Muitos irmãos perguntam o que entendo ser “boa música evangélica”. Essencialmente, me baseio em três fatores como critério. Primeiro: a letra tem de ser bíblica. Segundo: a letra tem de ser bíblica. Terceiro: a letra tem de ser bíblica. Pronto. Quando falo isso, a reação em 100% dos casos é uma cara de espanto ou um riso e a pergunta “ahn, só isso?”. E aí começa uma série de perguntas, como “mas o compositor não tem que ser crente?”, “e se for uma versão de uma música secular?”, “e se o cantor estiver vivendo em pecado?” e outras que você certamente já conhece. A esse respeito já discorri bastante no texto “Cristão deve ouvir música do mundo?“, mas volto ao assunto para fazer mais algumas observações sobre o tema.

Quando falamos de “música evangélica” estamos nos referindo basicamente a quatro tipos de canções, cada um com uma finalidade específica. Primeiro, pode ser um louvor (palavra que etimologicamente significa “elogio”) e, nesse caso, precisa necessariamente ser teocêntrico. Ou seja, tem que ter como foco Deus (Pai, Filho ou Espírito Santo). Pois cantar um louvor é exaltar a pessoa de Deus e/ou os seus feitos. Não se pode dizer que um louvor é uma música que fale sobre a vida de Sansão, por exemplo. O louvor torna-se, assim, o tipo de música cristã básico e principal nos cultos, uma vez que a finalidade das reuniões públicas que chamamos “culto”, por definição, é a adoração e a exaltação do Senhor.

“Músicas evangélicas” também podem ser canções acerca de temas bíblicos mas que tenham um caráter didático. É o caso, por exemplo, de cantigas infantis, que servem para ensinar histórias bíblicas ou verdades da fé para crianças, como “Homenzinho torto“. Nesse caso, os holofotes não estão especificamente sobre o Senhor, como no louvor, mas também no homem, para cuja edificação e aprendizado essas canções foram compostas. Louvor é algo para Deus; músicas de caráter didático são sobre Deus para o homem.

Há ainda um terceiro tipo, que não é nem louvor nem algo didático, mas simplesmente músicas que se referem a realidades do universo cristão. Nesse terceiro grupo há variações, como as que servem para edificar, consolar ou exortar os que ouvem – como “O mover do Espírito” (“Quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é alguém tão importante para Deus…”) – ou as que promovem a comunhão – como “Visitante” (“Visitante, seja bem-vindo, sua presença é um prazer…”).

Por fim, o quarto grupo são músicas cujas letras remetem às coisas de Deus mas servem para o entretenimento e o prazer de quem escuta, como aquelas canções que alcançam sensorialmente e esteticamente quem ouve – da mesma forma que uma composição de Tom Jobim faria – e podem trazer elementos dos outros três tipos. Em geral, contam com um apuro harmônico e uma poesia fina nas letras. É o caso de “O Tapeceiro“, de Stênio Marcius.

Nenhum desses tipos de música cristã é depreciativo. Eles diferem essencialmente em sua finalidade. É bom que Deus seja enaltecido e louvado. É bom que aprendamos sobre as coisas de Deus. É bom que haja canções que nos remetam e conduzam para o universo da fé. E é bom que as Escrituras inspirem artistas a criar obras que nos proporcionem deleite.

Algo que costuma confundir muito as pessoas é a divisão da música cristã em “hinos” e “corinhos”. Isso não existe. É simplesmente uma convenção cultural, que classifica entre os “hinos” as canções mais antigas ou que constam de algum hinário cristão e “corinhos” algo mais recente, que de repente foi lançado em CD e toca (ou tocou) nas rádios. Assim, essa é uma mera convenção cronológica, mas não existe absolutamente nenhuma diferenciação espiritual entre uma música da Harpa Cristã e uma cantada por Heloisa Rosa, por exemplo. Em si mesmas, nada as difere enquanto finalidade.

A questão do estilo também incomoda muitos. Mas, para entender isso, precisamos observar algo sobre música. Toda música é composta de ritmo, melodia e harmonia. Em termos bem populares, podemos dizer que o ritmo é a “batida”, a “velocidade”; a melodia é o “lá lá lá”, aquilo que você assobia quando lembra de uma canção; e a harmonia é o conjunto de todas as melodias envolvidas na formatação final. Existem conceitos periféricos, como o arranjo, que é a forma de se apresentar uma mesma música, organizando esses três itens juntos (um hino do século 16 pode ser tocado como rock, por exemplo, dependendo do arranjo que se faz).

Assim, um estilo não define se uma música é ou não cristã, louvor ou o que for. É uma mera forma de se apresentar uma canção. Você encontra músicas evangélicas de estilos bem variados. “Leão da Tribo de Judá” (“Ele é o Leão da Tribo de Judá, Jesus quebrou nossas cadeias e nos libertou…”) é um rock. Já “Fonte de água viva” (“Aquele que tem sede busca beber da água que Cristo dá…”) é axé, igualzinho a Timbalada (e não faça careta, é o que é), embora possa ser tocada como reggae (ouça aqui). “Desemborca o vaso” (“Desemborca o vaso, dê glória, e seja cheio até transbordar…”) é forró. E por aí vai. Em geral, este é um aspecto que gera muita rejeição. Uns defendem que rock é do diabo, por exemplo, mas cantam na igreja, sem se dar conta, diversas músicas cristãs que têm estilo rock. Biblicamente não se pode desmerecer um estilo, trata-se de gosto pessoal. Como já ouvi, “não existe fá maior do diabo e dó sustenido de Deus”.

Assim, há quem goste dos “corinhos de fogo” (que nada mais são do que músicas em ritmo de forró e letras bem pentecostais). Há quem prefira o tipo pop mais comum, como as canções de Diante do Trono, Kleber Lucas e Marquinhos Gomes. Ou os que só considerem audíveis as que são estilo MPB, como Gerson Borges e Glauber Plaça. É geralmente no quesito “gosto pessoal” que surgem os maiores problemas. Quem gosta dos “corinhos de fogo” vai dizer que Gerson Borges é “frio e sem unção”. Quem gosta de João Alexandre vai dizer que Fernanda Brum é “música pasteurizada, clichê e sem criatividade” (e que fique claro que, naturalmente, estou generalizando).  E por aí seguimos, numa discussão que nunca terá fim.

Eu, particularmente, não gosto do que canta Cassiane. Não gosto de alguns hinos da Harpa Cristã. Mas o que eu gosto é absolutamente irrelevante para definir se uma música cumpre o seu propósito para com Deus. Gosto pessoal não entra na equação. Um louvor, por exemplo, não tem que me agradar ou agradar você, tem que agradar Deus. Então posso muito bem cantar algo que não me toca a alma mas racionalmente sei que engrandece o Senhor. É um erro achar que “boa música evangélica” é a que nos leva a um estado de profunda emoção ou catarse. Ela pode ou não fazer isso – o que não quer dizer nada em termos espirituais. Quando ouço árias de ópera, como “Nessun dorma” ou “Vesti la giubba” me emociono profundamente e choro com frequência – o que não quer dizer nada em termos espirituais, Placido Domingo não tem mais unção por causa disso. É simplesmente algo que move meu coração poeticamente e liricamente. A exata mesma coisa se dá com músicas cristãs: uma canção de Michael W. Smith me conduzir às lágrimas não atesta nada sobre sua unção, simplesmente é algo que me comove – o que não quer dizer que não tenha unção, simplesmente lágrimas não são o termômetro que define o “grau” de unção de uma música.

Estamos muito acostumados ao emocionalismo. Fomos ensinados que “unção” tem a ver com o que eu sinto na hora em que canto. Nada menos verdadeiro, senão o violino do judeu Yitzhak Perlman tocando o tema de “A lista de Schindler” ou “Por una cabeza“, de Carlos Gardel, seria a coisa mais ungida do mundo. Temos de repensar, reaprender isso: o que sinto num momento de louvor não importa perto do que eu afirmo racionalmente. Louvor é algo racional. Música didática é algo racional. Se houver emoção, ótimo, quem não gosta? Mas se não, não faz biblicamente nenhuma diferença.

Em resumo, entendo que “boa música evangélica” é a que cumpre a finalidade para a qual foi composta – e é bíblica. Se foi concebida para ser um louvor, deve exaltar Deus e seus feitos de modo que a criatura agrade o Criador. Se foi concebida para ser didática, deve ensinar bem quem ouve acerca do que transmite. Se foi concebida para levar os irmãos à comunhão, deve fazê-lo de forma ordenada e natural. E se foi concebida para ser ouvida e apreciada, deve ser bela aos ouvidos de quem ouve. Tudo isso independentemente de estilo, ritmo, melodia, quem canta, quem compôs, se é ou não versão e muito menos se provoca emoção. Mas, sempre, tem de ser bíblica. Se não for… não é música cristã.

Para terminar, compartilho aqui algumas músicas cristãs de que gosto (repare que usei propositalmente o verbo gostar) e que se encaixam no que defendo neste texto. Escolhi artistas bem variados (posso gostar deles ou não).

Entre os louvores, posso dar o exemplo de “Vencendo vem Jesus”. Muitos não sabem, mas ela é uma versão de uma música secular. Conhecidíssima, trata-se de uma canção de batalha da Guerra Civil americana que fala sobre a morte de um soldado chamado John Brown – mas que teve sua letra trocada para uma de temática cristã por uma irmã em Cristo chamada Julia Ward Howe e hoje está em hinários como a Harpa Cristã. Mostro aqui duas versões, repare a diferença de estilo. Primeiro algo bem pop rock, na voz de Kleber Lucas:

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Note que a mesma música aqui é cantada com um arranjo muito diferente, na voz de Mattos Nascimento:

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Outro louvor: “Agnus Dei” (em latim, “Cordeiro de Deus”), de Michael W. Smith, uma música de letra simples mas de profunda exaltação ao Senhor. Diz, simplesmente: “Aleluia, pois nosso Senhor, o Deus Todo-Poderoso, reina. Santo, Santo és tu, Senhor Deus Todo-Poderoso. Digno é o Cordeiro”.

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Do segundo grupo, músicas didáticas, “Quisera ser como Sansão”:

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Do terceiro grupo, escolhi, primeiro, “Galhos secos”, na voz de Paulo Cesar Baruk:

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Ainda no terceiro grupo há canções como “Perfeito amor”, de Oficina G3:

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Por fim, no quarto grupo, há “Janelas”, do querido e talentoso Gerson Borges. Interessante é que, para quem não conhece, é uma canção que poderia passar até por secular. Mas na verdade se refere à parábola do Filho Pródigo:

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Termino dizendo apenas que meu desejo utópico é que as diferenças de opinião acerca da música evangélica (eu prefiro a designação “música cristã”, a propósito) não nos desunissem enquanto Igreja. Que respeitássemos os gostos pessoais, abraçassemos verdades e não achismos e que tivéssemos mais tolerância com aquilo que não nos agrada pessoalmente. Que parássemos de gastar tempo discutindo sobre se uma canção é versão de música secular ou não (muitas das que você canta são, sem saber, inclusive dos hinários como Harpa Cristã e Cantor Cristão) e outras questões que não têm nenhuma importância. Deveríamos nos lembrar sempre das palavras do rei Davi: “Um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Salmos 51.17) e ter a certeza de que, se de um coração como esse parte um cântico a Deus, certamente Ele não desprezará o que se canta. Infelizmente, quando vejo conversas sobre música evangélica é mais para levantar polêmicas e gerar desacordos do que para promover a união e a unidade do Corpo. E, assim, a glória de Deus.

A música é bíblica? Cumpre seu propósito espiritual? É entoada por um coração quebrantado? É cantada para a glória de Deus e não dos homens? Então que a cantemos com paz na alma e a certeza de que Deus agrada-se de nosso perfeito louvor.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

comentários
  1. Rodrigo disse:

    Bom dia meu irmão, tudo bem?

    Excelente texto, repassei para alguns amigos.

    Nós temos um ministério de rap gospel e várias pessoas tem preconceito com o ritmo e por isso tentam “demonizar” o rap.. risos. Mas é oq sempre dizemos, oq torna uma música profana é a letra e não a batida.

    Um abraço.
    Continue.

    No amor de Jesus.

    R

    • Olá, Rodrigo,
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      que bom que gostou do texto, mano.
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      A própria palavra “Rap” é o acróstico de “Rythm and poetry”, ou seja, “ritmo e poesia”. Não vejo o que há de pecado em um ritmo ou em uma poesia se fala de temas bíblicos com correção.
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      Abraço forte, querido, Deus te abençoe,
      mz

    • Matheus Henrique disse:

      Ola Mauricio,

      Voce tocou num ponto que me trouxe uma duvida. Na verdade, a musica que voce usou como exemplo era exatamente a que eu estava na mente por esses dias. Trata-se da seguinte questao: aprendi recentemente sobre a teocentricidade e conteudo biblico das musicas cristas. Por isso reorganizei o que ouvia. Descobri que grande parte das musicas e cantores que ouvia e gostava nao passava de um louvor ao homem, antropocentrismo.

      Mas, como definir a diferenca entre uma musica, nas suas palavras, “servem para edificar, consolar ou exortar” e musicas antroprocentricas? Eu disse que o exemplo que voce usou foi otimo, no caso da cancao “O mover do Espirito”. Eu cresci ouvindo esta cancao. Mas parei para analisar e me perguntei? Seria antroponcentrismo dizer “quero que valorize o que voce tem, voce eh um ser, voce eh alguem, TAO IMPORTANTE para Deus”? Como definir a diferenca? Entendeu meu questionamento?

      Desde ja, agradeco.

      Matheus.

      p.s.: perdoe-me a falta de acentuacao. Estou usando um teclado padrao americano, rs

      • Olá, Matheus,
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        sua dúvida é pertinente. Eu entendo que o louvor tem que ser teocêntrico, mas os outros gêneros não necessariamente, esses têm que ser bíblicos para serem chamados de “música cristã”. “O mover do Espírito”, é uma música sobre uma realidade do universo bíblico, a importância do ser humano dentro do grande esquema de Deus. Se você entende que somos a coroa da Criação, que somos a imagem e semelhança de Deus, falar sobre o homem da perspectiva bíblica é absolutamente aceitável. Mas não é louvor. Por exemplo, quando você diz “quão bom e quão maravilhoso é que os irmãos vivam em união” está fazendo uma referência ao salmo 133. Logo, é bíblica. Não é teocêntrica mas é bíblica. Portanto, é cristã.
        .
        O que não podemos é crer que “louvor antropocêntrico” existe, isso seria uma aberração. Louvar é exaltar Deus e aquilo que Ele fez e faz. Ponto. Não dá pra falar que “Ao amigo distante”, de Cristina Mel (por exemplo), é louvor. Não é. É uma música que fala de amizade, sob a sombra do cristianismo.
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        Percebe a diferença? Espero ter ajudado, mano.
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        Deus te abençoe,
        mz

      • Matheus Henrique disse:

        Entendi sim, Zagari. Obrigado! Agora, se me permite, mais uma questao. Tenho visto muitos defenderem que o ritmo eh neutro e que so a letra importa. Inclusive muitos reformados, homems compromissados com Deus tem passado a defender esta ideia. Eu tenho buscado e esperado em Deus uma resposta quanto a isso. Sei que demanda experiencia e sabedoria. Digo isso pois conheco a argumentacao dos dois lados (os que dizem que importa e os que dizem que nao).

        Houve ate ano passado um grande homem de Deus aqui nos Estados Unidos que bradava contra uso de Rock e outros ritmos no louvor. Reverendo David Wilkerson morreu afirmando que rock eh estilo musical pecaminoso e inapropriado (“musica do diabo”, em suas proprias palavras). Nao ouso deixar as palavras deste santo homem de Deus passarem em vao. E nao tenho deixado.

        Conquanto a arte em si seja neutra, e ai muito bem ensinou Calvino sobre graca comum) suas manifestacoes, dado que provem de uma raca decaida, podem nao ser. Do mesmo jeito que a arte denominada de “grafia” (qualquer expressao descricao, seja visual ou literaria) eh neutra, sabemos que a PORNOgrafia nao eh. Nao deveria eu analisar da mesma forma a musica? Nao seria musica no geral algo neutro, mas certos tipos de musica nao? Deveria um crente aceitar fazer “louvor” com estilos claramente erotizantes como funk e outros ritmos populares, por exemplo?

        O que voce pensa disso?

        Grato pela ajuda!

        Fique na paz!

      • Salve, mano,
        .
        penso que isso depende de cada pessoa. Respeitando Rev. Wilkerson, mantenho minha postura. Veja: tenho um amigo que foi criado no interior e o estilo que ele mais aprecia é o que poderíamos chamar de “sertanejo brega”. Ele simplesmente vai ao céu quando ouve musicas cristãs nesse estilo. A mim incomoda profundamente. Por outro lado, eu cresci ouvindo rock. Consigo fazer o religare com Deus com musicas se grupos que muitos acham insuportáveis de rock e até heavy metal. Portanto; continuo crendo que é uma questão de gosto pessoal. Certas pessoas entendem que só Vencedores por Cristo são bom rock gospel. Outras dizem, como já ouvi, que eles são “devagar, quase parando”. Então que dizer? Afirmar que um estilo é inapropriado ao louvor se existem centenas que conseguem louvar a Deus com um coração contrito ouvindo tal estilo? Não posso afirmar isso. Dizer que rock é do diabo é me dizer que um estilo que já me aproximou muitas e muitas vezes de Deus é do diabo. Não faz sentido.
        .
        É o que creio, Matheus. Penso que há muito preconceito e aplicação de gosto pessoal como critério. Mas pouca reflexão.
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        Deus te abençoe, querido,
        mz

      • Matheus Henrique disse:

        Entendi Zagari, embora tive dificuldades de aceitar. Sera que quando “alguem vai ao ceu” com um ritmo, isso nao seria por que nosso gosto pessoal assim o prefere? E na medida que o louvor eh para Deus, e nao para minha satisfacao, nao deveria eu renega-los neste momento? Enfim, creio que seria uma discussao interminavel! kkkkk =)

        Mas respeito sua opiniao bem comos de muitos outros nesse aspecto! Obrigadopela atencao dedicada! Fique na paz!

      • É natural ter dificuldades de aceitar algo que contraria uma crença de muito tempo, Matheus. Já passei por isso diversas vezes.
        .
        Sobre “ir ao céu” é exatamente isso a que me referi, pois no caso o estilo referido é do gosto pessoal da pessoa. Na verdade vejo a questão como algo simples, não penso que seja complexa – desde que estejamos dispostos a ter a humildade de aceitar algo de que discordávamos e não nos arraiguemos a uma pseudoverdade a partir do momento em que vemos que a coisa não é bem daquele jeito.
        .
        Obrigado pelo carinho, eu que agradeço, não tem o que agradecer. No que precisar é só falar.
        .
        Paz seja contigo, mano,
        mz

  2. Rosilda disse:

    A paz irmão…nossa realmente cheguei a conclusão que não estou bem certa do que ouço.Que seja a canção que realmente possa agradar Deus!! gosto de ozeias de paula, luis e carvalho, sofia cardoso, alíás meu gosto e das cançoes mas antigas que pra mim tem algo mas verdadeiro…. vejo em muitas cancões atuais a preocupação em se rimar as letras ou dar a entender que sempre temos que estar por “cima”, de certa forma nos “vingar-mos do inimigo” enfim eu prefiro as mais antigas será que estou certa? fiquei agora mais atenta! depois do seu post de hoje….um Abraço.

    • Olá, Rosilda, a paz de Cristo,
      .
      penso que o que torna uma música cristã bíblica não é a época em que ela foi composta. É um erro dizer que as antigas músicas eram melhores que as atuais ou vice-versa. Há músicas com erros teológicos entre as antigas e há músicas com erros teológicos entre as atuais. Muitas músicas antigas são muito corretas biblicamente e muitas músicas atuais são muito corretas biblicamente. Nos atermos à época em que uma canção cristã foi escrita como parâmetro de correção teológica é uma atitude desprovida de base bíblica, é puro preconceito.
      .
      Um exemplo: meu hino preferido da Harpa Cristã é o 4. É uma canção bem antiga. Mas ela tem uma estrofe que nunca canto, por discordar frontalmente do que diz:

      “Tudo o que pedes, Ele fará;
      Deus vetará por ti;
      E o que precisas, não negará.
      Deus velará por ti.”
      .
      Essa é simplesmente uma afirmação antibíblica, pois é fato que nem tudo o que eu pedir Deus fará. Mas o resto do hino é lindo, já falou muito ao meu coração. É é antigo. Então eu o canto sem nunca afirmar essa estrofe, pois está errada.
      .
      Entendo que a saída, Rosilda, é uma análise cuidadosa do que se canta, seja um hino antigo ou novo. Leia a letra, compare com a bíblia e selecione o que sairá de seus lábios. É minha sugestão.
      .
      Deus te abençoe,
      mz

      • Rosilda disse:

        Obrigada pela sugestão…já tenho feito isso desde que li seu post ” cristão deve ouvir música do mundo”…só que tenho um dilema na igreja em que congrego…temos um grupo de umas 100 irmãs que cantam, e que as regentes escolhem hinos que muita vezes estão grosseiramente fora do contexto bíblico… mas que estão na “moda ” do momento…..fico pensando canto no grupo ou não se exponho esse erro a elas regentes..sou a “cricri” do grupo enfim acabo não dizendo nada…mas sinto me mal e mas ainda que o próprio Deus não recebe esse louvor…irmão maurício, desculpe o desabafo….mas gosto de suas idéias…e vejo em você um cristão inteligente e “pé no chão” …Ah!! sim seus post tem me ajudado muito…abraço!

      • Rosilda,
        .
        me alegro que os posts do blog têm te ajudado.
        .
        A meu ver você tem dois caminhos: ou você não fala nada e se retira do grupo, caso sinta-se mal cantando o repertório escolhido; ou procura a responsável e com muito amor e tato tenta mostrar a ela exatamente o que é antibiblico no que se canta. Certa vez estava em um lugar em que se cantou uma música que dizia que os anjos não contemplam a face de Deus. Só que o Evangelho de Marcos afirma que os anjos veem o rosto do Senhor. Então procurei o responsável e lhe mostrei a passagem em questão. Pois uma coisa, Rosilda, é você dizer, outra coisa é mostrar na Biblia.
        .
        Espero que você consiga resolver essa situação sem que ninguem se sinta mal. É minha sincera oração.
        .
        Deus te abençoe muito,
        mz

  3. Alessandra (Lelê) disse:

    Sábias palavras, Mauricio.
    Gosto pessoal é algo indiscutível. E o louvor ao Senhor pode vir através de música, de atitudes que condizem com a palavra de Deus, em um aperto de mão e até na forma de silêncio.
    As músicas só são uma forma de louvar a Deus.
    Louvo a Deus por mais esta aula!
    Com carinho p/ a familia toda,
    Lelê

  4. A paz de Cristo,

    Parabéns pelo excelente artigo e complicado quando as pessoas tem certa dificuldade de separar o seu gosto musical do que realmente dever ser analisada a escritura.
    Temos que realmente cantar as escrituras e essa analise feita por você e muito interessante, pois a certos paradigmas que devem ser derrubados, por exemplo, quando perguntamos em uma conversa informal a um irmão:
    Qual estilo de musica você gosta?
    Alguns geralmente responde louvor e adoração,mas se for colocar em pauta louvor e adoração pode ser em qualquer ritmo,lógico colocando o bom senso em pratica,o mais importante a ser cantado e as verdades das escrituras.

    • Olá, Elieser,
      .
      grato pelas palavras, fico feliz que te edificou o texto.
      .
      É isso mesmo, querido, sua percepção reflete bem o que ocorre.
      .
      Abraço grande, Deus te abençoe muito,
      mz

  5. Felipe Souza disse:

    Bom dia!!

    Deixa te perguntar uma coisa, sobre as musicas que a igreja Bola de neve canta, ja ouvi falar que essa igreja é uma “seita” voce sabe algo sobre isso? é que eu ja fui varias vezes nessa igreja e nao vi nada de mais.

    • Olá, Felipe,
      .
      até onde eu sei, a Bola de Neve é uma igreja cristã e não uma seita. Eles usam formas e estratégias voltadas para um certo tipo de pessoa, como sufistas e jovens. Mas já assisti a pregações de pastores da Bola de Neve que foram perfeitas biblicamente. Não chamaria de seita. Até onde eu sei (e sei pouco), é uma igreja cristã e com uma doutrina correta, porém com uma liturgia ousada.
      .
      Deus te abençoe,
      mz

      • Zulmira Borges disse:

        A paz Maurício,

        Ótimo texto, como sempre faço com meus contatos, vou repassá-lo.
        Eu sou meio desligada, e meu esposo comentou sobre músicas pentecostais e o tanto que elas cantam sobre o inimigo, e fui prestar atenção, e verdade seja dita, é custoso (expressão dos goiânos)de ouvir e cantar
        Meus dois adolescentes já classificaram meu gosto musical como enfadonho e cafona(algumas do Alvaro Tito, João Alexandre, Asaf Borba, grupo Logos, etc.
        Percebo uma sutil mudança nos seus textos, e nem por isso deixou de ser bons.

        Deus te abençõe, e que seja sempre inspirado para escrever nos edificando, exortando e ensinando.

      • Oi, Zulmira,
        .
        obrigado com o carinho com o texto, espero que abençoe seus contatos.
        .
        No caso das diferenças de gosto entre o seu e seus filhos, é questão de gerações mesmo, minha mãe até hoje acha que só filmes em preto e branco são bons rs.
        .
        Espero que a mudança que você detectou seja para melhor, mana. Qual seria sua crítica?
        .
        Faço teu desejo a minha oração, Zulmira, que o Senhor me ilumine sempre para que eu escreva o que Ele quer e não eu.
        .
        Deus te abençoe muito,
        mz

  6. Jose Gad disse:

    Oi Maurício,
    Graça e paz sejam contigo.

    E aí nobre irmão amigo, como esta?

    Lembro de quando me converti pela primeira vez (Zágari, existe “crente” desviado? – se esta crendo, poderia estar fora do caminho?), lá pelos idos da década de 90. Na época comecei a ouvir as músicas cristãs e dar vazão ao estilo que mais agradava-me. Houve entretanto, alguns conflitos, daquilo que eu gostava com o que os meus lideres achavam que era certo (que Deus continue abrindo a mente deles).

    Houve situações que tive que queimar algumas roupas porque eles talharam como “mundanas”. Também tive que quebras alguns discos/fitas porque foram considerados “mundanos”. E pior, se eu colocasse os discos/fitas para “tocarem ao contrário, veria que tudo aquilo tinha o dedo do diabo”.

    Mais tarde percebi que muita coisa não passava de gostos pessoais, e que em parte eles também curtiram coisas que poderiam ter sido consideradas “do mundo”.

    Ainda hoje alguns de nós são “julgados” por aquilo que temos (patrimônio), e também, por aquilo que ouvimos, lemos ou assistimos. É claro que dentre essas vertentes existem coisas que realmente não devemos, como cristãos, nem ouvir, ler ou assistir.

    Graças a Deus percebi em tempo que gosto musical é algo muito, mais muito pessoal. E não é isso que torna uma pessoa nem mais nem menos santa do que outra. Ainda continuo resistente a ouvir alguns estilos (gosto pessoal,puro e simples), e desde que eu não seja “obrigado a compartilhar meus ouvidos” para uma música da qual não me agrado e/ou discordo da letra, tudo bem.
    Mas no caso da letra ser antibíblica, no que for possível, tento dialogar com a pessoa a respeito do assunto.

    Nisso o seu post é muito importante para nós, pois ratifica os pensamentos de uns e leva outros a refletir a respeito daquilo que tem ouvido, levando em consideração os pilares que você pontuou.

    E olha que ironia! Num daqueles vales da sombra da morte em que estive… fui a uma livraria cristã comprar um livro, e lá estava o lançamento da Cassiane – Sementes da Fé. Tirando algumas musicas com estilos dos quais eu não me agradava, achei-o muito importante no meu retorno à comunhão com a Igreja, pois ajudaram-me refletir e quebrantar meu coração, rsss.

    Uma semana de bençãos em sua vida, nobre amigo.
    Abraço fraternal,
    José.

    • Oi, José, graça e paz.
      .
      Se a pessoa crê em Jesus como Senhor e Salvador pessoal e pratica as obras do arrependimento ele é salvo, segundo a Bíblia, mas se não vai à igreja está fora da comunhão com os irmãos. O que é um erro.
      .
      Sobre o que você falou, é bem por aí mesmo. Há muita confusão entre espiritualidade sadia e gostos individuais, além de um enorme misticismo. Por alguma razão a música é uma área muito afetada pelo misticismo, em especial no meio pentecostal – e falo como pentecostal que sou.
      .
      Fico feliz que as músicas de Cassiane te aproximaram de Deus. Como defendo no texto, foram canções que cumpriram seu propósito. Meu gosto pessoal é irrelevante nessa questão.
      .
      Deus te abençoe muito, querido, uma ótima semana pra ti,
      mz

  7. Marco Juric disse:

    Boa tarde Zágari!

    Concordo plenamente!

    Abração cara!

  8. Jean disse:

    Amado Zágari,graça e paz!

    Quer tema pra discussões sem fim,fale sobre música..é na lata,logo surgem discussões acaloradas,defesa de estilos,demonização de ritmos,ataques de fãs-clubes(?) e por aí vai..
    Concordo que o melhor critério de avaliação é a letra fundamentada nas Escrituras.Há muitas aberrações teológicas em hinos com bela harmonia e arranjos impecáveis que na minha opinião,desqualificam a música de cara.
    Sou eclético no gosto musical,mas tem coisas que são difíceis de aturar.Em nome do louvor a Deus,e com o avanço da tecnologia que proporciona a produção de cds em casa,tem muita coisa de mau gosto sendo produzida.É difícil imaginar que haja propósito sincero em algumas coisas que se ouve por aí;tudo hoje é o mercado,mercado este que rende muito dinheiro e atrai cada vez mais candidatos à estrela gospel.
    Como disse,se formos esmiuçar cheira mal.Mas o propósito não é este,mas sim refletir sobre a boa música cristã,coisa rara nos dias de hoje.
    Um abraço.

    • Salve, Jean,
      .
      não há dúvida que tocar no assunto é mexer no vespeiro. Mas há tanta gente deixando de desfrutar de uma boa relação com Deus por causa de tabus nesse assunto que tentar elaborar essa questão é um esforço para trazer alguns a despir-se do que não é relevante e se concentrar no que de fato importa nesse relacionamento tão bonito com o Senhor.
      .
      Entendo o que você fala. Sobre as coisas difíceis de aturar, é uma questão de gosto. Quem suportava “tapinha não doi”? Haja domínio próprio para aguentar coisas como essa. Mas foi o hit do verão, fazer o quê, não é? Vende porque há quem compre. E a comercialização da música “cristã” é uma pena quando ela é feita com esse fim. Meu consolo é que um coração contrito pode entoar um louvor sincero a partir de algo que foi feito com metas puramente mercantis. Coisa de nossos tempos.
      .
      Abraço, querido, Deus o abençoe muito,
      mz

  9. Carla disse:

    O que dizer? Eu como cantora não saberia classificar tão bem como vc fez. Quer dizer que até de música vc entende? rsrs…

    A 4ª classificação eu costumo chamar de músicas para o nosso próprio deleite. Eu não vejo nenhum mal. Mas existem aquelas pessoas que não gostam desse tipo de música, outras que abominam a palavra “show” , se o cantor não pregar ele não cristão, se chamar de banda ou cantor é mundano (tem que ser ministério ou adorador), se não cita o nome de Deus é secular… e por aí vai. Eu tenho tentado complicar menos a vida, sabe?
    Mas tem umas que não descem mesmo, não. rsrsrs…
    A paz do Senhor, mano!
    Que Deus te abençoe.

    • Olá, Carla,
      .
      você é muito gentil, obrigado pelas palavras bondosas. Tenho certeza que você explanaria bem melhor do que eu.
      .
      Eu entendo que o problema está que muitos vendem um show como sendo louvor. Aí realmente fica complicado. Se fica claro que uma apresentação artística é uma apresentação artística a finalidade é clara. Mas mascará-la de “louvor” é feio. Moro no Rio e aqui há uma casa de espetáculos chamada Canecão. Já fui lá assistir ao Harlem Gospel Choir. Mas em momento algum se divulgou aquilo como um evento evangelistico ou coisa do gênero. A maioria do público não era evangélica e estava lá para apreciar boa música. Vi com bons olhos aquilo. Então se é um louvor, que vamos para louvar, que não se cobre entrada, que se faça num santuário etc. Se é show é show. Mas que todos saibam do que se trata – assim, poderão ir sem se sentir enganados ou escandalizados.
      .
      Obrigado pelo carinho, Carla, Deus te abençoe,
      mz

      • Carla disse:

        Ainda estou aqui. rsrs
        Puxa! É exatamente isso que eu tento explicar para as pessoas. “Se fica claro que uma apresentação artística é uma apresentação artística a finalidade é clara. Mas mascará-la de “louvor” é feio.” Concordo plenamente. Mas talvez alguns tenham vergonha de fazer e chamar assim por causa dos julgamentos. Ai, paciência,né?

  10. Carla disse:

    Curtindo Oficina,né? rsrs… Então acho que vc gostaria do Hélvio Sodré.
    Abraços.

  11. Aloisio Zebral disse:

    O melhor louvor é aquele que é bíblico,ou foi inspirado na Bíblia,como o irmão citou em seu texto.A palavra de DEUS por si só já tem poder,unção,inspiração que servem como um “arado” para revolver a terra endurecida dos corações.O Senhor vela sobre a sua palavra para fazê-la cumprir,então cantando a “PALAVRA DE DEUS”,entendo que passamos a “bola”para o Espírito Santo,e ele,sábio como é vai fazê-la se cumprir nas vidas das pessoas que ouvem esses louvores.
    Fica na paz. Amém.

  12. luiz Fernando disse:

    Ola, Maurício. A paz.
    É, mano…. o que não pode, é ser imposto sobre uma pessoa o que a outra gosta. O que vc mesmo disse, gosto é pessoal, cada pessoa é dotada de diferenças. Mas o que vejo, hoje, é um impondo sobre outro que se deve ouvir(em relação a ritmo).
    Que as músicas sejam 100°/° biblicas, e para fim de louvor, comunhao e edificação.
    Eu por exemplo, gosto de músicas pentecostais, como: Amanda Ferrari, Shirley Carvalhaes, Noemi Nonato, Laurieti. Gosto é igual nariz, cada um tem o seu.
    Louvemos ao Senhor de todos os ritmos, louve a Ele tudo o que tiver fôlego e que produza som.

    Abraço na paz do Senhor, amado.

    • Salve, Luiz,
      .
      é isso. Sendo bíblico, vindo de um coração quebrantado que canta o que vive e cumprindo seus propósitos creio que Deus receberá sorrindo.
      .
      Deus te abençoe, mano querido,
      mz

  13. Paz seja contigo querido amigo e irmão.

    Que os homens acordem e louvem verdadeiramente a Deus, e que as questões de gênero musical seja apenas um detalhe.

    Abraços,

  14. Zulmira Borges disse:

    Não tenho críticas irmão, respondendo sua pergunta. Apenas tenho achado mais leve, mais ponderado talvez.
    Abraço.

    • Fruto de muita reflexão e oração, Zulmira. Foi intencional, para tentar edificar mais do que exortar. Espero que tenha sido uma mudança para melhor.
      .
      Deus te abençoe, minha irmã,
      mz

  15. Paulo Lameira disse:

    Graça e paz querido Zágari. Este é mais um de seus posts que vou guardar com muito carinho em meu PC. Sendo músico, entendo bem o que você diz sobre estilos e gostos pessoais na música. Nossa natureza nos promove essa linda diferenciação, dádiva de Deus mesmo. O fato é que você conseguiu traduzir muito bem o tema, ilustrando inclusive. Já cometi muitos e muitos erros nessa área, em achar que um estilo era mais agradável a Deus que outro, ou mesmo pensar que emoção tinha alguma coisa a ver com unção. Mas graças a Deus a gente amadurece e cresce. Acho que aprendi com meus erros. Hoje o cristianismo vive mais um dos seus desgastes de termos, com o significado de adoração, por exemplo. Fala-se de adoração vinculado à música, e pelo que vejo nas Escrituras, o texto de Abraão entregando Isaque não tem ministério de louvor, violinos, bateria ou teclados, muito menos se ouve som algum, a não ser de um coração que decide ser obediente à Deus até as últimas consequencias. Querido, se puder e sentir em seu coração, escreva algo a respeito, por gentileza. Esse tema tem ocupado meu coração nesses dias. Se já houver algum post seu a respeito do assunto, é só citar que vou ler e guardar. De qualquer forma, fique a vontade, querido irmão. Graça e paz e mais uma vez parabéns pelo post.
    Paulo Lameira

    • Salve, Pastor!
      .
      Que bom que o texto edificou sua vida, me alegro.
      .
      Creio que os seus erros todos nós já cometemos, faz parte da jornada. Com o estudo, a maturidade e a reflexão vamos deixando para trás os rudimentos da fé e, querendo Deus, desenvolvemos uma crença menos poluída.
      .
      Ainda não escrevi nada sobre o tema a que se referiu, mas é uma boa coisa para se pensar. Se eu crer que posso vir a uma reflexão que edifique certamente compartilharei com os irmãos. Obrigado pela sugestão!
      .
      Deus te abençoe, querido. A graça e a paz de Cristo,
      mz

  16. Olá Maurício,Tudo na Paz! Fiquei muito feliz hj quando uma prima me encaminhou este post, é algo muito interessante e me iluminou muito, nascí num lar cristão, tenho hj 41 anos, já ouví e ví quase tudo que vc imaginar nessa área, crescí envolvido com música na igreja, aos 16 anos de idade eu e 3 primos formamos o Quarteto Gileade que neste ano de 2012 completamos 25 anos de ministério, temos 10 gravações, hj pertencemos ao cast da CPAD Music, quero dizer com isso que minha mentalidade sempre foi basicamente essa sua que vc colocou aqui, fiquei feliz pq vc com todas as palavras descreveu tudo que eu acho tbém. Obrigado por isso! Acabei lendo muitas coisas suas aqui e agora tão rápido posso dizer que sou seu fã kkk. Peço sua autorização pra poder encaminhar isto pra alguns amigos, pelo nosso site como tbém algumas redes sociais. Abração e que Deus continue te usando assim

    • Olá, Jabes, tudo bem?
      .
      Fico feliz que a reflexão alcançou teu coração, mano. Obrigado, pelo carinho, você é muito gentil.
      .
      Me alegro pela sua disposição, junto aos seus primos, de levar a boa música aos irmãos. Oro a Deus que sempre esteja com a mão estendida sobre vocês.
      .
      Sinta-se à vontade para reblogar o texto e encaminhar aos seus amigos, que venha para edificar o máximo de pessoas possível.
      .
      Abraço grande, e que o Mestre abençoe a ti e ao teu ministério,
      mz

  17. Olá Maurício,
    Mais uma vez estou aqui para elogiá-lo pelo seu artigo.
    Só tenho uma objeção. Acredito que existem alguns ritmos, como o funk, que não enaltecem em nada a ninguém, pois estimula movimentos sensuais os quais não nos convém nem mencionar, e tem o samba também, entre outros. São ritmos criados para exaltar o corpo, para o Carnaval. Há quem diga que o rock é da mesma forma. Só que não acredito.

    • Olá, Elinton,
      .
      fico feliz que gostou do texto, mano.
      .
      Na verdade, é preciso separar um estilo musical da manifestação cultural que aquilo se tornou. O samba não surgiu no Sambódromo, como você o conhece. Surgiu muitas décadas atrás, num contexto completamente diferente. A Igreja Cristã Nova Vida de Nilópolis, no Rio, é formada por muitos ex-sambistas da Beija-flor, que fazem samba com letras cristãs. Se você pega os primeiros sambas verá que não têm nada de sensual, erm até meio ingênuos, como as composições de Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô. O funk também não surgiu num baile com pessoas descendo até o chão, isso é uma distorção. Da mesma forma, o forró pode ser dançado de forma extremamente sexual, mas os “corinhos de fogo” são todos forró. O rock pode ser cantado por bandas que exaltam demônios, mas há grupos de rock que fazem música cristã que enaltecem com perfeição bíblica o Senhor.
      .
      É a exata mesma coisa que aconteceu com o uso de bateria e guitarras elétricas nos grupos de louvor. Tenho certeza que você não vê nada demais no uso desses instrumentos na igreja. Mas trinta anos atrás, quando começaram a ser usados, só o que se usava eram órgãos e as antigas gerações diziam que esses instrumentos eram do diabo, porque faziam associação com bandas “rebeldes”, como os Beatles. Então é uma mera convenção social a partir de um contexto cultural.
      .
      Em resumo, temos que tomar cuidado para não confundir um estilo ou um ritmo com uma situação cultural pagã onde aquele estilo é reproduzido.
      .
      Abraço grande, mano, Deus te abençoe muito,
      mz

  18. É isso ai Zagari Ritmo não define Santidade, mas sim a letra.

    Ultimamente estou escutando mais João Alexandre e Stênio Marcius, musica boa demais…
    e escuto uns rap´s tbm , mas lembrando o que importa é a letra.

    vlw Mauricio forte abraço, Deus abençoe.

  19. Bruno Vilela disse:

    A paz Zágari

    Ótimo artigo, só tenho uma duvida cruel sobre musicas antropocêntricas (algo como ressuscita-me, milagres, vitória no deserto), elas são prejudiciais até que ponto? Podem ser cantadas, desde de que seja de forma dosada ou devem ser abolidas? Sou líder de louvor a quase 2 anos e já fui questionado por barrar várias musicas novas (pois grande parte delas são antropocêntricas ou falam de assuntos explorados a exaustão, “mais do mesmo” se é que você me entende (é mais difícil encontrar musicas falando de oração, arrebatamento, comunhão, confronto, discipulado pela letra, pelo menos entre as mais conhecidas nas rádios e internet, que é o que o pessoal costuma ouvir).

    Se você depois tiver curiosidade, ministérios como o Vineyard tem uma ideologia bem interessante acerca das músicas: Eles gostam de cantar não sobre Deus (como diziam que era feito de forma ríspida por muitos até a dec. de 60), mas para Deus, falando em 1ª pessoa com Ele (musicas como meu respirar e me derramar são assim por exemplo), e as harmonias e versos são bem simples de forma proposital, justamente para proporcionar acessibilidade, para que as pessoas entendam a letra e possam reproduzir a canção de forma relativamente simples. Antes de conhecer essa mentalidade eu achava bem clichê esse tipo de coisa, mas com o tempo aprendi a enxergar que essas musicas também tem seu lugar no culto (hillsong também é parecido, não sei se estou falando besteira). Lógico que existe muita cópia e letras superficiais hehe…

    Abraços e desculpe se falei demais

    • Oi, Bruno,
      .
      desculpe, confesso que não conheço nenhuma das três músicas que você citou, por isso não posso falar especificamente sobre elas. Há alguns aspectos a se considerar sobre o que você disse. Vou tentar pontuar:
      .
      – Músicas antropocêntricas não são prejudiciais. Mas não tem nada a ver cantar uma música de amor para minha mulher e chamar isso de “louvor a Deus”. Se você canta uma canção antropocêntrica num momento de louvor está distorcendo o propósito e crendo que está louvando Deus quando não está. Músicas como “Restitui” (acho que é esse o nome) são absurdos, homens dando ordens a Deus, dizendo que querem “ter um romance” com o Criador… isso sim devia ser abolido. Mas uma música que, por exemplo, expressa uma oração em forma de cântico é absolutamente bílico. Para você que lidera louvor um bom exercício é ler os salmos com atenção. Todos eram cânticos. Mas muitos são pedidos de proteção, pedidos de perdão e coisas do gênero. O Salmo 133 não é um louvor, mas uma música sobre a comunhão dos irmãos. Então é licito haver músicas voltadas para o homem mas com contexto bíblico. Desde que não chamem de “louvor”, porque não é.
      .
      – Incomoda-me um pouco esse hábito de as igrejas quererem cantar o que está tocando na rádio. Nesse sentido, você está certíssimo de barrar músicas novas que fogem do seu propósito. Não é porque uma música é nova que é melhor que uma velha. E vice-versa. A época de composição de uma música cristã é irrelevante. Há muitas músicas cristãs maravilhosas dos anos 80, por exemplo, de grupos como Vencedores por Cristo, Logos e outros, que poderiam ser rearranjadas de forma mais contemporânea para utilização nos cultos (porque os arranjos são velhos e não agradam a sonoridade de nossa época). Algumas canções podem ser eternas, nunca deixar de ser cantadas. “Amazing Grace” é a música mais tocada no mundo ocidental e já tem séculos de existência. Então ater-se à moda é empobrecer a riqueza potencial do hinário de uma congregação.
      .
      – Músicas em primeira pessoa para Deus são, como disse, lícitas. Davi fez muito isso nos salmos, Asafe também. Mas não podemos chamar de “louvor” nem usá-las no momento do louvor. São orações cantadas. É muito diferente.
      .
      – Sou favorável às musicas cantadas nos cultos terem harmonias e versos simples. Pois a função do louvor no culto não é mostrar habilidades musicais de ninguém e sim unir a igreja em torno de um canto congregacional, que leve todos a exaltar Deus num mesmo espírito. Músicas mais elaboradas são para o que chamei de quarto tipo. Se você ouvir arranjos como de Gerson Borges, João Alexandre, Stênio Marcius e algumas coisas do Baruk vai ver a diferença. Mas aí é outra coisa, não são músicas para culto, são expressões musicais e é belo que tenham arranjos e harmonias mais elaboradas, complexas. Para canto da congregação deve ser simples e fácil de assimilar mesmo.
      .
      – Letras podem ser bem poeticas e elaboradas ou extremamente simples. Veja o “Agnus Dei” de Michael W. Smith. A letra é a coisa mais simples e óbvia do mundo, mas é um louvor belíssimo, exalta o que tem que ser exaltado em Deus e cumpre magnificamente a razão para que foi composto. Então um louvor pode ter apenas a palavra “Aleluia” e ser magnífico.
      .
      Ajudei, mano? Espero ter colaborado de algum modo.
      .
      Abração, Deus te abençoe,
      mz

  20. Fabrizio disse:

    Só para colocar mais lenha em uma discussão linda, a meu ver. Vai um parabéns para o Maurício pela obra e atenção aos comentários. Simplesmente exemplar. Agora a pergunta: Maurício, quando se fala em música para muitas pessoas ouvirem e cantarem, numa congregação, por exemplo, estou contigo e não abro. Mas e quanto a músicas ouvidas “de forma pessoal”, no seu fone-de-ouvido? Cada um faz uma interpretação bem distinta do que ouve, associa e evoca pensamentos de acordo com seu próprio repertório… Daí algumas músicas bastante bíblicas podem significar pouco (talvez até nada) e outras, sem nenhum conteúdo bíblico podem evocar excelentes recordações de ensinamentos bíblicos. Dou como exemplo algumas canções do Toquinho que aprecio, ou até instrumentais como Vivaldi. O que seria nesse caso uma música cristã? Abração, cara. Ah, citando um comentário acima, eu não freqüento a Bola-de-Neve mas já assisti um culto deles. Fiquei com excelente impressão da igreja.

    • Olá, Fabrizio,
      .
      a resposta a isso você encontra no post “Cristão deve ouvir musica do mundo?”. Lá reflito sobre o assunto em detalhes.
      .
      Espero que te ajude, mano.
      .
      Deus te abençoe,
      mz

  21. Opa Maurício mais um ótimo post!

    Estou com um blog agora em parceria com um amigo meu, chamado “Os que buscam a Verdade” se puder acessar e comentar o que achou dele agradeço!

    Alias, fiz um post sobre música cristã também – > http://osquebuscamaverdade.wordpress.com/2012/11/20/musica-gospel-tem-coisa-boa-sim-parte-1/

    Abraços

    Deus continue te inspirando!

    • Olá, Robson,
      .
      me alegro que o post te tocou, mano.
      .
      Olhei o seu blog, muito interessante. Se me permite uma sugestão, creio que no link “Quem somos” você deveria apresentar a si e ao seu amigo, dizer que igrejas frequentam, em que creem etc. É importante deixar claro para quem lê o que você escreve qual é a linha que segue, entende? Fica a sugestão. De resto está ótimo, é orar, pensar e ir em frente abençoando vidas.
      .
      Parabéns pela iniciativa!
      .
      Abraço forte, Deus abençoe você e teu amigo,
      mz

      • Opa Maurício obrigado pelo toque!

        Na verdade coloquei aquela descrição rapidamente e reconheço que ela é bem falha em apresentar “Quem Somos” realmente.

        Vou alterar e colocar um descrição mais detalhada.

        Agradeço mais uma vez pelas dicas, Deus abençoe

        Abraço!

      • Imagina, mano, prazer em ajudar. Deus te abençoe nessa iniciativa!
        .
        Paz seja contigo,
        mz

  22. Gutemberg Howe disse:

    Mauricio, parabéns pelo artigo, sempre verdadeiro, equilibrado
    Indico pra você… O Beto Tavares (cd Clamo, principalmente), e o grupo Céu na Boca.

    Abraço

  23. Rebecca disse:

    Estou totalmente sem palavras.. Você é realmente um escolhido de Deus. Há um bom tempo eu tenho estado um pouco angustiada pelo posicionamento [ignorante] de muitos irmãos cristãos. Suas palavras me mostraram que ainda há uma esperança. Que Deus permita que seu texto chegue a muitas e muitas pessoas!

    • Oi, Rebecca,
      .
      você é muito gentil, não sou um escolhido não, mana, sou só um vaso de barro carregando em si o tesouro precioso do Evangelho. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, então não há mérito em mim.
      .
      Fico feliz que o texto tocou teu coração, Rebecca. Oro a Deus que tenha te edificado.
      .
      Um abraço fraterno, na paz do Mestre,
      mz

  24. charles douglas de Souza disse:

    OI, Maurício,

    Glórias a Deus por mais um post edificante e que nos promove reflexão.

    Eu concordo com você que o que qualifica uma música cristã é a sua fidelidade às Escrituras. Mas, tenho uma pergunta…

    Qualquer tipo de música pode ser tocada num culto? Por exemplo, aquelas músicas que, por exemplo, fazem os jovens pularem, dançarem e se moverem de uma lado para o outro é conveniente para um ambiente de culto?

    obrigado pela atenção,

    Na paz do Senhor, Charles

    • Olá, Charles,
      .
      mano, meu entendimento é que um culto é um momento para… cultuar. Então as músicas mais adequadas são os louvores. Não vejo mal em haver durante o culto um momento para uma canção que promova a união entre os fiéis (como aquela “eu venho falar do valor que você tem…”), ou mesmo uma música didática, por exemplo, durante o Natal ou a Páscoa, para explicar o significado dessas datas. Mas cantar musicas de cunho cristão sem propósito para aquele momento eu não vejo por quê.
      .
      Especificamente sobre o que você mencionou, eu teria de dizer que não penso ser adequado para um culto jovens ficarem pulando e saltando. Nada contra se alegrar no Senhor, muito pelo contrário, mas temos que entender o que é um culto. Antes de tudo, é um momento de entrega para Deus. Deus é o foco. Nesse sentido, ficar dançando – sejamos francos – geralmente é algo para a alegria de quem dança. Obviamente vai-se dizer que a dança ou o pulo é para Deus, mas se formos analisar bem veremos que é para a alegria do fiel, do mesmo modo que qualquer pessoa dança e salta num show de música pop secular.
      .
      Fora isso, temos de lembrar que um culto conta com pessoas mais velhas, para quem esse tipo de atitude pode parecer desrespeitosa. Então, por amor ao próximo, devemos nos conter.
      .
      Se um evento é, por exemplo, um festival de músicas de jovens cristãos não vejo problema algum, aí é algo direcionado para a comunhão e a confraternização e quem chega já sabe que vai encontrar aquele tipo de ambiente. Mas não num culto. São eventos diferentes, com finalidades diferentes e espera-se níveis de devocionalidade diferentes. É como querer comparar o comportamento esperado durante um show musical e o momento do hino nacional durante uma cerimônia no Palácio do Planalto: ambos são momentos em que há música, mas o comportamento esperado e a finalidade de cada um são bem diferentes.
      .
      Espero ter trazido luz à tua duvida, mano. Deus te abençoe,
      mz

      • Charles disse:

        Olá, Maurício

        Muito obrigado pela resposta. Concordo com o que você disse. Perguntei, pois, certa vez, num congresso na minha igreja, os líderes levaram um grupo musical famoso (que por sinal tem ótima qualidade). Ao começar a apresentação, os jovens começaram a saltar, a se jogar um contra o outro e fazer “trenzinho” na igreja (era um verdadeiro show). Maurício, eu fiquei pasmado e constrangido (não sei se é a palavra certa), pois isso foi feito durante um CULTO. Fui criticado e chamado de estraga-prazeres, porém acredito que não devemos confundir entretenimento com o ambiente de culto/

        Mas com sua resposta, confirmo e concluo que a melhor coisa é saber separar cada música no seu devido contexto, sempre priorizando, é claro, a sua mensagem fiel à Bíblia.

        Deus abençoe

        Charles

      • Oi, Charles,
        .
        imagina, é um prazer. Fico feliz que em meio a esse mar de descompassos você não atravessou no ritmo, mano. Deus te conserve assim, temente à sã doutrina.
        .
        Abraços, na paz do Mestre,
        mz

      • Charles disse:

        Mauricio, tudo bem?

        você disse na resposta à minha pergunta anterior: ”Se um evento é, por exemplo, um festival de músicas de jovens cristãos não vejo problema algum, aí é algo direcionado para a comunhão e a confraternização e quem chega já sabe que vai encontrar aquele tipo de ambiente.”

        Um exemplo de eventos assim é o louvorzão que muitos gostam de fazer, certo?

        Abraço

        Deus abençoe

        Charles

      • Olá, Charles,
        .
        perdoe-me, não me recordo do contexto de sua pergunta anterior. Mas pelo que vejo da frase não, não me referi a um louvorzão (lembrando que esse termo pode significar muitas coisas diferentes). Uma coisa são grupos de música cristã se reunindo para celebrar juntos, outra é um show que tem por finalidade usar músicas com temática cristã para mero enlevo emocional.
        .
        Deus te abençoe muito,
        mz

      • Charles disse:

        Olá, Mauricio

        Consegui compreender melhor, mano!

        Abusando um pouquinho da sua paciência (risos), quais os outros significados o louvorzão pode ter?

        Deus abençoe

        Charles

      • Olá, Charles,
        .
        no meu entendimento, qualquer ajuntamento em que louvar seja uma desculpa para se reunir por outras razões. O momento de louvor deve ter por foco o louvor. Se o foco for o social, a cobrança de ingressos ou qualquer outra razão, desvirtuou-se do propósito original e passa a ser encaixar nessa categoria.
        .
        Abraço, na paz de Deus,
        mz

  25. Marco Aurélio disse:

    Aí vai um texto muito esclarecedor sobre o Bola de Neve:
    http://www.genizahvirtual.com/2012/11/o-business-da-bola-de-neve.html?m=1

  26. Maurício, considero sua visão muito bem equilibrada. É uma pena tantos, no meio cristão, desprezarem músicas riquíssimas em detrimento de músicas emocionalistas, e não digo simplesmente deixando-as de tocar nos cultos, mas deixando de ouvir músicas como entretenimento (o que, para alguns, é como um pecado gravíssimo). Como você bem destacou, há músicas belíssimas que, de fato, seriam digamos “pouco úteis” dentro de um contexto de adoração a Deus. Mas muitos desprezam músicas que não fazem “panfletagem” evangélica, desprezando a graça com a qual Deus capacita muitos de Seus filhos para compor canções que O engrandeçam, sem necessariamente referirem diretamente a Ele. E mesmo pastores, talvez com medo que as coisas saiam do controle, incentivam aos fiéis a apenas ouvirem os famosos “hinos” de adoração, que não passam, muitas vezes, de músicas de ritmos variados (e não hinos) com letras vazias e repetitivas, mas que produzem uma espécie de catarse emocional e queda na percepção da beleza em uma composição artística, mass que produzem, me parece, um tipo de alienação (bitolação?) nos ouvintes.

    Abraço!!!

    • Oi, Leandro,
      .
      obrigado pelas palavras gentis, querido.
      .
      Eu creio que é um problema essencialmente cultural. As pessoas que chegam ao Evangelho herdam das que ali já estavam suas crenças, hábitos, costumes e praticas. Então creem que aquilo é ser cristão. Demora muito para se desenvolver um senso critico que faça o irmão se desvincular daquilo que aprendeu como novo convertido. Em geral é preciso haver uma ruptura: mudança de denominação, decepção com os lideres ou algo do gênero. Nessas horas que você para de fazer o que sempre fez e inicia um processo de reflexão e mudança. Em outras palavras: amadurecimento.
      .
      Creio que precisamos ter paciência e amor pelos que nutrem desse preconceito musical, em grande parte fruto de desconhecimento também. Pois cada um, do seu jeito, crê que está agradando a Deus. Mas Paulo também cria, até a estrada de Damasco. Então é proclamar a verdade e esperar a luz brilhar.
      .
      Abraço, querido, Deus abençoe muito você e os seus,
      mz

  27. Greize disse:

    Bela abordagem, se resume em cada um tem um gosto musical, e com o passar dos anos prestamos atenção maior nas letras, coisa que na adolescência não fazemos.Amadurecimento.

    Sou eclética, mas hoje vejo o contexto das letras.Já cantei uma música que falava que abria mão de todos os meus sonhos por Deus, na época eu estava no auge das coisas(cantava da boca para fora), na hora o Espírito Santo me veio ao coração com uma pergunta:Abre mesmo??
    Fui abaixando a mão no culto e não cantei mais, só quando tivesse certeza.

    Desde então eu presto atenção na letra, respeitando o ritmo, moramos em um país com ritmos diversificados e que não é tudo do diabo. Pq pra mim ele não cria nada.

    Hoje aprendi a respeitar o gosto dos outros,e muitas músicas me marcaram em uma momento da minha vida, mesmo que o cantor ou grupo gospel hoje não esteja tão firmado como antes.

    É o que eu sempre digo, Deus fala quando Ele quer e do jeito que quer.Tem músicas únicas nas nossas vidas.Essas ficam mesmo com o passar dos anos.Porque fizeram a Luz brilhar.
    Lembrando da música “Minha Pequena Luz.” rs

    Grande Abraço.

    • Oi, Greize,
      .
      creio que o senso crítico vem com o amadurecimento, que por sua vez vem de uma longa caminhada no Evangelho, com muita leitura de bons autores e comunhão com irmãos experientes e maduros na fé. Sua posição é correta, mana, gosto é uma coisa e Bíblia é outra. Com o tempo aprendemos isso.
      .
      Abraço pra ti e para os teus, na paz de Cristo,
      mz

      • ESC Ministry disse:

        Lindo estudo. Gracas a Deus! O grande erro do actual cristão é ser um “yes man”. Precisamos ler a biblia e saber mais de Deus para não cometermos erros e nem fazer os outros cometer, particularmente nesta questão da musica. Nas discussoes que tenho tido com alguns irmaos acabei diferenciando assim: (1) musica evangélica/ristã, (2) musica não cristã/evangelica e (3) musica mundana. Quanto ao estilo, é uma questão de gosto!

        Deus abencoe!

      • Salve, meu irmão (ou irmã?),
        .
        fico feliz pela sua visão madura. Que Deus te preserve assim.
        .
        Na paz de Cristo,
        mz

  28. Cilene disse:

    Belo Texto!
    Mas eu creio que músicas cristão podem nos tocar espiritualmente, pois diversas vezes me emocionei por lembrar de coisas semelhantes que aconteceram na minha vida, ou por estar com o coração inquieto e em uma música Deus me fala, pois isso também é um meio de escutar a Voz do Pai. Aproveitando, aconselho escutar Ministério Adoração e Vida (Walmir Alencar)…
    A Paz.

    • Olá, Cilene,
      .
      Sem duvida podemos ser tocados na emoção pelas musicas. O problema é quando tomamos a emoção que as musicas nos provocam como critério para definir sua “unção”, ou “a presença de Deus”.
      .
      Na paz de Cristo,
      mz

  29. […] O que é boa música evangélica? […]

  30. […] a questão da música cristã x música do mundo x música secular, como já expus em posts como O que é boa música evangélica? e Cristão deve ouvir música do mundo?, mas se você reparar, em nenhum desses textos abordei a […]

  31. Litza disse:

    Esclarecedor e edificante.
    Deus abençõe!

  32. Paulo Ricardo Dos Santos disse:

    Saudações querido,Tenho meditado bastante nessa questão do que seria uma boa música cristã.
    Desde que parei de ouvir músicas do mundo,de artistas como Iron Maiden e Ozzy Osbourne, tenho feito um verdadeiro garimpo na internet atrás de artistas que preenchessem o meu gosto musical: heavy,speed,thrash,death e até mesmo no black metal….achei bandas e artistas incríveis, que tem letras mais cristãs do que muitos artistas gospel-brasileiros que estão por aí bombando nas “redes”.. por exemplo, uma banda de death metal chamada Crimson Thorn, que encaixou na letra de “Eternal Life” o trecho de Mateus c7 v24-27,fazendo um trabalho incrível nesse quesito, tendo o ritmo dos vocais guturais,bateria sincopada e veloz,guitarras rasgadas….e daí eu chego ao ponto de te questionar se voce concorda com a minha teoria,de que existem tipos de música cristã que foram feitas para entretenimento, e outras para louvor. Por exemplo,gosto de ouvir death metal ou black metal cristão quando estou me distraindo no computador,ou arrumando minhas coisas,ou em determinados momentos…muitos desses artistas possuem letras que falam de temas biblicos,ou exaltam ao Senhor, ou protestam e lutam contra o aborto,contra as drogas,contra os falsos pastores ou contra o que o inimigo faz para destruir o mundo,….mas gosto de ouvir louvores de artistas como Pg e Grupo Reviver em momentos onde quero exaltar o meu louvor ao Senhor e adorá-lo em meu intimo…eu acredito que havendo um equilibrio nisso,entre o puro entretenimento e a adoração,não há mal algum nisso. Concorda?

    abração Mauricio, Deus abençoe.

    • Oi, Paulo,
      .
      concordo sim. É o que exprimi no texto, há diferentes tipos de música com temática cristã, que servem para finalidades variadas. Como ex-headbanger eu poderia te indicar ótimas bandas de heavy cristão (umas mais farofas do que outras): Bloodgood, Whitecross, Sacred Warrior, Deliverance, Die Happy, Ransom, Recon, Randy Rose, Mortification, Tourniquet e outras.
      .
      Abraço, mano, na paz de Deus,
      mz

  33. […] O que é boa música evangélica? […]

  34. Alessandro disse:

    Olá Mauricio boa noite.
    Primeiramente quero parabeniza-lo, excelente post, bom eu amo esse tema , sou músico , na vdd sou baterista, existe uma brincadeira de mal gosto (no bom sentido, sem maldade alguma) que diz que baterista não é músico, mas ja me acostumei hahaha.
    Vc conseguiu fazer de uma forma muita eficaz para o entendimento de que leu seu post, parabéns mesmo, no seu post vc me esclareceu duvidas que tinha faz anos, e hoje que tenho mais conhecimento da palavra eu consigo emxergar mais dessa maneira. Pois como essa area é uma area que eu mais encontro pelo fato que estudo música desde pequeno, eu sempre tive interesse em aprender mais e esse post me foi muito útil , como o post tbm “cristão pode ouvir música do mundo”, excelentissimo post tbm. Mauricio, gostaria de te fazer uma pergunta, se não for possível responde-la eu entendo. Eu sou na minha igreja taxado como chato porque eu vou na contra mão de como anda algumas situações no evangelho hj, principalmente nessa area de músicas, tipo quando eu falei que show é entreternimento e não adoração, quase tacaram em mim kkkkkkkkk, mas tem uma música que queria tocar, na vdd tocaram que eu discordei, por uma parte só da música, mas como eu sou o “chato” então nem levaram em conta oq eu falei, em si eu hahaha ad hominem, aprendi contigo aqui hahahah. Tinha uma parte da música que falava assim “Vem viva o sonho do Senhor” me lembro que me atentei a essa parte, ai eu falei bom, sonho é algo humano, não vi na biblia que Deus sonha, então pra mim essa música esta reduzindo a grandeza se Deus e dizendo que ele pode ter uma coisa que não consiga alcançar, que se remete ao sonho, um sonho pode não ser alcançado. Sera que peguei pesado , viajei legal, ou estive certo nos meus argumento?
    Desculpe o questionamento somado com um desabafo.
    Deus abençoe sua vida Mauricio

    • Oi, alessandro,
      .
      vamos direto à fonte: o que é um sonho? No sentido da música, não é o sonho que temos durante o sono, mas, como diz o dicionário, “Utopia; imaginação sem fundamento; fantasia; devaneio; ilusão; felicidade que dura pouco; esperanças vãs; ideias quiméricas” (Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=sonho). Deus não crê em utopias. Nada do que ele imagina carece de fundamento. Ele não cria fantasias, muito menos devaneios ou ilusões. A felicidade de Deus não dura pouco nem ele nutre esperanças vãs. E, por fim, suas ideias não são quiméricas.
      .
      Diante disso, podemos afirmar: Deus não tem sonhos. Ele tem propósitos e estabelece realidades.
      .
      Espero ter ajudado.
      .
      Abraço, mano, na paz de Deus,
      mz

  35. Alessandro disse:

    Boa noite Mauricio.
    Primeiramente quero pedir desculpas pelos erros de português no meu comentário acima como era tarde da noite e eu digito do meu celular fica díficil voltar corrigindo.

    Quero agradecer, me ajudou muito, eu tinha essa mesma ideia, logo quando cheguei em casa procurei, tbm olhei no dicionário pra ver o significado e só afirmar aquilo que eu achava mesmo.
    Muito obrigado Maurício, Deus abençoe sua vida.

  36. waldeck disse:

    Muito boa a matéria e serviu para ajudar em minhas idéias pois estou fazendo monografia sobre música evangélica desde a década de 80 aos dias atuais. Valeu

  37. Vinicius G. disse:

    Olá Maurício!

    Eu tenho uma dúvida quanto ao conteúdo de algumas músicas cristãs que ouço. Elas tem frases parecidas com essas: “A unção de Deus está em mim”, “Com Deus vou mais longe”, “Meus sonhos não morrerão enquanto estiver com Ele”, “Jesus morreu por mim”, “Paguei um alto preço para segui-lo”, etc, etc… Sabemos que Deus dá bençãos individuais a todos, mas o que você tem a me dizer sobre essas letras? Como você deve ter percebido, elas falam “eu”, “mim”, “meu”, e não “nós”. Vejo muita gente criticando esse tipo de música, e, se você puder, quero saber o que você acha.

    Que Deus lhe abençõe!

  38. Lucas Dantas disse:

    Mauricio Gosto mt de seus posts fasa um post sobre a bateria na musica cristam mts site Come exemplode o site musica e adoração e mts outros sites Abominam esse instrumento na musica Sacra que tal fazer um artigo sobre isso pra mostrar se Deus Aceita ou não Bateria na sua adoração

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