Lembro do primeiro dia de vida de minha filha, quando uma enfermeira entrou no quarto da maternidade para ensinar a dar banho nela. Na verdade a mulher conduziu uma sessão de  tortura naquele serzinho que por nove meses ficou quentinho e protegido no ventre da mãe: num quarto frio pelo ar condicionado a tal senhora trouxe dois dedos de água quente numa banheira e saiu arremessando a pequena como um pedaço de pano para dentro e fora da água, para cima e para baixo, virando-a e revirando-a, enquanto a pobrezinha berrava, roxa, os bracinhos estendidos e rijos de agonia, os dedos encrispados, urrando de sofrimento. Pode parecer bobagem para nós, adultos, mas para ela era visivelmente uma experiência terrível. Nunca vou me esquecer daquele momento, pois foi a primeira vez que entendi o que é o amor de um pai por um filho.

Minha vontade instintiva foi jogar aquela mulher na parede, não nego. Mas me segurei o quanto pude e, quando ela acabou aquela sessão de tortura medieval, entregou-me minha filhinha de menos de um dia de idade – que soluçava e tremia em meus braços, transtornada, amedrontada e com frio. Não sei descrever o que senti. Quando me dei conta, estava eu de olhos fechados para não olhar para a enfermeira, as lágrimas escorrendo por meu rosto, a garganta travada por um sentimento que não me deixava respirar e o corpinho de poucos centímetros de minha filha apertado contra meu peito. Compartilhei com ela, literalmente, uma dor indescritível.

Nos primeiros três meses de vida minha filha sofreu de cólicas horripilantes. Gritava sem parar às vezes por duas, três horas seguidas. Nada aliviava: remédio, massagem, bolsa de água quente, apoiar contra a barriga. E, novamente, impossível descrever o que aquilo fazia comigo. Lembro de um dia em que minha esposa chegou em casa e me encontrou choramingando o hino 4 da Harpa Cristã pateticamente agarrado à pequena, a camisa encharcada por lágrimas de um pai impotente que ficou uma manhã inteira com ela aos berros de dor nos braços. Simplesmente porque em mim doía uma dor indescritível.

Dos três aos seis meses a cólica sumiu e foi substituída por uma prisão de ventre que durou mais três meses. Era dor, grito e sofrimento todo dia, enquanto fazia de tudo para aliviá-la, de supositórios de glicerina a massagens na barriga. Em tudo, eram urros, lágrimas e tremores: Dela, antes de tudo, mas também meus. Uma dor indescritível.

Aos seis meses seu intestino se regularizou e aí começou a fase do nascimento dos dentes. Não queira saber o quanto isso machuca um bebê. As gengivas inchadas, vermelhas, a criança se contorcendo por uma agonia que nem Novalgina faz passar. Vem a febre. Vômitos. Isso dura ainda hoje, quando os quatro caninos estão nascendo ao mesmo tempo. A pediatra na última consulta chegou a dizer que tinha pena da pobrezinha, pois não há o que fazer  a não ser dar analgésicos e esperar os dentes rasgarem a carne e eclodirem. Até lá é acordar quatro, cinco vezes por noite com ela chorando, pegá-la no colo para dar um mínimo de conforto e carinho e senti-la ranger os dentinhos enquanto a saliva escorre por nossas costas, a cabecinha apoiada em nosso ombro, sem forças. Uma dor indescritível.

Já maiorzinha, entrou na escola. Começou a fase de pegar todas as doenças dos amiguinhos. A febre parece que é dia sim, dia não. A tosse já dura dois meses sem parar. Hoje teve diarréia. Tem dias em que, de tanto mal-estar, chega em casa e só o que faz é sentar em meu colo, encostar a cabecinha no meu peito e ficar ali, parada, sem disposição para nada. E a dor? Nela e em mim, uma dor indescritível.

Esta semana ela chegou em casa com um hematoma roxo e dois cortes em uma das mãos. Coisa de criança: disputando um brinquedo na escola com uma coleguinha ganhou uma dentada daquelas aplicadas com fúria. Minha sensação enquanto ela me descrevia o ocorrido, com olhar triste, em seu tatibitate infantil –  e emitia um “ai” miado e choramigado após o outro – era uma pontada que ia fundo no meu peito. Após passar remédios e pomada no local, a abracei e disse-lhe que perdoasse a amiguinha, que a “Tita” não tinha feito por mal – enquanto eu mesmo queria mandar exilar nas profundezas do Camboja a doce e inocente “Tita”. Mas em tudo isso sentia, sem conseguir racionalizar ou controlar, a dor de minha filha: uma dor indescritível.

Esta semana reli nos quatro evangelhos o relato da paixão de Cristo. E lembrei-me de uma frase que meu próprio pai me disse inúmeras vezes ao longo da minha vida: “Você só vai me entender quando for pai”, ele dizia. E estava certo. Pois quando não se é pai, ler que Deus deu voluntariamente o próprio Filho para ser moído pelos pecados de outros parece bastante razoável. Afinal, é um se sacrificando por milhões, faz sentido. Bacana. Legal que ele fez isso por mim. Ufa, valeu a pena. Toca aqui, Deus, tou contigo e não abro. Mas quando você se torna pai e já viu a filha sofrer tanto, por menor que pareça a um adulto o sofrimento… o sentido de fazer um filho passar por tudo isso por sua própria vontade sai voando pela janela. Não, não faz sentido. Pois a dor é indescritível.

Eu jamais conseguiria pedir que minha filha passasse voluntariamente por tudo o que ela já passou, em termos de dor, em menos de dois anos de vida. Eu simplesmente não suportaria. E tem um detalhe: eu sou mau. Sou pecador, egoísta, maquiavélico e cheio de defeitos. Ainda assim consigo sentir toda essa agonia e empatia pelo sofrimento da carne da minha carne e do sangue do meu sangue. Imagino então Deus Pai, que é a essência puríssima da santidade, abnegado, bondoso e reto em tudo, puro e sem mácula… o que não sentiu diante do sofrimento de seu Filho – do Getsêmani ao momento em que entregou seu Espírito. Uma dor indescritível.

E, pondo a minha experiência pessoal com minha filha à luz da experiência do Pai Celestial com Seu Filho, confesso que finalmente consigo entender melhor o que a Cruz significou para Deus. E o que vejo nesse gesto do Abba é o amor maior do mundo.

Um amor… indescritível.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício
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comentários
  1. Sol Serva disse:

    Tremendo…Você nos deu um perfeito entendimento de uma dor indescritível…Tremendo….

  2. Magali Pereira disse:

    Graça e paz querido irmão! Que saudade imensa de tanta simplicidade, tanta leveza, tanta sabedoria em analisar fatos tão comuns de nossa vida e sempre ver neles o amor do Senhor, a sua fidelidade, o seu cuidado!!! Muitíssimo obrigada por ter voltado!!! O Senhor sabe todas as coisas. Abraço enorme!!!

    • Magali, olá,
      .
      que generosa é você! Obrigado por tão lindas palavras.
      .
      Não precisa agradecer, por favor, compartilhar com os irmãos esse amor do Senhor é o minimo que posso fazer por quem me deu tanto dele.
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      Abraço grande, minha irmça, na paz de Cristo,
      mz

  3. Lelê (Alessandra) disse:

    É, a dor de um pai ou de uma mãe, eu ainda não sei dizer!
    Mas qd se sofre por alguém que ama muito, eu já sofri várias vezes e sei o quanto é doloroso!
    Dói muito!

  4. Dirceu Lima disse:

    Mauricio,
    senti tudo isso e chorei ao me lembrar do que passou minha pequena filha…. somente quando ela nasceu foi que percebi o que é a salvação pela graça, o quanto dependo totalmente do Senhor pra ser salvo…
    Obrigado, meu amigo.
    Deus te abençoe.

    • Olá, Dirceu,
      meu irmão, que mais dizer? É isso mesmo. Como diriam os estadunidenses, é uma “life-changing experience”. E põe “changing” nisso, não é?
      Deus te abençoe, mano, nesse amor incompreensível,
      mz

  5. Thalita disse:

    Mauricio benção Pura esse poste realmente ter um filho e cuidar de um filho não e facil minha avó passou muitas noites em claro comigo, pois eu tinha bronquite e muita das vezes sufocava de tanto catarro nasci de 6 meses passe acho que um mês na incubadora tinha 21 centrimetros e acho que 900 gramas tenho deficiência nas pernas andava na ponta dos ´pes mais fiz uma cirurgia no tendão de aquilis e ando quase que normal então sou muito feliz da forma que sou tenho saude trabalho e Deus tem sido meu refúgio uma avó maravilhosa que me criou uma mãe que embora não tenha me criado sempre foi a minha amiga e a amo então tenho certeza que foi plano de Deus o meu nascimento eu creio.
    Ver o que Deus fez por nós e realmente incondicional a dor os cravos todo aquele sofrimento eram meus e seus … ele era santo inocente santo santo Eu amo esse Deus Lindo 🙂

    • Olá, Thalita,
      .
      fico feliz pela prova do amor de Deus que você é. Agarre-se nele, nunca saia de Seus caminhos e a cada vez que vier a tentação lembre-se dos cravos, minha irmã.
      .
      Deus te abençoe muito,
      mz

  6. Marcelo Freitas disse:

    Ninguém sabe melhor que Deus o que é tomar para si as dores alheias, sentir o peso do peso que deveríamos carregar, chorar junto, sentir o mesmo (ou até mais).

    Creio que se eu tivesse um(a) filho(a) e Ele dissesse: “Marcelo, a humanidade inteira está fadada à morte. O único jeito de salvá-los é dando seu(ua) filho(a) para morrer por eles, livrando-os de toda condenação.”, eu responderia: “Sinto muito, Senhor. Mas todos permanecerão fadados a morrer.”. Por isso que, particularmente, não gosto do termo “paixão” de Cristo. Prefiro “Amor” de Cristo, que, de tão grande, nos constrange. Pois, “se isso não for Amor, o oceano secou, não há estrelas no céu e as andorinhas não voam mais; Se isso não for amor, o céu não é real, tudo perde o valor se isso não for amor […]”.

    Deus seja contigo, mano =]

    • É isso, Marcelo. Como diz meu pai, no dia que você for pai vai saber direitinho o que significa a dor do filho.
      Sobre o termo “paixão”, na verdade ele é usado quando dizemos “paixão de Cristo” com o sentido de “sofrimento” e não do sentimento afetivo. É o significado original da palavra.
      Deus te abençoe, muito, mano, com esse amor indescritível. Abraço forte,
      mz

  7. Jéssica disse:

    Maurício, mais uma vez seu texto tocou profundamente meu coração.
    O amor do pai por nós é realmente um amor indescritível!
    Deus te abençoe poderosamente.
    Um abraço de carinho!

    • Olá, Jéssica,
      .
      Fico feliz por mais uma vez ter sido canal de bênçãos para você. Louvo a Deus por isso.
      .
      Que o Senhor a abençoe muito com Seu amor indescritível,
      mz

  8. Jacy disse:

    Olá,
    Maurício!!!
    Realmente ser pai ou mãe é sentir um amor indescritível!
    Você me fez lembrar de vários momentos que passei junto ao meu companheirinho de jornada, meu filho Marcus, nestes 11 anos juntos.Há uns 2 anos houve um episódio que literalmente tirou meu chão, porque fiquei tão apavorada que quase desmaio, mas tive que segurar a tensão e agir. O Marcus, correndo, caiu com o peito sobre um pedaço de madeira e eu vi tudo, corri e não evitei. Ele se levantou e sem ar, correu em minha direção, tentando chamar por mim, pedir socorro, quase desfalecendo. Meu Deus, que dia terrível. Eu fiquei desnorteada. Uma amiga minha conseguiu ajudá-lo a recobrar o fôlego e corremos para o hospital. Graças a Deus foi só um susto. E que susto, tanto para ele como para mim. Na semana seguinte ele iria viajar com o tio de férias, mas depois desse episódio ficou com medo e me disse; __Mãe, eu não vou viajar, vai que acontece algo de ruim e a senhora não vai estar lá perto de mim.”. Bom, quando assisto ao filme “A paixão de Cristo” e vejo as cenas de Maria, a mãe de Jesus, correndo ao encontro do filho, impotente, qurendo tê-lo em seus braços como se ainda fosse um bebê, nunca contenho as lágrimas, especialmente depois de ser mãe. Imagina Deus, o que não sentiu.
    Meu querido mano, mais uma vez o Senhor te usa para alcançar meu coração. A paz. Abçs.

    • Jacy, querida irmã,
      .
      Que bom que você entende aquilo que procurei descrever neste texto. Por caminhos às vezes dolorosos o Senhor nos ensina o que são seu amor e seu cuidado. Impressiona-me como Ele age.
      .
      Que Jesus abençoe e guarde você e Marcus,
      mz

  9. Leonardo Henrique Mazzo disse:

    Muito bom e lindo texto, Mauricio. Inclusive, já li o teu livro também “A Verdadeira Vitória do Cristão”, e o indiquei para meus familiares aqui próximos. Teu livro já chegou aqui no interior de SP viu. Deus é fiel! Abraço, em Cristo

    • Olá, Leonardo,
      .
      muito obrigado pelo carinho. Espero que o “A Verdadeira Vitória do Cristão” tenha edificado sua vida e venha a edificar os de sua família.
      .
      Abraço apertado, no amor do Senhor,
      mz

  10. Lana Benvindo disse:

    Olá Maurício, bom dia!!

    Passei por aqui para dizer que hoje pela manhã, eu estava meditando no amor de Jesus pela humanidade, pois minha filha de três aninhos tem me ensinado muitas coisas, e uma delas é que a segurança e a confiança que temos que em Deus, é a mesma segurança e confiança que um bebê sente quando está nos nossos braços, aprendi isso ouvindo a música esperança (Diante do Trono ) e me lembrando dos momentos em que eu a segurava: Tão frágil e indefesa, essa era e ainda é a minha filha (hoje ela tem três aninhos).Confesso também que eu não teria coragem de entregar a minha filha para morrer por um monte de gente ingrata e pecadora e que futuramente não irá reconhecer o Seu sacrifício. Hoje mesmo eu estava me questionando: Como pode as pessoas crerem em tantas coisas, mas lá no fundo, não conseguem crer que Jesus Cristo é o Senhor, que se entregou na cruz, pelos nossos pelos pecados, qual é a dificuldade nisso? Por que é tão difícil as pessoas crerem nisso? Que Ele se esvaziou, assumiu a forma de servo e se entregou, e tudo isso por nós?

    Um grande abraço a todos, e desculpa pelo desabafo mas hoje esse é o grito do meu coração,

    Paz seja convosco!

    Lana Benvindo

    • Olá, Lana,
      .
      por favor, não tem do que se desculpar. Seu depoimento é sincero e transparente. Se não formos assim com Deus, de que adianta sermos cristãos, não é? Reconhecer-nos como somos e nos insatisfazermos com nossos pecados é o início da redenção.
      .
      Grite à vontade, minha irmã, o APENAS também serve para isso.
      .
      Deus abençoe você e toda sua família,
      mz

  11. Jean disse:

    Zágari,amado!..

    Assim realmente você mata o papai (rs..rs),não da forma esdrúxula como diz a letra de um hit parade tupiniquim,mas de emoção ao lembrar daquilo que passamos com nossos filhos;do amor incondicional,de nossa renúncia,as lágrimas por ver a dor e o sofrimento dos nossos herdeiros.

    Ao expor suas sensações diante da enfermeira,lembrei-me das palavras do deputado mensaleiro ao seu inimigo político onde ele disse”você desperta em mim os instintos mais primitivos”,ou seja,nossa natureza carnal,inconvertível( dando uma de Rogério Magri,se lembra dele?me perdoe..rs), que traz à tona nossa pecaminosidade.Por nossos filhos,somos capazes de odiar,ser vingativos,maldizentes,agressores,enfim..tudo aquilo que vai contra aos ensinamentos de Cristo,porém a carne para nada aproveita,a estrutura de varão perfeito só teremos na eternidade.Até lá,seguiremos como pais aflitos,conscientes da nossa incapacidade de evitar o sofrimento de nossos filhos;choraremos,passaremos noites sem dormir,discutiremos,teremos desavenças tudo para protegê-los.
    Ainda assim,nossa atitude de pais terrenos zelosos e preocupados,não nos tirará a culpa oriunda de Adão que nos foi tirada na cruz ,mas que o mestre deixou bem claro que ela é inerente ao ser humano quando diz “Vós que sois maus,dão cousas boas aos seus filhos”.
    Engraçado como nossos pais são profetas da vida,dos nossos sentimentos futuros.”Você saberá quando for pai”..De fato,é uma expressão verdadeira e pessoal e intransferível.
    Me lembro que na minha adolescência ,quando pedia dinheiro pro meu pai pra ir à matinê do cinema e ele dizia “Não,posso.Papai não tem dinheiro”,achava que era pura maldade dele,sadismo;do tipo que não queria ver minha felicidade no rosto ao chegar em casa depois de assistir o blockbuster do momento..Que ignorância de minha parte!..Não sabia eu que aquilo lhe partia o coração;não ter o dinheiro pro meu cineminha.Hoje, sinto-me assim às vezes quando meu filho de 10 anos me pede algo e digo”não posso”,jamais quero que ele pense de mim o que pensei de meu pai.
    Enfim,amado.. são tantas dores,erros.acertos,choros,sorrisos,insônias,medos,alegrias,tristezas,tempestades,bonança,tudo que nos espera nessa relação de pais e filhos aqui na Terra;e o que importa de fato é o Amor;sim,ele o Amor que nos constrange assim,se comparado ao Amor de nosso Pai Celestial,Aquele que se doou no lugar de todos os seus filhos,que disse :”A culpa dos meus filhos é minha!!” e que com isso nos trouxe grande Salvação.
    Um abraço,irmão!..Continue compartilhando o ser humano Zágari,que mesmo crente em Jesus,sabe e reconhece a sua pequenez diante tão maravilhosa graça.
    A paz!!!

    • Olá, Jean,
      .
      obrigado por compartilhar tanto. É muito bom ver que os sentimentos que vivemos também alcançam outras pessoas, cada um com sua história de vida, mas com um fio condutor que nos alinhava a todos. Vejo que você compartilha comigo experiências como pai e como filho, tenha a certeza que Deus vai usar todas de algum modo por meio da susa vida.
      .
      Ai de mim se não reconhecesse minha pequenez, Jean, ai de mim. É o único caminho para conhecer a verdadeira enormidade do Nosso Senhor. Basta deitar no travesseiro e pensar em todos os pecados que cometemos ao longo do dia para nos pormos em nosso devido lugar. E ainda temos o Espirito Santo para nos auxiliar nessa difícil tarefa chamada contrição. Que ela nunca nos falte.
      .
      Obrigado pelo comentário tão bonito, mano. Louvo a Deus por sua vida. Um abraço carinhoso,
      mz

  12. anacarols3 disse:

    A paz…
    Me senti tão pequena diante da imensa prova de amor do Pai.
    Obrigado, pois além disso me fez perceber algumas atitudes como mãe.

    • Olá, Ana,
      .
      teu sentimento é uma prova de que você está mais perto de Deus do que imagina.
      .
      Eu que agradeço, minha irmã. Fico feliz que essas poucas palavras te foram úteis.
      .
      Deus abençoe você e toda a sua família,
      mz

  13. Teresa Mesquita disse:

    Eita que você veio mais impactante..Emocionada aqui. Que Deus continue aperfeiçoando mais ainda os seus caminhos!!

    Abraço!!

  14. Valderi Felizado da Silva disse:

    Mauricio, estive lendo alguns de seus posts e me surgiu uma dúvida.
    É sobre a Confissão Positiva.
    Li que a Confissão Positiva parece ser algo não-cristão e que alguns líderes evangélicos adotaram em suas pregações.
    Minha pergunta:
    Há na Bíblia muitos versículos falando da confissão.

    Crer com o coração e confessar com a boca;
    Que Jesus é o sumo-Sacerdote da nossa confissão;

    E ainda o fato de que o cristianismo, o verdadeiro, é confissão de fé em Jesus Cristo.

    Partindo disto, não poderíamos confessar que somos mais que vencedores em Cristo Jesus? Não poderíamos confessar que ele já levou os meus pecados? Não poderíamos confessar que pelas suas pisaduras já fomos sarados? Não poderemos confessar que o inimigo não nos pode tocar, pois Jesus já triunfou deles na cruz? Não poderíamos dizer que Cristo Jesus é o sumo-Sacerdote da nossa confissão?

    Ou a Confissão bíblica é diferente da confissão positiva?

    Aguardo para matar minha dúvida.

    • Olá, Valderi,
      .
      sua pergunta é muito pertinente e vai ao encontro do que muitos se questionam. Sobre o que você disse, vamos tentar esclarecer:
      .
      1. A origem da Confissão Positiva vem de religiões de Nova Era e, portanto, é satânica. É o poder do pensamento positivo com verniz cristão e bíblico e, portanto, é antibíblico e herético.
      .
      2. A hermenêutica nos ensina que uma doutrina jamais pode ser formulada a partir de um ou outro versículos, mas a partir dos que toda a Bíblia diz, em conjunto. O que a doutrina apócrifa da Confissão Positiva deixa de lado é a soberania de Deus. Se eu confessar, em nome de Jesus, crendo, por cem anos alguma coisa mas ela estiver contrária à vontade de Deus…simplesmente não vai acontecer. Lembre-se das palavras de Jesus no Pai Nosso: “seja feita a Tua vontade”. É a vontade de Deus que prevalece em tudo e não a minha fé ou as minhas palavras. Leia Romanos 9. Faça um teste prático: confesse, crendo, em nome de Jesus, que a cor dos seus olhos vai mudar. Espere. Se eles mudarem eu serei obrigado a concordar com você. Mas sou capaz de apostar que não mudarão. Outro teste: confesse, crendo, em nome de Jesus, que um homem cometa adultério. Será que Deus vai concordar com isso só porque você teve fé e confessou no nome de Cristo? Pois o que você pede é contrário à vontade divina. Compreende, Valderi?
      .
      3. Sobre sermos mais que vencedores em Jesus, você tem que entender o que isso significa. Significa que Jesus nos tornou vencedores sobre a a morte, o inferno e o diabo e, por mérito dele, ganhamos acesso à vida eterna. Não é vencedor no sentido de abençoado, mas no sentido de salvo. Remete à vida eterna e não a esta vida.
      .
      4. Sobre Isaías 53, leia o post “E quando Deus não cura – Parte 2/2“. Creio que ali está bem explicado.
      .
      5. Sugiro um pouco mais de cautela sobre o uso do termo “confissão”. Nas suas perguntas vejo que há conceitos diferentes – algo como “manga de camisa” e a “fruta manga”, é a mesma palavra mas com sentidos diferentes. Eu confessar (= tornar conhecidos) meus pecados ou confessar (= afirmar que eu reconheço) Jesus como meu Salvador são atitudes completamente diferentes de eu confessar (= decretar) que algo vai acontecer. Pois nesse caso, estou me tornando onipotente. Basta eu dizer, crendo, e vai ocorrer. A Confissão Positiva é heresia antibíblica exatamente por isso: atribui ao homem um poder que ele não tem e faz de Deus um escravo daquilo que eu digo: se eu disser ele “é obrigado” a fazer. Isso é um total absurdo bíblico. Pois Deus é soberano, faz o que quer, e nós somos pó. Portanto, é heresia.
      .
      6. Confissão positiva é heresia. Confissão bíblica pode ter significados diferentes, como vimos no item anterior, mas jamais significa eu dizer algo e a coisa acontecer porque eu quis. Não. Acontece se o que pedi estiver de acordo com o que Deus quer. Oração não é ordem, é súplica. Oração é pedido, rogo – jamais determinação ou ordem.
      .
      Espero ter esclarecido suas dúvidas, meu irmão. E que as respostas lhe ajudem a viver uma fé genuína, sabendo que Deus pode tudo e nós não podemos nada. Se você desejar se aprofundar nessa questão, o livro “A Verdadeira Vitória do Cristão” aborda exatamente isso, com embasamento bíblico e histórico. Basta clicar na foto do livro do lado esquerdo do blog e você saberá mais. E não recebo por suas vendas, portanto, nada do que aqui consta tem interesse financeiro ou comercial.
      .
      Que você viva sabendo que é sim mais que vencedor. Só resta saber exatamente o que isso significa de fato segundo a Bíblia.
      .
      Um abraço, querido, Jesus te abençoe,
      mz

      • Homem Sábio disse:

        Então é pecado ou erro confiar e crer, durante o dia, que Deus pode me curar?
        Só gostaria da sua opinião a respeito da viúva pobre e o juiz iníquo, ou do amigo inoportuno. E se a viúva e o amigo não mais os incomodassem pensando que a vontade deles não era atendê-los?

        Seja feita segundo a vontade dEle. Eu concordo perfeitamente.

        E se a vontade de Deus não é nos livrar da pornografia agora, do adultério, dos demônios encorporadores, do cigarro e das drogas que são PATOLOGIAS? Poderíamos praticá-los pensando que daqui a 10 anos, ou 1 ano, ou nunca nos livraria?

        O vício de drogas, principalmente do Crack, é uma doença, caso de saúde pública, reconhecida assim pela medicina. Como que fica? Ele pode falar que sua graça já basta?

        Mesmo casado, fiquei VICIADO em pornografia. Deus me curou. E isso, segundo os pesquisadores médicos, é uma patologia que faz o cérebro depender disso para relaxar. Entendi que é algo espiritual, e fui curado. Será que teria que dizer que a graça me bastava, enquanto praticava felação violentamente vendo tudo que é torpe, desde sexo com travesti a sexo com animal?

      • Querido irmão,
        .
        naturalmente não é pecado ou erro crer que Deus pode nos curar. Eu sofro de uma doença crônica e tenho absoluta convicção que ele pode me curar. Daí a afirmar, determinar, decretar que Ele o faça há uma distância enorme. Assim como eu sei que Ele pode ressuscitar mortos. Mas daí a dizer que um morto vai levantar do caixão porque eu chego no velório, creio e digo “em nome de Jesus, levanta-te” há uma distância enorme. Pois pode ser que Deus não queira que ele ressuscite. Percebe a diferença?
        .
        Quando Jesus conta a parábola da viúva é um incentivo para perserverarmos na oração. Não quer dizer que sempre que persistirmos seremos atendidos. A Bíblia e a vida prática nos mostram que isso não funciona assim.
        .
        Eu poderia lhe perguntar, de igual modo, sobre o espinho na carne de Paulo. O homem orou, creu, mas Deus simplesmente não quis tirar o espinho. Foi falta de fé? Não. Foi a vontade soberana de Deus prevalecendo sobre o desejo humano. Por isso que não podemos pegar uma passagem isolada das Escrituras para formular doutrinas. Recomendo um livro muito bom sobre o assunto, “Entendes o que lês?”, de Gordon Fee. Vai te ajudar muito a compreender isso.
        .
        Sobre a vontade de Deus, na cabe a mim, vaso de barro, dizer ao Oleiro o que Ele deve desejar, fazer, querer ou pensar. Volto a recomendar que leia Romanos 9. Quem tem que dizer que a graça te basta não é você mesmo, é Deus, mano. Com todo carinho, me parece que você está confundindo um ponto: o fato de não ordenarmos a Deus o que fazer não quer dizer que devemos nos conformar. Não é isso. O grande problema está em “mandar em Deus” em vez de “suplicar a Deus”. Repare que Paulo não manda Deus tirar o espinho na carne. Ele pede. Jesus, na oração do Pai Nosso e em todas as outras orações, mesmo sendo ele mesmo Deus, nunca diz ao Pai o que fazer, mas sempre pede. “SE POSSÍVEL afasta de mim esse cálice”, lembra? Esse é o padrão que devemos seguir.
        .
        Deus o abençoe, querido, com seu amor e sua paz,
        mz

  15. Rodrigo disse:

    Ainda não sou pai, só de imaginar já me afloram tantos sentimentos..

    Qnd penso na Cruz, naquilo que Cristo fez por nós, só me vem uma palavra em mente: Gratidão.

    Deus nos abençoe,
    Continue escrevendo meu irmão.

    No amor de Jesus.

    R.

    • Oi, Rodrigo,
      .
      fico feliz que essas reflexões te tragam a esse patamar de relacionamento com o Pai, querido.
      .
      Enquanto o Senhor permitir, escreverei, mano.
      .
      Deus abençoe você e toda a sua família. Em Seu amor,
      mz

  16. isac disse:

    Post belíssimo, Irmão Mauricio. Fico muito feliz e louvo a DEUS por sua vida! vejo que você é um pai de Verdade… Deus é maravilhoso!

    • Obrigado pelo carinho, querido Isac.
      Procuro ser um bom pai. Sigo tentando, pela graça de Deus – errando aqui, acertando ali…
      .
      Grande abraço, na paz de Cristo,
      mz

  17. Erick Oliveira disse:

    Obrigado cara novamente,
    pelos seus excelentes post.

    Deus abencoe voce, e toda sua familia,
    hoje, amanha e para todo sempre.

    Abraços

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