Jesus nunca idealizou uma igreja perfeita

Publicado: 29/09/2011 em Amor ao próximo, Espiritualidade, Graça, Igreja dos nossos dias, Igreja institucional, Pecado, Vida eterna

Igrejas são como zoológicos. Nelas há todo tipo de “animal”: ovelhas, bodes, serpentes, burros de carga, gorilas preguiçosos, muitos pavões  e outros espécimens interessantes da fauna humana. Em meio a essa confusa Arca de Noé, é possível encontrar também uma alva e ativa pomba branca, que sobrevoa constantemente todos os outros animais. Ela remove com seu bico carinhoso todo tipo de parasita, pulga, espinho, farpa, carrapato e outras cracas daqueles bichos que lhe pedem auxílio,  arrependidos por terem rolado na grama ou na lama e ali adquirido o que não deveriam.  Como em todo zoológico, nas igrejas há de tudo, inclusive coisas ruins, como cheiro de estrume, fossos mal-cuidados, jaulas enferrujadas, animais que tentam comer o alimento uns dos outros e uma série de outros problemas. Não deveria ser assim, mas é.

Convidando visitantes

A grande questão aqui é que aqueles que fazem parte da congregação adotaram o hábito de, na maior parte das vezes em que convidam um visitante, promover o zoológico e não a pomba que ajuda a remover todos os carrapatos dos que entram pelas suas portas. Aliás, perdoe-me, a culpa é minha por não ter falado isso ainda: a pomba é a principal atração do zoológico. Os outros animais estão ali apenas para serem limpos por ela e para a amarem.

O resultado de convidarmos um visitante para conhecer o zoológico em vez de conhecer a pombinha é obvio. Se você chama alguém prometendo a ele que o zoológico será um lugar de animais educadinhos, sem sujeiras, onde os bichinhos não se estapeiam se são postos na mesma jaula… O que aquele visitante terá é uma enorme decepção ao ver como a coisa é de verdade. Seu passo seguinte será fazer o que qualquer um de nós faria: sair correndo daquele zoológico cheio de jardins mal-cuidados, macacos que atiram fezes nos visitantes e onde cada animal acha que sua jaula deveria ter mais destaque que a dos demais.

O mais triste disso é que cada visitante que chegou porque lhe dissemos que “o meu zoológico é abençoado” ou “o zelador do zoológico é muito legal” foi até lá cheio de pulgas, carrapatos, farpas e outras cracas e acabou indo embora sem ter a chance de ser limpo pela pombinha branca.

Por isso temos que acabar com essa mania de evangelizar as pessoas oferecendo igrejas em vez de Cristo. “Venha ao culto, minha igreja tem um astral superlegal”; “Venha ao culto, meu pastor prega muito”; “Venha à igreja, os irmãos são abençoados”; “Venha à igreja, o clima lá é ótimo”; “Venha ao culto, você tem algo melhor o que fazer domingo à noite?”. E por aí vai. Só que qualquer um desses discursos é errado.

Quer convidar alguém para a sua igreja? Seja honesto. Diga-lhe isto: “Venha à igreja, é uma instituição imperfeita, formada por pessoas imperfeitas, mas ali você ouvirá a pregação do Evangelho e, mediante isso, Jesus pode resgatar você da sua vida de pecados e salvá-lo para passar consigo a eternidade. Você verá que o pastor e os irmãos cometem muitos erros, mas de qualquer maneira é ali que você poderá ouvir a pregação das verdades divinas, é ali que vão orar por você, é ali em que poderá celebrar a cerimônia máxima da nossa fé – a Ceia do Senhor – junto com os irmãos, é ali que, depois que você amadurecer no Evangelho, poderá ajudar aqueles que chegarem em busca desse mesmo Cristo que nos redime e nos dá a vida eterna“.

O Espírito Santo não precisa que você venda ao pecador aquilo que é imperfeito para que ele corra aos braços dAquele que é perfeito. Você só tem que proclamar. Só. Mais nada. Quem convence é Ele. Quem dá o dom da fé é Ele. Quem tem graça a oferecer é Ele. Pare com essa mania de tentar convencer o pecador a se converter. Pare de encher a paciência das pessoas para que elas conheçam a sua igreja. E, principalmente – pelo amor de Deus! – se na sua igreja fazem apelo ao final de cada pregação, não fique insistindo inconvenientemente  ao convidado para que ele vá à frente e levante a mão diante da congregação. Se Cristo o salvar mediante a fé, o perdido será desperto pela pregação da Palavra: seu visitante receberá o toque do Espirito ali no banco mesmo, sem que você tenha de fazer nada. E das duas uma: ou ele vai à frente sozinho ou ele cai de joelhos, às lagrimas, sob o peso da consciência do seu pecado. Aborrecer as pessoas que não foram tocadas pela graça é perda de tempo e é antibiblico. Lance a semente. O resto é com Deus. É ou não é Ele quem dá o crescimento?

Jesus nunca idealizou uma igreja perfeita

Entenda uma coisa que em geral todos pensam o contrário: a proposta de Deus sempre foi uma igreja imperfeita. Jesus falou que o joio cresceria com o trigo até a época da colheita. Então por que a surpresa? Por isso os desigrejados me entristecem, porque não tiveram a capacidade de compreender  a realidade da congregação dos santos, acharam que o zoológico fedorento seria um parque cheio de animaizinhos saltitantes e felizes. Então no primeiro coice que a zebra leva do camelo ela já quer pular fora.

Sim, somos um zoológico. Mas enquanto a pomba sem mácula  sobrevoar a imundície dos animais que se aglutinam ali embaixo e cuidar para que todos os dias eles fiquem limpinhos… Não existe nenhum outro lugar
do mundo em que eu prefira estar.

Eu preciso muito. Meus carrapatos, minhas farpas e minhas pulgas são feios e doem, machucam demais. E os seus? É por isso que, por mais que o zoológico seja muitas vezes um aglomerado de animais estranhos e com cheiros não muito agradáveis, é ali que eu estarei. Para que a pomba sem mácula pouse sobre mim diariamente e me livre das minhas sujeiras. Enquanto ela faz isso eu a acaricio e lhe agradeço eternamente, pois vejo na pontinha de suas asas e de suas patinhas furos provocados por cravos que dois mil anos atrás foram postos ali. E quando ela termina a limpeza do dia eu saio pelos portões do zoológico e vou anunciar ao mundo que só aquele lindo exemplar da fauna divina é capaz de resgatar todos aqueles que se entregarem a seus cuidados. Ela limpará todos esses de toda impureza, sujeira, parasitas e a dor que eles causam.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

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comentários
  1. Patricia Almeida disse:

    Eu nao sei de onde vem essa inspiraçao…ops sei sim né ….dessa “Pombinha” maravilhosa. Eu ja apendi tbm que a igreja é um hospital cheio de doentes de todos os tipos e de enfermeiros tbm, e entender isso me preservou no zoologico ou no hospital(rs) 21 anos. Mais uma vez uma palavra maravilhosa e reveladora, se todos entendessem isso teriamos menos “desigrejados” e mais pessoas com a oportunidade de salvaçao pelo nosso testemunho.

    Paz querido

  2. Drik's disse:

    “Não existe nenhum outro lugar do mundo em que eu prefira estar.”

    Esse animalzinho aqui ainda vai voltar a dizer isso.

  3. Juamara disse:

    Muito profundo Zágari!
    Este post me lembrou de uma colocação que o nosso professor de Escola Bíblica Dominical fez em uma de suas aulas. Ele disse que a igreja pode ser comparada a Arca de Noé, cheia de animais. Imagina o mal cheiro que era naquela Arca, todos os animais fazendo suas necessidades naquele lugar durante 40 dias. Porém, mesmo com todo este mal cheiro, a Arca ainda era o melhor lugar para se estar.
    Mesmo com todas as imperfeições da igreja, é nela que Deus opera seu tratamento em nossas vidas, seu cuidado. Lá Ele aperfeiçoa nossa comunhão, nos fortalece, enfim, cura as nossas feridas.
    Que Deus continue te abençoando meu irmão!

  4. Sidnei disse:

    O post me fez lembrar de uma música em estilo caipira que dizia mais ou menos assim:
    “Lembre-se da arca de Noé
    Tinha bicho deitado e bicho de pé
    bicho pra todo lado que late e berra
    mas era “meió” ali do que estar c´o pé na terra
    e o cheiro também era de lascar
    mas quem tava na arca conseguiu se “sarvar”…
    Que Deus nos dê a graça de não somente permanecer na arca ou zoológico, mas ficarmos na condição de ovelha e não nos transformarmos em bode…

    • Rsrs
      Amém, Sidnei!

      Abraço!

      • Isso, as religiões foram criadas pelos homens, o cristianismo foi criado pelos homens, a igreja foi fundada pelos homens com o INTUITO de adorar à Deus, homens são falhos e fazem bagunça em tudo que tocam… o que vai DE encontro com o que Deus é… paz, verdade e amor!

        Não se conforme por estar em lugares que só existem porcos que adoram estar na lama e que meia volta tomam um banho pra tirar foto e se mostrar para os outros.

        Leiam apocalipse: todas as cartas que serão enviadas para as igrejas…
        vejam como Deus fala que VOMITARÁ as igrejas mornas!

        …e NUNCA SE ESQUEÇAM DO QUE JESUS DISSE:
        – aquele que não nascer de novo NÃO ENTRARÀ NO REINO DOS CÉUS

      • Rodrigo, bela colocação, obrigado.
        Mas cuidado, vc está trafegando numa linha perigosa. A igreja nao foi fundada pelos homens (“…e sobre esta pedr edificarei a minha Igreja…”, lembra?).
        Religião…é um caso serio o que vc disse. Se vc quiser, seria interessante ler meu post “Religião, dogma, tradição e outros palavrões”. Fala sobre isso.
        Quanto ao resto, é isso aí. Vivemos na imperfeição, vendo como que por espelho, até aquele grande dia.

        Abraço e paz!

  5. André Neves disse:

    Ah, Maurício, se você queria me fazer chorar, conseguiu. Só não abri o berreiro aqui porque estou no meu trabalho, lendo e meditanto em um momento de rápida folga. Assim como você, meu amigo, “não existe nenhum outro lugar do mundo em que eu prefira estar!”, nesta igreja imperfeita, mas que um dia irá se encontrar com o seu Noivo perfeito.
    Paz.

    • Amem!
      Aproveita e chora agora, pq no Céu não haverá lagrima. Fico feliz que te tocou.
      Abraço forte,querido! Sigo em oração por aquele lance, viu?!

      • André Neves disse:

        Obrigado, Maurício. Nossa esperança do céu é sempre o que mais no comove. Mas também me comove ver a Igreja se aperfeiçoando no Senhor, e você tem sido uma das vozes dEle nestes dias, pode ter certeza.
        Um abraço forte, mano!

      • Amem e amem!
        Sigamos no bom combate
        abs!

  6. Sabe mano,
    Esse texto me fez lembrar qntas vezes eu fui daki pra li e de lá pra cá na época da minha conversão ( há quase 20 anos atrás) procurando um “parque cheio de animaizinhos saltitantes e felizes” e sempre me frustando até entender q enquanto eu não focasse meu olhar na “pombinha branca” minha vida seria uma série de decepções!
    Hj entendo q faço parte do zoológico, talvez sendo o animal q mais precisa ser limpo, e toda vez q de cabeça baixa e em lágrimas sinto a pombinha me limpando, percebo q estou no melhor lugar!

    Obrigada =D

    Bjs e paz no amor do Papai 😉

  7. Ester disse:

    “Por isso temos que acabar com essa mania de evangelizar as pessoas oferecendo igrejas em vez de Cristo. “Venha ao culto, minha igreja tem um astral superlegal”; “Venha ao culto, meu pastor prega muito”; “Venha à igreja, os irmãos são abençoados”; “Venha à igreja, o clima lá é ótimo”; “Venha ao culto, você tem algo melhor o que fazer domingo à noite?”. E por aí vai. Só que qualquer um desses discursos é errado.”

    Muito obrigada, Maurício, ao ler esse post abri os meus olhos!
    Que Deus continue te abençoando a escrever com sabedoria e de uma maneira simples à todos!

    Paz do Senhor!

  8. Lelê disse:

    Sim, maurício!
    Mais um fantástico texto e com uma linguagem que qualquer criança entende. Isso é maravilhoso!
    É isso mesmo, todos nós temos o péssimo hábito de exaltar a nossa igreja e o que Deus quer não é isso. E sim que dêem espaço para Ele agir!
    A minha igreja tb é imperfeita e tem gente mais imperfeita ainda, mas eu acho que só de ter vontade de acertar já é um bom começo.
    Eu tb sou uma “animal” que não vale nada mas a minha vontade é tamanha de acertar que às vezes, eu dou um bola dentro, mas msm assim a minha igreja me quer bem! E eu tb quero bem a minha igreja, mas to longe de exaltar, pq falta muito p/ ser perfeita!
    Parabéns, parabéns e parabéns mais uma vez!
    Bjss na familia e em vc!

  9. Regina disse:

    “Quem convence é Ele. Quem dá o dom da fé é Ele. Quem tem graça a oferecer é Ele. Pare com essa mania de tentar convencer o pecador a se converter. (…)Aborrecer as pessoas que não foram tocadas pela graça é perda de tempo e é antibiblico. Lance a semente. O resto é com Deus. É ou não é Ele quem dá o crescimento?” – demais!!!

    Diante desse texto não há muito que dizer, a não ser ‘é isso’, amém!! Tenho certeza de que estou no lugar certo, pois é assim que pensam e agem na comunidade presbiteriana – com cuidado com as pessoas (tão doloridas…), com a pregação da Verdade bíblica com humildade, serenidade, discernimento das lideranças e do povo todo. Sinto-me confortável em perceber que vamos no caminho de Deus messsmo 🙂

    Obrigada por nos lembrar, mais uma vez, dessas verdades. Encontrei Jesus em meio a muita dor; contorcida, Ele me salvou. Restauração é processo delicado e demorado mesmo, Deus sabe bem o que faz…

    Bj na Paz de Cristo

  10. William disse:

    Bom, há alguns posts, eu comentei aqui, Maurício no post sobre o pecado de “pensar” e desde então tenho vindo aqui para ler mais e mais posts. Você até me respondeu. Não sei se lembra mas gostei muito de você ter dado ou pelo menos demonstrado importância ao que eu disse. Eu não tenho problemas em admitir que gosto de me sentir valorizado e respeitado como me senti naquele dia e em detalhes como por exemplo você se referiu a mim como “irmão”. Acho que passa despercebido por outras pessoas mas essas coisas me cativam.
    E novamente neste post, eu me senti à vontade de comentar. Se possível, nem precisa aceitar o comentário, preferia mandar por e-mail, mas não o achei(kkkkkkkkkk). Bom, como eu disse daquela vez, eu sou um “desigrejado” e não o sou por decepção com ninguém.
    Dediquei 6 anos da minha vida a uma igreja que foi onde eu conheci a Cristo e agradeço a tudo e todos pelo que fizeram por mim lá, me decepcionei com muita gente mas isso nunca foi o bastante para me afastar. Agora quando eu percebi que eu me sentia oprimido e preso pela doutrina pregada, eu preferi sai até para não atrapalhar o pastor pq eu tinha uma certa influência pelos “cargos eclesiásticos” que vamos conquistando com o tempo. Eu não me orgulho disso e concordo com todos os meus amigos que me dizem que eu estou errado no que se refere ao fato de eu não cear desde então.
    Talvez pareça um texto de alguém desesperado e desnorteado e até é verdade mas não é um conselho o que eu busco. Eu só me senti à vontade pra escrever isso pra alguém e foi o que eu fiz. Bom, é isso e obrigado!

    • Ô, mano, fique à vontade para desabafar qdo quiser. Pra conversar, comungar, abrir o coração, o que for.
      Mas se vc aceitar um conselho de teu irmão aqui…procure uma igreja. Não fique longe da comunhão. O que vc fez no passado ficou no passado.
      Se a igreja que vc frequentava impunha um jugo muito pesado….procure outra! Mas nao fique longe da familia de fé. É lá que vc terá apoio em oração, que tomará a Ceia, que ouvirá a Palavra…faz falta, querido.
      Se precisar conversar, tou aqui.

      Que Deus te ponha no colo hoje e sempre!

  11. Alan Capriles disse:

    Prezado Maurício,

    Como o irmão sabe, tenho um blog. O que talvez não saiba é que meu blog que é seguido por muitos “desigrejados”, aos quais procuro aconselhar com carinho. Coloquei a palavra entre aspas porque prefiro classificar a maioria deles como “adenominacionais” – uma vez que continuam submissos a Cristo, o cabeça do corpo e permanecem congregando com outros irmãos, ainda que fora de uma denominação. Ou seja, nem todos deixaram de fazer parte da igreja. O conceito do que é igreja é que não podemos perder de vista.

    Comento isso porque sei que muitos daqueles que o amado chamou de “desigrejados” não cabem dentro desta sua conclusão, que transcrevo a seguir:

    “Por isso os desigrejados me entristecem, porque não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos, acharam que o zoológico fedorento seria um parque cheio de animaizinhos saltitantes e felizes. Então no primeiro coice que a zebra leva do camelo ela já quer pular fora.”

    Não posso concordar com a sentença acima, por uma simples constatação: ela não expressa a realidade. “Desigrejados” em sua maioria, não são pessoas que “não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos”, mas, pelo contrário, geralmente são pessoas que compreenderam o evangelho melhor do que aqueles que estão transformando a igreja num circo e fazendo dos crentes um comércio. São os que acordaram para o fato de que algo não está bem e chegou num ponto insuportável.

    Nosso querido bispo Walter McAlister me parece ser um dos que acordou para esta realidade e também tem feito reformas em sua denominação.

    Pela misericórdia de Deus, o mesmo ocorreu comigo e também tenho feito reformas na igreja que pastoreio, buscando retirar conceitos errôneos que se instalaram no corpo de Cristo e que precisam ser confrontados com a verdade do evangelho. Isso não é querer uma igreja perfeita, mas somente reconhecer que nossas imperfeições não são desculpa para continuarmos com práticas que idolatram o homem, como pregações voltadas para o que as pessoas querem ouvir e não o que precisam ouvir.

    Outro servo de Deus que despertou para esse fato, e que vê os desigrejados como uma consequência de uma igreja infiel, é o reverendo Hernandes Dias Lopes, que tem dezenas de pregações denunciando erros que não podem ser tolerados. Eu poderia citar muitos outros ministros que estão denunciando o mesmo grave problema, como Paul Washer, por exemplo, cujo vídeo foi postado aqui recentemente. A questão é: basta apenas ver o vídeo, ficar chocado e até chorar? Não. É preciso ter a coragem de fazer as mudanças que precisam ser feitas.

    O problema é que raramente são pastores que despertam. Quando são os membros de igrejas-circo que despertam para a verdade, fica impossível continuar congregando ali. Repito: impossível. Eles percebem que altar não deve ser palco, que culto não deveria ser show, que pastor não é animador de auditório, que pregação não deveria ser palestra de motivação (entre outras coisas) – e participar de uma reunião onde é só isso que acontece é uma “tortura”. Eu, por exemplo, não consigo mais. Graças a Deus que o Senhor me despertou como pastor, pois, do contrário, eu seria mais um desigrejado. Por uma simples razão: onde moro, todas as igrejas viraram circo, tal qual o modelo que acabei de mencionar. Só pregam o que as pessoas querem ouvir, alisando seus egos, convidam as pessoas a virem a Jesus por interesse de receber bênção, o culto mais parece um show e os membros competem entre si por cargos e lideranças, como se Jesus não tivesse nos proibido claramente de todas essas práticas.

    Sendo assim, o que o amado sugere com eles façam? Na maioria das vezes não adianta conversar com o pastor, pois geralmente esse pastor é um impostor, que não está nem aí para o que Jesus ensinou – o que lhe interessa é como fazer com que o próximo culto esteja mais cheio, custe o que custar. Os desigrejados deveriam voltar para as igrejas-circo, ou fazer o quê, na sua opinião? Muitas deles afirmam que oraram, pedindo direção a Deus e a resposta do Senhor foi: “saia desse meio, pois Eu não estou no meio disso.”

    Lamentavelmente, são poucas as igrejas que buscam viver na verdade. Não é fácil encontrá-las. Dessa forma, pessoas que querem buscar a Cristo com sinceridade acabam sem ter um denominação para congregar. Tratar esses irmãos com rispidez não irá trazê-los de volta. Voltarmos ao evangelho é que os trará novamente para perto de nós.

    Desculpe se meu comentário foi um desabafo. Não é nada pessoal. Pelo contrário, gosto muito de ler seu blog, só não podia deixar de mencionar aquela frase desse artigo, pois a considero injusta com os desigrejados. Pelo menos, com os que conheço, aos quais amo no Senhor.

    Um forte abraço,
    no amor do Cristo Jesus.

    • Amado,
      entendi suas intenções ao me escrever, as melhores possíveis.
      Há. porém, algumas considerações. Conheço bem tb a realidade dos desigrejados. Já fiz inclusive uma reportagem sobre eles para a revista Cristianismo Hoje, que pelo Google o irmão encontra fácil na web. Não concordo com o termo “adenominacional”, pq em sua grande maioria detestam a “instituição” igreja. Nem usam esse termo. Falam “comunidades”. São contra liturgias. Contra hierarquias. Contra o dizimo bíblico. E por aí vai. Eu não acredito quando alguém diz que “Deus mandou fulano sair da igreja” mas posso acreditar que Deus os tenha mandado mudar de igreja. Temo muito por esses irmãos que se reúnem em quintais e salas de estar pois, embora estejam ligados à Videira pela fé, em grande parte são liderados por pessoas sem conhecimento bíblico embora haja boas intenções. E como diz a Palavra, “pode um cego guiar outro cego”?
      Não acredito nessa forma de comunhão. Creio em lideranças bem preparadas (se o irmão for ler todos os comentários deixados aqui no blog a respeito do post sobre “O Cristao pode ouvir música do mundo?” por exemplo, terá uma amostragem de pessoas que argumentam com conhecimento e outras que falam os maiores absurdos. Imagine se cada um liderasse um desses grupos, como seria o discipulado do rebanho?Em muitos casos um desastre. Esse é meu medo, pois esses grupos caseiros acabam virando mini-instituições, muitas lideradas por gente que nunca leu a Biblia inteira, tem uma devocionalidade distorcida e que têm como modelos lideres tenebrosos).
      Sei das igrejas que saíram dos trilhos. Mas não concordo que os que as deixaram vivam esse modelo perigoso. O caminho é buscar outra igreja. Isso dá trabalho? Claro. Mas é o que deve ser feito, pois há os 7 mil que não dobraram seus joelhos a Baal. Há igrejas serias. Há pastores que temem a Deus. Há seiva na igreja institucional. Então em vez de ficar e ajudar a consertar os problemas seremos egoístas e pularemos fora, visando aos nossos próprios interesses? Não vejo isso como Biblico. Creio em ficar e ajudar a melhorar para que os que ali permanecem sejam edificados. Senão quem cuidará deles?
      Eu trabalho com Bp. Walter, sou o editor de “O fim de uma era” e como tal participo dentro do que está sendo feito (dentro do que me cabe). Tenho o mesmo espirito e quero ver a Igreja saudável.
      Vejo o problema dos desigrejados não como um caminho alternativo, mas como o sintoma de uma doença. E temos de combatê-la. Tratar dos feridos. Mas não deixa-los morando no hospital após o fim do tratamento nem em uma praça: nos os mandamos de volta para casa. Para que eles, por sua vez, cuidem de outros feridos.
      Enfim, é uma discussão longa e complexa. Mas eu creio sim que o desigrejar-se é um equivoco. A igreja onde se está é maliderada e ensina doutrinas espúrias? Mude-se de igreja. Mas ficar fundando mini-igrejas de fundo de quintal, onde sabe-se Deus como é o ensino e o discipulado, é risco de morte. Se um neopentecostal descobre que sua igreja está desencaminhada o que sugiro nunca é “ah, saia e funde um grupo alternativo”, mas “procure uma igreja histórica, com alicerces de séculos, ondeas pessoas no mínimo estudaram a Biblia”. Creio que esse é o caminho.
      É o que penso. Leia se desejar os posts que escrevi sobre o assunto aqui no APENAS e verá o que penso. “Jesus X Igreja: tornei-me cristão quando saí da igreja”, “Jesus nunca construiu templos”, “Hippies, porcos e a Igreja institucional”. Todos tratam do assunto, que considero grave. Os desigrejados apenas saem de um erro e caem em outro. Pois o problema não são as instituições – é o pecado no coração do homem. Que estará nos templos ou nos quintais e nos seguirá aonde formos.

      A solução não está na debandada, mas na reestruturação. O irmão disse algo importantíssimo:”onde moro, todas as igrejas viraram circo” mas ao mesmo tempo disse “Pela misericórdia de Deus, o mesmo ocorreu comigo e também tenho feito reformas na igreja que pastoreio, buscando retirar conceitos errôneos que se instalaram no corpo de Cristo e que precisam ser confrontados com a verdade do evangelho”. Ou seja: se na igreja que o irmão lidera vive-se um cristianismo reformado, eu diria a qualquer desigrejado da sua região: “não abandone as igrejas e vá viver em pequenas comunidades, mas saia do circo e procure a igreja do Pr. Alan, que tem pregado um Evangelho verdadeiro”. Percebe?

      Novamente: entendo seu espirito e sua preocupação. Compartilho dela. Mas creio que nosso papel é instruir os tais que abandonaram a instituição a quE voltem e não que fiquem por aí, sob a instrução sabe-se lá de quem. Meu medo é por suas almas.

      Te abraço, no amor do Senhor e com carinho fraterno.

  12. Olá Maurício.
    É, as vezes nós achamos que somos nós que vamos converter a pessoa, não é mesmo?
    Estava lendo um livro de heróis da fé e la fala que uma coisa em comum em todos os grandes homens usados por Deus, é que todos se dedicavam a oração.
    La fala que Lutero foi achado desacordado, estava jejuando e orando por vários dias seguidos. Jonathan Edwards antes de pregar seu sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, Jejuou e orou por três dias seguidos.
    Um dos pastores que mais me influenciou foi Leonard Ravenhill e seu livro, “Por que tarda o pleno avivamento?” Da Editora Betânia; la ele fala que hoje queremos falar demais e orar menos. É um livro que praticamente só fala da importância da oração.

    Acho que se dedicássemos mais a oração e menos insistindo e puxando pelo braço para ir pra frente, daria mais frutos, não é mesmo? É claro que eu me incluo na parte que fala demais e ora menos do que deveria.

    Parabéns por mais uma pérola meu amigo!
    Deus continue te abençoando! =D

  13. Leandro Martins disse:

    Post muito sábio esses seu…

    Essa questão de igreja perfeita aqui na terra realmente não existe, como vc mencionou. Somos como num zoológico mesmo, cada um chamando a sua atenção de alguma maneira. Claro que nem todos os animais do zoológico são os mais limpinhos ou carismáticos, mas todos precisam estar ali para conhecermos quão grande e diversa é a natureza de Deus.

    Uma coisa que você falou também a respeito de não exaltarmos o fundador da Igreja, nessa sua fábula representado pela pomba, mas sim as denominações ou a igreja tal, acredito que tem entristecido muito o Espírito Santo de Deus. Ele que trabalha em nós e nos converte de todo o pecado, e não adianta querer o homem forçar neh, é perca de tempo…

    Acredito que a conversão pode se dar em qualquer lugar, não somente na igreja onde, na maioria das vezes, é o lugar mais propício, pois lá estamos na presença do veraz, fiel e bom Pastor…

    Creio que, como na fábula, precisamos de um zoológico e um cuidador de animais, o médico veterinário, como uma ovelha precisa de um rebanho e uma Pastor que as faz deitar em verdes pastos e as guia mansamente a águas tranquilas por amor do Seu nome (Salmo 23).

    Antes de querermos levar alguém para conhecer a nossa igreja que fazemos parte, precisamos levar essa pessoa a conhecer primeiro Aquele que morreu por nos amar demais. Ele precisa ser desde já ser o destaque e lembrado que Ele é o cabeça de Sua Igreja e quem não estiver nEle nada poderá fazer…

    A pessoa que não conhece a Cristo não pode ir na igreja só pra ver a liturgia do culto, ver se o pregador prega bem, se o ministério de louvor ou da música adora a Deus em espírito e em verdade… Isso tudo faz parte do culto para a glória de Deus, mas a principal pessoa que ela tem que encontrar é Ele, que poderá transformá-la e limpá-la de toda sujeira e cracas que ela nem sabia que tinha. Só o Seu Seu sangue purifica de todo pecado, maldição e injustiça, e faz essa pessoa livre para pertecer primeiramente a Ele, e depois a qualquer zoológico que Ele coordene, que está sob o Seu controle, submissão.

    Enfim, mesmo imperfeitos como somos, o melhor é entrar, quem ainda não faz parte de nenhuma igreja ou zoológico como na fábula, ou continuar quem já está lá, e contribuir para que as sujeiras sejam limpas sem dar muito trabalho para a pombinha, pois ela (Ele) quer pousar em nós e nos dar a Sua paz.

    Como diz na Palavra do Senhor, é melhor estar um dia em Sua casa do que em outras parte mil…

    Quem estejamos sempre no zoológico, ou melhor casa de Deus, e que sejamos Sua casa também, pois Ele não habita em tijolos nem em cimento, mas no coração daquele que O recebe e decide viver uma nova vida com Ele.

    No fim quem irá salvar não será a igreja em si, que somos nós, mas aquele que morreu por nos amar. Esse sim tem todo o poder pra salvar e julgar o mundo com a Sua justiça e retidão. Se Ele não estiver no barco, zoológico, não tem graça nenhuma pois Ele sempre foi e sempre será a principal atração daqueles que O buscam…

    Que o Senhor sempre te abençõe meu mano amado,

    A paz do Mestre

    • Leandro, amado irmão,
      obrigado mais uma vez pela comunhão.
      Belo comentário, concordo com vc. Apesar dos pesares, a igreja ainda é onde se prega, se intercede, se ensina, se celebra a Ceia, se louva em comunhão e se ajuda os mais fracos a se tornarem mais fortes na fé.
      Com todos seus problemas, é onde devemos estar. Se o barco está afundando, apenas os ratos o abandonam. Nós ficamos e tentamos tapar os buracos.
      Deus o abençoe, querido, no amor que nos une e que vem do Pai.

  14. Alan Capriles disse:

    Querido irmão em Cristo

    Agradeço pela publicação de meu comentário e por sua atenção ao respondê-lo.

    Talvez eu não tenha sido bem claro na questão que defendi, por isso acho necessário enfatizá-la aqui:

    Nem todos os desigrejados são pessoas “que não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos” como foi dito em seu artigo. Achei essa frase muito dura e, para ser franco, preconceituosa.

    Você disse que o caminho é buscar outra igreja. Concordo, desde que haja uma igreja fiel ao alcance dessa pessoa, mas isso raramente acontece. É fácil para nós dizermos “busque outra igreja”, pois temos carro e dinheiro para a gasolina. Mas pense nos milhares que não tem condições de pegar ônibus duas ou três vezes na semana para membrar-se numa boa igreja, que pregue a palavra com fidelidade… Essa é a realidade da maioria em nosso país. Sei do que estou falando porque a igreja que pastoreio fica num bairro pobre do município de São Gonçalo, no qual todas as igrejas são muito parecidas, no sentido de que seus cultos são centrados no homem e não em Deus.

    Quanto aos desigrejados detestarem a instituição e serem contra liturgias, hierarquias e o dizimo bíblico, a questão é: Por que detestam a instituição? E por que são contra essas práticas? Que tal dialogarmos com eles, ao invés de apenas estranhá-los? Muito do que eles dizem tem fundamento, apesar de alguns estarem indo longe demais, o que admito e lamento.

    Mas a verdade, comprovada historicamente, é que essas coisas que os desigrejados combatem (igreja-instituição, liturgias, hierarquias e até o dízimo) começaram a entrar na igreja a partir do imperador Constantino, em 327 d.C. que passou a romanizá-la. Não estou dizendo que a igreja fosse perfeita antes de sua institucionalização, mas precisamos admitir que a igreja viveu muito bem por quase três séculos sem ela. Teve muitos problemas? Teve, mas não mais do que atualmente. Os problemas de hoje são piores, tendo em vista que os cristãos daquela época eram reconhecidos pelo amor ao próximo e por darem a própria vida por amor ao Senhor. Hoje, tem faltado ambas características, na maioria dos que se dizem cristãos. E tem sobrado orgulho denominacional, soberba nos pastores, disputas por cargos e lideranças, investimento em mega templos, etc.

    O amado defende liturgias, hierarquias e o dízimo bíblico. Respeito e compreendo perfeitamente sua atitude, pois até três anos atrás eu também defendia tudo isso. Mas a verdade, facilmente comprovada, é que liturgias, hierarquias e até o dízimo bíblico nunca foram ensinados nas epístolas. Os crentes gentios nunca foram instruídos nesse sentido. Mas foram instruídos a ter ordem em suas reuniões (o que é diferente de liturgias) e a obedecerem a palavra de Deus ensinada por seus guias (o que é diferente de hierarquias, pois somos todos iguais abaixo de Deus). Não havia título naquele tempo, havia função (serviço ao próximo, cada qual segundo seu dom). Prova disso é a ausência dessas funções escritas na Bíblia antes do nome de qualquer ministro do evangelho. Não encontramos escrito “apóstolo Pedro”, ou “apóstolo Paulo”, ou “evangelista Filipe” ou “diácono Estêvão”, ou “pastor Timóteo”. A ideia de fazer da função um título só veio após Constantino, que deu cargo e poder político aos que exerciam estas funções. Isso é frontalmente contrário ao que o Senhor Jesus nos ensinou (Mc 10:42-44; Mt 23:8-12) Por favor, não pense que estou querendo lhe ensinar alguma coisa, sei que o irmão é professor de teologia e sabe muito bem de tudo isso. Estou apenas lembrando de fatos que nos ajudam a entender a posição dos desigrejados.

    Quanto ao dízimo, já que o irmão tocou no assunto, precisamos falar francamente. Histórica e biblicamente o dízimo nunca foi exigido de um gentio convertido a Cristo. Se o dízimo fosse mandamento de Cristo, com toda certeza Paulo o ensinaria em suas epístolas. Como ele deixaria de ensinar algo tão importante assim? Ele não ensinou isso aos gentios (e nós somos gentios) pela mesma razão que não ensinou sobre a guarda do sábado, ou sobre a veneração a Maria – simplesmente porque não são práticas que os cristãos devam fazer. Por outro lado, Paulo nos ensinou a amar nosso próximo de tal maneira, que venhamos repartir com ele nossos bens e dinheiro, seja para sustentar irmãos que se dediquem à pregação e ao ensino, seja para matar a fome de irmãos em necessidade.

    Sou contra o dízimo? Não. Sou a favor da verdade. Se alguém quiser dar apenas 10% de sua renda para uma igreja e acreditar que isso é o bastante, o problema é dessa pessoa. Cada um dará contas de si mesmo a Deus. Prefiro dar muito além disso e ensinar aos irmãos que pastoreio a fazer o mesmo, cada qual segundo o que tiver proposto em seu coração, como nos ensina a palavra de Deus.

    Sou contra a instituição igreja? Não. Mas a verdade é que não necessitamos dela para sermos cristãos. Por isso acho injusto considerar todos os desigrejados como pessoas “que não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos” como foi dito em seu artigo. E, já que isso não foi consertado, encerro por aqui meus comentários, pois me parece óbvio que temos pontos de vista diferentes. Mas respeito sua opinião, a qual procuro compreender.

    Quanto ao livro “O fim de uma era” fui um dos primeiros a adquiri-lo, lá na Catedral, pois ainda nem estava nas livrarias evangélicas. E aproveito para lhe parabenizar pelas excelentes perguntas, que fizeram do livro uma leitura tão interessante que já o li por duas vezes. E recomendo a todos!

    Espero não ser mal compreendido em meu comentário. Esse é um assunto por demais delicado, que não pode ser tratado em poucas linhas.

    No amor de Cristo
    Alan Capriles

    • Querido Pr Alan,
      .
      Não precisa agradecer pela publicação de seu comentário e por minha atenção ao respondê-lo, o dialogo é bom e saudável. E feito como fazemos, com educação, respeito e amor cristão, eu devoto a isso o tempo que for necesário. Pelo menos o senhor não me chamou de “bundão”, como o pastor-mor dos desigrejados no Brasil trata aqueles que se mantém no modelo do qual ele apostatou nem de “fariseu”, como já fui chamado pelas costas por desigrejados que não aceitam minha visão. Então dialogar com alguém com o seu nível de educação para mim é um bálsamo, mesmo que haja divergências. Sobre suas observações, vamos por partes.
      .
      Sobre nem todos os desigrejados serem pessoas “que não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos”, eu creio que a resposta que dei ao comentário da irmã Regina em outro post expõe minha visao sobre isso. Creio que é pertinente reproduzir aqui um trecho da conversa que tive com ela. Regina faz a seguinte colocação {Entre chaves}:
      .
      {A vida na Igreja tem sido muito mais uma extensão do mundo que um lugar de refrigério e comunhão. Aquele que está cansado das difíceis relações no trabalho, em casa etc, que se sente muitas vezes assediado por um chefe, colega, ou que tem lá seus tormentos familiares, quer muito encontrar na Igreja um lugar para descansar o espírito, convivendo em alguma sanidade e santidade, buscando alimento mesmo, físico, psíquico e espiritual. Não que a pessoa queira viver na caverna retratada aqui pelo outro Maurício 😉 , mas creio que o que ela deseja, precisa, clama é pelo mundo que está fora da caverna, cheio de sol, brilho, frescor, restauro, mas dentro da Igreja. E não acha, porque na comunidade as relações de fora se repetem. Ouvi ontem uma pessoa comentando que os favoritismos, protecionismos, da estrutura que existe no seu trabalho a semana inteira, ele tem que “aturar”(e só o Espírito o fortalece!) na igreja. O que não pode pra geral, pode para os mais achegados, os amigos; citando um exemplo dado por ele, ser ouvinte numa classe de EBD não pode, mas pode para um amigo do professor etc e tal. Essas coisas são perceptíveis e para muita gente ‘pega’, desanima. Aí, como ele arrematou no papo, dá mesmo é vontade de ir refrigerar na praia, olhando a natureza e mergulhando no mar de Deus…}
      .
      Ao que eu respondi o que reproduzo aqui abaixo na integra, entre colchetes:
      .
      [Querida,
      o equivoco desse discurso é que igreja não é resort.
      As pessoas que se afastam da igreja achando que ali teria de ser apenas um local de alivio e refrigério não entendem a função da igreja.
      Essa é apenas uma de suas funções. Mas igreja é, muito mais do que isso, local de se doar. De emprestar os ouvidos pro que sofre. De orar pelos enfermos. De chorar pelos pecados cometidos e se arrepender. De comungar na Ceia. De aprender que o ser humano não é perfeito. De ouvir pela pregação que somos miseráveis pecadores e em vez de se conformar com isso e jogar nas costas da graça de Deus a explicação e a justificativa, ajoelhar-se clamando por misericórdia e se esforçar por mudar. E por aí vai.
      A Igreja, de forma inédita na Historia, está conformada com seus pecados. Acha que ir ao santuário é como tomar uma sauna pra ter um “relax” das tensões do dia a dia. Nada mais errado. Ali somos confrontados com nossa pecaminosidade. Muitas vezes Deus conduz o pregador a nos chamar ao arrependimento e não ao alivio. Às vezes a igreja precisa de contrição e não de cafuné. E aí o que vai ali em busca do suco com brisa fresca vai sair chateado. Pois não entende o que é a igreja.
      O desigrejar-se é um erro grave. É fugir dos problemas (como se nas comunidades alternativas esses não existissem – esperemos um pouco e verão que os mesmíssimos problemas vão surgir). Não é solução pra nada. Se uma igreja comete erros insuportáveis, que se busque outra. Mas debandar em vez de ficar e ajudar a resolver os males, me perdoe, é um ato de covardia. Feridos de guerra são tratados e depois de curados voltam ao campo de batalha. O problema é que muitos não querem voltar para não ter de encarar aa dificuldades do bom combate. E, por isso, tornam-se desertores. Que acham que a batalha nao vai
      chegar até suas “comunidades”. Tenho pena, pois é uma visão ingênua.]
      .
      Agora, Pr Alan, vc tem razao, ha outros casos. Conheço o caso de um irmao – muito piedoso, por sinal – que liderava um grupo pequeno na sua igreja local. Certo dia o pastor resolveu acabar com os grupos e esse irmao, inconformado, abandonou a igreja e foi fundar sua “desigreja” na sua casa. E aí? Uma boa motivação? Ele saiu pq foi ferido ou coisa do gênero? Tudo me indica que foi mais por vaidade humana.
      .
      E me permita discordar, Pastor, mas o que eu digo nao é preconceituoso. É fruto de conversas e convivência com desigrejados, de ouvir seus argumentos. Não há preconceitos, há conceitos bem alicerçados. Para mim, o desigrejar-se é um erro grave e um caminho que não resolve os problemas.
      .
      Sobre só haver uma igreja numa região, há montes de soluções. Algumas incluem esforço pessoal. John Wesley passava três dias cavalgando na neve para chegar ate certas comunidades e pregar o Evangelho. Mas muitos só querem o fácil. Meu irmão de sangue se converteu e foi morar na Espanha, um pais com menos de 1% de evangélicos. Não achava igreja perto da cidade em que vive. O que fez? Solicitou a uma missão das Assembleias de Deus que enviasse
      missionários. Mandaram um vocacionado…da Suécia!. Hoje a igreja tem mais de 70 membros. Meu irmão seguiu o caminho trabalhoso mas que rendeu frutos.
      A outra saída seria ele desigrejar-se?
      .
      A igreja em que me converti plantou 18 congregações, todas em favelas. E é uma Assembleia de Deus de membresia extremamente humilde. E muitos carentes são abençoados por esse esforço de plantação de igrejas. A multiplicação das boas igrejas mediante o discipulado correto e a preparação e o envio de pessoas vocacionadas é um excelente caminho. É o que foi feito nessa igreja, por exemplo. É o que deve ser feito.
      .
      O irmão colocou: “Quanto aos desigrejados detestarem a instituição e serem contra liturgias, hierarquias e o dizimo bíblico, a questão é: Por que detestam a instituição?” ——- Eu responderia de forma sistêmica, com base em fatos: porque a instituicao aplica o que a Biblia diz sem relativizar. É firme em suas convicções bíblicas. Duas desigrejadas que conheço se divorciaram sem ser por adultério e queriam se recasar. Os pastores das suas igrejas disseram a elas o que é bíblico: que tais recasamentos não têm aprovação do Evangelho. Elas se revoltaram e saíram da igreja, acusando a instituição, o “biblicismo” e a “falta de amor”. E aí? O erro foi do Pastor? Ou da concupiscência delas? Acredite: tentei dialogar com muitos desigrejados, mas ou não querem ouvir ou repetem argumentos espúrios que ouviram de pastores desviados que pregam absurdos na internet, como que nós somos “os da religião” e eles “os da graça” e outras bobagens do gênero. Ou seja, usam o recurso do ad hominem porque seus argumentos não têm base sólida.
      .
      Sobre “a verdade, comprovada historicamente, é que essas coisas que os desigrejados combatem (igreja-instituição, liturgias, hierarquias e até o dízimo) começaram a entrar na igreja a partir do imperador Constantino, em 327 d.C. que passou a romanizá-la”. —– aí depende do que o irmão chama de “instituição”. Pelo dicionário, é “grupo organizado”. A Igreja de Atos diante disso me soa bem institucional. Pq em sua origem, uma igreja institucional é uma igreja com organização, distribuiçao de tarefas, horarios, sede própria etc. Nada mais é do que isso. Pois bem, a implementacao dos diáconos não foi um traço institucional? A figura do bispo, como Clemente, é do século I. As reuniões na Igreja primitiva seguiam SIM liturgias, como o partir do pão, o pregar da Palavra e a leitura das cartas. Eu visitei as catacumbas de San Calixto em Roma e vi locais onde isso era feito, liturgicamente, no século II. Então perdão, Pastor, mas a institucionalizacao da fé, as liturgias etc são anteriores ate mesmo ao Concilio de Niceia, em 325 d,C e a 313 d.C, quando se liberou o culto cristão.
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      E não nos esqueçamos: os cultos eram feitos em lares pela única e exclusiva razão de que eram proibidos pelo Império. Era mais fácil simular uma visita social à casa de alguém e ali cultuar Deus – liturgicamente, diga-se – do que fazer isso em praça publica, o que lhes garantiria passe livre para o Coliseu. Então historicamente a institucionalizacao de cargos, liturgias etc é bem anterior a Constantino, que apenas tornou público e trouxe para o poder o que já era feito. Ou o irmão acha que as liturgias dos cultos que passaram a ser feitos nas primeiras basílicas e nos primeiros templos cristãos “oficiais” foram inventadas naquele momento? Simplesmente transpuseram o que já era feito nos lares para os santuários. Depois começou a poluição que nós bem sabemos, mas aí já é outra discussão.
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      E lembremos que a própria Ceia como Jesus a celebrou e mandou que repetíssimos foi de forma extremamente litúrgica.
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      Sobre ” precisamos admitir que a igreja viveu muito bem por quase três séculos sem ela. Teve muitos problemas? Teve, mas não mais do que atualmente”. —- hmmmm… não é bem assim. Pense no que motivou os autores do NT a escrever suas cartas. Havia problemas hediondos no seio da Igreja: discriminação por classes sociais, sexo entre parentes, gente que ia tomar a Ceia para jantar, dons espirituais usados descontroladamente, roubos como os de Ananias e Safira, desunião, Paulo e Pedro se repreendendo na cara, heresias aos montes (como o gnosticismo, que levou João a escrever suas epístolas), abandono no primeiro amor, seguidores de falsas doutrinas (como os crentes de Pérgamo), imoralidade sexual (como a igreja em Tiatira), obras imperfeitas diante de Deus (como os cristãos de Sardes), cristãos que praticavam atos que fazia a igreja ser chamada por Deus de “miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu” (como a comunidade de Laodiceia)….. Será que os problemas eram menores? Ou só diferentes?
      .
      Sobre “os problemas de hoje são piores, tendo em vista que os cristãos daquela época eram reconhecidos pelo amor ao próximo e por darem a própria vida por amor ao Senhor” —– em muitos paises onde há perseguição religiosa nao é exatamente o que ocorre? A liberdade que há no Brasil é exceção e não podemos tomá-la por padrão para a Igreja de Cristo espalhada pelo mundo. Entre no site da Missão Portas Abertas e veja o que ocorre pelo mundo (tem o site no link que está no blogroll aqui na barra lateral do APENAS).
      .
      Sobre “tem sobrado orgulho denominacional, soberba nos pastores, disputas por cargos e lideranças, investimento em mega templos, etc.” —- concordo. Mas não em todas igrejas.
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      Sobre ” liturgias, hierarquias e até o dízimo bíblico nunca foram ensinados nas epístolas” —— nao é fato. Atos já mostra isso: separaçao por atribuições (veja o diaconato), o episcopado ( 1 Timóteo 3:2 – É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar) e (Tito 1:7 – Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;). E me perdoe, mas dizer que isso eram apenas “funções” e não ” cargos” é mera semântica: “cargo” pelo dicionário significa “Incumbência, responsabilidade”. Não era exatamente isso o que os diáconos tinham, a incumbência e a responsabilidade de servir os irmãos? E os bispos, também não? Novamente no dicionário vemos que “função” significa “exercício de atribuições”. Para mim, isso é exatamente a mesma coisa. Então separar cargo de função, Pastor, é semântica sem distinção. Sim, havia cargos na Igreja primitiva.
      .
      Quanto ao dizimo, são palavras do próprio Jesus: ” Mateus 23:23 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”. Sem omitir aquelas significa o quê, amado? E o argumento de que o dizimo não era em dinheiro, antes que seja levantado, não procede. A Lei previa que os que vinham de longe poderiam trazer em dinheiro ao templos seus dízimos. Repare que Deuteronômio 14:22,24,25 deixa muito claro que se Jerusalém fosse longe da vila onde morava o dizimista, o transporte de suas colheitas poderia ser um problema. Assim, Deus permitiu que essas pessoas entregassem o dízimo em dinheiro. Transcrevo aqui: “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus”.
      .
      Sobre hierarquias serem inválidas “pois somos todos iguais abaixo de Deus” —— cargos e tarefas não desqualificam pessoas. Ou a Biblia não diz que foi o próprio Deus quem instituiu toda autoridade que há debaixo do Céu? E autoridade não fala de hierarquia? Tt 3.1a – “Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes”. Ou Hb 13.17 – “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês”. Ou ainda: 1 Pe 2.13a – “Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens”. Se há autoridades, Pastor, há hierarquia. Voltemos ao dicionário: Hierarquia = “Subordinação de certos poderes uns aos outros; classificação ou ordenação segundo determinados critérios; rganização segundo vários graus de poder e subordinação; e…grau de autoridade”. Para mim isso é clarissimo. Deus instituiu autoridade entre os homens, logo, há hierarquias. O que não é nada demoníaco, como tentam pintar, é algo estabelecio por Deus, para o bem da Igreja. Afinal, em Apocalipse a quem são enviadas as cartas das 7 igrejas?
      .
      Sabe o que o dicionário aponta como o contrário de hierarquia? “Anarquia; desorganização”. É isso o que queremos para o Corpo? Abolindo as hierarquias nas “comunidades” dos desigrejados (o que é uma utopia, sempre há alguém que coordena, organiza ou algo assim [que é a autoridade], a quem eles dão o título semanticamente elegante de “irmão mais experiente na fé”) será que a anarquia não é o próximo passo?
      .
      Sobre “Por favor, não pense que estou querendo lhe ensinar alguma coisa, sei que o irmão é professor de teologia e sabe muito bem de tudo isso.” —– fique tranquilo. O dialogo é importante e qdo feito com respeito e amor, como estamos fazendo, só traz edificação. Não me incomodo. E não leciono mais Teologia, logo, o título (ou cargo, ou função ou o nome que se queira dar ) de “professor de teologia” não me cabe mais, a bem da verdade.
      .
      Sobre o dizimo já expus meus argumentos.
      .
      Sobre a necessidade da instituição, eu a julgo fundamental, sem a qual nos espera o caos, a anarquia, a desorganização, a perda das amarras que nos prendem ao porto seguro da sã doutrina.
      .
      E, pelo que escrevi acima e todos os posts que já escrevi no blog sobre a questão dos desigrejados, reafirmo minha convicção de que os desigrejados como pessoas “que não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos”. Mantenho minha postura, claramente explicitada na resposta a Regina, acima. Entendo que o caminho que estão seguindo é equivocado e não trará nenhum benefício.
      .
      Também respeito sua opinião, pois a opiniões todos temos direitos. Mas nunca desvio o olhar da Biblia e da Historia. Elas valem bem mais do que minha
      opinião pessoal.
      .
      Sobre “Quanto ao livro “O fim de uma era” fui um dos primeiros a adquiri-lo, lá na Catedral, pois ainda nem estava nas livrarias evangélicas. E aproveito para lhe parabenizar pelas excelentes perguntas, que fizeram do livro uma leitura tão interessante que já o li por duas vezes. E recomendo a todos!” ——– agradeço em meu nome e sei que Bp Walter ficará feliz.
      .
      Sobre “Espero não ser mal compreendido em meu comentário. Esse é um assunto por demais delicado, que não pode ser tratado em poucas linhas.”. —– de forma alguma. Pastor, entendo sua preocupação com as almas, que é a mesma que a minha. Temos visões diferentes, mas tratamos um ao outro com afeto e respeito, seguindo o exemplo de Cristo. Isso é o mais importante.
      Já lidei com desigrejados muito ofensivos. Seguem o exemplo do “papa” deles, que chama pastores sérios de “bundões”, algo incompreensivel biblicamente. Um desigrejado que me seguia no twitter tem tanto ódio de eu discordar dele que me deu unfollow e em todas as pessoas que me seguiam, para nao ter que ver RTs de tuites meus. Foi isso o que Jesus ensinou? Qdo publiquei o post “O pecado supremo na Igreja evangélica: pensar” levei dois unfollows de desigrejadas e uma terceira, que nem me seguia, veio discutir comigo e me chamou de “fariseu” pelas costas. Esse é o espirito que vem seguindo os desigrejados, querido: revolta sem diálogos. Só ataques, ataques e ataques. Muitos bem ofensivos e agressivos, o que para mim é um sintoma de algo bastante grave em se tratando de fé cristã.
      .
      Conheço desigrejados que me respeitam e me tratam com carinho, apesar das divergências de ideias. Mas em minha experiência pessoal, são
      minoria.
      .
      Na paz e no amor de Cristo, que nos une,
      MZágari

  15. Sheyla disse:

    Ahhh Maurício! Que talento pra escrever e esclarecer! Amei essa fábula digna de plena divulgação! Realmente … a igreja não é museu de santo e sim hospital de doentes, onde a pessoa pode e deve ser trabalhada e transformada de glória em glória…através do ensino da palavra e da comunhão com os irmãos!! Inspirado pelo Espirito Santo é a sua marca, querido! Grande Beijo, que possamos caminhar juntos em fé, esperando o grande dia, que seremos pra sempre transformados e o veremos como Ele é! Sheyla

  16. Walace Alves disse:

    Meu Deus! Que linda post.
    O que vemos é isso uma briga desenfreada por pessoas, mostrando um lugar atraente, dinâmico, legal, uma palavra boa, amigos etc. Resumindo “Oferecendo igrejas em vez de Cristo.”.
    Acho sinceramente que isso não e evangelismo, é apenas um convite, penso que cada um pode fazer mais que apenas um convite como foi dito “Lance a semente. O resto é com Deus.” A pombinha que retira as sujeiras, não é o local, não são as pessoas, as coisas, as funções, os shows. Quando convidamos temos a chance de lançar a semente, falar da Palavra da Salvação, Pois é Deus que da esse crescimento, se não lançamos, se não plantamos, o que vamos esperar?
    Outro ponto gostei quando fala “Venha à igreja, é uma instituição imperfeita, formada por pessoas imperfeitas,…” A Igreja é formada por pessoas imperfeitas, Pois só um foi perfeito e somos aperfeiçoados por Ele, esse negócio de igreja mais santa que outra, mais perfeita, Só Jesus foi, é eternamente Santo.

    Quando Paulo em Listra curou um coxo, as pessoas naquele lugar chamou ele de Mercurio e Barnabé de Júpiter, mas eles rasgaram as suas vestes e falaram que eles eram homens que nem eles. Quando Pedro curou aquele que estava na Porta Formosa, ele disse para não se maravilhar que ele tivesse feito aquilo, por que ele mesmo não tinha poder para para curar, mas a fé em Jesus, não a fé em homens, mas sim a fé Naquele que retira as nossas sujeiras
    Glória a Deus por esta verdade!

    “Para que a pomba sem mácula pouse sobre mim diariamente e me livre das minhas sujeiras. Enquanto ela faz isso eu a acaricio e lhe agradeço eternamente, pois vejo na pontinha de suas asas e de suas patinhas furos provocados por cravos que dois mil anos atrás foram postos ali.”

    Deus te abençoa Zágari.

  17. Alan Capriles disse:

    Querido irmão

    Eu estava preparando uma longa resposta para seu comentário ao meu segundo comentário. Na verdade, já estava quase concluindo minha tréplica. Mas, de repente, tive uma súbita percepção de que isso não importa – nem a minha, nem a sua opinião.

    Amamos ao Senhor? Sim, amamos. Tanto você, quanto eu. Por que gastar nosso tempo discutindo opiniões? Que nos esforcemos em vivenciar esse amor que temos por Jesus, no amor ao nosso semelhante. O resto não importa, simplesmente não importa.

    Sei que muitos leitores poderão interpretar isso como uma desculpa, mas Deus sabe que não é o caso. Nosso debate não nos levará a lugar algum. Nunca vi alguém reconhecer seu erro publicamente num debate e duvido que isso aconteça algum dia.

    O que importa é a fé que atua pelo amor, o que importa é sermos uma nova criatura em Cristo Jesus. É isso que realmente importa.
    (Mt 25:31-46; Gl 5:6; 6:15; Tt 3:14; 1Jo 4:20-21)

    Nos laços fraternos desse amor,

    Alan Capriles

    • Querido,

      embora eu acredite que todo dialogo (perceba, eu disse dialogo e não bate-boca, que nao foi nosso caso) seja valido, pois ilumina aqueles que são alcançados por ele, entendo e acato sua posição. Em respeito a ela, também me silencio.

      Deus o abençoe em sua vida e em seu ministério.

  18. Daniel Januário disse:

    Olá , Mauricio Zágari . Observei os posts seus e do Alan e me interessei em também expor sobre a palavra que o amado colocou no artigo sobre “desigrejados” .

    Para chamar alguém de “desigrejado” antes tem que se entender o que é igreja e nada melhor que a própria Bíblia né rs …

    O amado usou o dicionario para definir o significado de algumas palavras , e neste rumo irei usar suas palavras .

    Quanto ao que é uma igreja , é a reunião daqueles que verdadeiramente são de Cristo .
    Vejamos uma citação da Escritura quanto a isso em 1 Coríntios 12 : 27
    “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.”

    Assim cada membro , ou cada pessoa salva verdadeiramente compõe o corpo de Cristo ou seja a igreja . Assim a igreja são as pessoas salvas reunidas em qualquer lugar, seja num templo de pedra , numa casa , numa caverna , no mato , no subsolo e etc …
    A igreja não é um lugar físico , a igreja não é um templo de pedra , a igreja não é uma casa de tijolos , a igreja pode se reunir nesses locais mais não é esses locais .

    Poderia entrar em mais detalhes quanto ao que é igreja , mas basta essas informações para então dizer :

    O que para você é um “desigrejado” ?

    Se a igreja pode se reunir num templo , por que não poderia se reunir num lar ?
    Se reunir num lar é ser “desigrejado” ? por quê ? se não é o seu templo que é a igreja ! e também a igreja não é a minha casa aonde irmãos podem se reunir !
    Se os irmãos que se reúnem nos lares hoje de formar semelhante aos irmãos do passado , então muitos deles eram “desigrejados”?

    Peço querido que avalie está questão sobre o que é um “desigrejado” para você .

    Quanto aos “desigrejados” que você citou Mauricio , que tiveram comportamentos ofensivos , ou que um “pastor” ( se for pastor Deus o sabe) , usou o adjetivo “bundão” para aqueles que não fazem segundo o modelo que este tal “pastor” disse , sobre estas pessoas , não venho defender suas condutas , pois da mesma forma que no sistema denominacional ocorrem erros , assim também se reunir num lar podem ocorrer e lamentavelmente ocorre em ambas .

    Mas venho falar sobre aqueles que se reúnem no lar como igreja e não possuem tais condutas .

    Assim já adianto estas informações para analizar outros pontos :

    1° Igreja – Institucional .

    Em seus argumentos Mauricio , você usou o dicionario e ensinou o significado de Instituição e disse ” A Igreja de Atos diante disso me soa bem institucional. Pq em sua origem, uma igreja institucional é uma igreja com organização, distribuiçao de tarefas, horarios, sede própria etc ”

    Usarei seu termo em dizer que a igreja de atos era institucional para mencionar algo a seguir .
    Digamos então que tudo bem , a igreja sempre foi institucional , okay .
    Mas , uma coisa é a igreja institucional num TEMPLO , outra é a igreja institucional num LAR .
    Passei grande parte da caminhada com Cristo , no sistema denominacional , aonde a igreja se reunião num Templo . Sei muito bem do funcionamento de um templo aonde a igreja se reúne e suas liturgias , como também a ordenança dos dízimos .

    Assim Mauricio , pensem bem quanto a igreja institucional nos lares daqueles que não agem como os que você citou , mas que agem corretamente .

    2° Liturgia .
    Sim havia liturgia nas reuniões dos irmãos do passado , mas como era a liturgia deles em comparação as nossas ? Essa é a pergunta certa .
    Vamos ver uma citação da Escritura quanto a liturgia em 1 Coríntios 14 : 26 à 33
    Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
    E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
    E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

    As igrejas que se reúnem nos templos , as denominações fazem esta liturgia ? Sim ou não ?
    Paulo menciona , se algum irmão tem algum salmo ou em algumas traduções hinos , ou se outro tem alguma doutrina ou ensino , ou revelação de Deus e assim por diante . Quanto ao que Paulo diz vemos uma liturgia , certo ?

    Mas , no que se vê nos irmãos do passado é que numa reunião havia grande participação dos membros da igreja num LAR , por que este tipo de liturgia envolvia os dons do Espírito Santo .Ou seja era baseado naquilo que agrada a Deus e não as vontades carnais .
    Mas algumas denominações ( não todas) possuem atividades litúrgicas desnecessárias , desprovidas do Espírito Santo como também alguns irmãos que se reúnem em casas hoje podem também ter atividades litúrgicas extra-bíblicas que ainda que não sejam más em si mesmas , não tem nenhum proveito no corpo de Cristo .

    Veja um exemplo :
    Paulo diz que “v.30 Se uma outra pessoa que estiver ali sentada receber a mensagem de Deus, quem estiver falando deve se calar.”
    Numa reunião da igreja no lar , se alguém que transmitir a mensagem de Deus , vê que outro irmão irá transmitir após ele , logo o primeiro se cala , esperando ou não para continuar a falar após aquele que começou a falar depois dele . E como num lar o número de irmão é limitado , isto se torna muito bom e eficiente de acordo com o que o irmão Paulo disse e que estão registradas para nosso ensino , inspiradas pelo Espírito Santo , algo que pode ser praticado hoje .
    Mas numa denominação , um irmão sentando numa cadeira , abaixo do altar do púlpito se levantar pra dizer uma mensagem de Deus de aonde está , num meio do culto à noite , será que pode ?
    Talvez o amado Mauricio não diria , mas alguém poderia dizer ” Ah mas o Espírito Santo não trás confusão e não faria isso pois poderia trazer desordem na reunião do templo ”

    Minha resposta seria : Mas quem estabeleceu a liturgia da igreja que você está ? A liturgia que está no cronograma da sua denominação tem o título de Escrituras Sagradas , inspiradas pelo Espírito Santo ? Pois o que Paulo escreveu sobre a liturgia aos irmãos em Corinto tem selo de inspirado por Deus e que pode ser praticado hoje , pois não é como certas coisas que estão na Bíblia que apesar de serem inspiradas pelo Espírito de Deus não são cobradas de nós gentios como a circuncisão , mas certos mandamentos como esta liturgia de Paulo pode ser praticado hoje com esta ordem . A pergunta é , por que não faze-lo se pode ?

    Pois , num templo , talvez seria uma desordem eu me levantar para dizer aquilo que o Espírito Santo me ensina a dizer sobre a pregação da prosperidade daquele pregador que está a frente , sim seria uma desordem para os homens , mas será que seria para Deus ?

    Será que o próprio Jesus nunca disse algo forte que causasse certa desordem numa multidão ?
    Não que seja uma regra esta atitude , mas por ordem de Deus é pecado ?
    Assim pensemos , liturgia dos dias de hoje , liturgia da carne ou liturgia baseada nas Escrituras do Novo Testamento ?

    Num lar de irmãos que não andam desordenadamente nas reuniões , há edificação mútua pois o número de irmãos limitado devido ao espaço , ajuda a todos participarem . E se aumentar mais irmãos se divide em mais casas . Não há problema .

    E o falar em línguas estranhas , tem que haver interprete . Ainda que haja interprete que apenas dois ou três no máximo falem . Será que esta recomendação é cumprida nas denominações ou em muitos lares ? Ou será que em ambos os lugares acontece um falar em línguas de varias pessoas ? Será que o Espírito Santo inspirou Paulo errado sobre dois ou três falarem em línguas ? E eita , que haja interprete ainda ein . Se em ambos lugares obedecerem a ordem tudo bem . Alias lembremos : é a liturgia dita nas Escrituras Sagradas no Novo
    Testamento né .

    3°Dízimo .
    Mauricio você usou o texto de Mateus 23:23 para provar que o dízimo é uma ordenança para hoje mas você errou querido , e lhe falo isso com amor em Cristo .
    Vejamos .

    Em Mateus 23:23 Jesus menciona estas palavras no seguinte contexto :
    a) Ele era judeu , alias ainda é .
    b) Estava em Israel falando com judeus .
    c) O registro da história de Mateus sobre a vida de Jesus no capítulo 23 é sobre a vida de Jesus ainda no ANTIGO TESTAMENTO , pois ele ainda não havia ido para a cruz .
    d) Nascido sobre a Lei , Jesus devia cumprir a Lei .

    Posso citar mais coisas do contexto , mas estas bastam .
    Mas após a morte e ressurreição de Jesus , aonde o próprio Jesus menciona o dízimo como ordenança ? Aonde nas cartas de Paulo , e outras partes do Novo Testamento APÓS , digo APÓS , a morte e ressurreição de Cristo o dízimo é mostrado como ordenança para a igreja ?

    Acho que o amado não vai achar , mas talvez cite um texto de Hebreus para defender o dízimo e prontamente , vamos vê-lo juntos . Hebreus 7:8
    E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.
    Já ouvi dizerem que Jesus é aquele que se testifica que vive e que toma os dízimos .
    Mas se olhar o contexto e outras traduções , verá que não é de Jesus que o autor de Hebreus diz , mas de Melquisedeque .
    Como uma tradução diz : Ademais , no caso dos levitas , a décima parte é recebida por homens mortais , no de Melquisedeque , ela é recebida por alguém de quem se testifica que ainda está vivo .

    Por que Melquisedeque se testifica ainda que vive ? Pois Hebreus 7:3 diz :
    Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.

    Assim este assunto do dízimo , concordo inteiramente com o Alan , não é obrigatório , mas também não é errado dar .
    Ensino que quem quiser dar , que dê , mas quem não quiser , que não dê .
    O Novo Testamento ensina em ofertar para ajudar os irmãos necessitados , os pobres , aflitos , e assim por diante e que estas ofertas para tais pessoas devem ser dadas não por OBRIGAÇÃO , mas por livre e espontânea vontade da pessoa em que Deus opera tanto o querer como o praticar , pois Deus ama ao que dá com alegria .Mas o contrario não ,ou seja aborrecido , por obrigação , não voluntariamente e assim por diante .

    Assim queridos , pensemos muito bem os termo “desigrejados” .
    Tanto num lar como numa casa ou num templo a igreja pode se reunir corretamente .
    Mas como testemunha já do templo e do lar , quero animar ao irmão Mauricio a fazer com que os que se reúnem no templo que você tem ( tem ?) tenham além das reuniões nos templos , reuniões no lares , faça grupos e que Deus te abençõe nisso .

    Estes post tá grande né rsrsrs …

    4° Quanto aos cargos .

    Eu entendi o que o Alan quis dizer em tudo . Apenas pego a linguagem dele para dizer na linguagem que você Mauricio expôs .

    Em Igreja institucional , entendi o que o Alan quis dizer .
    Por isso falei o que o Alan disse mas segundo o que você entendia Mauricio definindo em :
    Igreja Institucional no TEMPLO e igreja Institucional no LAR.

    Na liturgia entendi o Alan em tudo .
    Por isso falei o que o Alan disse mas segundo o que você entendia Mauricio definindo em :
    Liturgia do TEMPLO e Liturgia da Escritura . Qual seguimos ?

    No dízimo também entendi com que o Alan disse e concordando plenamente em todo detalhe que ele disse .
    E assim apenas refutei o Mateus 23:23 com o contexto da época , contexto do livro de Mateus , contexto da Escritura inteira e assim por diante hehe .

    Agora nos cargos . Conheço bem Efésios 4:11 e aprovo aqueles a quem Deus aprovou para tais funções ou cargos .
    Seja cargo , função ou seja o que quiserem chamar , o importante é a execução dos tais .
    Nenhuma daquelas funções ou cargos faz com que estes que as possuem sejam superiores no sentido de tornar os outros irmãos inferiores . Não é uma autoridade concedida com o fim de os irmãos nos servirem . Não!
    1 Pedro 5:2,3
    Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.

    Autoridade para ser exemplo e não um dominador . Não preciso mandar com minhas ordens pois as ordens do Supremo Pastor , o Senhor Jesus são suficientes , ou não ? Preciso acrescentar ordens nas ordens do Senhor Jesus ? As dEle não são suficientes e eficientes ?
    Assim um pastor não domina com suas palavras , mas guia as ovelhas de Jesus , aos mandamentos de Jesus e não nos seus mandamentos próprios .

    Mateus 20 : 25 – 28
    Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
    Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
    Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

    Assim tais funções ou cargos fazem dos tais mais servos ainda dos que seus irmãos .
    Quem possuem tais cargos não são acima dos outros . E por quê ?
    Deus sabe todas as coisas , mas saber de todas as coisas é uma coisa , agora experimentar todas as coisas é outra coisa .
    Jesus sendo homem e Deus experimentou o que não sentiu enquanto estava na eternidade antes da sua encarnação . Que era o sofrimento , ter um corpo frágil , cansar , ter fome , e outras características que só se senti sendo ser humano . Ele sendo o maior se rebaixou .
    Se a interpretação destes cargos ou funções (sejam a expressão que quiseram usar) forem executadas para tais pessoas que as tens serem maiores do que outras qual será a nossa diferença dos príncipes do gentios que Jesus menciona ?
    Você tem maior comunhão com os membros que consideramos menos honrosos quando descemos ao nível deles . Por isso Deus desceu ao nosso nível , trazendo seu Filho a nossa forma corpórea fraca .Veja Filipenses 2:6-8
    que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
    E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!

    Jesus era Deus e ainda é , mas não se apegou a isso , como alguns fazem .
    Jesus se fez servo e como servo serviu mais que todos nós juntos .
    Assim não nego que Deus deu alguns para pastores , mestres e assim por diante .

    Quanto a hierarquia não é somente isto que o dicionario define no que você disse em seu post . Veja mais :
    Hierarquia
    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Hierarquia é a ordenação de elementos em ordem de importância.
    Ordem de importância ? Quem é mais importante no corpo de Cristo ?
    O amado Alan disse que todos abaixo de Deus somos iguais e concordo . Não me importando com as expressões funções ou cargos , mas com esta palavra hierarquia sim . E vou alem com a Escritura .

    Romanos 13 fala de autoridades governamentais que Deus estabeleceu no MUNDO e não na igreja . Tito 3 também fala das autoridades governamentais no MUNDO e não na igreja .
    1 Pedro 2 : 13 em diante também no contexto fala de autoridades governamentais no MUNDO .
    Deus estabelece os governos no MUNDO , mas a forma que Deus estabelece a hierarquia na igreja é diferente Mauricio . Olhe Mateus 20 como já está acima .
    Entre nós , não será assim . Não será a hierarquia que Deus coloca no mundo . A hierarquia de Deus na IGREJA é esta : E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
    Mateus 11:11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

    Vejamos mais em 1 Coríntios 12 :22-25
    Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;
    E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.
    Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;
    Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

    Na Hierarquia de Deus os que são menos honrados , por Deus os são , para que tenhamos IGUAL , e não diferente cuidando uns dos outros .

    Bom espero ter ajudado hehe…. gosto de dialogar … amei este dialogo que começou , Deus o abençõe Mauricio , e você também Alan .

    E ainda o incentivo Mauricio , se reúna com irmãos nos lares , não como os desordenados dos lares , mas como os ordenados dos lares que segue a Cristo com amor , não lutando contra as denominações , mas as ajudando-as a entenderem .

    Termino aqui o que muito falei rs
    Amém .

    • Daniel,
      o conceito de “desigrejados” não foi inventado por mim. Lendo a reportagem abaixo (a qual escrevi e pela qual pude ter muito acesso ao assunto e a pessoas que vivem vidas de fé fora da igreja institucional) vc entenderá exatamente sobre o que estou falando:

      http://www.cristianismohoje.com.br/interna.php?id_conteudo=596&subcanal=30

      Respeito sua opinião, embora naturalmente divirja em muitas coisas.

      Sugiro apenas que vc não busque informações na Wikipedia, uma fonte nada confiável.

      Deus o abençoe, no amor de Cristo que nos une.

      • Daniel Januário disse:

        Olá Mauricio . Paz amado .
        Vou esperar então quanto tiver um time a mais para responder melhor =)

        Quanto ao termo “desigrejado” entendo que não foi você que o criou ou inventou .
        Mas se o amado entende que igreja não é uma casa e nem um templo , creio que poderia não imitar aqueles que usam tais termos .

        O termo igreja institucional também pode ser melhorado até no comentário que você escreveu no site que me passou e li .

        Quanto à certos testemunhos que estão no seu artigo postado noutro site de pessoas que saem feridas , machucadas , sobre estes machucados e feridos não seria motivo pra elas saírem , isso pode significar falta do exercício do perdão por parte delas , e talvez ( Deus o sabe) não houve ferimento nenhum , e por qualquer coisinha e falta de maturidade algumas pessoa saem da reunião do templo . Não justifico saídas por motivos errados . A não ser que Deus tenha propósitos em certos casos de levar a pessoa da sua imaturidade para maturidade nEle .

        Quanto aos que se isolam , também não acho certo , a Escritura na aliança de Cristo , nos anima a congregarmos juntos , não importa o lugar , mas que congreguemos , em Hebreus 10:25 ensina isso , para que não deixemos nossa congregação (entenda-se não deixar a reunião , pois o autor não está falando de um local , mas da reunião em si )

        Assim amado , vejo lamentavelmente em posts e até em artigos , que se tem dado muito enfase em criticar a classe de pessoas que deixa as reuniões no templo por motivos errados e que após a saída não se acertam e se isolam . Em vez de apesar dizer que esta classe está errada , na qual não digo que é errado não avaliar a conduta deles , mas que devia ajuda-los .

        Outra parte que me deixa triste é que não são todos que deixam a reunião no templo por motivos errados . E se a maioria das matérias a respeito deste fenômeno ficar mencionando e olhando os que estão sem direção no assunto , vai acabar esquecendo os que estão se reunindo no lar como igreja com ordem e decência .

        No seu artigo postado no cristianismo hoje veja o que tá escrito na linhas iniciais :

        Dessa exaustão brotou um movimento que a cada dia se torna maior e mais visível: o de cristãos que abandonam o convívio das igrejas locais e decidem exercer sua religiosidade em modelos alternativos – ou, então, simplesmente rejeitam qualquer estrutura congregacional e passam a viver um relacionamento solitário com Deus.

        Como citei existe os que por motivações erradas fazem escolhas erradas em suas saídas .
        Mas quero tratar do termo que foi usado em “abandonam o convívio das igrejas locais”

        Sim tem os que abandonam este convívio e concordo .

        Mas o que o amado quis dizer com igrejas locais ?
        São as que estão dentro de um templo apenas .
        E as que estão organizadas nas casas com ordem e decência , são ou não igrejas locais ?

        Este entendimento de igreja que quero que quando você tiver tempo me responda pois estou curioso Mauricio , quanto ao que concordamos no que você viu , no que você discordou para ver se porventura aprendo e vejo se errei .

        Assim esperarei querido .
        Deus o abençõe

      • Daniel,
        importante notar que na Ceistianismo Hoje não é um artigo, é uma reportagem.

        Mas se vc quiser saber exatamente o que penso sobre o assunto, há alguns posts aqui no APENAS a respeito, já com muitos argumentos, que vc pode achar na coluna aí da esquerda, como “Jesus x Igreja”, “Jesus nunca
        construiu templos” e “Hippies, porcos e a igreja institucional”. Ali minha visão está muito clara.

        Deus o abençoe, no amor do Senhor.

      • Querido:

        a Igreja (com I maiusculo) inclui todo aquele que Jesus chamou para si, esteja onde estiver.

        O termo “igreja local” é um jargão bem conhecido que designa igrejas institucionais. Se eu digo “a igreja local em que congrego fica em tal rua” automaticamente subentende-se que está se falando de uma igreja institucional de cuja membresia eu faço parte.

        Eu sou contra igrejas nos lares. Não pelo conceito, mas pelo extremo grau de independência que há. Quem lidera tem preparo? Quem cuida do rebanho? Ou cada ovelha cuida uma das outras? Todas têm conhecimento biblico pra isso? E se o modelo é o da não-liderança, pq nas cartas de Apocalipse Deus as envia para os líderes (pastores) de cada uma? Pq havia bispos na Igreja apostólica? Na Igreja primitiva os irmaos só se reuniam em casas pq se fossem para locais publicos eram presos e mortos. Tanto que com o Edito de Milao automaticamente a comunidade cristã migrou para comunhões maiores, em templos e basilicas. Isso é fato historico. Se a igreja nos lares é o modelo correto, apostólico, da Igreja primitiva, pq em 313 dC, no momento em que o Edito é concedido e a liberdade de culto oferecida aos cristãos os irmãos não continuaram nos lares? Pq todos migraram para a comunhão em templos? A igreja nos lares acabou a força? Alguem obrigou os irmãos a migrarem para os templos? Não. Foram porque queriam ter comunhão. Comunhão com mais irmãos, com todas as imperfeições.

        Numa estrutura institucional há mecanismos para se frear erros cometidos por lideres, como os conselhos nas igrejas presbiterianas, por exemplo. Numa igreja de sala de estar…quem faz isso? Ou teremos a ilusão utópica que todos os que congregam em lares são cristãos perfeitos que não terão picuinhas uns com os outros, que não insistirão em seus pecados, que não terão os exatos mesmos problemas qe os irmãos das “institucionais”? Qq um que frequente pequenos grupos sabe que ali tb surgem montes de desavenças e problemas. Fica elas por elas, só que num fundo de quintal.

        O problema é o pecado. Esse está em todo coração. E corações há em templos e casas. Mas, em minha opinião, eu prefiro ver o pecado ser tratado numa estrutura onde pessoas estudaram a Revelação Específica de Deus (as Escrituras), lidam com isso, se preparam, têm regras e normas de conduta etc que bloqueia excessos e zelam pela ordem e a organização. Lógico que não sou ingênuo de achar que os excessos não ocorrem.Mas tb ocorrem nos lares.

        Veja o movimento G-12, por exemplo. Destruiu a vida de muita gente. Resolveu? Nadinha. A Igreja em lares é a solução? Não, a experiência mostra que não é. No entanto, a Igreja organizada (que é o significado de “institucional”) sobrevive há 2 mil anos. Se eu e vc hoje somos cristãos devemos a isso. Com todos os erros do passado. Mas foi a Igreja institucionalizada quem preservou as Escrituras, quem as estudou, quem as pensou, quem as debateu, quem formou as teologias e tudo aquilo que é pregado nas igrejas nos lares.

        Então essa exaltação que está na moda das igrejas nos lares é uma bela ilusão que existe por falta de conhecimento Historico e até bíblico. E, sinceramente? Minha opinião é que, com o tempo, a falta de amarra desses nucleos isolados vai levar seus membros ou a se afastarem do Evangelho ou a voltar a uma estrutura mais sólida e organizada.

        Espero ter escarecido.

        Um abraço, que Deus o abençoe com todo o amor que nos une.

  19. Lembrei da minha sogra, ela fala que cada pessoa é uma espécie de bicho…

    Disse tudo; fazemos propaganda do grupo de louvor, do pregador, do ar condicionado, etc

  20. Desculpe, Daniel, estou esta semana fora de casa, na Conferência Teologica da Fiel. Por isso estou com menos tempo de atualizar o blog. Mas responderei a todos os comentários.

    Abs e paz!

  21. Daniel Januário disse:

    Entendo amado , ficarei de olhar os posts que você mencionou … depois conversamos =)

    Deus o abençõe

  22. Daniel Januário disse:

    Olá Mauricio .
    Fico feliz com a sua resposta . Mas ainda sim não foi convincente sua argumentação sobre alguns pontos .

    Você disse :
    “Eu sou contra igrejas nos lares. Não pelo conceito, mas pelo extremo grau de independência que há. Quem lidera tem preparo? Quem cuida do rebanho? Ou cada ovelha cuida uma das outras? Todas têm conhecimento biblico pra isso? E se o modelo é o da não-liderança, pq nas cartas de Apocalipse Deus as envia para os líderes (pastores) de cada uma? Pq havia bispos na Igreja apostólica?”

    Entendo que pode haver reuniões nos lares de pessoas não preparadas . Que pode haver aqueles que rejeitam um líder , alguém para apascentar . Na Escritura em Efésios 4:11 é descrito àqueles a quem o Senhor põem para edificação da igreja . Não sou contra ter alguém que cuida do rebanho e quem faz isso ta errado seja nos lares ou até num templo .
    Minha questão é não colocar todo mundo no mesmo balde . Como se algumas situações fossem o todo .
    Existem reuniões no lares que possui um pastor na frente para apascentar , aqui no Guarujá mesmo tem e sou testemunha ocular disso . Quanto a ter preparo está é uma questão que não envolve só líderes da igreja local num lar , mas líderes seja num templo ou qualquer lugar .
    Minha defesa é de igrejas locais no lar semelhante a igreja primitiva . E quando digo igreja primitiva , digo aquela que tem organização , líderes e assim por diante . Mas como chamei anteriormente , é uma hierarquia de Deus para igreja diferente da hierarquia de governantes do mundo posto por Deus . Assim sou contra a hierarquia do mundo sendo praticada por líderes religiosos em denominações e em lares se houver também . Mas fica claro que não sou contra ter um líder ou pastor preparado numa igreja local no lar ou numa denominação . Não defendo as igrejas no lar que não possuem um . Mas penso que se encontra-las devo ajudar a entender isso , mas se não quiserem ser receptivas a está orientação na qual concordo com você de ter alguém maduro orientando eles , apascentando e cuidando , então deixo-os por sua conta sem lamentavelmente defende-los .
    Mas defenderei àqueles a quem praticam o ser igreja aonde for de forma correta em que seus líderes são preparados . Seja num lar ou num templo .
    Quanto a independência concordo com você é um risco quem isto faz e eles devem tratar isso , quem é que cuida desses rebanhos ? me pergunto da mesma forma que você e me preocupo com quem faz isso .

    Depois você disse :
    “Na Igreja primitiva os irmaos só se reuniam em casas pq se fossem para locais publicos eram presos e mortos. Tanto que com o Edito de Milao automaticamente a comunidade cristã migrou para comunhões maiores, em templos e basilicas. Isso é fato historico. Se a igreja nos lares é o modelo correto, apostólico, da Igreja primitiva, pq em 313 dC, no momento em que o Edito é concedido e a liberdade de culto oferecida aos cristãos os irmãos não continuaram nos lares? Pq todos migraram para a comunhão em templos? A igreja nos lares acabou a força? Alguem obrigou os irmãos a migrarem para os templos? Não. Foram porque queriam ter comunhão. Comunhão com mais irmãos, com todas as imperfeições.”

    Sabe Mauricio , não sei quantos anos você tem , mas você me lembra o profeta Elias . Sabe por que? Por Elias dizer a Deus que haviam matados todos os profetas e só tinham ficado ele só . Mas Elias desconhecia que o Senhor havia conservado 7 mil pessoas que não dobraram os joelhos diante de Baal . Você mencionou de um fato histórico verdadeiro sobre o Edito de Milão feito por Constantino. Realmente deve ter ido cristãos para os templos . Só não irei dizer que foram todos , por que não posso afirmar o que não sei . O que sei , sei como você , cristãos foram ter comunhão no templo . O que você não sabe e nem eu , é se foram todos . Se ficou alguns irmãos em poucos lares , estariam eles errado ou não ? A liberdade concedida para se reunir noutros locais públicos inibi a igreja de ser num lar ? Acredito que não .
    E nem o argumento de que eles foram para os templos ou locais públicos para ter comunhão com mais irmãos por causa da liberdade concedida faz com que os irmãos nos lares não consigam fazer o mesmo . Pode ser verdade mesmo que , como você havia dito , os cristãos daquela época aproveitaram a liberdade para ter mais comunhão com outros irmãos .
    Agora vou dizer no que você é parecido com Elias no aspecto que disse . Quem disse que os irmãos que se reúnem no lar como igreja de forma bíblica não possuem um salão maior , semelhante a um templo para conhecer outros irmãos e ter mais comunhão com outros irmãos?
    Aqui no Guarujá mesmo , na igreja local localizada no bairro de Vicente de Carvalho , a igreja que possui reuniões nos lares , tem um dia em que todos se reúnem num salão . As reuniões feita nas casas que hospeda cada igreja , tem um dia que se unem TODOS num salão , mas sem placa como numa denominação . Não sei se você sabia disso . Mas se não , lhe assemelho a Elias que disse o que não sabia . Já errei muito nisto Maurício em falar com poucas informações , ou falar daquilo que não me aprofundei em conhecer . Nesta conversar com você aprendi muito de irmãos que se reúnem de forma irregular num lar e fico triste por este mau testemunho que dão . Mas repito minha argumentação e peço sua ajuda e se quiser divulgar ou procurar conhecer igrejas nos lares tão bíblica em sua forma que lhe deixaria alegre se visse .

    Você disse mais :
    “Numa estrutura institucional há mecanismos para se frear erros cometidos por lideres, como os conselhos nas igrejas presbiterianas, por exemplo. Numa igreja de sala de estar…quem faz isso? Ou teremos a ilusão utópica que todos os que congregam em lares são cristãos perfeitos que não terão picuinhas uns com os outros, que não insistirão em seus pecados, que não terão os exatos mesmos problemas qe os irmãos das “institucionais”? Qq um que frequente pequenos grupos sabe que ali tb surgem montes de desavenças e problemas. Fica elas por elas, só que num fundo de quintal.”

    Numa estrutura institucional há mecanismo para se frear erros cometidos por líderes ?
    Já disse que a igreja no lar que é bíblica é institucional no sentindo de ter ordem e decência.
    Tendo também a Escritura como parâmetro de conduta e fé no Messias , principalmente o que diz a Nova Aliança no sangue de Cristo .
    Quanto à disciplina numa sala de estar também pode ser feita pois como já disse , na igreja local em Vicente de Carvalho tem um pastor lá , tem presbítero também , esqueci de falar do presbítero rsrs
    Mas então Mauricio falei um pouco duma igreja no lar aqui no Guarujá .
    Também estou me reunindo num lar com irmãos aonde tenho sido instruído por um irmão que vem desta comunidade de irmãos de Vicente de Carvalho em Guarujá para o bairro aonde pela graça de Deus mais irmãos congregam num lar no bairro de Sta . Clara , também no Guarujá .
    Sou escravo de Cristo , comissionado por Ele ao Guarujá no ano de 2007 para o apascentamento da igreja que pertence a Ele do qual faço parte só que num lar atualmente .
    Pela minhas credencias de pecador não seria o que sou , se o Senhor assim não quisesse . Sendo o que sou por Ele , terei prazer em exercer o que é dEle para glória do Pai em apascentar como um pastor as ovelhas deste rebanho sem ser um dominador delas , mas um com elas na mesma altura delas . Preciso de suas orações Mauricio tanto a mim quanto com aqueles que atacam o sistema denominacional da qual não aprovo esta conduta . Tenho irmãos no sistema denominacional em que apareço lá as vezes , uma Batista Tradicional aqui no Guarujá pertencente à Convenção das Batistas no Brasil . Amo muito o Wagner que pastorea lá e os irmãos que lá congregam . Como poderia atacar a quem amo ? Ataco é os erros e pecados sejam meus ou dos meus irmãos seja num templo ou num lar , pelo fato de quem os amo , como a você Mauricio .

    Agradeço a sua atenção nessa conversa edificante e a oportunidade que me deu aqui no seu site .

    Alias por curiosidade , de qual denominação você é rs ?

    Deus o abençõe amado .

    • Daniel,
      uau, muitas coisas. Mas vamos lá.

      Sobre “Entendo que pode haver reuniões nos lares de pessoas não preparadas” —> A Biblia diz “pode um cego guiar outro cego”? Se for uma reunião de oração, ok, mas se houver exposição da Palavra, como alguém não preparado fará uma boa exposição, principalmente se for um estudo? De onde ele tirará as informações? Como as dúvidas serão esclarecidas? Sem conhecimento o resultado disso serão pessoas com ideias erradas sobre a Bíblia. Por isso Anselmo diz que cristianismo é “fé em busca de entendimento”. E veja em Atos 6, pq foram instituídos os diáconos? Não foi para que aqueles que expunham a Palavra pudessem fazê-lo sem se preocupar com o serviço às mesas?
      Lembre-se ainda da história do eunuco etiope. O homem lia as Escrituras mas não entendia nada. Pq? Pq não tinha preparo para isso. Foi preciso que Deus mandasse alguém bem preparado para lhe apresentar o significado correto do que estava escrito.

      Sobre “Que pode haver aqueles que rejeitam um líder , alguém para apascentar”.” – A Bíblia é claríssima sobre a necessidade de liderança. A Bíblia diz que Deus instituiu autoridades. Na Igreja Primitiva havia cargos, como os diáconos e bispos. Se a presença de um líder (alguem que conduz o rebanho) fosse dispensável, por que em 1 Corintios Paulo diz que “Deus instituiu uns para Pastores”?

      Sobre “Existem reuniões no lares que possui um pastor na frente para apascentar”: Excelente. Sou a favor dos grupos pequenos – desde que submetidos a uma autoridade pastoral e a uma igreja local. Eu mesmo participo de um. Sem isso, acontece o que ocorreu com o G-12: destruição de igrejas, pecado e só confusão e problemas

      Sobre “Quanto a ter preparo está é uma questão que não envolve só líderes da igreja local num lar , mas líderes seja num templo ou qualquer lugar” – evidentemente. 2 Tm 2.15: ” Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Só maneja bem a palavra da verdade quem se preparou, estudou, aprendeu, foi bem discipulado etc.

      Sobre “Sabe Mauricio , não sei quantos anos você tem , mas você me lembra o profeta Elias . Sabe por que? Por Elias dizer a Deus que haviam matados todos os profetas e só tinham ficado ele só . Mas Elias desconhecia que o Senhor havia conservado 7 mil pessoas que não dobraram os joelhos diante de Baal . Você mencionou de um fato histórico verdadeiro sobre o Edito de Milão feito por Constantino. Realmente deve ter ido cristãos para os templos . Só não irei dizer que foram todos , por que não posso afirmar o que não sei . O que sei , sei como você , cristãos foram ter comunhão no templo . O que você não sabe e nem eu , é se foram todos . Se ficou alguns irmãos em poucos lares , estariam eles errado ou não ? A liberdade concedida para se reunir noutros locais públicos inibi a igreja de ser num lar ? Acredito que não .E nem o argumento de que eles foram para os templos ou locais públicos para ter comunhão com mais irmãos por causa da liberdade concedida faz com que os irmãos nos lares não consigam fazer o mesmo . Pode ser verdade mesmo que , como você havia dito , os cristãos daquela época aproveitaram a liberdade para ter mais comunhão com outros irmãos .Agora vou dizer no que você é parecido com Elias no aspecto que disse . Quem disse que os irmãos que se reúnem no lar como igreja de forma bíblica não possuem um salão maior , semelhante a um templo para conhecer outros irmãos e ter mais comunhão com outros irmãos?
      Aqui no Guarujá mesmo , na igreja local localizada no bairro de Vicente de Carvalho , a igreja que possui reuniões nos lares , tem um dia em que todos se reúnem num salão . As reuniões feita nas casas que hospeda cada igreja , tem um dia que se unem TODOS num salão , mas sem placa como numa denominação . Não sei se você sabia disso . Mas se não , lhe assemelho a Elias que disse o que não sabia . Já errei muito nisto Maurício em falar com poucas informações , ou falar daquilo que não me aprofundei em conhecer . Nesta conversar com você aprendi muito de irmãos que se reúnem de forma irregular num lar e fico triste por este mau testemunho que dão . Mas repito minha argumentação e peço sua ajuda e se quiser divulgar ou procurar conhecer igrejas nos lares tão bíblica em sua forma que lhe deixaria alegre se visse ” —- Tenho 39 anos. Quando você me compara com Elias ao falar da Igreja primiritiva, a meu ver a diferença é que Elias ACHOU algo. Eu ESTUDEI esse algo. É bem diferente. Eu não especulo sobre como aconteceu com a Igreja Primitiva após o Edito de Milão simplesmente pq isso é história e se vc ler bons livros que falem sobre o assunti vai obter essas informações tb. Se o autor do livro especulou, aí ele é o Elias rsrs. As informações que dou são fruto de estudo e muita leitura. Nisso sou bem criterioso. Não escrevo algo assim pq ACHO que foi assim. Mencionei um fato histórico. Se os historiadores e pesquisadores erraram, não é culpa minha. Mas o que a História registra é que com o fim da perseguição houve uma migração em massa, pois era o anseio dos irmãos: a comunhão.
      Para fazer um paralelo, vá hoje até a China, onde os que querem servir a Deus têm que se reunir em porões (vá ao site do Missão Portas Abertas, tem muito material sobre isso lá) e pergunte a qualquer um deles se eles não prefeririam se reunir em santuários, conhecer outros cristãos, poder ouvir a exposição da Palavra de outros pregadores, comungar com o maior número possível de irmãos. É tudo o que eles querem, Daniel. Se vc tiver a oportunidade de ouvir testemunhos de cristãos chineses obrigados a adorar a Deus na chamada “igreja subterrânea” verá o anseio desesperado que eles têm por isso.
      Sobre os grupos pequenos se reunirem em salões maiores eventualmente, acho ótimo! Mostra como a Igreja precisa de comunhão. Só não vejo por que isso invalida meus argumentos. Em momento algum eu defendo que é preciso haver uma “denominação”. Defendo sim a necessidade de organização, hierarquia, autoridade, estudo, conhecimento, disciplinas espirituais, uma vida devocional etc. Se esses grupos pequenos se reunem eventualmente num salão isso muito me alegra, pois reforça minha convicção de que igrejas nos lares somente não resolvem, o cristão precisa de comunhão em larga escala. E, ao fazer isso, vivem uma instituição. É isso o que as pessoas não entendem.
      Não consigo crer que Deus deu dons aos santos para abençoar um ou dois apenas. Se vc é Mestre, que possa compartilhar os ensinos com muitos. Se vc tem dons de curar, edifique o máximo possível de pessoas! Pq restringir isso a um grupo de 10 eu não entendo. Não sou a favor de megaigrejas. As combato, pois grandes igrejas geram um discipulado e um pastoreio ruins. De igual modo, sou contra microigrejas, pois roubam dos fieis as possibilidades que poderiam ter numa comunidade maior. Erros não justificam erros cometidos a 180 graus.
      Mas se isso faz de mim um Elias ignorante…Deus tratará comigo. Por enquanto, acredito que 7 mil não dobraram-se a Baal.

      Sobre “Numa estrutura institucional há mecanismo para se frear erros cometidos por líderes ?” —> Sim, numa igreja boa e séria há.

      Sobre “Quanto à disciplina numa sala de estar também pode ser feita pois como já disse , na igreja local em Vicente de Carvalho tem um pastor lá , tem presbítero também , esqueci de falar do presbítero rsrs” —>ou seja, é uma igreja institucional rs Mas me responda uma coisa: se vc abre um trabalho na sua casa, vc é o líder do grupo e vc comete erros que carecem de disciplina, como ela é aplicada?

      Sobre “Pela minhas credencias de pecador não seria o que sou , se o Senhor assim não quisesse” —> Eu iria além. Eu diria nenhum de nós seria.

      Sobre “Sendo o que sou por Ele , terei prazer em exercer o que é dEle para glória do Pai em apascentar como um pastor as ovelhas deste rebanho sem ser um dominador delas , mas um com elas na mesma altura delas” —> Eu não consigo entender o argumento, usado geralmente pelos desigrejados, de que todo pastor de igrejas institucionais é um “dominador”. Aí eu vejo os críticos como Elias. Pois tomam algumas igrejas e alguns maus pastores como exemplo e acham que a igreja institucional no mundo inteiro é assim. Isso é absurdo. E tiro pela igreja que frequento, que está longe de ser assim. Isso é um erro crasso, generalista e, novamente, pecaminoso, pois julga todos os pastores de igrejas organizadas como “dominadores”, “lordes feudais” ou coisas do gênero. Não veem os piedosos, os amorosos, os que se sacrificam de sol a sol pelas ovelhas, os que amam Cristo e a Igreja. Isso me dói.

      “Preciso de suas orações Mauricio tanto a mim quanto com aqueles que atacam o sistema denominacional da qual não aprovo esta conduta . Tenho irmãos no sistema denominacional em que apareço lá as vezes , uma Batista Tradicional aqui no Guarujá pertencente à Convenção das Batistas no Brasil . Amo muito o Wagner que pastorea lá e os irmãos que lá congregam . Como poderia atacar a quem amo ? Ataco é os erros e pecados sejam meus ou dos meus irmãos seja num templo ou num lar , pelo fato de quem os amo , como a você Mauricio” —> Faço minhas as suas palavras. Pena que a grande maioria dos desigrejados não agem como você. São acusadores e fazem o que podem para desmerecer a igreja institucional. Passeie pelo twitter e por alguns blogs e vc verá isso fácil. Vc é exceção, não é regra. Infelizmente. Por isso, escrevo textos baseados nos argumentos que eles próprios apresentam. Pois estão equivocados e precisam ser instruídos e exortados em amor. Geralmente o resultado é imediato: ganho unfollow no twitter. Não querem ouvir. Não querem refletir. Apenas alimentam sua fúria pq foram feridos por membros ou pastores e saem metralhando a Instituição que preservou o Cristianismo por 2 mil anos. E nesse ponto pode ter certeza que estou longe de ser como Elias, conheço MUITOS desigrejados assim, já li muito sobre eles (Augustos Nicodemus escreveu um livro recente cujo nome me foge agora onde trata do assunto), escrevi reportagens sobre eles em que entrevistei muitos e o que enxergo é que sua opção é motivada por rancor — não amor.
      Então me alegro que vc seja diferente.

      Sou membro da Igreja Cristã Nova Vida (www.portalnovavida.com.br).

      Não tem o que agradecer, como disse, o diálogo é fundamental. Se feito com amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, mansidão e dominio proprio só tem a edificar a todos.

      Deus o abençoe, em Cristo Jesus. Abraço forte.

  23. Daniel Januário disse:

    Olá Mauricio . Vejo grande progresso em nossas conversas . Aprendi muito com você e agradeço ao Senhor por esta oportunidade .

    Observei algumas perguntas suas e algumas posições e gostaria de responder .

    1° Esta parte aqui que tem frases minhas e suas misturadas rsrs …
    “Sobre “Sendo o que sou por Ele , terei prazer em exercer o que é dEle para glória do Pai em apascentar como um pastor as ovelhas deste rebanho sem ser um dominador delas , mas um com elas na mesma altura delas” —> Eu não consigo entender o argumento, usado geralmente pelos desigrejados, de que todo pastor de igrejas institucionais é um “dominador”. Aí eu vejo os críticos como Elias. Pois tomam algumas igrejas e alguns maus pastores como exemplo e acham que a igreja institucional no mundo inteiro é assim. Isso é absurdo. E tiro pela igreja que frequento, que está longe de ser assim. Isso é um erro crasso, generalista e, novamente, pecaminoso, pois julga todos os pastores de igrejas organizadas como “dominadores”, “lordes feudais” ou coisas do gênero. Não veem os piedosos, os amorosos, os que se sacrificam de sol a sol pelas ovelhas, os que amam Cristo e a Igreja. Isso me dói.”

    Não tive por intenção expressar na frase “não como dominador delas” o fato de que todas denominações que abrigam igrejas tem pastores dominadores . Creio como você que lamentavelmente entre umas e outras deve ter , mas não todas . Creio que existe rebanhos do Senhor saudáveis em denominações como pastores que são um com elas na mesma altura , não como dominadores e abusadores . Pois creio que uma igreja num lar ainda que bem estabilizada também possa ter pastores dominadores na qual também não apoio . Espero que não haja , se já há , isto me deixará triste quando souber .
    Quantos aos que se sacrificam de sol a sol , que são realmente pastores que dão suas vidas pelas ovelhas que não são suas mas do Senhor , destes dou graças , pois existem .

    Quanto a esta pergunta …
    “Mas me responda uma coisa: se vc abre um trabalho na sua casa, vc é o líder do grupo e vc comete erros que carecem de disciplina, como ela é aplicada?”

    Dependendo do erro a disciplina será aplica de acordo com aquilo com que a Escritura ensina .
    A disciplina serve para correção daquele que comete o delito , em primeira instancia para que tal pessoa se arrependa e após o arrependimento seja educada a não faze-lo .
    Isso depende muito da situação , da pessoa , do pecado . O tal líder sendo eu ou outro pode deixar de presidir por um período de tempo ou não presidir mais . Nas Escrituras vemos muitos tipos de disciplina , de Paulo à Pedro bastou a disciplina verbal , de Paulo para o fornicador em Corinto foi a exclusão da comunhão nas reuniões . Assim como já fui disciplinado por conversas também e aceitei a correção .

    Quanto a restringir os dons a um grupo pequeno , sendo que pode ser usado para edificar mais irmãos , acredito da mesma forma que você . Quanto mais irmãos edificarmos com aquilo que Deus nos deu melhor . Por isso quero amadurecer e acolher mais irmãos a praticarem o ser igreja de modo correto e não de forma errada . Quantos aos que você comentou Mauricio dos adenominacional ficarem fazendo atitudes não edificantes como retaliação verbal com palavras sem controle e sem moderação , também fico triste como você por eles .Tanto que contarei dois casos que vi .
    Tevê um domingo que fui na Batista Tradicional e tinham visto duas pessoas que de analise rápida se vê que eram pentecostais pois se ajoelharam para orar , e você deve saber que Batistas Tradicionais não tem este costume no templo ao chegar .
    Após a reunião , fui conversar com eles , um senhor bem idoso e uma senhora .
    Perguntei se eram de alguma denominação , e o senhor idoso ficou com um semblante de rosto ríspido e a senhora que respondeu que não eram de nenhuma . Então perguntei se eram então de alguma reunião de cristãos no lar . A está pergunta que não houve uma resposta clara , pois o senhor idoso me tratou com hostilidade e me deixou muito triste . Confesso apenas que a senhora que devia ser esposa dele , apresentava uma disposição a querer falar , mas o senhor idoso não deixou , a puxou e nem respondeu direito minha pergunta me ignorando .
    Sabe Mauricio , não sei se eram mesmo de alguma reunião no lar , pois sendo ou não , perguntei com a disposição a ajudar com orientação caso estivessem fazendo o que não devia .
    E saindo do local vejo que queremos ajudar as pessoas , mas elas que não entendem o que queremos dizer em ajudar , estender o braço pra elas .
    Não sei Mauricio o que fazer para orientar estes adenominacionais como o Alan rotulou e prefiro este termo rs
    Uns pode ser a ignorância mesmo , outros talvez algum líder mal intencionado por trás fomentando este fogo ruim com lenha inadequada de má qualidade e talvez certos blogs que você mencionou a eu olhar que fomentem isto , e quanto a estes blogs ou sites mas já olhei alguns e não gostei mesmo de certas conotações que colocam . Posso concorda com certos termos lá , mas não com tudo .
    Um tal de Rubens do verdade oculta , também possui um movimento que oriento as pessoas evitar ver . Uma irmã certa vez quis que eu gravasse videos dele pra ela e me neguei dizendo a verdade que ele diz coisas que não são boas .
    Eita quase esqueço do segundo exemplo de adenominacionais que estão lançando frases nas redes sociais ou não mas com frases ou comportamentos inadequados para um cristão .
    O 2° exemplo é uma menina que adicionei a pouco tempo , ela posta muitas frases de certos textos bíblicos sem moderação . Não que o texto bíblico esteja errado , mas com qual conotação e a motivação por trás de tais exposições de forma tão enfática contra denominações , sendo que existe as denominações saudáveis ? Não achei muito boa as atitudes dela . A diferença dessa é que aceitou conversar e também esta desejosa de vir participar numa das reuniões que ministro com irmãos nos lares . Só espero que pessoalmente ela não haja como o senhor idoso .

    Bom Mauricio ainda que não concordemos em muitos pontos , creio que muita coisa clareou tanto pra mim quanto pra você neste assunto , fico feliz que tenha entendido minha posição em certos aspectos como também puder lhe entender e aprender .

    Você mencionou da raridade em ver pessoas com comportamento semelhantes aos que mostrei Não menciono isto agora pra dizer que sou alguma coisa . Mas para dizer algo e pedir um favor caso possa fazer . Dizer que existe mais irmãos assim no Brasil , mas que fico triste em saber que são raros . E que em publicações sobre estes termos “desigrejados” ou adenominacionais , se você poderia mencionar que nem todos deste fenômeno são iguais .Como também nem todas as denominações são iguais , no sentido de certas e erradas .

    Com amor em Cristo , Daniel Januário

    • Querido Daniel,

      tb me alegro por dialogos saudáveis e respeitosos como o nosso. Cristãos, enfim. E, pode acreditar, são raros na minha experiência com os “adenominacionais”. Em geral vêm ataques e unfollows. Vc é uma exceção sim. Uma prova para mim de que esses irmãos estão sendo pessimamente discipulados, tornam-se pessoas com “fé em Cristo”, que frequentam “comunidades cristãs” mas cujo fruto…inexiste.

      Não me lembro se te contei isso, perdoe se me repito. Mas houve até o caso de um follower que se irritou tanto pelo fato de um dizer que o desigrejar-se não é a solução que parou de me seguir no twitter e a TODOS os que me seguiam, pois ele não queria sequer ver RT de algo que eu escrevesse. Isso ele confessou a uma amiga em comum, que me disse. Que tipo de coração é esse, Daniel? Como esse irmão está sendo tratado, discipulado, pastoreado? O que vejo é uma alma doente e, pior, sem tratamento. Situações como essas me preocupam.

      Sobre a questão dos “pastores dominadores” o fato é que esse mal tem uma origem: o pecado que habita no coração do homem. E isso encontraremos sempre em igrejas intitucionais, em igrejas nos lares, em farmácias, hospitais, no governo ou bancas de jornal rsrs. Isso é inevitável: onde há homens haverá corações inundados de pecado. A possibilidade do abuso se tal homem tem poder é então potencial. Parte não do ambiente (templo ou sala de estar), mas do interior (o coração). Por isso, o simples deslocar-se de uma comunidade denominacional para uma adenominacional…não resolve absolutamente nada, pois o mal é carregado junto.

      Creio que os exemplos que vc citou ratificam a origem desse e dos outros problemas: a concupiscência que está em todos nós.

      Não me importo de chamar os “desigrejados” de “adenominacionais”, se esse for o termo que vier a cair no uso comum (por enqto nao é, é “desigrejado” mesmo rs). Não tenho nada contra a evolução da lingua, senão até hoje falaríamos latim, não é? rsrs

      Sem dúvida os diálogos nos fazem refletir. Mas preciso ser sincero com vc: continuo não concordando com entidades eclesiásticas “independentes”, “isoladas”, cujas lideranças sabe Deus como foram preparadas e como (se) estão capacitadas para “pastorear”. Pelo que tenho visto, acho isso um perigo. Vejo cristãos mal formados nesses locais. Dons desperdiçados. Lideranças sem o dom. Falta de mecanismos que controlem descalabros. Isso é um precedente perigosíssimo, que abre as portas para que qualquer irmão que saiu de uma igreja denominacional funde um trabalho e pregue como bem entender (sendo ele quem for, com a teologia que tiver, com o estudo e o entendimento bíblico que tiver). O que será das almas cegas guiadas por esse cego?

      Por isso, apesar de conhecer tooooodos os problemas das igrejas denominacionais, ainda acredito que elas forneçam mais segurança ao rebanho, mais posibilidade de critérios de julgamento do que é ensinado (afinal, “na multidão de conselhos reside a sabedoria”). Para mim o modelo ideal é o de uma igreja denominacional de não mais que 300 ou 400 membros que conte com grupos pequenos, cujos lideres serão supervisionados pelo pastor, lhe relatarão os problemas, serão orientados teologicamente e ajudarão no pastoreio. Separar tais grupos pequenos das estruturas denominacionais, mostra minha experiência e tudo o que vejo por aí (claro que entendo que pode haver exceções), acaba gerando cristãos sem um preparo bíblico completo e um discipulado talvez mais próximo – porém perigoso (será que o tal “irmão mais experiente” vai ter conhecimento bíblico suficiente, por exemplo, para aconselhar casais em risco de divóricio?).

      Enfim, é o que penso, Daniel, meu irmão em Cristo, e até hoje nada do que vi ou vivi me convenceu do contrário.

      Obrigado pela paciência em bater esses papos comigo. Quem sabe um dia conversamos tomando um café? Será um prazer. Deus te abençoe, querido, com o amor dele que nos une como Corpo.

  24. Olá Maurício
    A igreja de Jesus Cristo é retratada como um rebanho, não como um zoológico. Ambas são fábulas, certo, mas, nem toda fábula ou comparação deve ser aplicada à igreja, pois se torna grosseira e ofensiva, a respeito da igreja de Jesus Cristo Licença poética e figura de linguagem tem limite.
    O capítulo 34 de Ezequiel retrata o que são os servos de Deus para Ele: OVELHAS.
    Pinçando um texto que li recentemente:

    “Na Bíblia, encontramos menções de ovelhas, carneiros, cordeiros, animais que são conhecidos pela docilidade, dependência de seu pastor, sendo símbolos de mansidão, sujeição, submissão, sendo, o próprio Filho de Deus apresentado como cordeiro.

    Encontramos também menção de cabritos e/ou bodes, que por natureza, são traiçoeiros, repentinos, impertinentes, que se alimentam de coisas imundas, não são dados a obediência.

    Em Ezequiel 34.17 o Senhor anuncia que fará separação das ovelhas e dos cabritos, bodes, ou seja, dos bons e dos maus.
    Em Mateus 25.32-33 também vemos a mesma situação, em que O Senhor faz a separação dos cabritos e ovelhas.

    Na Igreja encontramos os dois tipos desfrutando do mesmo ambiente, da mesma alimentação, disputando pelo mesmo espaço, contudo, um tem um coração submisso e outro uma natureza rebelde. E a Bíblia nos mostra que quem fará a separação é O Senhor. “

    O texto como um todo é de grande proveito, não vou transcrevê-lo na íntegra para não me prolongar demasiadamente, mas, segue o link http://www.pulpitocristao.com/2011/10/o-que-voce-tem-sido-ovelha-bode-ou-bodelha/ .

    Não me prendendo a literalismo, mas usando amor, bom-senso, carinho e respeito em metáforas/fábulas no que tange a noiva do Cordeiro, a qual foi comprada por Seu sangue.

    Até mesmo no tocante ao juízo final assim Deus se refere aos seus servos :
    “Quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes.” [Ez 34:17]

    Deus fará separação entre ovelhas e cabritos

    “E diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.” [Mt 25:32e33]

    Já em relação à arca de Noé, ela não era confusa Deus é tremendamente organizado e detalhista Ele instruiu minuciosamente a construção da Arca, nela haviam compartimentos justamente para que não houvesse bagunça, caso fosse assim não haveria condições de sobrevivência dos animais tampouco da família de Noé. A arca era cômoda, adequada, sanitária a divinamente planejada. Gn 6:14 a 16.

    Que Deus continue lhe abençoando amado,
    sua responsabilidade é grande pois você é uma voz nessa imensa blogosfera.
    Beijo e paz.

  25. Daniel Januário disse:

    Bom Mauricio , quanto ao café , aceitaria com prazer ein rs
    Se quiser manter contato me adicione no facebook , procure por Dan Ramos .

    Ate mais , que a Graça de Deus esteja contigo amado .

  26. Daniel Januário disse:

    Moro na cidade de Santos , litoral de São Paulo .

    Bom então vou te add no twitter , não sou de usar muito o twitter ainda por estar aprendendo hehe , mas aos poucos quero usa-lo mais .

  27. Bruno disse:

    Bom seria que a própria igreja e os igrejados (como nós) reconhecêssemos e enfatizássemos mais a imperfeição da igreja, e saísse dessa posição de perfeição ou superioridade diante dos chamados, pelos igrejados, de “mundanos”, com sentido apenas de podridão. Acho que o problema não é a igreja perfeita ou imperfeita, mas a presunção da igreja em sentir-se perfeita. Não gostaria de uma igreja perfeita, mas de uma igreja que reconhecesse que é imperfeita e isso principalmente nos momentos de estabilidade ministerial e não apenas nos momentos de crise, como argumento de justificativa.

    A igreja pode sim ser como um hospital; mas uma hora os pacientes recebem alta e “vão”. E os médicos, nesse caso, deveriam ser mais enfermeiros do que apenas diagnosticadores de doenças.

    Abração

  28. Solon Mariano disse:

    Prezados irmãos, Alan Capriles, Daniel Januário e Mauricio Zágari, muito mim alegrei em ler este dialogo entre vocês, para mim este tema tem sido de fundamental importância, porque assim como o irmão Daniel Januário tenho vivenciado o ser Igreja a partir dos lares, e tenho caminhado com alguns irmãos de uma forma mais simples, reunindo em casas, mas não deixando de amar todos os nossos outros irmãos espalhados pela terra que reúnem de forma diferente, e concordo com ele quando diz que não concorda com o termo desigrejados, que acaba sendo uma espécie de preconceito e não uma compreensão dos que na verdade são adenominacionais, e digo que não são poucos os que concordam com o Irmão Daniel, tenho pesquisado muito na internet e tenho visto isto, já em relação aos irmãos que se revoltam quanto as denominações e saem atirando para todos os lados também não concordo com isso, mas confesso que nem sempre foi assim, é que assim como Pastor Alan falou que, em alguns casos quando alguém discorda da forma de liderança, liturgia, Dizimo etc. Este dificilmente encontrara ajuda em alguma denominação em sua cidade, isso aconteceu comigo, na minha cidade tem mas de dez denominações e em nenhuma encontrei ajuda e por isso não podia min expressar abertamente, e quando falava a respeito logo era visto como um rebelde, (digo isso porque fui um dos fundadores da associação dos evangélicos na minha cidade, e por ser uma cidade pequena conheço de perto a maioria dos irmãos e Pastores) Lembro- me que em uma reuniões da Igreja que era membro, o Pastor disse que quem não concordasse com tudo que eles ensinavam não poderiam se quer, terem oportunidades na denominação; mas agora depois de mais de dois anos através da internet por telefone tenho aprendido muito com irmãos em nosso País em até em outros Países, gostei muito da forma que Irmão Daniel falou, desde já preço a ajuda do mesmo para que possamos trocar experiência; como disse vários irmãos têm tido boas experiências como o Irmão Daniel entre eles: o Ir. Hugo do Blogger Pão e Vinho, o Marcio Rocha do blogger igreja orgânica , Pedro Arruda do Site Grupo News (que inclusive é um dos colaboradores da revista Impacto, que recentemente publicaram a revista nº 60 que abordou este assunto , cujo tema é Igreja nos Lares Solução ou Fuga) entre muitos outros .
    Hoje vejo as denominações como uma das expressões da Igreja, mesmo sabendo que muitas coisas foram introduzidas a parti de Constantino, como Pastor Alan já falou; por isso decidi caminhar a parti dos lares, que no meu entendimento expressa bem melhor a Igreja Primitiva, e tenho procurado ajudar outras pessoas na minha cidade. Desta maneira não concordo com o Pastor Mauricio quando ele diz que não vê a Igreja nos lares como uma alternativa, Já disse um dos atores de vários livros do que nós chamamos de Igreja Simples/Orgânica nos Lares (Frank Viola – em Cristianismo Pagão) “Aqueles que abandonaram o recinto do cristianismo institucional têm o direito bíblico de existir.” Na verdade não é uma alternativa como se tivesse surgido agora, mas e uma realidade desde os tempos bíblicos e isto esta mais do que provado! respeito a preocupação e a opinião do Pastor Mauricio.
    No mais concordo com o Irmão Daniel, já em relação ao Pastor Alan, oro para que Deus levante nas denominações Pastores como ele, que não tem medo de reconhecer estes descaminhos da Igreja e querem buscar o caminho de volta a simplicidade do evangelho.
    Há alguns meses ouve uma mudança de pastores na Igreja Batista Tradicional próxima da minha casa e chegou o pastor Edmilson , que pensa muito parecido com o Pastor Alan, que não só reconhece os descaminhos da igreja institucional como também acredita na Igreja a parti dos lares, e juntos temos aprendido muito, quando pode vai a nossas reuniões e quando podemos vamos a denominação dele, também mim comunico por telefone e através do meu blog com vários irmãs em todo País.

    • Querido mano Solon,
      .
      só pra esclarecer, não sou pastor, ok? Sou uma ovelhinha balindo pela internet rsrs.
      .
      Sobre a Igreja ser Igreja independente de paredes isso fica patente em “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome…”.
      .
      Sobre os assuntos, creio que muito já foi posto neste diálogo. Eu só gostaria de fazer uma ressalva, pois nós em nosso dias idealizamos demais a Igreja primitiva tentando resgatá-la (algo que nem Lutero nem Calvino tentaram fazer enquanto modelo eclasiástico na Reforma), então me permita apenas fazer algumas apreciações:
      .
      – A Igreja primitiva tinha tantos ou mais problemas quanto a de hoje. Basta vc ver que a esmagadora maioria das epístolas do NT foram escritas para tentar sanar problemas que ocorria nas igrejas (que eram em lares), como parentes fazendo sexo entre si, acepção de pessoas, a Ceia sendo tomada para matar a fome e não para celebrar a morte de Cristo, os dons sendo usados erradamente etc etc etc. Leia as cartas às cartas às igrejas de Apocalipse e vc verá como havia problemas. Veja a Igreja de Corinto. Ou de Roma. Etc. Ou seja, achar que a Igreja primitiva era um paraíso de pureza e de cristianismo puro e simples é desconhecimento histórico.
      .
      – Além disso, naquela época a coisa era tão descentralizada que as heresias pululavam em cada esquina. Vale lembrar que foi na época da Igreja primitiva que surgiu o gnosticismo, o montanismo, o marcionismo, o nestorianismo, o pelagianismo, o arianismo e montanhas de outras heresias.
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      – A Igreja primitiva se reunia em lares por uma única e exclusiva razão: se celebrassem cultos em qualquer lugar público, como o cristianismo era ilegal, eles eram presos, torturados e mortos. Então precisavam simular visitas sociais e ali, nas suas salas de estar (onde não cabia muita gente, por isso grupos pequenos), celebravam a fé. Somente por isso, e não porque esse fosse um modelo melhor ou pior que qualquer outro. É exatamente o que ocorre hoje em países como a China, onde vc precisa realizar os cultos em porões, porque se vc simplesmente carregar uma Biblia em praça publica é preso na hora.
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      – Tanto é assim que quando houve o Edito de Milão, em 313 d.C., e Constantino legalizou o culto cristão, aqueles que se escondiam em casas e catacumbas correram para se agregar, ávidos que estavam por uma comunhão maior. E escolheram erguer os templos no formato de basílicas, que eram o modelo de prédios onde funcionavam as repartições públicas no Império Romano. Simplesmente houve uma adaptação de uma arquitetura que já existia para abrigar a multidão de gente que se escondia nos lares e finalmente podia se reunir em numero maior, conhecer mais gente com quem compartilhar sua fé, os dons puderam edificar muito mais gente do que apenas meia duzia e assim a Igreja prosseguiu.
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      Em resumo, Solon, não seria historicamente correto achar que o modelo da Igreja primitiva de “reunião nos lares” foi escolhido por ser o mais adequado: simplesmente não havia alternativa. E quando foi possível, os cristãos sairam alegremente de suas casas para os templos. Isso é pura história.
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      Um abraço, mano, que a paz e a graça de Cristo estejam com vc.

  29. Sérgio Soares disse:

    A Igeja verdadeira tem como fundamento básico a Jesus(atos 4:11, ICor. 10:4, II Cor. 3:11, I S.Ped. 2:3-8) o qual é a cabeça(Efés.23;4:15 e 16; 1:20-22; Col 1:18. Está edificada sobe a doutrina que Jesus revelou a Seus apóstulos. A Igreja remanescnete fiel, possui as características ensinadas na Bíblia(ICor. 14:33,40; Efés 4:10-13: Tito 1:5-9; S.Mat. 18:15-18, Atos 6:1-7; I Tim. 3:1-13. Em Apocalipce revela-nos quais são as características distinas dessa Igreja fiel”…os que guardam os mandamentos de Deus (Apoc. 12:17 + Apoc. 14:12)

  30. Antônio Tupinambá disse:

    Isso tudo é a mais pura realidade!

  31. Rogerio Lázaro disse:

    DOIS DETALHES SOBRE O TEMA ‘DESIGREJADOS’

    Dois detalhes bem simples, porém que fazem muita diferença no trato do assunto:

    1 – Entender o real conceito de Igreja, pois esse entendimento, por si só, já mostra a total incoerência no uso do termo “desigrejados” para aqueles que jamais deixaram de ser os ramos da Videira Verdadeira. Entendendo isso é possível perceber o abismo existente entre pertencer à Igreja e estar associado à uma denominação evangélica.

    2 – Entender a essência do que seja congregar, pois esse entendimento (à luz da Bíblia e não da tradição religiosa) vai nos fazer enxergar que o ato de congregar é algo totalmente independente de se estar vinculado à uma instituição com CNPJ registrado e placa denominacional. Tendo esse entendimento e verdadeiro comprometimento com o Reino de Deus é possível congregar (literalmente: se reunir) em torno do nome do Salvador em comunhão com todos os que professam sua fé unicamente NELE. Em assim fazendo, qual o desvio? Como classificar os tais como “desigrejados”? Uma comunidade local que se reúna regularmente em nome de Jesus não pode ser considerada Igreja apenas pelo fato de não estarem sob nenhuma bandeira denominacional?

    * O grande problema é o extremismo! É extremamente preconceituoso imaginar e gritar aos quatro ventos que todos os que estão hoje vinculados à uma instituição evangélica estão sob maldição e caminhando em trevas! Assim como também é uma atitude preconceituosa dizer que todos aqueles que escolheram não ter vínculo com nenhuma denominação estão fora do Corpo (mesmo que participem da vida eclesial e da comunhão com os irmãos em Cristo em uma comunidade local). Há Igreja fora das instituições evangélicas da mesma forma que há dentro delas! Apesar das denominações!
    Atitude perigosa e perversa é satanizar tanto um quanto outro! Temos que entender e ter paciência com aqueles que, devido à tradição religiosa, não se sentem seguros para caminhar em Cristo sem estarem sob o guarda-chuva de uma denominação evangélica. Assim como, também, os que estão associados à uma denominação tem que entender que o vento (Espírito Santo) sopra onde quer e a Igreja faz parte de um plano soberano do Altíssimo, independente de vontade humana.

    *PS: A referida incoerência no uso da expressão “desigrejados” não é culpa dos digamos… “igrejados”, pois esse termo foi abraçado e tem sido largamente difundido pelos próprios ditos “desigrejados”.

  32. Vinicius G. disse:

    Olá Maurício!

    Só tenho uma coisa a dizer a respeito dessa postagem: 100% inspiradas pelo Divino. Isso era realmente o que precisava ouvir. Por enquanto, eu não sigo nenhuma igreja, pois eu e meus pais nos assustamos com a insistência de alguns irmãos em fazer estudos bíblicos, em visitar sua casa, etc. Do jeito que alguns membros falam, parecem que torcem que algo de ruim aconteça para que nos convertamos, nos batizemos e lhe demos o dízimo e as ofertas.

    Mas eu adoro estar lá. No mais, os irmãos lhe cumprimentam, perguntam sobre você, as pregações são bíblicas e tudo é muito calmo, sem exageros que vejo na maioria das igrejas de hoje. Outra desvantagem é o pastor, que cuida de várias igrejas na região e raramente aparece na que eu gosto de ir. No mais, e adoraria ir todo domingo lá. E quero. O jeito é conversar francamente com os insistentes e procurar congregar com todos. Seu post me abriu os olhos. Enquanto o mundo for mundo, sempre haverá pedacinhos dele dentro da igreja.

    A paz de Cristo.

    • Oi, Vinicius,
      .
      fico feliz pela tua convicção em seguir Cristo. Releva nossas humanidades, erramos demais. Mas Deus não erra, felizmente.
      .
      Um abraço, na paz do Senhor,
      mz

  33. Manoel Neto disse:

    Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
    É isso que você deve ensinar, exortando-os e repreendendo-os com toda a autoridade. Ninguém o despreze.
    Tito 2:14,15

  34. Stewart disse:

    Muito belo artigo parabéns q a paz esteja com vós

  35. MARIA BETANIA disse:

    Kkk, gostei!

  36. Léa Beray disse:

    um problema real vivido nesses nossos tempos. Fui abençoada e me ajudou muito refletir que “a proposta de Deus sempre foi uma igreja imperfeita” Afinal Deus conhece nossa estrutura. Deus continue abençoando sua vida!

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