Vivi recentemente diferentes situações com princípios bem parecidos que me levaram a refletir sobre um mal que assola os nossos dias: a falta de diálogo. Não foi uma, não foram duas vezes, não foram três. Foram muitas situações similares num espaço de tão poucos dias que isso me fez ver que, mais do que uma postura pessoal, há um fenômeno social em andamento. Pessoas tomam decisões unilaterais e apenas comunicam as outras partes envolvidas, pressupondo que o interlocutor sabe todas as suas razões e motivações. Seria apenas mais um entre tantos fenômenos sociais se isso não fosse um tremendo erro do ponto de vista antropológico, que contraria séculos de padrões estabelecidos e que tem adentrado as igrejas e estragado relacionamentos – e, consequentemente, a comunhão sem a qual não existe Igreja.
Na Grécia antiga, a retórica era uma das artes mais apreciadas. Havia aulas sobre como dialogar bem – e convencer. A capacidade de empreender debates e, pela força dos argumentos, mostrar-se certo em determinado ponto era vista como admirável. O filósofo Sócrates foi mestre nisso, com sua “maiêutica socrática” – método de extrair a verdade do interlocutor mediante argumentos bem postos dentro de um diálogo. Mas o que percebo é que nessa era de trevas em que vivemos no século 21, a falta de diálogo está se tornando a tônica. Não se espante de eu usar essa expressão. Mas fato é que o século 21 está se tornando uma era de trevas: todos querem falar, ninguém quer ouvir. Resultado: caos.
No Cristianismo, sem diálogo não existe a fé: eu falo pela oração, Deus responde pela Bíblia. Isso é diálogo. Remova oração ou leitura da Palavra e você tem uma religião capenga, o religare com Deus não acontece. Deus não quer só falar ou só ouvir: Deus quer relacionamento. Pois só o verdadeiro relacionamento gera intimidade entre Criador e criatura. Evita mal-entendidos. Evita heresias. Evita que compreendamos mal o nosso Deus. O cristão não é um cristão se não sabe dialogar, pois ser filho de Deus pressupõe saber pôr em prática essa disciplina espiritual chamada “diálogo”. E Deus tem tanto conhecimento da importância do diálogo que revelou seus pensamentos naquilo que hoje chamamos de Bíblia.
Vivemos uma era individualista. Egocêntrica. Pós-relativista. “Se eu tenho a minha verdade, por que vou perder tempo dialogando, se a sua verdade é diferente?”, diria o pensamento desta época. E esse individualismo gera o mal do egoísmo: eu faço da minha forma e os outros que entendam e se enquadrem no que eu pressuponho. “Eu uso poucas palavras e que se virem para compreender o que se passa na minha cabeça”. Só que, nisso, decisões importantes, que podem mudar rumos de vidas inteiras, são lançadas ralo abaixo. Relacionamentos que tinham tudo para gerar muitos e muitos frutos são assassinados.
E quando falo de diálogo não me refiro a conversas. Há uma sutil diferença. Você pode conversar com alguém apenas falando e esperando a vez de falar de novo enquanto a outra pessoa diz algo. Não se escuta. Não se presta atenção nos argumentos. “Eu entro na conversa, desde que não tenha que mudar de opinião”, vê-se muito por aí. É velado, mas é o que acontece. Só queremos convencer. E a igreja tem vivido isso. Relacionamentos acabam porque casais não dialogam, só querem falar ou fazer as coisas ao seu modo mas não querem ouvir ou ceder. Relacionamentos são estragados porque o parente não entende o que o outro está falando. Casamentos vão por água abaixo porque tem que ser do jeito que um quer e acabou. Amizades são abaladas porque um diz “banana” e o outro compreende “maçã”. Cristãos se desviam da igreja porque o pastor não apresentou as razões de determinada doutrina existir. E aí o que deveria ser uma calma troca de posicionamentos e ideias construtivas vira bate-boca, discussão, não raro com troca de ofensas e argumentos inacreditáveis entre pessoas que se gostam.
Uma das causas dessa falta de diálogo que identifiquei em muitas dessas situações é a pressuposição da “onisciência” alheia. “Eu esperava que você entendesse x quando eu disse y”, dizem. Como? Telepatia? Não é assim que se dialoga. Se você quer tomar decisões que envolvam outros, nunca pressuponha que ele vai conseguir ler todas as suas entrelinhas. É desumano fazer isso. Principalmente se você diz coisas como “estou tomando essa atitude mas você nunca compreenderia”. Como você pode saber? Num dos casos que vivi, quando a pessoa me explicou eu entendi tudo. Então como não entenderia antes? Pior: todos os argumentos dela faziam todo sentido do mundo e eu teria concordado com tudo caso fosse inicialmente exposto em forma de… diálogo. Teríamos trocado ideias e estabelecido bases como dois adultos que se respeitam e se gostam, com alegria e um sorriso no rosto. Pronto, resolvido, todos sairiam felizes e realizados. Mas não. Chegou em forma de imposição de ideias e todas as coisas maravilhosas que poderiam ter surgido desse diálogo foram atiradas no lixo por esse equívoco banal. Que lástima.
Outro fenômeno comum é tomar decisões sem ponderar com o outro ou com outros antes. “Na multidão de conselhos reside a sabedoria”, diz a Biblia. No entanto, nesta era individualista, queremos tomar nossas próprias decisões e apenas comunicar. Não chamamos o outro, não pedimos opinião, falamos o que queremos mas sem disposição de ouvir o que não queremos. Não estamos preparados para isso. É a época da comida a quilo: não quero ninguém me dizendo o que pôr no meu prato. O resultado? Confusão, desentendimento, atritos, ofensas… tudo fruto da falta de diálogo causada por decisões unilaterais.
Irmão, irmã, vivemos em comunidade. Vivemos em familia. Vivemos em relacionamentos amorosos a dois. Vivemos em ambientes de trabalho onde equipes trabalham juntas. Vivemos em igreja. Vivemos com amigos. E a experiência mostra que em ambientes ditatoriais, onde não há conselheiros, onde não se expõe uma ideia para ser debatida e discutida pelas partes envolvidas, geralmente os erros são homéricos. O Presidente não toma decisões sozinho. Ele tem uma equipe com quem se aconselha, pondera, ouve, fala… dialoga. Porque há muito em jogo e ele sabe disso.
Quer que seu namoro dê certo? Não tome decisões e depois “comunique”. Antes, dialogue, exponha sua visão, pondere, ouça o outro. Leve em conta a visão dos envolvidos como tão importante como a sua (e às vezes até mais). Quer que seu casamento dê certo? Antes de definir como serão certas coisas, dialogue com o cônjuge e, dependendo da extensão da questão, com os filhos. Quer que sua amizade dê certo? Não se imponha com suas visões e opiniões, mas ouça o que o outro tem a dizer. Mas não é o que vem acontecendo. No calor da tomada de decisões o indivídulo pós-relativista toma sua decisão e “informa” os demais envolvidos. Não há espaço para ponderação. Não há espaço para humanidade. Há uma bomba jogada no colo. E que se vire quem a recebeu.
Meu irmão, minha irmã, seres humanos não são oniscientes. Você quer que eles entendam o que você pensa? DIALOGUE com eles. Não pressuponha que eles vão te compreender por serem pessoas “sensíveis” ou o que for. Ninguém vai saber o que você pensa, quais são suas razões e motivações, quais são os seus projetos e planos… se você não fala. Veja você que coisa simples. Basta falar. Expôr. Apresentar ideias. Ouvir as ponderações. O filósofo Hegel nos ensinou isso com sua dialética: apresenta-se uma tese, OUVE-SE uma antítese e assim se chega a uma síntese. Mas, pelo visto, a dialética hegeliana está ficando fora de moda e estamos voltando à idade dos césares, em que um decide e os outros abaixam a cabeça – não importa que motivos, razões, raciocínios, caminhos ou ideias foram levados em conta para se tomar a decisão.
“Eu decidi Z e tome Z na sua cabeça!”. “Mas… peraí… e como você chegou até Z e me impõe Z se eu não conversei sobre o A, sobre o B, sobre o C… você já chega com o Z e quer que eu entenda como você chegou até aí? Isso é no mínimo injusto, pois não me foi dada a oportunidade de dialogar de A até Y”. Eu, por exemplo, escrevo livros. Mas nunca os entrego à editora sem ter pedido que pelo menos 4 ou 5 pessoas o leiam e me passem opiniões – e a experiência mostra que isso afeta muito positivamente o resultado final. Detalhe: faço isso ANTES do livro ser lançado. Depois… o que adiantaria?
Estou mal com esse fenômeno. Tenho visto isso ocorrer com muita frequência. As pessoas estão desaprendendo a dialogar. Como disse Chaplin, estamos nos tornando cada vez mais desumanizados e individualistas. Nos tornamos como máquinas, que apenas emitem tickets e o cliente que o recolha. E não queremos ouvir os outros. Queremos que eles nos entendam sem que lhes digamos nada. E, e-vi-den-te-men-te, o outro entenderá do jeito que quiser, pois para cada imposição há milhões de interpretações. A respeito de motivações, de raciocínios, de planos. É uma tremenda injustiça esperar a onisciência alheia. Ninguém tem a obrigação de saber nada se não dialogamos antes. E se impomos algo, a responsabilidade é nossa e não de quem não nos compreendeu.
Nas igrejas, esse fenômeno provoca êxodos. Gera desviados. Espera-se de você algo que nunca te foi dito. Que nunca te foi explicado. Que nunca foi ponderado. Que você nunca teve a chance de perguntar por que é desse modo. E o que acontece? O óbvio: a pessoa pula fora, por uma única razão: não entendeu. Não houve diálogo. A liderança não explicou. Os membros mais antigos não explicaram. Ninguém quis saber de explicar. Apenas se impõem ideias e conclusões. E isso não é cristão.
Veja as bem-aventuranças. Sempre existe um “pois” em cada uma delas. Ou seja, uma explicação, uma justificativa. “Bem aventurados os que choram”. Que coisa bizarra! Como assim? “Bem-aventurado” significa “feliz”, como podem ser felizes os que choram, que contrassenso!? Mas aí vem a explicação, o diálogo: “POIS… serão consolados”. “Aaaaaahhhh!!! Agora eu entendi! Existe uma explicação, existe um ‘pois’. E agora que ficou claro podemos dialogar e chegar juntos a essa conclusão”.
O diálogo torna tudo mais humano, mais honesto, mais cristão. Sem diálogo não há amor. Quem impõe sem dialogar antes exerce a tirania. E a tirania tira de quem a promove o direito de julgar a reação de quem apenas recebeu a informação final e foi excluído dos diálogos – daí as sublevações históricas e as revoluções contra governos tirânicos. Lição que aprendi em meu primeiro dia na faculdade de Jornalismo: “Comunicação não é o que se fala, é o que se entende”. No entanto, estamos entendendo tudo errado. E por quê? Porque se fala mal. Não se explica. Não se dialoga.
Meu irmão, minha irmã, se você percebe que está se relacionando com o próximo sem o diálogo correto, conserte isso. Nunca é tarde demais. Você pode evitar assim que, no futuro, Deus tenha de te ensinar a dialogar. E sabe como Ele fará isso? Mostrando a você o que sofre aquele que é alvo da sua falta de diálogo ao simplesmente impor decisões a você. E se Ele resolver te disciplinar dessa forma, você se juntará aos milhares que vemos pelas igrejas se lamuriando pelos cantos e chorando: “Por quê, Senhor, por quê???”. E o Onisciente permanece em silêncio, sem responder a esse clamor. Pois o que Ele está fazendo com os tais é basicamente lhes ensinar como sofre quem recebeu imposições sem resposta. Está ensinando a importância de expôr as razões e as motivações que levam alguém a tomar esta ou aquela decisão dialogando com o próximo. Pois, quando você impõe uma decisão que foi tomada sem diálogo, o pobre e pasmo interlocutor fica se perguntando em meio a sofrimentos: “Por quê? Por quê?”. E interessa a Deus que Seus filhos aprendam a não fazer isso – pois machuca e é uma maldade.
Razões são importantes em relacionamentos. Motivações são importantes em relacionamentos. Objetivos são importantes em relacionamentos. Métodos são importantes em relacionamentos. Diálogos… ah, esses são imprescindíveis. E são uma gigantesca prova de amor daqueles que se importam com você.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari < facebook.com/mauriciozagariescritor >
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Ah, Maurício, a minha oração nos últimos dias tem sido para que Deus mostre isso ao meu pastor. E às vezes parece que não vai acontecer… Post em ótimo tempo para mim (mais uma vez). Obrigada. Paz!
Te respondo com o que o irmão Walace disse aqui nos comentários: “Clama a mim e responder-te-ei”.
Fico feliz que as palavras de alcançaram.
Beijão a ti e ao maridão, na paz.
Amém. E Ele responde mesmo!
Graça e paz Maurio!
Com essa reflexão,me lebrei de um episodio da minha vida que foi o divisor de águas.
Eu era católica,catequista,ia tds os domingos na igreja e na adolescencia comecei a fazer aulas biblicas com uma moça que era “testemunha de Jeová” e essa moça me ensinou muito,mas detalhe para fazer esse estudo disse pra ela que so aceitaria se fosse com a minha bibli catolica e ela aceitou.
No primeiro dia de aula ela me disse que Deus mandou o Espirito Santo para morar em nos e que ele seria nossa consolador…fiquei pensando…pq o frei Toninho disse que o Espirito Santo esta numa luzinha do lado esquerdo altar e que toda vez que passarmos por temos que fazer o sinal da cruz.No dia seguinte fui limpar a igreja e perguntei isso pra ele,nao obtive resposta.
Na segunda sema a moça me disse que e mostrou na biblia que era errado adorar imagens.
Fui perguntar para o frei pq adoravamos imagens se na biblia (catolica) dizia que era errado,ele olhou pra mim com raiva e disse:Se for pra ficar fazendo essas perguntas é melhor vc ir embora e não voltar mais,literalmente fui expulsa da igreja.
Hoje estou vendo em alguns pastores,diaconos,presbiteros etc a mesma raiva no olhar e a mesma intrazigencia daquele frei…pensem que vcs podem perder muitas vidas…no meu caso Deus ganhou uma alma a minha.Mas vejo muitos novos convertidos se perdendo por falta de amor e paciencia de muitos sabixoes e donos da verdade.
Pura verdade, Muriel.
O problema não está na igreja, mas no coração humano.
Enquanto o homem não descobrir isso continuará culpando instituições e outros inocentes.
Os culpados somos nós.
A paz seja contigo.
Muriel, lamentavel a sua colocacao: Nós catolicos nao adoramos imagens. Nós prestamos culto de dulia, que é bem diferente de culto de latria. Infelizmente tem muita gente dentro da igreja, mas que nao faz parte da igreja. Adorar imagens é diferente de ter pessoas como exemplo de santidade. Sabemos que os santos nao fazem milagres, sao apenas, como Moisés, intercessores, por isso o culto de dulia, ou seja, olhar para eles como exemplo.
‘Deus quer relacionamento.” Pegou em cheio Zagari.
Disse tudo. Um exemplo disso, é na igreja, pessoas que começam a vir na igreja são bombardeados por tradições, doutrinas que nem sabem o porque, e pessoas que não DIALOGAM, CONVERSAM, as criticam, porque não se adaptam.
O amor está em falta, o dialogo está em falta, a comunhão está em falta, o debate sadio está sumindo, porque quando aconte ninguém abre mão da sua ignorancia.
Que o povo possa conhecer o Pai, refletir a imagem D’ele, e isso não vai acontecer indo todos os domingos na igreja somente, mudando a aparência externa, mais DIALOGANDO!!!
Clama a mim e responder-te-ei. Olha o dialogo!
E quando o Espírito diz as igrejas! Olha o silência pra escutar!!! 🙂
Paz a todos!!!
É, Walace, e cadê o amor, né?
Deus te abençoe.
Acrescento ao que Walace Alves disse que algumas igrejas ainda se fecham em grupos, coisa ruim demais para quem chega… é difícil furar os bloqueios. Muitos, ainda, desejam a você a paz e o abraçam quando o pr. solicita no culto, mas nem olham na rua para você ou atendem a um sinal seu de aproximação. É duro, e não é lamúria, é FATO. Afastam quem poderia ser um bom mano e, assim, se perde um faminto da Palavra e da comunhão para outra igreja, por exemplo, em casos de final feliz.
Ando preferindo sim o silêncio, em inúmeras situações – mais observo, avalio, para buscar as respostas na Palavra e nas orações, antes de tomar decisões ou de qualquer diálogo; não quero mais, de jeito nenhum, cair no conto do mundo e viver sua frieza. Seu alerta foi pra mim também
A Paz, com abraço [de verdade] e bj no ombro 😉
A questão, Regina, é tentar vermo-nos como parte da solução.
Não replicarmos o comportamento. E ir até aqueles que nos ignoram.
Em outras palavras: estender o amor a quem não nos demonstra amor.
É o que Jesus nos ensinou.
Beijo grande, na paz de Cristo.
Otimo texto .
Obrigado, Patricia.
Deus te abençoe!
Segundo o Amor: Sede pronto no ouvir, tardio no falar, e tardio no se irar.
Segundo o homem: Sede pronto no impor, tardio no aceitar e tardio no calar.
Sabe, mano .. tem uma coisa que costumo dizer sempre às pessoas: em um relacionamento (qualquer que seja), alguém sempre vai ter que morrer. Graças ao bom Deus que cada um de nós foi feito com uma natureza específica, diferindo umas das outras. Devido a essa variedade, a mesma ideia que é aceita por mim, pode não ser aceita por você. E, diante de discordâncias, o melhor a se fazer é morrer. Desistir das nossas vontades. Antes, fazer da nossa vontade satisfazer a vontade de quem amamos. Expôr nosso ponto de vista e, não sendo compreendidos, procurar alcançar a medida de quem ouve, colocando-nos em seu lugar. Acho que falta a humildade da nossa parte em admitir que, por muitas vezes, podemos, sim, estar ERRADOS. Por mais que doa negar a si mesmo, sair do nosso trono, colocar o próximo nele e constituir-se servo, é uma necessidade diária imprescindível. Afinal, é o que somos (ou, pelo menos, fomos aconselhados a tal): bons SERVOS.
Um abraço bem forte, mano. Beijo na família toda. Que seu lugar permaneça sendo à sombra do Onipotente.
nEle, que sendo Senhor, constituiu-se o maior Servo do Universo inteiro.
Amém.
Deus o abençoe!
BRAVO….simples assim..Obrigada Mauricio
Imagina, querida.
Deus a abençoe.
Olá Zágari!!
O diálogo torna tudo mais humano, mais honesto, mais cristão…Concordo 100% com essa sua frase.
A falta de diálogo nos leva a agirmos muitas vezes de forma impensada e desumana com o outro. Sendo assim, ferimos e nem percebemos que isso trará conseqüências ruins. A era do individualismo, da falta de amor e respeito pelo seu próximo. Precisamos quebrar isso, vencer nosso orgulho e soberba. Seu texto me emocionou muito. Que possamos como igreja despertarmos pra isso.
Jesus te abençoe!!
Amem, Teresa!
Deus seja contigo!
Nossa! Gostei muito do texto, de verdade…
Me identifiquei muito com esse post. Adimito que fiz tudo que vc disse, quanto a impor opiniões e ideologias. É preciso haver o diálogo!
Caso tenha visto meu facebook, postei várias coisas semelhantes ao que vinha dizendo a vc…
Minha família é criada no cristianismo e vieram (principalmente minha mãe) me confrontar por eu ter parado de acreditar em religião e tudo mais…eu ia escrever aqui um texto novo, mas achei melhor lhe mostrar o texto que fiz para minha família:
Apenas me entendam… (…)
Não estou depressivo, não estou com o demônio no corpo…não fiquei maluco nem doente…apenas olhei pro lado que ninguém enxerga…apenas pensei…usei a cabeça…nada mais…alguma vez na vida, vocês já devem ter parado pra pensar em tudo que acontece, além de olhar pra si só, além de pensar só nos próprios problemas…não é perda de tempo…precisamos apenas de União…
Espero que vocês tenham entendido e parado de me julgar…não quero que me vejam de uma forma diferente…
Abraços…
Eis um exemplo de diálogo em família…
Acredito que os trechos em que vc escreveu: “Pessoas tomam decisões unilaterais e apenas comunicam as outras partes envolvidas, pressupondo que o interlocutor sabe todas as suas razões e motivações. Seria apenas mais um entre tantos fenômenos sociais se isso não fosse um tremendo erro do ponto de vista antropológico, que contraria séculos de padrões estabelecidos” e “todos querem falar, ninguém quer ouvir” são direcionados a mim (posso estar enganado)…e te pergunto se esse outro trecho: “Num dos casos que vivi, quando a pessoa me explicou eu entendi tudo. Então como não entenderia antes? Pior: todos os argumentos dela faziam todo sentido do mundo e eu teria concordado com tudo caso fosse inicialmente exposto em forma de… diálogo. Teríamos trocado ideias e estabelecido bases como dois adultos que se respeitam e se gostam, com alegria e um sorriso no rosto. Pronto, resolvido, todos sairiam felizes e realizados. Mas não. Chegou em forma de imposição de ideias e todas as coisas maravilhosas que poderiam ter surgido desse diálogo foram atiradas no lixo por esse equívoco banal. Que lástima.” foi também direcionado a minha pessoa. Se sim, te digo que estou arrependido (como o texto que mandei pra minha família pode mostrar…). Se não, provavelmente a pessoa fez erradamente o mesmo que eu…
Quero te dizer que por esse post, percebi q é difícil encontrar pessoas inteligentes como vc…
Só acho que vc está preso a uma religião…e isso não é necessário. Quando tento te convencer de que não precisamos de religião, não é por mim ou por vc, mas sim pela humanidade toda…pois a religião confunde a cabeça das pessoas “pobres” e não preciso falar dos acontecimentos negativos, que pelo motivo da religião, trouxeram ao longo da história e continuam até hoje…pois ao longo dos nossos comentários e posts, apenas falamos sobre o catolicismo…e as outras religiões? que também possuem os mesmos argumentos para mostrar que são o caminho certo…
Não é porque uma coisa, seja lá o que for, esteja a tempos prevalecendo (2.000 anos de cristianismo), não quer dizer que seja o melhor caminho…
Como falo no texto…conheça o Projeto Vênus…e o Processo de Transição… e vc vai até encontrar semelhanças com esse texto que vc escreveu aih em cima…
Um forte abraço…do arrependido…
Fabrycio
Fabrycio,
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obrigado por demonstrar uma postura de humildade, mesmo ao defender aquilo em que crê. É uma virtude.
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Fique tranquilo pois nenhum dos trechos do post foram inspirados por vc. Se te serviram, fico feliz.
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Desculpe, não tenho FB, por isso não posso acessar o de outras pessoas.
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Querido, eu não estou preso a nenhuma religião. A sua forma de enxergar isso está muito distante da realidade em que vivo. Entenda que eu tenho 16 anos de caminhada na fé protestante, fora outros 24 na fé católica. Não estou preso, estou nela por livre e espontânea vontade, a compreendo, não a vejo desse modo que você vê e, acima de tudo, minha questão não é com uma instituição religiosa, é um relacionamento pessoal e íntimo com um Deus que em todos esses anos me deu muito mais provas do que eu precisava de que Ele existe e se revelou à humanidade pela letra escrita – o que hoje chamamos de Bíblia.
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Não falo de fábulas, falo de uma vida inteira de experiências, algumas sobrenaturais e que mais do que me provaram a existência desse Deus magnífico a quem sigo e sirvo, independentemente de instituições. Orar por uma pessoa e ver essa pessoa ser curada de uma doença pela qual seria operada no dia seguinte e quando ela chega no hospital para se submeter a intervenção ver que o mal desapareceu, por exemplo…desculpe, querido, não tem nada a ver com a nova ordem mundial ou programas de dominação. Tem a ver com um Criador que age e intervém.
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A questão, Fabrycio, é que vc enxerga a religião por uma ótica social, antropológica, política, econômica. Eu a vejo como um ato de intimidade entre Criador e criatura, como um relacionamento, como uma demonstração de amor. Eu não falo das outras religiões pq respeito quem as professa, embora discorde deles. Nunca verei meu relacionamento de amor com Jesus de Nazaré como uma conspiração mundial para dominar o mundo ou coisa que o valha. Quando fecho meus olhos e falo com o Criador sinto sua presença, sua paz desce sobre mim como um bálsamo, sou renovado, há um amor que só quem vive e tem a experiência pode explicar. Para vc, é balela. Para mim, é vida.
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Sobre o que falou de nossas conversas, embora não tenhamos falado de catolicismo, mas de cristianismo, os argumentos dos outros são os mesmos argumentos que os meus e os seus: fé. Vc, por exemplo, não tem prova alguma do que crê, apenas viu videos que CRÊ que são a verdade. É igual, querido. Prove que o que estão dizendo ali é verdade. Até hoje não provaram que a área 51 esconde um disco voador, amado, então inventar teorias, illuminatis, etc é fácil. Prove-me de forma cabal sem ser por um ou dois videos que circulam na web que sabe Deus quem inventou. Isso não é ciência: é fé. Vc CRÉ que seja verdade, mas não pode provar.
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Concordo que não é pq algo prevaleça há 2 mil anos que seja o melhor caminho. É pq hoje demonstra ser o caminho, a verdade e a vida.
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Eu podeiraaté conhecer o Projeto Vênus, como já li Dawkins, Joseph Campbell, Mary Baker eddyn e outros e, lamento, nada mudaria a minha fé. Pois eu CONHEÇO meu Deus, tive experiências com Ele e converso com Ele todos os dias. Sinceramente, querido, eu não serei convencido por essas ideias e essas teorias. Que não passam disso: teorias. Enquanto de meu Deus tenho provas práticas suficientes para adorá-lo e glorificá-lo até o fim de minha vida por sabê-lo real.
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Que Ele o abençoe.
Sua resposta ao Fabrycio Freitas é absolutamente perfeita.
Não abro mão e não me envergonho do Evangelho de Jesus Cristo, sem tirar nem por uma vírgula – é isso.
Belíssima argumentação.
Aproveito para agradecer sua colocação em relação ao que disse no comentário anterior. É isso mesmo, ir até aquele(s) que nos ignora(m) e fere(m); mas só permaneçamos no relacionamento se pudermos trocar amor e respeito. Se não for possível, a tentativa foi feita e estaremos em paz conosco e com Deus.
Bj no ombro
Obrigado, amada.
Beijo e paz.
Mauricio,
Qd despejamos alguma coisa pra outra pessoa, supomos q essa pessoa entendeu e julgamos a maneira que ela entendeu seja a maneira que nós queremos.
Precisamos ter muito cuidado!!! Cuidado para não magoar e cuidado para não atropelar!
Com carinho e saudade da familia!
Sem duvida alguma, Lelê.
A Julia Beatriz da igreja vem almoçar aqui em casa domingo, quer vir tb? Vai ter lasanha!
Beijo grandão, na paz do Mestre.
O diálogo sempre me frustra quando tento impor ao outro ( o diferente), os meus valores subjetivos.
Através da abertura (e não a fixidez dos conceitos) que permite a escuta do OUTRO é que compreendemos que podemos possuir mais do que temos, à medida que sejamos menos do que pensamos de nós. Se pensássemos mais, iríamos chegar à surpreendente conclusão: a de que não suportamos o OUTRO (diferente) por ele apresentar tudo que nos irrita, horroriza e descontenta.
Abraços
Já dizia Hegel.
Deus o abençoe.
é realmente, o ser humano foi criado para relacionamentos, e nossas escolhas intereferem diretamente nisso. estou em um tempo onde acabei por deixar minha cidade e ir para outro lugar.
começar tudo de novo, criar novos relacionamentos, confesso, é muito difícil para mim, me acostumei tanto a estar sozinho, ou em grupo, sem ter necessidade de me aproximar, que estou sofrendo com isso.
nunca investi em diálogo, e essa realmente é uma área para ser tratada em meu caráter.
muito bos palavras, ótimas a uma reflexão.
Deus abençoe sua vida !!
abraço
Ricardo,
obrigado pelas gentis palavras.
Invista nas pessoas. Em dialogar com elas. Muitas vezes nos decepcionamos, mas vale muito a pena.
Deus te abençoe.
Aprendendo e orando para conseguir praticar!
Sempre abençoado com seus textos.
Graça e paz!
Esse é o caminho, Rafael. Um dia eu e você chegamos lá, se Deus quiser.
Obrigado pelo carinho.
Deus te abençoe!
Mais uma vez seu texto cai como uma luva… Acompanho no Face uma página bem interessante de ‘diálogo’ sobre heresias modernas, teologia da prosperidade, entre outros assuntos polêmicos que geram debates enormes… O bom é que dá pra aproveitar muita coisa, entretanto, o dono da página, não consegue se conter a ouvir opiniões contrárias às sua. E lança cada pedrada em pessoas que poderiam sair dali com um aprendizado, mas saem com o coração triste e acabam bloqueando a página. Não há diálogo, não há amor e isso é muito triste. Publiquei esse post lá… Espero que ele leia, mas, não acredito muito. É só letra sem Espírito!
Paz absoluta querido,
Que o bom Deus o abençoe mais e mais…
O diálogo é fundamental. Mas tem que haver respeito. Senão deixa de ser diálogo e vira bate-boca e aí sua razão de ser sai pela janela.
Facebooks, twitters, blogs e outros não podem virar rinhas de UFC. Senão nos igualamos ao mundo.
Deus te abençoe.
(…)
Caro anônimo (que eu sei quem é mas que sabe que se puser seu nome verdadeiro o comentário patético que vc fez vai direto pro lixo),
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Em primeiro lugar, seja homem e assuma seu nome e seu e-mail verdadeiros. Que papel ridiculo usar esse artifício. E não adianta, mesmo assim seu comentário ofensivo não será publicado.
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Em segundo lugar, não faço blog para vender livros. Até pq não recebo um centavo pelos livros que escrevo: tudo é doado para a obra de Deus. Escrevo por missão. Nunca recebi e nunca vou receber um tostão por livro que escrevo, é um compromisso que tenho com o Senhor. Das poucas vezes que mencionei minhas obras aqui foi dentro de um contexto.
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Em terceiro lugar, se você acha este blog tão inútil, pq continua lendo? Vá ler a Bíblia! Quem sabe assim vc aprende a se relacionar com cristãos como um cristão? Ou seja: com um mínimo de educação.
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Cresça, aprenda a dialogar e conversamos. Até lá, só o que vc terá aqui no APENAS serão comentários jogados na lixeira.
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Deus te abençoe e te mude.
somos da pastoral familar e esse texto nos ajudará muito,pois, fazemos preparação para noivos.
os Espirito Santo continue a te iluminar.
Ola, Marcia,
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fico feliz por poder ajudar, minha irmã.
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Deus a abençoe muito e a todos os da pastoral,
mz
Adorei a pajina
Fico feliz, Fernando.
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Deus te abençoe,
mz
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