma linguagem tão popular. Esta semana fui questionado por um amigo acadêmico, em uma conversa, acerca do que escrevi no último post que publiquei aqui no APENAS, O futebol e a religião. Como citei no texto alguns aspectos teológicos relacionados ao pensamento de Anselmo de Cantuária sobre fé e razão, esse amigo querido disse coisas como “Finalmente você falou sobre teologia em um texto seu”, “Já que você é formado em Teologia, por que você não entra em questões teológicas mais acadêmicas?” e “Você não deveria estar escrevendo coisas mais profundas?”. Bem… eu explico: é porque não consigo enxergar nada que seja mais profundo do que refletir sobre verdades bíblicas fundamentais numa linguagem e num formato que sejam compreendidos por todos e que conduzam à transformação de vidas e a uma aproximação de Cristo na prática diária. Não me contento com nada menos do que isso.

PlatãoNo meu pequeno círculo de amigos amantes de teologia deixamos a mente voar solta e as conversas trafegam em outros trilhos, vamos de Karl Barth aos irmãos Boff, passando por Platão e Schaeffer; debatemos de Tertuliano a McGrath, trafegando por Tozer e Dallas Willard. Mas em situações e ambientes públicos como a internet, em palestras, pregações, programas de rádio, livros voltados para o grande público e similares eu não consigo me ver me posicionando de forma que as pessoas não me compreendam. Todas. Minha vaidade teológica nessas horas precisa permanecer muito bem trancafiada e amordaçada, porque ela impediria que eu fosse um proclamador do evangelho e me restringiria ao triste e deplorável papel de um intelectual que quer mostrar que sabe muito e usa palavras difíceis.

Na conversa que tive esta semana, ouvi que eu deveria “entregar os pontos”, porque “é impossível discutir teologia de forma acessível a todos”. Bem, eu discordo. Claro que é possível. Não é exatamente o que fazemos aqui no APENAS? E, se você leu o livro A Verdadeira Vitória do Cristão, viu que procurei fazer uma abordagem de conteúdo extremamente teológico e histórico, mas com uma linguagem conscientemente escolhida para ser a mais coloquial possível – pois desejo que qualquer pessoa entenda o que quero dizer e, assim, que meus escritos tenham consequência real em sua vida. Não me interessa ser aplaudido por poucos intelectuais, entrar em um pequeno círculo de notáveis, participar de eventos e debates teológicos se nada disso gerar frutos concretos para o reino de Deus. Se os resultados forem concretos, podem me chamar e debateremos com alegria. Mas se for apenas para ficar discutindo o sexo dos anjos, prefiro usar esse tempo para chorar abraçado a um homem que perdeu um filho num acidente de moto ou para falar do amor de Cristo a uma mulher que pensa em cometer suicídio.

O que me parece é que muitos excelentes pensadores perdem grandes oportunidades de se fazer entender porque se recusam a abandonar o academicismo de seu discurso. São teólogos falando para teólogos e não para pessoas comuns. Fico pensando em como seria se Jesus tivesse optado por falar numa linguagem tão elitizada que só os mestres da lei o compreenderiam. Você acha que ele não era capaz disso? Claro que era. Mas Jesus sabia que seria ineficaz, e ele não estava ali para mostrar apenas o que sabia, estava ali para mostrar, acima de tudo, quem era e o que fazia – salvar, perdoar, amar, curar, restaurar e por aí vai.

william_holman_hunt-the_shadow_of_deathEm círculos restritos, como na sala de aula, em uma conferência teológica ou em um evento de uma universidade, é compreensível que se adote o “teologuês”. Faz sentido e é natural que nesses ambientes seja assim, não tenho absolutamente nada contra. Faz parte do contexto. Mas, em foro público, em ambientes abertos a quantidades maiores de pessoas… para quê? Que voltemos à simplicidade do evangelho. Às palavras compreensíveis. Amo a teologia, ela é indispensável. Mas se vier a tornar-se um fim em si mesma, passa a ser dispensável. Embora eu ame teologia, sei que jamais devemos amá-la mais do que amamos Cristo – pois, se assim fizermos, nos tornamos idólatras teológicos. E quem ama Cristo usa a teologia meramente como uma ferramenta a serviço do reino de Deus, o que pressupõe proclamar o reino de modo que o próximo compreenda. Palavras bonitas, ideias complexas e discursos rebuscados jamais levaram ninguém para perto de Deus: a simplicidade da cruz é que leva.

A proclamação do evangelho, para ocorrer como Jesus fez, deve vir montada num jumentinho. Mais ainda: deve ser feita na linguagem de um carpinteiro.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

comentários
  1. Nadia Malta disse:

    Meu amado irmão, que texto precioso! Amo teologia, embora não seja teóloga, vejo que é impossível dissociá-la do contexto bíblico. Contudo, não tenho a menor paciência para os debates infrutíferos sobre temas complexos. Concordo com cada palavra escrita por você. De que adianta conhecimento teológico profundo sem uma aplicação prática às necessidades diárias? Amemos teologia sim, mas a apliquemos em nosso viver diário! Que a Graça o assista sempre e continue conduzindo cada palavra dita em seus escritos. Fica na paz!

  2. Ana Costa disse:

    Paz! Caro Irmão Maurício, estou com você nesta frente de batalha sobre tratar a teologia como um conhecimento que deve ser e estar acessível a todos. Peço, por amor a Jesus, que você jamais se renda e, que continue por amor a todos os outros irmãos necessitados de Palavra Rhema (como eu), a derramar a vida de Cristo em nós por meio deste canal. Obrigada! Desejo mais unção sobre seu ministério.
    Quanto aos irmãos vaidosos, oremos por eles e tratemo-lhes com compaixão, como faz o nosso amado Jesus. Que Deus abençoe a todos nós.

    • Oi, Ana,
      .
      obrigado pelo encorajamento, mana, é importante saber que a escolha por essa via de linguagem e abordagem dá frutos. Não desejo mudar isso, pelo menos no blog.
      .
      Um abraço fraterno, Deus lhe seja sempre propício,
      mz

  3. Suy Anne Macedo disse:

    Graça e paz, querido.
    Eu, particularmente, aprecio muito a forma com que escreve.
    São textos claros e objetivos que nos exortam a viver uma vida crista genuína.
    E creio que seus textos tem alcançado vidas, pela simplicidade com que escreve
    e com o Evangelho apresentado.
    Que Deus continue usando sua vida e seu blog para transmitirem Jesus da forma mais descomplicada e acessível possível.

    • Oi, Suy Anne,
      .
      muito obrigado pela oração e pelo apoio, é reconfortante saber que essa opção gera frutos. Suas palavras são preciosas, grato por isso.
      .
      Abraço fraterno, no amor do Senhor,
      mz

  4. Denis Oliveira disse:

    Muito claro o seu texto, linguagem ótimo para pessoas de pouco conhecimento, e que estão se aprofundado no reino agora. Acho maravilhoso e muito edificante o uso do seu conhecimento para edificação de outras pessoas, que Deus continue lhe usando tremendamente. Eu tenho curiosidade em alguns assuntos, não sei se seria o caso de utilizar o blog para falar de tais coisas. Mais fica aqui a minha sugestão de post. ” O falar em línguas “, “Imposição de mãos” ” Dons e talentos” Espero um dia ver um post com um deste assuntos.

    A graça e a paz do nosso Senhor Jesus, esteva com voce.

    • Denis, olá,
      .
      muito grato pelas palavras gentis, mano. Obrigado, também, pelas sugestões, vou pensar e pôr diante de Deus. Se pensar que há algo que possa edificar a partir desses assuntos, com certeza compartilharei.
      .
      Abração pra ti, na paz de Deus,
      mz

  5. Joelma Cordeiro disse:

    Olá Maurício,

    Acompanho seus posts a alguns meses e posso te dizer uma coisa: seu trabalho esta sendo feito

    e no meu caso você esta alcançando seu objetivo, me converti há dois anos e confesso que tive

    muita dificuldade por falta de informação, falta de sabedoria da palavra de Deus, e com isso

    fui colocando pra dentro tudo que me falavam e me mandavam fazer, mas fui sufocada!!

    Hoje ainda to engatinhando, mas entendendo muito melhor o principal motivo que é simples e

    objetivo : Amar a Deus acima de tudo!

    Seu blog me interessou exatamente por essa caracteristica de uma linguagem mais coloquial, alias

    por varias vezes me identifico com algumas situações que você menciona e caio na risada por ver

    que nós cristãos somos ”farinha do mesmo saco ” pecadores dependentes do nosso Senhor,

    simples ovelhinhas.

    Se o nosso Senhor veio humilde e usou de palavras simples para impactar seu povo, e sabia dialo

    gar com grandes autoridades politicas e religiosas da época, é sábio pega-lo como exemplo mais

    uma vez para nossas próprias atitudes não é mesmo?

    Paz irmão, Deus o abençõe!

    • Olá, Joelma, tudo bem?
      .
      Que alegria é saber que posso contribuir de alguma forma para o teu crescimento em conhecimento. Exemplos como o seu me estimulam a prosseguir pelo caminho da simplicidade com profundidade, que Deus me ajude a sempre compartilhar aquilo que de fato importa e impacta.
      .
      Abraço fraterno, na paz do nosso Senhor,
      mz

  6. Elizangela disse:

    Que o Senhor continue a usar o irmão com um flecha pronta na sua aljava. Tenho muita vontade de estudar teologia, porém ainda não tive esse privilegio, mas penso como irmão pois o maior teólogo de todos os tempos usou palavras simples para falar de coisas extremante complexas.É assim que faço em minha pequena classe de Ebd, falo coisas do cotidiano, trago a memoria dos meus alunos suas próprias vivencias diárias e assim fixo de uma forma mais eficiente os ensinamentos da santa palavra de Deus. Parabéns pelo blog e pela sua simplicidade. Deus te abençoe.

    • Oi, Elizangela,
      .
      parabéns por se devotar ao ensino, de modo que todos compreendam. Eu a estimulo a estudar Teologia, com certeza vai fazê-la crescer muito. Peço a Deus que, no tempo certo, você converta o aprendizado em vida para seus alunos e para si mesma. Muito obrigado pelas palavras gentis.
      .
      Abraço, Deus a abençoe muito,
      mz

  7. Amo muito esse irmão que Papai me deu! E queria muuuito poder dar-lhe um abraço bem apertado, agora. Grata, muito grata a Ele por você, Maurício! Porque é através de você que Ele também tem me abençoado. Você está em minhas orações.

    E aqui, do interiorzinho do Nordeste, de uma ilhota chamada Macau, no Rio Grande do Norte, a última cidade do mapa do Brasil, aqui por essas bandas, onde a população é quase desconhecida, apagada, esquecida, há pessoas que recebem “recados dos céus”, “ensinos do Pai”, e compreendem, e aprendem, e se deleitam, e se alegram.

    Um abraço pra vc, meu irmão!
    E te convido a vir aqui, com a sua família, qualquer dia desses, para abraçar e abençoar os filhos de Papai que moram nas bandas de cá. 🙂

    No amor de Cristo.

    • Oi, Francilúsia,
      .
      que palavras gentis e afetuosas, muito obrigado pelo carinho perene que dedica a este maninho aqui e, também, pelas preciosas orações. Fico feliz por poder abençoar.
      .
      Tenho certeza de que em Macau você e sua família fazem a diferença, pois não importa onde estejamos, se formos sal e luz estaremos cumprindo os propósitos do Senhor. Quem sabe um dia possa ter o privilégio de conhecer sua cidade e confraternizar com os irmãos, não é?
      .
      Muito obrigado por todo o afeto. Um abraço carinhoso, Deus a abençoe e a toda a família,
      mz

  8. Fabio Cardoso disse:

    Oi Maurício,
    Muitos estão se orgulhando com um conhecimento dissociado do amor. Tomará que seja apenas uma fase, já vivi isto em dois seminários. Hoje, com frequência medito em Co 13, algo extremamente rico e profundo que raríssimos de nós viveremos, mas vamos buscar em Jesus.

    Abraço,

    • Olá, Fabio,
      .
      sem dúvida você tocou num ponto fundamental: teologia sem amor é vaidade e correr atrás do vento. Conhecer Deus sem vivenciar Deus de nada serve.
      .
      Abraço pra ti, o Senhor te seja sempre propício,
      mz

  9. anobre77 disse:

    Excelente texto mano! É isso ai … ouvir teologia que não se aplica é como ganhar um par de luvas de lã em um dia de muito frio, mas verificar que o par é bem menos que minha mão; não poderão aquecer como deveriam.
    O pastor Paulo Junior, (da igreja Aliança do Calvário, acho que você conhece), definiu bem esses “reformados pops” da atualidade como “ortodoxos mumificados”, e achei pertinente, pois eu também vejo a mesma coisa que você, e uma coisa que faz do “Apenas” minha parada obrigatório é, como já disse, poder ler algo como se nós estivéssemos sentados, proseando, sem obrigação de querer parecer, mas sim em ser!
    Amo teologia, nunca fiz (ainda) um curso teológico, não tenho muito conhecimento, mas o pouco que aprendi aponta pra mim e diz: “Agora aplique isso!”.
    Parabéns pela visão simples e direta … quero aprender desse Evangelho simples … sempre!
    Forte abraço e boa semana na paz do Mestre!

    • anobre77 disse:

      * … bem menor que minha mão”

    • Oi, Alexandre,
      .
      gostei da sua analogia da luva, mano, é por aí.
      .
      Para ser justo, não creio que o problema seja exclusividade dos reformados. Há muitos arminianos que agem da forma descrita, pois a vaidade teológica não é um problema de grupos, mas de indivíduos.
      .
      Fico feliz que você aprecie a linguagem da simplicidade. Tomara que você consiga logo se aprofundar na teologia, precisamos de pessoas que conheçam as profundidades da fé e a traduzam em português koiné (rs) para o povo.
      .
      Abraço, querido, na paz de Deus,
      mz

  10. Daniela Carvalho disse:

    Gente, a simplicidade eh tao linda e tao importante na nossa vida. De que adianta falarmos bem, usar as melhores e mais importantes palavras do dicionario se n conseguirmos tocar o coracao das pessoas…. Trabalho em vao, n eh msm?
    Ainda esse domingo, voltando da vigila com a mocidade da minha congregacao, estive conversando com um irmao exatamente sobre teologia, ainda n fiz, n sei se farei…. E o assunto principal foi sobre a simplicidade q alguns teologos n tem, alguns esquecem q quem fala atraves deles eh o Espirito Santo, a simplicidade pura, e pelo fato de terem um bom conhecimento, usam palavras teologicas q talvez nem edifique aquele simples irmao q so precisava ouvir a voz do Pai.

    Fica na Paz do Senhor Jesus meu irmao. Oro por ti.

    • Oi, Daniela,
      .
      eu recomendo sim, e com ênfase, o estudo teológico. A compreensão das coisas de Deus por meio do estudo sistematizado das Escrituras abre nossa mente, fortalece nossa fé, nos faz compreender quem Deus é, em que Cristo cremos, como nos relacionarmos com o Espírito e tantas outras coisas. Recomendo a todos que se aprofundem na teologia.
      .
      A questão é: como lidamos com ela? Se ela se torna fonte de vaidade e inutilidade, passa a não servir para nada. Teologia tem que ter consequência na nossa vida e na das demais pessoas. Esse é o grande mal de quem cria debates tão intelectualizados que não têm aplicação prática. O mal não está na teologia, mas no mau uso dela.
      .
      Obrigado pelo carinho e pelas orações, mana.
      .
      Abraço fraterno, na paz do nosso Senhor,
      mz

      • Daniela Carvalho disse:

        Amem meu querido….
        Obrigado pelo conselho…. mas meu medo eh exatamente esse… Entao eh melhor desde ja comecar a orar e pedir ao Pai sabedoria e aumento da simplicidafe ne rs pq na verdade n sabemos qual o tamanho nosso poder ate o termos em nossas maos… Mas, lembrando bem, q se eh realmente o Espirito Santo q esta em nossa vida, eh Ele quem vai nos guiar em todo tempo, n so em uma sala de aula, como tbm em cima do altar.

        Graca e Paz mano.. 🙂

  11. Edina Oliveira disse:

    Olá Mauricio,
    A razão porque amo o que você escreve e compartilho, é pela grande riqueza em conhecimento e pela linguagem simples, sem contar que podemos comentar e você esclarece todas as nossas dúvidas e ainda nos ajuda quando precisamos.
    Continue assim, você está no caminho certo.

    Deus abençoe você e sua linda família!!!

  12. lucia helena disse:

    E é por isso que eu me apaixono cada dia mais pelo APENAS…
    Um grande abraço!

  13. Edina Oliveira disse:

    Mauricio, nosso Deus é Tremendo!!!

    Um grupo da minha igreja se reúne em minha casa de quinze em quinze dias para cultuarmos ao Senhor.
    Oramos durante quase dois meses pela cura do meu cunhado que estava com câncer. Ele foi operado e os médicos retiraram um tumor do tamanho de um mamão. Ao terminar a cirurgia, a esposa dele perguntou aos médicos como seria o tratamento de agora pra frente e eles disseram que ele teria que fazer quimioterapia. Quando saiu o resultado da Biópsia, os médicos ficaram surpresos pois não havia metástase, isto é, o câncer não tinha espalhado. Eles disseram que é para fazer quimioterapia por precaução, porque o tumor era muito grande.
    Deus é tão bom que não olha se nós merecemos, pois se olhasse nunca teria feito nada por nós.

    Glória a Deus!!!

  14. Zuleica Zanini disse:

    Oi. Achei bom o texto e só quero dizer que teologia sem relacionamento com Jesus é mera “filosofia”. Somos dotados de potencial que Deus nos deu em todas às áreas e conhecimento adquirido sem comunhão com Ele não gera fruto, ou seja, aprendemos e não passa do “teto” da nossa egocêntrica vaidade. Em função disso, criam-se debates, discussões e até “rixas” por conta de quem sabe ou não sabe. Agora quando o ES está nessa “parada” até um leigo entende. Caem por terra toda a arrogância e o Senhor se torna efetivamente o centro da Teologia. Acho que é isso que tornam seus textos atraentes, tem o ES como foco. Grata. 😀

  15. Eduardo Tupinambá disse:

    Oi querido primo!

    Ao ler seu texto lembrei-me de nossas “conversas” teológicas anteriores a minha conversão. Agradeço a sua paciência e disponibilidade comigo, pois no meu caso serviu-me para começar a retirar as escamas dos olhos. Ou seja, o propósito de Deus foi cumprido em minha vida, como você já sabe…
    Antes era um “xiita” daquela religião e hoje, apesar de não fugir de uma “conversa” teológica, evito ser um “xaato” evangélico… – desculpe-me o trocadilho infame, he, he,he.
    Que o Senhor continue lhe abençoando.
    Estamos com saudades!

    Fique na Paz!
    Edu

    • Edu!!! Que saudades de vocês!!!
      .
      Queridão, tou pra te ligar já faz tempo, mas confesso minha culpa em falhar nisso. As noites vão passando e acabo me envolvendo em outras coisas. Vergonha, Maurício! Espero em breve te dar uma ligada, já há tempos quero bater papo contigo. Me perdoa, primo, estou em falta e sei disso.
      .
      Imagina, sempre foi um prazer conversar com você sobre as coisas de Deus. As escamas vão caindo na medida em que crescemos no conhecimento da Palavra, na leitura de bons autores, no Discipulado com irmãos experientes, nos bons papos teológicos. E, claro, a graça do Senhor é o combustível que move toda essa engrenagem.
      .
      Espero em breve te ligar, estamos com saudades também. Quis muito ir ao enterro do tio Norival, mas como foi no meio da semana, fiquei impossibilitado de viajar. O tempo passa, primo.
      .
      Aquele abraço apertado em toda a família, que amo muito. Deus os abençoe,
      mz

  16. Bruno disse:

    Boa noite Maurício! Uma sugestão que deixo é que você não tenha receio de usar citações, pois elas não tiram a objetividade do texto e os autores mencionados vão servindo de referência
    pra quem lê (conheci muita gente legal assim, alguns livros que já li foram graças a referências de autores nos quais já confiava).

    Um dos motivos que me levou a gostar do seu blog e acompanhá-lo até hoje é a relevância dos temas que você aborda na vida cristã, não são assuntos triviais e ao mesmo tempo não são assuntos que mais produzem discórdia do que propriamente edificação, e isso sem precisar caluniar ninguém, sem puxar sardinha pra denominação nenhuma ou determinada ideologia política. Oro a Deus pra que você continue assim e possa progredir cada dia mais.

    Deus abençoe a sua vida ricamente, um abraço!

    • Oi, Bruno,
      .
      obrigado pela oração, querido, é muito importante. Agradeço de coração.
      .
      Valeu pela sugestão das citações. Evito fazer isso porque muitos infelizmente nos rotulam a partir de quem citamos e acabam não sendo edificados por isso. Já tive essa experiência no início do blog. Se cito John Piper muitos arminianos vão torcer o nariz. Se cito Finney muitos reformados vão virar o rosto. Por isso procuro me ater ao máximo apenas à Bíblia. Lamentavelmente essa segmentação ocorre, por isso evito citar pessoas que podem me associar a um ou outro grupo, prefiro ser identificado não como alguém de Paulo ou de Apolo, mas um simples cristão.
      .
      Muito obrigado pelo carinho de suas palavras. Um abraço pra ti, na paz de Deus,
      mz

  17. Isac disse:

    Maurício, gostaria que muitos lessem a esse texto. Essas verdades aqui contidas trazem belíssimos ensinamentos. O que mais vemos hoje são pessoas fazendo teologia apenas para alimentarem a seu ego. Isso é uma tremenda distorção. Pois a verdadeira Teologia não causa isso em mim, ela tira todo o meu ego e me faz entender o quão miserável sou. Parabéns pelo texto meu irmão!

    Soli Deo Glori.

  18. walbercb disse:

    CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP…. Rapaz aplaudi de pé aqui na frente do micro rs
    Também gosto demais de teologia e debates sadios entre amigos para o crescimento mútuo, mas tenho náuseas qd escuto gladiadores teológicos! Vi muito disso no seminário.

    Lembro-me de duas passagens bíblicas

    Como disse o erudito Paulo, “de Deus somos cooperadores…v.9 de 1 Co 3” e
    “Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.
    Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.
    E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
    Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;
    Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso,
    E vós de Cristo, e Cristo de Deus.

    1 Coríntios 3:18-23

    E o “ignorante” João Batista
    “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” Jo 3:30

    Abraço

    • Oi, Walber,
      .
      fico feliz que você tenha essa visão. É lamentável ver a adoração de si mesmo manifestar-se em nome da proclamação do evangelho. Pura vaidade não é cristianismo. Gostei da comparação com os gladiadores, é uma boa imagem.
      .
      Abraço pra ti, na paz de Deus,
      mz

  19. Isac disse:

    Irmão Maurício olha eu aqui mais uma vez! Gostaria de fazer uma indicação de um livro que tem tudo haver com o post escrito por ti. O título do livro é: ” Ortodoxia Humilde” da Ed. Vida Nova. do Joshua Harris. Na Pag.46 tem uma citação de um pastor chamado Greg Dutcher que diz: “Passamos do limite quando estamos mais focados em dominar tudo que diz respeito à teologia do que em ser dominados por Cristo.” Um forte abraço. A paz em Cristo Jesus!

  20. Luiz Fernando disse:

    Perfeito, mano! Evangelho puro e simples. Amo também a teologia. Amo ir a fundo no que tange a teologia sistemática. Porém, amo também, transformar toda essa arte teológica de uma forma simples, para que todos entendam e sejam edificados. Assim como o Mestre dos mestres fez: explicar e ensinar, algo concreto, inteligente, poderoso, rico, de uma forma bem simples. Deus é tremendo, Poderoso, Sua inteligência vai além daquilo que imaginamos. Porém, um Deus simples, simples demais. Prova disso, o fato de que Deus não resolveu escrever a Bíblia de forma científica, explicando as formulas, as bases, a matemática, com que criou a vida terrena. Imagine Deus dando todas as informaçoes científicas sobre tudo que Criou? Nem uma mente brilhante como a de Einstein, entenderia. Deus ensinou algo completo, de forma simples, para leigos e pessoas dotadas de uma capacidade maior de compreensão, vierem a comprender o plano de salvação.

    Gloria a Deus, nosso Deus simples. Glória ao Supremo Rei, que nasceu na mangedoura.

    Graça e paz.

  21. marcio r. disse:

    como é bom e agradavel encontrar textos cristaos que falam em nosso mais intimo interior!!!
    parabens
    paz

  22. Denilson disse:

    a paz irmao gostei muito doseu blog tem muitos artigos bons e gostaria se for possivel e claro colocar no meu blogos seus esboço estudos e textos no meu blog so preciso da resposta do irmao. este e meu blog

    • Olá, Denilson,
      .
      obrigado pelo carinho, mano, fique à vontade para reblogar os posts, só pediria que seguisse as normas especificadas na coluna à esquerda aqui do blog, ok?
      .
      A paz, querido, o Senhor te abençoe,
      mz

  23. luiz disse:

    Maurício, parabéns cara, Alguns esquecem que a Reforma começou por Lutero e de arrogante não tinha nada, não lembro de ter lido um livro da bíblia e ver um soberbo, Paulo
    era um homem inteligentíssimo nem por isso se achava digno de alguma coisa, alguns teólogos estão indo longe demais, paz e graça ótimo texto irmão, evangelho puro e simples

  24. Ronaldo França disse:

       “Bem… eu explico: é porque não consigo enxergar nada que seja mais profundo do que refletir sobre verdades bíblicas fundamentais numa linguagem e num formato que sejam compreendidos por todos e que conduzam à transformação de vidas e a uma aproximação de Cristo na prática diária. Não me contento com nada menos do que isso”        Caríssimo Pr. M. Zagari, não fosse assim, sendo eu um velho Diácono sem formação alguma, não poderia estar sempre absorvendo de todo conhecimento com que o bom Deus te supre. Usando as palavras do irmão, linguagem complexa e rebuscada nunca abastece o cristão simples e humilde, como somos aqui no Brasil, porém a simplicidade com a qual o Sr. termina seu  artigo, esta sim, nos dá conhecimento e nos faz sentir como sentiram os dois discípulos do caminho de Emaus.          Que Ele continue te abençoando e te dê longos dias.                         Fraternalmente em Cristo, Ronaldo F. Soares  

    • Caríssimo irmão Ronaldo,
      .
      fico muito honrado por poder compartilhar minhas reflexões com os irmãos na linguagem mais simples possível. É uma alegria e um privilégio. Muito grato por suas palavras e seu incentivo.
      .
      Um forte abraço, na paz do Senhor Jesus,
      mz

  25. Igor Luis disse:

    Pensa a carga Teológica que Paulo ganhou com Gamaliel? Aquele mesmo que era um venerado doutor na lei, como diz o Livro de Atos dos Apóstolos. Essa mesmo que levou a ele com toda a paixão de um gladiador lutando por um objetivo a perseguir a Noiva do Cordeiro. Esta mesma fortaleza que desabou APENAS com: Saulo, Saulo, porque me persegues? Dá pra ver o tamanho da desconstrução é pouquíssimo tempo. Não foi Paulo que reputou tudo como esterco por conta das revelações de Cristo ?Já viu a simplicidade da fala de Jesus com um mestre em Israel ? Nicodemos não podia compreender coisas celestiais, sendo ele carnal. Já pensou Jesus discutindo sobre as perguntas que Ele fez a Jó? Ou como todo o cosmo está fundamentado nEle? Como diz o Livro de Colossenses. Creio que nossa cabeça finita não conteria tamanhas verdades. Então respeitemos a medida da fé de cada um! Além do grau de intelecto e cultura. Teologia não salva ninguém, apenas ajuda se for usado em pró do Reino dos Céus, se não é restolho intelectual de qualquer mente exibida. Que igualmente pode ser proveitosa se soubermos reter o bem do que foi dito.

    Graças a Deus por este Blog e por um irmão que sabe ser co-igual do próximo.

    • Obrigado pelo carinho, Igor. Saibamos dosar a teologia, para que ela desempenhe seu papel na medida certa. Nem menos, nem mais.
      .
      Abraço, querido, Deus te abençoe muito,
      mz

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