vc1Posso chamar Deus de “você”? Sei que essa parece ser uma pergunta boba  e sem muita importância para nossa vida espiritual, mas tanta gente começou a chegar a mim com essa dúvida nos últimos tempos que resolvi dar uma certa atenção a ela. Confesso que eu mesmo nunca tinha gasto muito tempo pensando sobre isso e fiquei curioso: será que chamar o Senhor de “você” é desrespeitoso? Será que apenas o “tu” configura honra ao Altíssimo? Para chegar a um veredicto, precisei fazer uma pesquisa sobre as origens dos termos e sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto. É o que apresento neste texto e você poderá tirar suas próprias conclusões.

É importante frisar que só decidi investir um certo tempo nessa investigação porque percebi que, de fato, o problema tem implicações práticas. O que ocorre, em geral, é que, se uma pessoa que considera desrespeitoso chamar Deus de “você” ouve um pregador se dirigir ao Todo-poderoso por essa forma de tratamento, um detalhe como esse pode prejudicar a receptividade à mensagem pregada. A preleção pode ter sido totalmente bíblica, mas o fato de o pregador ter se dirigido a Cristo como “você” fez o irmão (ou a irmã) sair do culto chateado. O mesmo ocorre no caso de um louvor, pois, se você não concorda que é digno dirigir-se a Jesus como “você”, ao ouvir um hino em que ocorra essa forma de tratamento vai se desligar do céu e fechar a cara. Acredite: não são poucas as pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis ao ouvir alguém chamar Deus de “você”, pois consideram que o “tu” sim é um tratamento digno para um rei, uma forma mais respeitosa e reverente de se dirigir à divindade.

Quero deixar bem claro que respeito totalmente quem desqualifica o “você” no tratamento de Deus. Mas permita-me apresentar minhas conclusões.

Para começar, fui investigar por que razão o uso do “tu” está tão associado na nossa mente com a forma correta de tratar Deus. E descobri que o motivo não tem absolutamente nada de bíblico. É uma razão meramente cultural. Acompanhe o raciocínio:

vc2Tudo começa em Portugal. Lá, as pessoas se tratam, essencialmente, por “tu” – há muitos séculos. No dia a dia, é extremamente raro você ver um português se dirigir a outro por “você”. Simplesmente não faz parte da cultura lusitana, ao contrário do que ocorre no Brasil. Hoje, se você viajar a Portugal, verá que as pessoas na rua sempre vão se dirigir a você como “tu”, o que poderá ser um tratamento extremamente informal. Com isso em mente, lembre-se de quem foi o primeiro tradutor da Bíblia para a nossa língua: João Ferreira de Almeida (1628-1691). Ocorre que ele era não um brasileiro, mas, sim, um português. É de se considerar que ele escolhesse na tradução das Escrituras o termo mais utilizado no país em que nasceu e cresceu.

Portanto, Almeida não usou o “tu” por qualquer razão bíblica, mas simplesmente porque fazia parte do seu jeito de falar, da cultura em que estava inserido, do jeito que era usual na sociedade onde vivia.

Com o passar do tempo, as traduções Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Almeida Revista e Atualizada (ARA) – as mais adotadas no Brasil até a chegada da Nova Versão Internacional (NVI) e que até hoje são extremamente utilizadas nas igrejas – mantiveram o “tu”, uma herança das origens portuguesas da tradução da Bíblia para nosso idioma e do jeito de falar do tradutor português de 400 anos atrás.

Logo, em sua raiz, o “tu” não representa necessariamente nenhuma formalidade, tampouco respeito. Era simplesmente o jeito de falar do português comum da época de Almeida.

vc3Entendido isso, vamos analisar quais são as origens do termo “você”. Para nós, brasileiros do século 21, essa é uma forma de tratamento que transmite uma certa informalidade. Isso, junto ao fato de que nas traduções da Bíblia para o português Jesus sempre foi tratado por “tu” (pela razão que expliquei acima), acabou criando muita antipatia ao uso do “você” para se dirigir a Deus. Como estamos viciados em ler na Bíblia o Pai e o Filho serem tratados por “tu”, parece uma coisa estranha, fora de lugar, nos dirigirmos à divindade por “você”. Afinal, nunca vimos isso em Bíblia nenhuma (em português, ressalve-se). Mas precisamos entender o que significa, de fato, “você”, pois ela não é uma palavra que brotou do nada.

“Você” é um encurtamento de “vossa mercê”, um modo extremamente formal de tratamento, usado desde os tempos remotos em Portugal. “Mercê” significa “graça”, “misericórdia”. Com o tempo, as pessoas passaram a encurtar esse respeitoso modo de tratar, que se transformou em “vossemecê”, depois “vosmecê”, virou “vancê” e, por fim, “você”. Portanto, “você” significa “vossa graça”. E que significado mais lindo haveria numa forma de tratamento a Deus do que em algo que ressalta sua graça, sua misericórdia; aquilo que fez Jesus subir à cruz por cada um de nós? Graça, a maravilhosa graça!

vc4E veja que interessante: em sua origem, o “vossa mercê” (“você”) era utilizado somente para se dirigir a gente a quem se devia tratar com muito respeito, enquanto o “tu” era usado em ocasiões informais. Atente para esta explicação: “mercê era o elevado tratamento dado na terceira pessoa aos reis de Portugal […] No século 15, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si. Este processo é lento e gradual, mantendo-se alternativamente o tratamento antigo por vós em certos setores mais elevados da sociedade portuguesa, paralelamente ao de vossa mercê. O tu já então era reservado apenas às classes burguesas, e populares, utilizado na nobreza apenas quando existisse grande grau de intimidade, geralmente intimidade familiar, e de superiores para inferiores (pais para filhos, avós para netos, fidalgos para criados e populares). Os inferiores em dignidade (sobrinhos para tios, criados para patrões etc.) respondiam ao tu com que eram tratados na terceira pessoa, ou por vós, ou pelo tratamento correspondente à dignidade reconhecida à pessoa mais importante durante o diálogo”.

O resumo da ópera é que, em sua origem e por definição, o “você” era o tratamento dado a reis, nobres, fidalgos e gente merecedora do mais alto respeito e formalidade. Já o “tu” era um termo que fazia parte da linguagem do povão, usado com gente “inferior em dignidade”. Justamente o contrário do que os opositores a chamar Deus de “tu” compreendem ser o correto e digno, não é curioso? E isso ocorre porque, no Brasil, o “vossa mercê” começou a perder o status de linguagem usada para se referir às pessoas mais importantes quando, no século 16, os reis e nobres europeus passaram a solicitar ser chamados de “vossa excelência”, o que permanece até hoje entre nossas autoridades (você já deve ter visto na televisão deputados, por exemplo, se dirigirem a outros deputados utilizando esse tratamento). Com isso, o “vossa mercê” (ou “você”) passou a ter um uso mais amplo.

Constatamos, então, que o problema todo é uma mera questão de tradução. Almeida escolheu usar o “tu” porque essa era a palavra que fazia parte de seu dia a dia e sem nenhuma relação com reverência ou respeito.

Tendo visto isso, agora precisamos buscar respostas na exegese bíblica, isto é, na análise dos originais das Escrituras. Será que os textos originais fariam algum tipo de diferenciação nesse sentido? Vejamos:

vc5Um exemplo seria a ocasião em que Pedro responde a Jesus quando o Mestre lhe pergunta três vezes se ele o ama (Jo 21.15-18). A resposta de Pedro é: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. O vocábulo original das Escrituras traduzido aqui por “tu” é su, que, no grego, refere-se à segunda pessoa do singular. Mas veja que revelador: Jesus, ao conversar com Pedro, usa exatamente a mesma palavra, su, para se dirigir a ele, como em “Respondeu Jesus: ‘Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Siga-me você‘” (Jo 21.22-23). Embora a tradução da NVI use “tu” quando Pedro se dirige a Jesus e “você” quando Jesus se refere a Pedro, nas línguas originais não há nenhuma diferença na forma de tratamento: é exatamente a mesma palavra, sem distinção.

Vamos pegar outros exemplos:

Na ocasião do batismo de Jesus, ele chega até João Batista, que lhe diz: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mt 3.14). A palavra original que foi traduzida aqui por “tu” é, novamente, su. Quando Jesus está diante de Pilatos, o governador romano lhe pergunta: “Então, você é rei!” (Jo 18.37). Adivinha que termo no original em grego foi traduzido por “você”? Exato: o mesmo su. E sabe o que Jesus responde? Tu dizes que sou rei” (Jo 18.37). A palavra original? Su de novo.

O que percebemos, então, é que o tempo todo Jesus era tratado por su e tratava os outros por su (evidentemente estou me referindo ao grego em que foi escrito o Novo Testamento e não ao aramaico que Jesus e seus discípulos usavam para conversar entre si ou ao latim que Pilatos falava).

Você poderia argumentar que Jesus estava sendo tratado assim porque ele não era visto como divino pelas pessoas, naquele momento e, por isso, não seria considerado digno de um tratamento mais elevado. Bem, esse argumento desmorona quando vemos a forma como o próprio Cristo se dirige ao Pai. Quando o Mestre está no Getsêmani, antes de sua prisão, ele ora e diz ao Todo-poderoso: “Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mc 14.36). Basta olharmos nos originais e veremos que a forma de tratamento permanece a mesma: su.  E o Pai é tratado dessa forma ainda em outras passagens, como João 17.21, e não só por Jesus. Vemos, por exemplo, em Atos 4.24, Pedro e João conduzirem uma oração ao Pai, em que dizem “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há!”. Por que pronome eles o tratam? Su.

A que conclusão podemos chegar? Constatamos que, na língua original em que foi escrito o Novo Testamento, o mesmo pronome de tratamento era utilizado quando Jesus se dirigia a um ser humano, quando um ser humano se dirigia a Jesus, quando Jesus se dirigia ao Pai ou quando um ser humano se dirigia ao Pai. Não havia distinção em nenhuma situação.

Logo, será que há algum mal em eu usar o mesmo pronome para me dirigir a um ser humano, ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo? Bem… se na língua original do Novo Testamento não havia, por que haveria hoje?

Meu irmão, minha irmã, não chamamos Deus de “tu” por nenhuma razão bíblica, mas por pura herança cultural do vocábulo escolhido pelo português João Ferreira de Almeida quando ele passou o texto bíblico para o português 400 anos atrás. Se ele tivesse escolhido “você”, isso não representaria nenhum desrespeito. Muito pelo contrário, teria adotado o mesmo tratamento que era usado para se dirigir a reis, fidalgos e autoridades.

vc6Por tudo isso, fica aqui minha carinhosa recomendação: se você não se sente bem dirigindo-se a Deus por “você”, não se dirija. “Tu” é igualmente válido pois, segundo as línguas originais da Bíblia, não há absolutamente nenhuma diferença. Mas, por favor, não condene quem chama o Senhor de “você”, porque tem a mesma validade na tradução e, além disso, historicamente é uma palavra que se usava para se dirigir aos mais elevados representantes da sociedade. Tem um belíssimo e digníssimo significado. Não criemos discórdias entre nós por causa disso.

“Você” significa “vossa mercê”, que, por sua vez, significa “vossa graça”. Que privilégio é poder chamar o Abba, o nosso paizinho celestial, de “você” e saber que,  ao nos dirigirmos a ele, estamos ressaltando, no que dizemos, essa característica tão magnífica e salvadora do amor divino: sua maravilhosa graça.

Por isso, eu oro: Deus, que tu, você, vossa mercê, vossa misericórdia, vossa graça… em tudo seja glorificado!

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Mauricio

comentários
  1. Isabelle disse:

    Bom dia
    Zágari

    Graça e Paz! 🙂

    Toda a pesquisa que você fez creio estar coerente e não discordo dela. Mas, eu não concordo
    que chamar o Senhor de ‘você’, seja correto *. A questão da palavra ‘você’ e que como algumas outras palavras na nossa língua, elas perderam seu sentido original, algumas tornaram até pejorativas. É um termo coloquial.

    Segundo, nós não nos referimos a juízes, médicos, professores etc com a palavra ‘você’, pelo contrário até ‘excelentíssimo’ nós usamos, como uma forma de aferir a honra devida.
    Agora com o Deus do céus e da terra usaríamos ‘você’ ? Considerando a perda do sentido, pois, o ‘vossa mercê’ como disseste é um termo dignifico.

    (digo com amor)

    A mesma coisa eu vejo no usar o nome de Deus, Jesus em expressões interjetivas, isso acaba banalizando o nome e perde-se o sentido. Perde-se a força que vem desse nome. O Senhor disse que não divide a sua glória com ninguém, quanto mais a honra que lhe é devida.

    Nossa cultura é muito superficial, nós perdemos o sentido do que é honra, nobreza. Hoje, ser uma mulher virtuosa, honrada ou mesmo o homem, eles não terão o reconhecimento da nobreza de seu caráter, estamos muito fúteis, vazios, supérfluos e o que eu temo com tudo isso é pensar que estamos carregando isso para o nosso relacionamento com Deus, como se Deus se adaptasse a nossa cultura, ao nosso jeito, seja ela qual for.

    (* a menos que seja uma pessoa muito humilde em sua instrução)

    Um fraterno abraço

    Tenha uma excelente semana

    • Oi, Isabelle,
      .
      obrigado por compartilhar. Respeito totalmente a sua visão.
      .
      Um abraço carinhoso, Deus a abençoe,
      mz

      • Israel disse:

        O mais engraçado de tudo isso é que a Bíblia diz que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o SENHOR, SENHOR, SENHOR…..

      • Sim, confessará, mas o que tem isso a ver? Não podemos chamar o SENHOR de você?

    • Paulo Araujo disse:

      Nem nos dirigimos a pessoas importantes usando o “tu”, mesmo fazendo a devida concordância com o verbo. Um repórter jamais diria: “Presidenta Dilma, tu poderias adiantar alguma coisa a imprensa?” As versões modernas em Inglês usam “you” sem distinção. Além do mais é desagradável ouvir orações com os orantes tentando falar o dificílimo português clássico. Eu geralmente digo, quando em público “Senhor, eu lhe…” em vez de “Senhor, eu te…”. Aguardo o dia em que os guardiães da língua Portuguesa liberem o “você”, assim como fizeram com o “you”.

      • william disse:

        biblia king james é thou art, biblia espanhol tu eres biblia italiano tu sei e a biblia francesa tambem usa o tu….

    • Wellington disse:

      verdade Isabelle, eu fiz a pesquisa depois de ler esse documentário escrito aqui..eu cheguei a conclusão que a palavra você não pode ser dirigida a Deus, tanto que ninguém faz uma oração se dirigindo ao altíssimo como você, então a palavra que encontrei que ela não é cerimoniosa..

      • Wellington,
        .
        imagine a revolução que foi quando Jesus chamou Deus de “Pai”. Deve ter escandalizado os fariseus e religiosos, que achavam que Deus só poderia ser chamado de Senhor dos Exércitos.
        .
        Abraço fraterno,
        mz

      • Joabe santos disse:

        eu vejo que não tem nada a vê pois quando vc fala com Deus chamando de vc isso é porque vc tem intimidade com ele e ele recebe

    • Flávia disse:

      Amada, concordo plenamente com você. Respeitando é claro, a visão do autor deste texto.

      • Allan Willian disse:

        Parabéns! Mauricio Zagari. Que o Espirito Santo continue te usando para mostrar a verdade.
        Vale ressaltar que não tem a ver com o que as pessoas pensam sobre a palavra “você” mas, sim, sobre o real significado dela.

    • Denil Porto disse:

      O problema é que quem usa o ” você” é totalmente repreendido, mas quem usa o “tú” não, sendo que as palavras na lingua portuguesa têm o mesmo significado.
      É o mesmo que dizer: tomo só vinho, mas o irmão toma cerveja. Tomar cerveja é pecado, não pode viu!!!

      • E-xa-ta-men-te, Denil!

        Graças a Deus por pessoas inteligentes como você. É incrível como o tradicionalismo cega as pessoas e mesmo diante de todos os fatos exegéticos e históricos, as pessoas só vêm com o argumento “você não fala com um juiz assim”.

        Lutemos contra a ignorância, instruindo com amor, mansidão e paciência.

        Abraço fraterno,
        mz

    • Lúcia Benedita Apolinário Ribeiro disse:

      Eu concordo plenamente com você. Não me sinto a bem quando alguém se refere a Deus por você. Deus é supremo, só Ele é o Senhor…

      • Clemilson Lima Rodrigues disse:

        A questão mais essencial nessa discussão, não é se chamamos a Jesus de você ou Senhor! É qual sua atitude como Cristão. Tem muitos crentes que o chamam Senhor, mas não se submetem ao seu senhorio. Outros que o chamam de você, e lhe são submissos. Pergunta: Quem dos dois grupos tem a Jesus por senhor? Portanto, a questão essencial não é o termo usado, mas atitude expressa na vida cristã cotidiana. Por isso Jesus disse: Nem todo aquele que diz, Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus. Mt 7:21.

    • AMILTON disse:

      Excelente ! Disse tudo o que eu queria dizer.Parabéns pelo entendimento !

    • ailton de aquino disse:

      perfeita coloca
      çao Jesus é o nosso Salvador nosso Mestre antes ate poderia chamar de voce porque os Judeus nao via ele como o Messias e sim como um profeta qualquer , nao esquecendo que ele era RABI ou seja Mestre

    • Oi, Isabelle, tudo bem? Querida, muito obrigado por compartilhar sua opinião. Creio que já respondi sua ponderação em outros comentários aqui do post, recomendaria que você desse uma lidinha, pois ali estão meus argumentos, ok?
      Abraço fraterno e carinhoso pra ti,
      mz

  2. Dayana disse:

    Eu nunca tinha pensado sobre o assunto, lendo seu texto me lembrei de uma irmã que se referia a Jesus sempre usando essa expressão: “Jesus lindo de Deus”, e de outro irmão que sempre usava esse jargão quando queria exaltar os feitos de Deus quando estava orando: “Deus tu não é gente não”. Mais penso eu o seguinte, quanto maior a intimidade com o Pai, menor serão as formalidades, não acredito que o apostolo João que reclinava a cabeça ao peito de Cristo tenha tido conversas tão formais com Ele. Paz querido :).

    • Oi, Dayana, tudo bem?
      .
      Obrigado por compartilhar sua visão, mana. Penso que, uma vez que a Bíblia não estende proibições, tudo depende de como cada um se relaciona com o Senhor. Muitas vezes palavras extremamente garbosas e um tratamento cerimonioso saem de lábios ligados a corações que estão distantes de Deus, enquanto muitos que usam da simplicidade no tratar são absurdamente íntimos do Senhor. Penso que, havendo reverência no coração e disposição para mantermos a Igreja unida, apesar das diferenças, Deus não se ofenderá. Respeito a todos e sempre é fundamental.
      .
      Abraço fraterno, no amor de Deus,
      mz

  3. Vinicius G. disse:

    Olá Maurício!

    Eu realmente nunca pensei nessa questão. Seu artigo me pegou de surpresa, pois, além de ter aprendido uma coisa tão interessante (tão pouco falada), estou me perguntando: “e outras palavras? Não poderão palavras tão usadas como tratamento a Deus e outras pessoas ter um significado muito maior e, por consequência, mudar totalmente o sentido de uma conversa?”. Creio que Deus não se importa como se dirigimos a Ele. Creio que ele Se importa mesmo é que nos dirigimos a Ele de todo o coração.

    A paz de Cristo!

  4. Olá Mauricio. Eu sou portuguesa e tratar alguém por “tu” é muito mais informal do que por “você”… “Você” usamos quando nos dirigimos a alguém por quem temos bastante respeito, pai, chefe, autoridade sobre nós. Muito interessante este post, nos deixa a pensar 🙂

    • Olá, Mónica,
      .
      excelente contribuição, obrigado, vem ratificar o exposto no post.
      .
      Aqui no Brasil o “tu” quase não existe, mas como as traduções da Bíblia o trazem há séculos no trato ao Senhor há muita resistência em se utilizar o “você”, que é de uso comum.
      .
      Um abraço fraterno, Deus a abençoe muito,
      mz

      • Renato Souza disse:

        É verdade que em São Paulo não usamos tu. Já em Santos, usa-se, e também em muitos lugares da Região Sul.

    • Vinícius Siqueira disse:

      Nos brasil não é esta realidade. Ninguém se refere ao governador, presidente, prefeito, diretor, policial com o pronome você. No mínimo é senhor ou senhora.

      • Olá, Vinícius,
        .
        falo sobre esse argumento no texto. Dizer que “ninguém” se refere ao governador, presidente etc com o pronome “você” não é uma verdade. A minha pergunta é: o filho do presidente chama ele de “vossa excelência”? O filho do juiz o chama de “doutor juiz”? O filho do policial ou do governador se refere a ele como “excelentíssimo”? A resposta é óbvia: não.
        .
        O que esse argumento ignora é que o véu foi rasgado. Ignora que Deus nos autorizou a chamá-lo de Abba, Pai. Ele é o Pai nosso. Deus busca intimidade conosco. Se uma autoridade vira para você e diz: “Vinícius, você não precisa me chamar de vossa excelência, pode me chamar de você”, o que você faz? Ignora o que ele disse e continua chamando-o de vossa excelência? Claro que não: se a autoridade nos dá o direito de o chamarmos de “Paizinho”, está nos chamando à intimidade. Logo, esse argumento não é válido no caso do nosso Pai.
        .
        Minha vizinha de porta no meu prédio é uma juíza. Eu a chamo de “você”, pois ela me deu a liberdade para isso. Não é desrespeito.
        .
        Lembremo-nos sempre disto: Deus se apresentou como nosso Pai. Ele nos autorizou à intimidade, o que não tem nada a ver com desrespeito. Se estivéssemos ainda no Antigo Testamento, eu estaria totalmente de acordo, e continuaria me dirigindo a Deus como alguém distante, inacessível. Mas Jesus veio. Ele habitou entre nós. Ele nos disse que podemos nos dirigir ao Pai como “Pai nosso”. “Abba”. “Paizinho”. Vivamos na nova aliança e não na velha.
        .
        Abraço fraterno,
        mz

      • O filho do juiz o chama de “doutor juiz”? O filho do policial ou do governador se refere a ele como “excelentíssimo”? A resposta é óbvia: não. porém, a educação nos mostra que o mínimo de respeito o filho, seja de qualquer autoridade ou não, se refere aos pais com o senhor ou a senhora.

      • Elias,

        talvez na sua comunidade os filhos chamem os pais de “senhor” e considerem chamar o pai de “você” seja desrespeito. Na região do Brasil em que vivo, absolutamente ninguém chama os pais de “senhor” e “senhora”. Sempre é “você” e nenhum pai se chama desrespeitado por isso.

        Isso é cultural, amigo, não é bíblico.

        Abraço,
        mz

  5. Daisy disse:

    Olá,Maurício,

    Muito esclarecedor,este texto,confesso que ficava sim,incomodada,em relação ao referir,a Deus,como “você”.Gostei muito de suas explicações,mas continuarei a referi-lo como “Senhor”,porém sem me sentir incomodada,ao ouvir uma música ou alguém chama-lo de “você”…

    Fique na paz,

    Daisy

  6. Abraão Modesto disse:

    Irmão Zágari, boa tarde!

    Muito esclarecedor o texto de hoje, nunca tinha visto uma explicação tão boa assim, sempre ouvia falar de forma bem solta, coisas como: “se você na frente de um Juiz se dirige a ele como Vossa Excelência como vai se dirigir a Deus usando “você” ?”.

    Cara, esses dias fui ao banco o atende parecia muito com você…rsrsr… quase perguntei a ele qual sobre nome ele tinha… kkkkk
    Só por curiosidade, você tem familiares aqui na Bahia? o atendente parecia muito com você… kkkk. brincadeira..

    Deus continue te abençoando!

    Abraços,

    Abraão Modesto.

    • Olá, Abraão,
      .
      não, querido, não tenho parentes (que eu saiba) na Bahia. Mas, depois que me disseram que sou a cara do John Leguizamo descobri que basta você olhar para qualquer homem feio e ele será parecido comigo. rs
      .
      Um abraço, mano, Deus te abençoe,
      mz

  7. Eldon Costa disse:

    Prezado Zagari

    Baseado na sua pesquisa podemos tratar nossos pastores por “você”, concorda? Será que eles ficariam chateados, estando acostumados a serem chamados de senhor? Como você trata os seus pastores?

    Abraços.

    • Oi, Eldon,
      .
      o principio é sempre o do amor. Se o seu pastor faz questão de ser chamado de “senhor”, chame-o. Conheço sacerdotes que exigem isso, acredito que faça bem a eles. Então não me incomodo de satisfazê-los, do mesmo modo que chamaria meu barbeiro de senhor se isso lhe fizesse bem. A maioria dos pastores que conheço entende que o sacerdócio universal dos santos os põe no mesmo patamar que qualquer outra pessoa e, por isso, dispensam essa formalidade. Pastor é servo, não é autoridade. Eu detesto ser chamado de senhor e se fosse pastor diria de púlpito que não precisariam dirigir-se a mim dessa forma. Mas se algum faz questão, chame-o, não há mal em fazê-lo.
      .
      Um abraço, na paz de Deus,
      mz

  8. Taíza disse:

    Irmão Maurício
    como sempre, um post super esclarecedor!
    Jamais pensei sobre esse significado tão lindo para o pronome “você” – “vossa graça”. Eu sempre hesitei em cantar músicas q referissem a Deus como você por medo de ofender algum irmão ou mesmo ferir a autoridade de Deus, mas, após essa explanação/explicação, me senti mais livre a respeito disso.
    Sem dúvida, não há melhor descrição para nosso Deus, fonte e doador de toda Graça!!
    Aleluia!

    Abç

    em Cristo

    • Oi, Taíza,
      .
      só recomendo cautela para não chatear os irmãos ao seu redor que não conhecem a explicação dos termos. Em tudo prevalece o amor. Se vai escandalizar, não ultrapasse a linha vermelha, ok?
      .
      Um abraço carinhoso, na paz,
      mz

  9. Amado, parabéns pela disposição em estudar sobre este assunto e nos trazer tão clara explanação! Fui um dos que chegaram a você com este questionamento. Isso realmente me intrigava e como você cita no post, ás vezes me prejudicava na receptividade à mensagem pregada e hinos cantados. Entendo agora, fico convencido e digo amém à sua oração: Por isso, eu oro: Deus, que tu, você, vossa mercê, vossa misericórdia, vossa graça… em tudo seja glorificado!

    O Senhor te abençoe!

    • Olá, Manoel, tudo bem?
      .
      Que bom que o post trouxe esclarecimento. Alegro-me pelo fato de que essa compreensão farão tua relação com Deus e a Igreja fluir com menos impedimentos.
      .
      Deus o abençoe muito,
      mz

  10. Edina disse:

    Ola irmao,

    Que o Senhor continue te abencoando com este dom que Ele te deu: Abencoar as pessoas atraves do conhecimento de Sua palavra.

    Penso que nao sao as palavras de tratamento que o Senhor ve. Ele ve e o nosso coracao.

    Abraco fraterno

  11. Marco Juric disse:

    Bom dia Zágari!!

    Belíssima aula!!
    Mas comecei a rir (comigo mesmo) ao ler o título de seu texto, e já explico o motivo.
    Queria ter tido um texto seu (esse aqui) para que eu pudesse me apoiar antes de escrever.
    Me perdoe a completa ignorância histórica e etimológica mas, na minha humilde consideração, creio que há uma semelhança em nossas abordagens. Obviamente existe um grande abismo entre nossos cabedais.
    Pra quando tiver um tempinho:
    http://trokanduideias.blogspot.com.br/2007/10/meu-relacionamento-com-deus_14.html

    Abração!!!! (já tô sabendo da novidade… rsssss)

    MJ

    • Salve, Marcão!
      .
      Excelente texto, mano, disse tudo com outras palavras. Perfeito.
      .
      Pois é, em abril estaremos aí, para pregar mais heresias.rs
      .
      Aquele abraço, Deus te abençoe muito!
      mz

  12. Bruno Fernandes disse:

    Olá, Maurício!

    Sempre pensei assim no que diz respeito à tradução do grego koine. Mas desconhecia a origem portuguesa do “você”.

    Muito obrigado pelo post. Detalhado, esclarecedor.

    Espero que Deus te dê em dobro todo bem que tem feito a mim. Você sempre estará em minhas orações!

    Abraço, mano!

    Paz!

  13. Jacy disse:

    Olá, Maurício!
    Post muito esclarecedor! Confesso que eu também, até então, não atentei para a situação focalizada no texto:chamar Deus de “tu” ou de “você”? Eis a questão! rss
    Sua pesquisa é muito enriquecedora e com certeza faz diferença compreender a origem dos termos e sua análise nas escrituras.
    Só para constar, na região em que moro o “tu” é bem mais comum do que o “você”. rs

    Abração, mano querido!

  14. andreia disse:

    olá mano…. GRATA pela aula!!!!!!!!!

    como é bom saber que não sabemos de quase nada…… 🙂

    que o óleo da unção seja derramado ABUNDANTEMENTE sobre ti, para que sejamos abençoados

    cada dia mais atraves de ti.

    Com orações e muita alegria no coração por ver tua disponibilidade ao mover do espirito,

    Andreia Araujo

    • Olá, minha amiga Andréia,
      .
      obrigado pelas palavras incentivadoras de sempre. Você é uma benção na minha vida e na de nossa família.
      .
      Um beijo fraterno a todos os de tua casa,
      mz

  15. Mariana Estevão disse:

    Eu era umas daquelas que torciam o nariz pro uso do “você”, mas hoje eu tenho uma visão menos rígida pois agora observo menos o “português correto” e mais o conteúdo espiritual das pregações e louvores. Por exemplo: você pode ter todo o cuidado com as formas de tratamento dizendo “Senhor” e falar coisas absurdas a respeito de Deus, e por outro lado, pode tratar Deus por “você” e inspirado pelo Espírito Santo falar coisas sublimes e edificantes. Voltando no passado, como você acha que os judeus cristianizados se sentiram ao ver Paulo chamando Deus, o Grande Senhor de “Aba” (Paizinho)? Com certeza, foi muito chocante pra aquela época ouvir um homem chamar Deus com um apelido usado pelas criancinha!

    • Oi, Mariana,
      .
      você tem toda razão. E antes de Paulo, foi Jesus quem inaugurou a ideia do Deus Aba. Não é à toa que acabou na cruz.
      .
      Obrigado por compartilhar, mana, Deus a abençoe muito,
      mz

  16. “E veja que interessante: em sua origem, o “vossa mercê” (“você”) era utilizado somente para se dirigir a gente a quem se devia tratar com muito respeito, enquanto o “tu” era usado em ocasiões informais. Atente para esta explicação: “mercê era o elevado tratamento dado na terceira pessoa aos reis de Portugal […] No século 15, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si.”

    Como sempre, excelente artigo. Muito elucidativo e esclarecedor. Porém irmão Maurício, como você mesmo disse, os idiomas são mutáveis e vão se adaptando à novas realidades linguísticas. Por mais que “você” tivesse uma conotação de mais respeito e reverência no Português mais arcaico, percebe-se claramente que essa não é uma realidade no Português aqui no Brasil. O dicionário on-line Aurélio traz uma definição interessante para “você”:

    “Pron. Contr. de Vossa Mercê; pronome de segunda pessoa do singular, usado com o verbo na terceira pessoa; forma de tratamento não cerimoniosa entre duas pessoas iguais ou de superior para inferior.”

    Ou seja, pessoas do mesmo nível se tratam com o pronome de tratamento “você”, e usam o “Tu” para se referirem à pessoas superiores ou à Divindade conforme a definição do dicionário Michaellis:

    “Pron (lat tu) A segunda pessoa do singular do pronome pessoal sujeito, para ambos os gêneros, que indica a pessoa com quem se fala, usado no tratamento familiar ou íntimo ou no sublime: Onde estás tu, irmão? Ó tu, meu Deus, vale-me agora e sempre. sm O tratamento íntimo com a segunda pessoa do singular; o tratamento de tu. Ser tu cá, tu lá com alguém: tratá-lo por tu, ter com ele grande intimidade.”

    E no dicionário Globo ainda completa:

    “… Quando se refere à divindade ou pessoa superior”.

    Quando nos referimos à uma pessoa de proeminência,nobres ou de elevada posição social, como um deputado, ou prefeito, por exemplo, usamos os termos “Vossa excelência”. Ou como os católicos se referem ao Papa como “Vossa Santidade”, em sinal de veneração e respeito. Nada mais justo, nos referirmos á Deus de uma maneira mais elevada e reverente.

    “O resumo da ópera é que, em sua origem e por definição, o “você” era o tratamento dado a reis, nobres, fidalgos e gente merecedora do mais alto respeito e formalidade. Já o “tu” era um termo que fazia parte da linguagem do povão, usado com gente “inferior em dignidade”. Justamente o contrário do que os opositores a chamar Deus de “tu” compreendem ser o correto e digno, não é curioso?”

    Se o pronome “você” tivesse mantido suas raízes etimológicas e tivesse sendo utilizado até hoje no Português aqui no Brasil, com este mesmo sentido que o irmão demonstrou acima, concordaria plenamente. Mas o que se percebe é que na nossa língua atualmente o que ocorre é exatamente o contrário. Por isso fica bem claro que no português contemporâneo, o “Tu” seria a forma mais correta de se referir à Deus que o “você”. Aliás, Maurício, nem meus pais eu trato de “você”, mas de senhor e senhora. Jamais eu me referiria á Deus dessa forma tão comum e informal de se tratar uma pessoa igual.

    “Embora a tradução da NVI use “tu” quando Pedro se dirige a Jesus e “você” quando Jesus se refere a Pedro, nas línguas originais não há nenhuma diferença na forma de tratamento: é exatamente a mesma palavra, sem distinção.”

    O mesmo princípio se aplica aqui. Tanto no Grego, como em outra línguas, como o inglês por exemplo, de fato se percebe não haver diferença entre “você” e “tu”, mas no Português tem e devemos respeitar esta diferença, fazendo uso correto dessa expressão.

    “Acredite: não são poucas as pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis ao ouvir alguém chamar Deus de “você”, pois consideram que o “tu” sim é um tratamento digno para um rei, uma forma mais respeitosa e reverente de se dirigir à divindade.”

    Eu particularmente, me sinto muito desconfortável.

    “Não criemos discórdias entre nós por causa disso.”

    De forma nenhuma amado. A intenção é apenas um debate saudável e uma troca de ideias. Jamais pensaria que um irmão é menos crente que eu por se referir ao Senhor dessa forma. A minha preocupação é que essa liberdade em Cristo se torne uma libertinagem, e se confunda intimidade com irreverência.
    Na Paz.

    • Oi, Saulo,
      .
      excelente contribuição, querido. Respeito totalmente as preferências pessoais (eu, por exemplo, chamo meus pais de “você”, sem que isso configure desrespeito). Como você mesmo apontou, no português há distinções de tratamento, que são meramente culturais (e não bíblicas). Se você ler os comentários de outros irmãos aqui no post verá que em certas regiões do país o “tu” é muito informal, enquanto o “você” é cerimonioso (leia o comentário de Jacy, por exemplo). Então essa é uma questão de culturas locais.
      .
      O cerne da questão que procurei levantar é o desmerecimento de pregações e louvores porque alguém usa o tratamento que eu não uso. Não posso fazer isso. Pois biblicamente não configura nenhum mal ou desrespeito e, se dentro do contexto onde vive a pessoa que fala diferente de mim é um modo normal, não posso condenar. Isso só gera desunião.
      .
      Obrigado por compartilhar sua visão, certamente soma ao debate.
      .
      Um abraço, na paz de Deus,
      mz

  17. Ricardo Araújo disse:

    Graça e paz!

    Interessante esta explicação. Entendo o quão simples é, falarmos com Deus, sem que haja o desrespeito e irreverência, mesmo que seja chamá-Lo de “você”. Isso depende da vontade de cada um em chamar. Ele continuará sendo o mesmo: “vossa graça”.
    Surgiu uma dúvida neste momento. Se ao referirmos a alguém importante, digo, no meio eclesiástico, estaremos infligindo algum desrespeito se o chamarmos de “você”?

    Fique na graça e paz de Cristo meu irmão!

    Ricardo Araújo

    • Olá, Ricardo,
      .
      nesse caso se aplica a lei do amor e do respeito. Chame a pessoa como ela deseja ser chamada. Comece se do formal, chame de “senhor”. Se ele expressar que essa formalidade é desnecessária, aí você chama como ela expressou. Assim mantemos a paz com todos.
      .
      Um abraço, na paz de Deus,
      mz

  18. Paulo Silva disse:

    Olá Zágari.
    Excelente, irretocável e tão esclarecedora publicação. Parabéns! Como eu não sabia, também achava realmente que “Tu”, era uma forma de elevado respeito. Como não chamamos (a minha geração quero dizer, pois isto está mudando) nossos pais ou as pessoas mais velhas de você, mas de senhor/senhora, também achava que seria desrespeitoso com Deus. Porém, por ser uma questão cultural (ainda que aprendida erradamente), isso ainda.vai soar mal para muitos. Principalmente porque nem todos terão acesso a tão esclarecedora informação. Vale dizer, que muitos utilizam o “você^’, sem necessariamente saber da sua origem e, consequentemente sem se aparar nisto. Confesso que, devido ao costume e até para evitar escandalizar ou polemizar, não utilizarei o pronome você (ainda). Porém, ouvir tal já não me soará incômodo como outrora. Te agradeço por isto.
    Deus te abençoe com abundância. Abraço.

    • Oi, Paulo,
      .
      fico feliz pela tua percepção. Meu objetivo com esse texto não é mesmo que as pessoas passem a chamar Deus de “você”, mas que parem de olhar de forma torta para quem o faz.
      .
      Abraço pra ti, Deus o abençoe muito,
      mz

  19. Rafael Folk disse:

    Uma ótima explicação, pastor Maurício! Obrigado por ela!
    Eu sempre tive uma ‘aversão’ ao tratar Deus pelo nome “você”. Mas agora tudo está mais explicado, mais ainda pelo seu comentário à Dayana.

    Que Deus o abençoe!

    • Olá, Rafael,
      .
      fico feliz que tenha esclarecido essa questão. Só uma observação: não sou pastor, ok?
      .
      Deus o abençoe muito, uma excelente Páscoa, na paz de Deus,
      mz

  20. Ricardo Araújo disse:

    Graça e paz de Cristo!
    Caro irmão, solicito que examine seu e-mail particular por favor.

    Fique na paz!

    Ricardo

  21. Vera Almeida disse:

    Prezado Maurício, Na Escola Bílica Dominical de hoje, 1º de fevereiro de 2015, falamos sobre esse assunto, por isso vim pesquisar sobre tal tema: chamar Deus de tu. Foi de grande valia a sua explicação; e como alguns já disseram: vai da intimidade que você tem com o Todo Poderoso e com o Seu Gracioso Filho: Jesus Cristo, nosso Pai e Amigo. Um Abraço e que Deus o abençoe hoje e eternamente.

  22. Simão Simbine disse:

    Prezados irmãos,

    Encontrei estes comentários hoje ao pesquisar sobre este assunto na Internet. Realmente a forma como tratamos Deus pode parecer irrelevante, mas ao mesmo tempo para certas pessoas pode fazer grande diferença. Achei os comentários bastante esclarecedores e valiosos para os falantes da língua portuguesa em todo o mundo.

    Um abraço de África,
    Simão Simbine (Maputo-Moçambique)

    • Olá, Simão,
      .
      muito obrigado pela sua contribuição! Grande abraço para todos os irmãos da África.
      .
      Abraço fraterno, na paz de Cristo,
      mz
      facebook.com/mauriciozagariescritor

  23. Ivete Brust disse:

    Parece que estou isolada no meu posicionamento. Deus é nosso Pai e é com Ele que temos a maior intimidade que pode existir. E vamos tratá-Lo formalmente? Não vejo desrespeito em tratá-Lo por Tu; pelo contrário, vejo união, sintonia e amor numa relação extremamente íntima. Deus conhece nosso íntimo mais do que nós mesmos. Ele é nosso Pai, melhor Amigo etc., e vamos colocá-lo numa redoma? Quantos ditos cristãos o tratam por Senhor e não O respeitam no dia a dia, quando mentem, traem, fazem críticas mordazes e assim por diante? Não penso que Deus goste dessa formalidade, que significa distância. Mas, cada um tem suas convicções próprias e devo respeitá-las. O meu respeito a Deus está no Amor que sinto por Ele, no tratamento fraterno que dispenso às pessoas. O que importa é a intenção, o que estão no nosso íntimo. E adoro chamar Deus de Tu. Ele sabe quando O amamos e O respeitamos.

  24. isabela Dino disse:

    Muito bom raciocínio hein…?

  25. Paulo Sérgio disse:

    Gostaria da sua opinião sobre chamarmos o Deus pai de “paizinho” ?

  26. Vanessa Placido disse:

    ola, então não seria errado se eu cantar uma musica que diz assim para Jesus, “Ninguém me toca como você, ninguém me vê como você me vê, faz brilhar teu rosto sobre mim”.. ???

    • Olá, Vanessa
      .
      não conheço a música mencionada, por isso não posso falar do contexto da letra. Mas, quanto ao uso do “você”, qual seria o problema?
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  27. Lucas Almida disse:

    A Paz do Senhor irmão Maurício!
    Sua explicação foi perfeita, muito completa. Achei muito bom vc ter se atentado a essa questão, porque infelizmente tem sido motivo de contendas em algumas ocasiões, nunca presenciei nada assim na minha congregação, mas um ministério que compões músicas tratando Deus por Você, já foi muito criticado por isso. Parabéns pelo seu post! Gostaria de saber qual seria a forma correta da escrita de Pai em hebraico, se “Abba” ou “Aba” Abraço e Deus te abençoe.
    P. s. A música citada pela Vanessa é Isaías 9 do Rodolfo Abrantes.

  28. Sarah Ferraz disse:

    Acredito ser uma questão de intimidade. “Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova.” Romanos 14:22
    Chama Deus de você, amor, lindo, noivo, e etc.

  29. Karlus disse:

    Mauricio Zagari, que bom encontrar esse artigo aqui, porque nunca pensei diferente disso, você está certíssimo… e eu fico admirado com tanta gente que não conhece o próprio idioma. infelizmente.

  30. Eliezer Souza disse:

    Excelente explicação!!!!!

    Acredito que “você” é utilizado para pessoas íntimas, logo, nesse sentido, se você tem intimidade amistosa com alguém, então tu podes chamá-lo de você.
    Quanto aos magistrados, são chamados de “você” por quem lhes são íntimos, próximos, não sendo aceito tal tratamento apenas durante o horário de labor público.

    Deus abençoe os senhores,
    ou vocês, – aos que me veem como mais um irmão nesta grande família cristã.

    Senhor Deus e Pai, você é melhor dádiva que já ocorreu em minha vida e além de tudo, você é meu amigo pessoal!
    Só tu és o único Deus digno de adoração!
    O Senhor é o meu pastor.

  31. Presbítero Danilo Gomes disse:

    A graça e a Paz queridos! percebi os irmãos usarem o argumento de por ter intimidade isso nos dá o direito de chamar jesus de “você” mas percebam que nem Maria Mãe de Jesus o chama de você! a intimidade com Cristo deve nos fazer reconhecer cada dia mais sua Sua “autoridade” em filipensses diz que a “Ele” foi dado um nome que estar acima de todo nome… e percebam queridos que quando Jesus pergunta a Pedro se ele o ama, sempre vem primeiro “Senhor” ou “Soberano” identificando com quem eles estão falando!!! e na questão de “vossa mercê” era dirigida a reis humanos! nós por exemplo usamos senhor(Pessoas) e Senhor(Deus) os americanos usam a palavra (Lord) fico sim tristes em ver os irmãos concordarem com isso! mas respeito! eu não vejo e imagino (Charles Spurgeon, Jhon Knox, Jonatas Edwards, Lutero) e outros se referindo a Jesus como “você” paz e graça!!!!

    • Danilo, a paz de Cristo.
      Recomendo que você leia os sermões de Charles Spurgeon, John Knox e Jonathan Edwards, nos originais em inglês. Há muitos disponíveis na Internet.
      Você verá que todos eles se dirigiam a Deus como “you”, que, em português, significa “você”.
      Abraço fraterno,
      mz

    • marcella disse:

      concordo plenamente com o irmão !!!!!

  32. PLÍNIO DIAS disse:

    Eu não concordo!
    O que temos que observar é o que significa atualmente, se temos DEUS como a maior autoridade do universo criador do céus e da terra, como eu, um ser criado posso tratar tal autoridade de igual pra igual, que o tratamento de “você” hoje em dia são para pessoas de iguais a você.
    Eu convido você a entrar em gabinete de um juiz de direito e chama-lo de você, eu tenho certeza que você sairá de lá algemado por não respeitar a sua autoridade, então como “eu” um mero mortal posso tratar DEUS de você, que é a maior autoridade de todo universo.

  33. marcella disse:

    Caro Zágari, não entendo como posso tratar o criador de todas as coisas, da mesma maneira que trato um ser mortal como eu, pois diante de Deus todo joelho se dobra, até quando os antigos, estavam diante de um anjo de Deus, eles se dobravam com o rosto no chão, acho ousado e desrespeitoso um ser mortal, se dirigir ao todo-poderoso, que mereçe todas as honras, (como ja foi dito aqui que ele não dividi sua gloria com ninguém) simplesmente de voçe. !!!!!!

    • Marcella, olá,
      .
      respeito sua opinião. Só não se esqueça de que Jesus nos ensinou que o Todo-poderoso é Pai. É Aba. E, como já expliquei no texto, “você” significa “vossa misericórdia”, um tratamento altamente respeitoso.
      .
      Permita-me perguntar: você se dirige a Deus por “tu”? Em que “tu” apresenta mais respeito que “você”? Nós o chamamos de “tu” (que é um tratamento bastante íntimo, converse com qualquer português) mas consideramos desrespeitoso chamá-lo de “vós” (“vossa mercê”), qual a lógica disso? Não há, são meras convenções. Entenda que quando João Ferreira de Almeida, o português (de Portugal) que traduziu a Bíblia para o português em séculos passados usou o “tu”, na sociedade em que ele vivia chamar alguém de “tu” era algo extremamente informal (como é ainda hoje em Portugal).
      .
      Chame-o da forma que preferir, minha irmã, o respeito está muito mais na forma que o temos em nosso coração do que na palavra que escolhemos, que é meramente cultural. Ele segue sendo ele.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  34. Fábio Stival disse:

    Ótimo !!! Esclarecedor e gentil com as palavras !!! Deus o abençoe muitíssimo !!!

  35. Carlos Alberto disse:

    Mauricio meu querido, você é uma benção, parabéns pelo site, desculpe me a minha discordância, afinal torna se inaceitável Deus ser tratado como você, ate porque pelo que eu sei você pode ser qualquer um, e ele não é qualquer um, ouvir dizer que em Israel a muito temor e reverencia com o nome de Deus, acho que esta faltando temor para nós brasileiros, eu ate chamaria Deus de você se por acaso alguém na bíblia tivesse se dirigido assim para com o Senhor nosso Deus, porem não houve então eu acho que é errado.

    • Carlos, olá, graça e paz,
      .
      irmão, é importante lembrar que na época em que o português João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia para a língua portuguesa, o “tu” era a forma íntima e informal de tratar uma pessoa. Se alguém desejasse ser formal, usaria o “vós”. No entanto, leia você a tradução ARA ou ARC, verá que usa-se para se dirigir a Deus o informal “tu” o tempo inteiro que, no século 18, seria o equivalente ao atual “você”. É bom lembrar ainda que, na época de João Ferreira de Almeida, nem mesmo existia a palavra “você”, visto que naquela época o termo em uso era o formalíssimo “vossa mercê” (que, como explico no post, originou “vosmicê” e, depois, a corruptela “você”).
      .
      Portanto, não haveria como João usar o “você” em sua tradução, visto que a palavra não existia. Ele usou o informal “tu”, como até hoje se fala em Portugal para se referir informalmente a alguém.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  36. Davi Barroso disse:

    Acho que para os brasileiros, inclusive o autor da pesquisa, o pronome você não significa o que significava no passado. Há palavras lá que aqui não usamos com o mesmo significado. Chame uma moça lá de rapariga e pronto tudo bem. Chame aqui é uma ofensa.

    • Davi, olá,
      .
      entendo o que você diz. Porém, é importante lembrar que chamamos Deus de “tu” constantemente. E “tu” não é um tratamento formal, seja aqui ou em Portugal.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  37. sergiane disse:

    Tenho um canal no YouTube, e estou preparando um vídeo para falar em relação a isso, vejo muitas pessoas criticando a geração de hoje, que é a minha geração!
    No caso dos jovens chamarem Jesus de “cara”, “você” , “meu mano” , eu tenho uma mania de chamar as pessoas de “cara” e não acho problema nenhum, só acho que a forma que eu converso com Deus é diferente da outra pessoa que conversa com Deus dizendo (-Tu, poderoso , senhor, e etc…) cada um tem sua forma de conversar, adorar, buscar a Deus, acredito que Ele não está preocupado com a forma que conversamos com Ele, mas sim com a forma em que vivemos pra Ele.respeito a opinião de todos, mas a partir do momento em que as pessoas começam a dizer que a NOSSA GERAÇÃO é uma geração sem respeito, eu discordo.
    Achei interessante o que vc disse em relação a linguagem de Portugal, se não estiver problema eu gostaria de ler uma parte do seu texto em meu canal.

    • Olá, Sergiane,
      .
      fique à vontade para ler o texto em seu canal, ok? Eu acredito que devemos ter reverência com Deus. O problema é que as pessoas confundem reverência com exageros. O tu era coloquial na época em que JFA traduziu a Bíblia, hoje caiu em desuso em grandes partes do Brasil. Utilizar linguagem arcaica não necessariamente significa respeito, esse é o problema.
      .
      Abraço fraterno,
      mz
      facebook.com/mauriciozagariescritor

  38. Tiago disse:

    Parabéns pela explicação Muito obrigado esclareceu uma dúvida que me fizeram

  39. DEILTON ALVES DA SILVA disse:

    Belo esclarecimento parabéns

  40. Carlos Henrique Nogueira disse:

    O tu não é pronome de tratamento, é pronome pessoal que se refere a 2ª pessoa do singular. (com quem se fala) . Em todos os tempos nunca foi desrespeitoso. Pode ser usado como forma de respeito em todas as épocas desde que acompanhado do devido pronome de tratamento. Exemplo. Majestade, tu é um rei benevolente. Meritíssimo, tu és um juiz que julgas com justiça. Pronome de tratamento é você, senhor, senhora, etc..etc.. . O português no Brasil acabou por usar o pronome de tratamento você e concordar a pessoa na 3² pessoa do singular
    Exemplo: Isaías 37:16 O Senhor dos exércitos, Deus de Israel, tu que estás sentado sobre os querubins; tu, só tu, és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra.

  41. Arilson disse:

    Muito bom estudo e boa explicação, bastante esclarecedor.
    Porém uma observação:
    Em nossa cultura as pessoas sabem que
    o “você” significa “vossa mercê”?
    Pois entendemos que o “você” é forma não desrespeitosa mas também não é de reverência.
    Um exemplo é nós chamarmos nossos pais biológicos de “você” , quando seria mas respeitoso chamarmos de “senhor e senhora” , ou um grande amigo que ocupa uma grande posição como juiz chamá-lo de você quando o ideal seria vossa excelência.
    Deus está nos céus e nós na Terra.
    Prefiro chamá-lo de Senhor.
    Grande abraço, fica na paz do Senhor Jesus Cristo!

  42. Elioenay Nemuel disse:

    Só um detalhe …
    Se encontracemos com CRISTO agora, como o chamaria ?

  43. Rodrigo Sousa disse:

    Post antigo, mas com um conteúdo atual. Gostei muito da sua abordagem, confesso que tinha um preconceito com o termo “você”. Realmente a verdade nos liberta, é um processo é doloroso, mas estou no caminho rsrsrs. Muito obrigado meu irmão.

  44. Eliezer disse:

    UAU,que coisa linda essa explicacao!!! conheci a pouco tempo um grupo de louvor que em suas cancoes, usam bastante a palavra voce.Confesso q no comeco ,estranhei um pouco a expressao usada para se dirigir a Deus.Mas, os louvores eram tao espirituais q nao consegui parar de ouvi-los.Parece ate bobagem ,mas estava em um dilema!!! Com o tempo ,o dilema foi terminando ,e hoje falei cigo mesmo : vou pesquisar!! Queridao,muito obrigado voce é uma bencao !! Paz

  45. Rogéria disse:

    Eu estranho nos apegarmos ao você, ao tu, já que Deus sabe o que vai verdadeiramente em nosso coração, se há respeito ou não. Deus nos conhece. Da mesma forma não adianta chamá-lo de Santo dos Santos e outros títulos ou características se não existe esta crença em nosso coração, se não há o respeito e o amor devido em nossas atitudes. Deus tudo sabe, Ele nos conhece,Ele é muito maior do que qualquer designação que possamos dar. Então se o irmão se incomoda com o pronome de tratamento dado a Deus acredito que deva perceber além disso. Ele é o “eu Sou” ou seja a existência antes que qualquer coisa existisse.Ele é o Verbo antes que qualquer coisa fosse ação. Ele diz” Eu sou o que eu sou” então dizer tu ou você não diminui ou engrandece pois não qualifica nosso maravilhoso Deus.

  46. Ezequiel de jesus disse:

    Rapaz esse texto que você colocou e algo que e libertadou porque somos doutrinados a ter muita formalidade ao chegar a Deus como tu ou Senhor e nisso entra muito conceitos hulmanos e doutrinas de homens de forma de tratao homem e quando eu chego diante do pai chamando ele de pai e falando vc os contraria o conceito ao qual fui doutrimado de uma certa forma erronea porque o papel da igreja e me discipular dentro dos ensinamentos de jesus e me fazer que minha vocacao seja atuva e nao doutrima meneiras como eu falar com o pai ate mesmo porque isso e muito pessoal, mais voce, senhor e tu para mim e mais coisa cultural e esse negocio muito bonitinho e mais coisa de religiao

  47. Ana Karolinny disse:

    Irmaos a paz do Senhor. Nós sempre queremos tratar a Deus da forma que Ele merece (e ainda fazemos pouco para Ele). Eu oro ao Senhor querendo engrandece-Lo e creio que os irmaos tambem, mas eu penso que nós devemos buscar ter mais intimidade com Deus e fazer a vontade Dele e o restante de tudo vai se ajeitando com o tempo. Eu fico receiada de chamar a Deus de você, mas aí vai de cada um né rsrsrsrs

    • Ana,
      .
      na época em que a Bíblia foi traduzida para o português por JFA, o “tu” era uma forma de tratamento íntima, informal e coloquial. Se naquela época alguém quisesse tratar o outro com formalidade, usaria “vós”.
      .
      Por alguma razão muito bizarra, achamos em nosso tempo que o “tu” constitui formalidade. O “tu” do século 18 é o “você” do século 21. Portanto, se recusar a chamar Deus de “você”, hoje, por achar que só “tu” demonstra respeito é tão somente fruto de ignorância histórica.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

      • Edsom disse:

        A paz a todos !!! Vejo que do jeito que está indo daqui a alguns anos vão estar chamando o Senhor de (mano), (parceiro) e coisas assim pois vejo que (cara) se tornou normal.
        O problema é que a maioria dos que chamam, cantam, oram ou pregam usando o ( você) não sabem o significado, a maioria são jovens que falam por costume ou gíria.

      • Edsom, olá,
        .
        certamente, a sua defesa do “tu” vem repleta de boas intenções. Só não se esqueça de que o “tu” do século 18, quando a Bíblia foi traduzida para o português, é o “você” de hoje.
        .
        Abraço fraterno,
        mz

  48. Antonio Carlos da Silva disse:

    Mauricio, ao acompanhar alguns louvores na igreja da qual congrego, me deparei com esse pronome de tratamento no meio da cansão e me sinto incomodado por tratar JESUS de você, então quando chega na palavra troco por SENHOR,inclusive fui pesquisar e encontrei o seu para me orientar.De qualquer maneira obrigado. Cheguei a conclusão de que tudo está no coração da gente quando dirigimos a palavra ao nosso DEUS.

  49. natania disse:

    enfim uma explicacao fácil e obvil de entender… obrigada por tirar essa dúvida … fique com Deus e que Ele continue te dando sabedoria…

    • Fico feliz por esclarecer essa questão, Natania.
      .
      Abraço fraterno,
      mz
      facebook.com/mauriciozagariescritor

      • Carlos Nogueira disse:

        Ok, Tu não é pronome de tratamento é pronome pessoal. Nada a ver o que está dito neste comentário. Então correto. Vai lá em uma audiência e chama Vossa Excelência, o juiz, de você e aguarda a resposta dele. E olha que ele é um misero mortal..

      • Carlos, bom dia,
        .
        se o juiz for meu pai, tenho certeza absoluta de que não terá nenhum problema em que eu o chame de você. Mas vai achar estranhíssimo se eu chamá-lo de “tu”, um pronome pessoal que ninguém mais usa.
        .
        Você chama seu pai de “vossa excelência”?
        .
        Abraço fraterno,
        mz

      • Carlos Nogueira disse:

        Bom tenho 47 anos..Uma cultura não se faz em duas ou três décadas. O pessoal da minha idade chamam seus pais de senhor e senhora. Isso não denota falta de intimidade mas respeito. A geração dos ultimos anos influenciada pelas grande mudanças sociais que abandonam os valores cristãos semeados em milênios agora prevalece. Se o juiz for meu pai.. Ai mesmo que eu o chamaria de senhor kkk… se fosse meu irmão no tribunal o chamaria de Excelencia e em casa de meu brother kkk.. Não usaria o tu realmente para o o juiz, a não ser que usasse o verbo na segunda pessoal do singular, o que não se usa muito no Brasil. Substituiria por V.Exa. vai. O senhor me permite falar.. Compare as duas maneiras de se falar com um Juiz enquanto juiz:
        Meritíssimo, tu és um justo e bom juiz. Correto.. Sem desrespeito à toga. Pronome pessoal, porém pouco usado no Brasil.
        Meritíssimo, o senhor é um justo e bom juiz. Pronome de tratamento correto.
        Meritíssimo, você é um justo e bom juiz. Errado. Pronome de tratamento inadequado à autoridade.

        O mesmo vale para Deus ele é nosso Pai, porém também nosso Deus. Respeito e intimidade não se conflitam.
        Os judeus chamavam as autoridades comuns: pais, patrões, anciãos de Adon. = senhor
        Para Deus um termo que não usavam para mais ninguém: Adonai – Meu Senhor – Senhor de todos os Senhores..

        O que denota grande intimidade sem desrespeito é chamá-lo de Abba = Pai. Um grande privilégio que Jesus nos concedeu por seu sangue..Dá um friozinho gostoso na barriga quando chamo O Senhor Deus de Pai.. Que privilégio que intimidade.. delícia isso..

      • Carlos, meu irmão,
        .
        querido, tenho 46 anos, então acredito que sejamos da mesma geração. Não sei em que região do Brasil você vive, sei que em algumas há mais do que em outras o hábito de chamar pai e mãe de senhor e senhora. Eu, pessoalmente, e todas as pessoas que conheço na minha cidade, tratam os pais por “você” (equivalente ao “tu” da época em que João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia, no século 18: um tratamento íntimo, pessoal, próximo, carinhoso e respeitoso). Eu respeito o contexto em que você vive, mas não é uma questão meramente geracional, afinal, sou da sua geração.
        .
        Fico feliz que você tenha exposto os vocábulos de tratamento. Deus para mim é o Abba, meu amoroso e gracioso Pai, pois é assim que Cristo nos ensinou a chamá-lo, o “Pai Nosso”. Deus não é não um juiz distante, frio e carrancudo, um mero “vossa excelência”, um desconhecido “meritíssimo”. Embora seja o Deus Todo-poderoso, ele próprio abriu-nos a possibilidade de chamá-lo de Abba. Então, se alguém se sente desconfortável ao usar o tratamento íntimo, que dirija-se a ele com formalidade, nenhum problema nisso. É um direito da pessoa. O que não pode é condenar quem usa a intimidade que Jesus nos permitiu usar, como se fosse desrespeito. Pois não é.
        .
        O “você” de hoje é o “tu” do século 18. O “tu” de hoje não denota mais ou menos respeito, também é um tratamento pessoal (que o digam os gaúchos). Logo, condenar alguém por isso é uma questão que fica no campo da semântica e não no da teologia.
        .
        Abraço fraterno,
        mz

  50. Eva Cortes disse:

    Ok. Gostei do argumento, maaaas, porém, entretanto, contudo vamos considerar a nossa cultura. Na nossa cultura é desonroso chamar pai, mãe, tio, avós e mais velhos de “você”. Chamamos de Senhor(a). Quando me dirigia a meus pais por você eles mim corrigiam e corrigem até hj. Entendo que a palavra “você” derivou-se de um tratamento à pessoas da realeza e tal, mas na cultura daquela época; hj em dia a nossa cultura é outra, então acho desonroso do mesmo jeito tratar a Deus como você. Mas respeito as outras opiniões, porém me sinto mal. Por exemplo, estou aqui por que deixei de cantar um hino maravilhoso que no finalzinho chama Deus de você. Infelizmente não vou cantar pq não concordo com a expressão.

    • Eva Cortes disse:

      Esses dias mesmo levei um puxão de orelha da minha mãe pq a chamei por você, rsrsrsrsrss. É a minha criação, os meus costumes. Sou do Nordeste e por aqui todos chamam os mais velhos e pais de Senhor(a). Por isso me sinto mal em dirigir-se a Deus como você. Opinião particular. CADA UM TEM A SUA. 😉

    • Eva, olá,
      .
      em seu outro comentário você matou a charada: é uma questão cultural. No Nordeste os filhos chamam os pais de “senhor” e “senhora”, mas no Sudeste e no Sul, por exemplo, é sempre “você”. Tomar um regionalismo como parâmetro para dizer o que é ou não respeitoso na relação com Deus não é adequado.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  51. Thais disse:

    Chamar Deus de “você” não é algo pejorativo. Se não “tu” como está na bíblia sera algo terrível, pois as duas tem o mesmo significado. E o outra, significa que vc tem intimidade com Ele, com o Jesus. Enquanto a gente ficar enxergando Deus como juiz sempre iremos viver como réu, mas quando o enxergamos com pai viveremos como filho <3.

  52. Lidia Nascimento disse:

    Eu concordo com vc. No meu ponto de vista, mesmo Jesus sendo o Rei dos Reis, Ele é o nosso melhor amigo. E quando temos intimidade com um amigo, temos total liberdade de chama-lo de vc e isso nao faz com que se perca o respeito.

  53. Edvaldo disse:

    Você é um pronome de tratamento usado entre iguais que estão no mesmo nível, logo, inadequado quando nos referimos a Deus.

  54. Heitor Henrique Ribeiro disse:

    Ótima explanação, achei muito boa essa matéria sobre a palavra você.

  55. Isaias Santos disse:

    Edvaldo boa noite seu comentário não tem sentido, te faço uma pergunta, em um tribunal alguém chama o juiz de você? é lógico que não se um juiz que é simples mortal como todos nós não é tratado por você, porque devemos nos reportar ao SENHOR NOSSO DEUS O IMORTAL TODO PODEROSO QUE MORA NO ALTÍSSIMO DOS CÉUS de você? não concordo com a sua matéria.

    • Isaias, bom dia,

      respondendo à sua pergunta: nós não chamamos o juiz de “você” porque o juiz nunca se apresentou como nosso Pai. Tampouco Jesus nos ensinou a chamar o juiz de “Pai nosso”. Tampouco Deus enviou ao nosso coração o Espírito de seu Filho e por meio dele clamamos, “Aba Juiz”. Portanto, se o juiz no tribunal não nos autoriza a tratá-lo como pai, o tratamos como juiz; já Deus nos adotou e, por isso, nos autorizou a tratá-lo de “Pai”.

      A propósito, meu nome não é Edvaldo, é Maurício.

      Abraço fraterno,
      mz

  56. Luan Silva disse:

    Ótimo! Nunca tinha parado para refletir nisso.

  57. Glaydon disse:

    Meus parabéns,belo trabalho. DEUS abençoe.

  58. Keity disse:

    Eu não vejo problema algum tratar Deus por Você. Pra mim é mais uma questão religiosa a insistência no uso do Tu. Eu sei que Ele é o Criador do Universo, o Soberano Senhor de todos, o Todo Poderoso, mas Ele é meu Aba, meu Paizinho, meu Amigo… 😉

  59. Jamile disse:

    Muito interessante!

  60. Gelson Fernandes disse:

    Se não chamamos pai e nem mãe de você por modo de respeito pois os mesmos são autoridades em nossas vidas.
    Chamaríamos Deus de “você”? Por ventura Deus é menos autoridade que pai e mãe?
    Respeito seu modo de ver mais não concordo.
    Deus abençoe

    • Gelson, olá,
      .
      não sei em que região do país você vive, mas na maior parte do Brasil pai e mãe são chamados de “você”, o que de modo algum denota desrespeito.
      .
      Respeito seu modo de ver, mas vejo que ele certamente está mais embasado em uma visão pessoal baseada na cultura da comunidade em que vive do que na análise das Escrituras. E, no entendimento bíblico, o que vale é a Escritura e não a cultura.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  61. Wellington disse:

    Parabéns pelo texto. Aprendi bastante. Acredito que devemos nos lembrar do conselho de Paulo: ”Nós que somos fortes na fé devemos ajudar os que são fracos. Devemos ajudá-los nas suas fraquezas e não tentar somente agradar a nós mesmos. 2 Que cada um de nós procure agradar os outros, para o bem deles, a fim de ajudá-los a crescer na fé.” RM 15.1-2

  62. Deyvison Saboia disse:

    Vale ressaltar que nenhum idioma é tão rico em palavras como o nosso português. Na nossa cultura não chamamos nenhuma autoridade de você, caso contrário caracteriza-se desrespeito. Quanto mais próximo de Deus mais vemos o quanto Ele é grande e poderoso e vemos a nossa insignificância.

    • Olá, Deyvison,
      .
      tenho como vizinhos uma juíza e um procurador. Eu os chamo de você, pois eles me deram essa liberdade. Deus também nos deu a liberdade de sermos íntimos, quando se revelou a nós como Pai. Se ele não tivesse se revelado como Pai nosso, teríamos de tratá-lo com distância, mas, a partir do momento em que ele nos adotou, nos deu a dádiva da intimidade.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  63. Messias Natal de Paulo disse:

    Olá Maurício muito obrigado pelo esclecimento muito bom Deus abençoe muito você graça e paz.

  64. Keivyla Araújo. disse:

    Que artigo maravilhoso! ❤️

  65. MARCIO SILVA TAVARES FILGUEIRAS disse:

    Nós textos colocados aqui todas as vezes que o Tu aparece, primeiro vem Senhor ou Soberano depois vem o Tu. O problema é você querer trocar a palavra Senhor pelo Tu ou você.
    “Oh Soberano, tu fizeste os céus e a terra”, “Sim Senhor, tu sabes que te amo”.
    Soberano Senhor, não podemos trocar essas palavras por tu ou você! Paz

  66. Vinícius Siqueira disse:

    Texto bom fazendo comparativo com antiguidade e atualidade, bem como evolução do termo “você” que não é utilizado para pessoas importantes ou autoridades. Porém dentro da atualidade, conforme nossa cultura e língua portuguesa usamos para autoridades e pessoas dignas de respeito, os termos: excelentíssimo, ilustríssimo, Senhor, Magnificência,Reverendíssima, dentre outros. Portanto: nos casos mais informais ainda nos referimos aos nosso pais, prefeitos, diretores, idosos, policiais, autoridades com uso do pronome senhor e senhora. O receio é que vamos tornando tanta imoralidade que caminhamos para falta de respeito e referência. Portabtp usamos você, pra um brother, alguem da mesma idade. Isso nao deixa ninguém mais ou menos Santo. É so uma questão de ajustar os costumes aliado ao respeito.

    • Olá, Vinícius,
      .
      falo sobre esse argumento no texto. Dizer que “ninguém” se refere ao governador, presidente etc com o pronome “você” não é uma verdade. A minha pergunta é: o filho do presidente chama ele de “vossa excelência”? O filho do juiz o chama de “doutor juiz”? O filho do policial ou do governador se refere a ele como “excelentíssimo”? A resposta é óbvia: não.
      .
      O que esse argumento ignora é que o véu foi rasgado. Ignora que Deus nos autorizou a chamá-lo de Abba, Pai. Ele é o Pai nosso. Deus busca intimidade conosco. Se uma autoridade vira para você e diz: “Vinícius, você não precisa me chamar de vossa excelência, pode me chamar de você”, o que você faz? Ignora o que ele disse e continua chamando-o de vossa excelência? Claro que não: se a autoridade nos dá o direito de o chamarmos de “Paizinho”, está nos chamando à intimidade. Logo, esse argumento não é válido no caso do nosso Pai.
      .
      Minha vizinha de porta no meu prédio é uma juíza. Eu a chamo de “você”, pois ela me deu a liberdade para isso. Não é desrespeito.
      .
      Lembremo-nos sempre disto: Deus se apresentou como nosso Pai. Ele nos autorizou à intimidade, o que não tem nada a ver com desrespeito. Se estivéssemos ainda no Antigo Testamento, eu estaria totalmente de acordo, e continuaria me dirigindo a Deus como alguém distante, inacessível. Mas Jesus veio. Ele habitou entre nós. Ele nos disse que podemos nos dirigir ao Pai como “Pai nosso”. “Abba”. “Paizinho”. Vivamos na nova aliança e não na velha.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  67. Vinícius Siqueira disse:

    Nao é a origem do termo você e sim a colocação na atualidade. Ninguém usa ontermo você pra autoridades, pessoas dignas de respeito.
    Outros lugares a origem do termo rapariga é normal. No brasil não.

    Rapariga- substantivo feminino
    1.mulher na fase adolescente; jovem, moça, raparigota.

    No brasil se refere a prostituta.

    • Olá, Vinícius,
      .
      falo sobre esse argumento no texto. Dizer que “ninguém” se refere ao governador, presidente etc com o pronome “você” não é uma verdade. A minha pergunta é: o filho do presidente chama ele de “vossa excelência”? O filho do juiz o chama de “doutor juiz”? O filho do policial ou do governador se refere a ele como “excelentíssimo”? A resposta é óbvia: não.
      .
      O que esse argumento ignora é que o véu foi rasgado. Ignora que Deus nos autorizou a chamá-lo de Abba, Pai. Ele é o Pai nosso. Deus busca intimidade conosco. Se uma autoridade vira para você e diz: “Vinícius, você não precisa me chamar de vossa excelência, pode me chamar de você”, o que você faz? Ignora o que ele disse e continua chamando-o de vossa excelência? Claro que não: se a autoridade nos dá o direito de o chamarmos de “Paizinho”, está nos chamando à intimidade. Logo, esse argumento não é válido no caso do nosso Pai.
      .
      Minha vizinha de porta no meu prédio é uma juíza. Eu a chamo de “você”, pois ela me deu a liberdade para isso. Não é desrespeito.
      .
      Lembremo-nos sempre disto: Deus se apresentou como nosso Pai. Ele nos autorizou à intimidade, o que não tem nada a ver com desrespeito. Se estivéssemos ainda no Antigo Testamento, eu estaria totalmente de acordo, e continuaria me dirigindo a Deus como alguém distante, inacessível. Mas Jesus veio. Ele habitou entre nós. Ele nos disse que podemos nos dirigir ao Pai como “Pai nosso”. “Abba”. “Paizinho”. Vivamos na nova aliança e não na velha.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  68. Tudo bem Você explicou dando o melhor significado para a palavra você,não me sinto bem em chamado Deus todo poderoso se você.! Agora entre diálogos que envolve Jesus Deus, tem realmente onde eles dizem tu fizeste, tu é grande, tu é poderoso, Como podemos dizer não há outro igual a ti etc… Como já pesquisei aqui no Google agora eu vou pesquisar no Hotmail etc… Há se possível me mostra um texto onde um servo de Deus chamava ele de você? Pois se tiver algum texto que algum dos servos de Deus chama Deus de você só assim posso concordar.!🙏🙇🙏

    • Neide, bom dia,

      o problema é que você fala como se o Novo Testamento tivesse sido escrito em português, mas não foi. Você não pode se esquecer que o Novo Testamento foi escrito em grego e, como eu já expliquei no texto, o termo utilizado no original é “su”, que, para uma pessoa de fala grega daquela época, demonstrava intimidade, exatamente como o “você” de nossos dias.
      .
      Entenda: a Bíblia foi traduzida para o português inicialmente no século 18, pelo português João Ferreira de Almeida. Na Portugal daquela época, como é ainda hoje, ninguém falava “você”, apenas “tu”. E o “tu” de Portugal é justamente a forma de tratamento íntima, como é o “você” para nós, brasileiros, hoje. “Tu” em Portugal é como um filho trata o pai ou a mãe.
      .
      Aliás, cabe lembrar que “tu” é a forma de tratamento mais informal possível em Portugal. Se alguém quiser usar uma linguagem formal em Portugal usaria o “vós”, e não o “tu”.
      .
      Por isso, Neide, se João Ferreira de Almeida fosse um brasileiro que traduzisse a Bíblia do grego para o português falado no Brasil de 2019, o termo que ele usaria seria, justamente, “você”, que é o equivalente em termos de formalidade ao “tu” de Portugal do século 18.
      .
      Espero ter ficado claro.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  69. ANA da SILVA Lisboa almeida disse:

    Nunca chamei Jesus de tu,ti,você sempre falo Senhor porquele é Senhor dos Senhores!! Gostei porque aprendeu com esse texto obrigada!!

  70. Isabel Cristina disse:

    NOSSO VOCABULÁRIO, MUITAS VEZES NOS DEIXA EM DÚVIDAS!
    MUITO BOM SEU TEXTO, ME EVIDENCIOU COISAS QUE EU NÃO SABIA!!

  71. Renata Santos disse:

    Paz
    Eu faço distinção entre “tu” e “você”, pois o primeiro é um pronome pessoal e o segundo é de tratamento. Portanto não considero reverente referir-se a Deus de forma informal.

    • Renata, olá,

      “você” não é informal e “tu” não é formal. Sublinhando uma informação que consta no texto: na época em que JFA fez a tradução para o português da Bíblia, o “tu” era a forma mais informal possível de tratamento em Portugal, onde ele vivia. Não existe nenhuma razão para supor que “tu” seja uma forma respeitosa. Se alguém na Portugal da época de JFA quisesse usar uma forma respeitosa e formal, usaria o “vós” e não o “tu”.
      .
      Abraço fraterno,
      mz

  72. Ivaldo disse:

    Concordo com o tu e você!
    Mas até hoje não vi ninguém chamar um juiz de direito, promotor, advogado, desembargador …. de você. É mantido o respeito e a honra!
    Até nossos pais chamamos de senhor e senhora, no exército é sim senhora e sim senhora!

    Deus é um DEUS, ELE é soberano e deve ser tratado com todo respeito.
    existem os pronomes de tratamento para coisas simples do nosso mundo, imagine o que deveria ser para um Deus que é nosso PAI Eterno.
    um mero “vc”?

    Já nem ouço mais este tipo de musica que tem mais barulho e repetição do que unção, ainda pior. chama Deus de vc”

    • Ivaldo, olá,

      obrigado pela sua opinião. Permita-me comentar o seu argumento, embora já o tenha comentado em outros comentários rs.

      Minha vizinha de porta em meu prédio é uma juíza e seu marido é um procurador do estado. Chamo ambos de “você”, vou na casa deles de roupas de casa e fico com eles na piscina de bermuda e camiseta. Sabe por quê? Porque eles me permitiram isso. Uma juiza e um procurador me deram intimidade suficiente para chamá-los de “você”, sem que isso configure nenhum desrespeito.

      É isso que muita gente não percebe. Deus se apresentou a nós como “Abba”, como “Pai”, e não só como o “Todo-poderoso Senhor dos exércitos”. Abrir mão dessa intimidade que ele nos concedeu e nos permitiu é ignorar o que Jesus nos revelou acerca da paternidade divina e continuar preso a uma imagem de Deus do Antigo Testamento, quando ele era inacessível e quem visse seu rosto morria. Jesus revelou a sua face e nos disse que podíamos chamar o Pai de “Paizinho”, buscando a intimidade que quebra as barreiras da formalidade. Fora disso, o que resta é formalismo judaizante.

      Custo a crer que chamar Deus de “Pai” e desfrutar da intimidade que ele nos permitiu ter com ele é falta de respeito e de honra. Desrespeitar Deus não é desfrutar de sua íntima comunhão, mas desobedecer seus mandamentos.

      Com relação a “tu” não ser em absolutamente nada mais respeitoso do que “vocÊ”, isso já está exaustivamente tratado no texto, basta ler lá. O post explica que na Portugal de JFA, o “tu” era exatamente a forma INFORMAL de tratamento. Os brasileiros do século 21 é que inventaram essa ideia sem nenhuma fundamentação histórica, linguistica ou bíblica de que “tu” é formal.

      Espero que a instrução acerca dessas informações contribuam com sua caminhada. E, se você se sente mal chamando Deus de “você”, não chame. Só não condene aqueles a quem Deus deu a liberdade de ter intimidade com ele. Pois isso, sim, é pecado.

      Abraço fraterno,
      mz

      • Carlos,

        a história de Portugal é verídica. Não sei de onde você tirou que não é. Para te ajudar:

        https://www.jn.pt/artes/dossiers/portugues-atual/pronomes-de-tratamento-4096489.html

        Pronomes Pessoais e Formas de Tratamento. Portugal e Brasil.

        Intimidade tem tudo a ver com forma de tratamento, inclusive é o grau de intimidade que determina a forma de tratamento. “O emprego dos pronomes de tratamento está condicionado a fatores sociais, quando as pessoas os empregam nas suas relações de igualdade social, superioridade, inferioridade, tendo em vista circunstâncias de maior ou menor intimidade, comedimento e disciplina” (LAFUENTE, Carlos, 2006).

        Carlos, você chamar seu pai de “senhor” é parte da sua cultura familiar específica e não pode ser extrapolada para toda e qualquer cultura familiar. Isso é o básico da hermenêutica.

        Se você ler os originais gregos do NT, verá o tratamento informal “su” no trato dos discípulos com Jesus. Vá aos originais, irmão.

        Quanto à mudança de valores em nosso tempo, você tem razão.

        Quanto a Cristo ser servo, biblicamente nós somos servos de Cristo e ele é nosso servo (a ser teologicamente entendido, claro). Leia a explicação que Jesus deus aos discípulos no lavapés.

        Abraço fraterno,
        mz

      • Carlos disse:

        Chamo meu pai de senhor é cultura na minha família. Pocha qual sua definição de cultura? Até 30 anos atrás voltando-se a séculos essa é a cultura! Cultura é a influência no Brasil da Rede Globo de Televisão? O que é Isso? Abandono de cultura é cultura agora? As pessoas não conseguem ver o que a doutrinação da grande imprensa fez nos última três, quatro décadas. E chama isso de cultura, que são os valores e tradições de um povo que se constrói em milênios.

      • Carlos, nasci há 47 anos e nunca chamei meus pais de “senhor” e “senhora”, sempre de “você”. Jamais isso foi considerado desrespeitoso, nem por mim nem por dezenas de pessoas com quem convivi minha vida toda.

        Volto a dizer: em sua família, respeito no trato com os pais é chamar de “senhor”. Em muitas famílias, não é. É uma questão cultural.

        Abraço fraterno,
        mz

  73. Gregorizac Sousa disse:

    Raríssimas vezes encontrei uma opologética tão rica. Parabéns !

  74. Aline disse:

    Parabéns pela explicação confesso q sempre tive esse receio de chamar Jesus ou Deus de vc .agora entendi.graça e Paz

  75. Ju disse:

    Olha respeito cada comentário inclusive a sua pesquisa mas quando eu era criança se chamasse minha mãe de você ganhava alguns dentes quebrados kkkk
    Então se não podíamos chamar nem nossos pais de você quem dirá DEUS não é mesmo? Não acho que tenha mudado muita coisa em relação a isso até porque não me sinto confortável em chamar o meu Senhor que é soberano de você mas cada um trata do jeito que achar certo né ? Um abraço.

    • Ju,
      os argumentos estão no texto. Mais do que a educação familiar de cada pessoa, nossa relação com Deus depende da exegese e da hemenêutica bíblica. Bons estudos!
      Abraço fraterno,
      mz

  76. José Francisco de Jesus disse:

    Graça e paz, estou muito grato a Deus por esse conteúdo, pois tenho essa prática e alguém me questionou se não é falta de respeito.
    Muito obrigado irmão

  77. mrclick disse:

    Simplesmente perfeito!

  78. Fábio Luiz Fonseca disse:

    A paz do Senhor Jesus varão , só me responde uma coisa ou melhor completa para mim Pai Nosso que estais no …

  79. Thalitta Gama disse:

    Entendo a pesquisa histórica relacionada a Portugal e Brasil, mas no Hebraico ou no Grego, nos originais, como ficava essa questão?

  80. Alessandra Reis disse:

    Pode falar o que quiser…sinto uma ofensa muito grande, vc é vc eu sou você, mas A Trindade nunca será você pra mim, te respeito, pois o passar do tempo tudo vai ficando normal mesmo.
    Quando as pessoas cantam você nos cânticos, às vezes ficamos sem saber de quem está falando de tão formal, às vezes só no final do cântico que conseguimos perceber, imagina um ímpio, coitado…a cabeça fica toda confusa.
    Filho sem respeito com autoridade em casa…como chamaríamos um juiz? Vc? Idoso…vc?
    Não entra na minha cabeça….acho uma falta de reverência e de respeito. Essa é minha opinião!!

  81. Luis disse:

    Explicação Espetacular….
    Parabéns….

    Deus abençoe vocêeeeeeeeeee….

  82. Daiane Bonfim disse:

    Nós não chamamos um médico, advogado ou juiz pelo pronome você mais no mínimo de senhor(a) pq é falta de respeito chamar um deles de você, Eles não aceitam então se um homem ou mulher tem um cargo mais elevado não gosta de ser chamado de VOCÊ.Então pq vou chamar Deus de você? Se ele é o REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

  83. Tatiane Silveira disse:

    Eu discordo totalmente de tudo que foi dito neste artigo. Porque até os dias de hoje, se você for numa audiência diante de um juiz, duvido vc se dirigir à ele como “você “, é vossa excelência… Você procura um advogado, ninguém chama ele de você….no mínimo o chamaria de doutor ou senhor….Ninguém chama um médico pelo nome somente….é sempre doutor fulano…. Então pq esse desrespeito com Deus que é soberano, O Todo Poderoso? E tu não é uma reverência… Deus é SENHOR!! A Palavra de Deus não muda. As traduções ou atualizações da linguagem, os tempos modernos, não mudam a essência dela. Não confunda modernidade com respeito. Se um pequeno mortal estuda para ser juiz e passa a ser chamado de meretíssimo ou vossa excelência, pq Deus pode ser chamado de você?

    • Tatiane, de novo esse argumento do juiz? Já foi respondido montes de vezes nos comentários!

      Mas vamos lá, de novo: minha irmã, minha vizinha é juíza e eu a chamo de você. Por quê? Porque ela me deu liberdade para isso. Jesus nos ensinou que Deus é Pai, Abba, e essa foi a grande revolução que Cristo trouxe sobre o conceito de quem é Deus. Deus se permitiu ser chamado de “paizinho”.

      A expressão “Senhor” que você tanto preza não é uma tradução de “senhor”, mas do nome de Deus, “YHWH”, isto é, Javé, ou Jeová. Sempre que vocÊ lê no Antigo Testamento “SENHOR” com maiúsculas, é uma tradução do nome de Deus e não uma forma de tratamento. Deu pra entender?

      E, pelo amor de Deus, entenda que não é questão só de tradução, minha irmã, se você leu o texto com atenção deve ter percebido a explicação sobre a forma de tratamento no grego. Se não prestou atenção, vá lá e releia, por favor. Não tem nada a ver com modernidade, tem a ver com a forma que Jesus nos ensinou a tratar o Pai.

      É duro as pessoas esquecerem os originais bíblicos e ficarem baseando sua relação com Deus com base no que elas “acham”. Muito triste.

      Outra coisa: a irmã ora a Deus se referindo como “meritíssimo”? Se for como 99% das pessoas que são contra o uso do “você”, aposto que ora tratando Deus por “tu”. E, como o texto deixa claríssimo, era a forma de tratamento INFORMAL que João Ferreira de Almeida usou para traduzir o “su” INFORMAL grego. Se o texto fosse traduzido de modo formal, seria “vós” e não “tu”. Como é difícil das pessoas entenderem algo tão fácil de entender…

      Paz.

  84. Mauro Andrade disse:

    Desculpe,,mas mesmo com todas as explicações vinda de um tempo antigo e muito respeitoso,,prefiro trata lo como meu pai,meu Senhor,do que difama lo de ‘voce”,nem um advogado,juiz,etc temos que chamar de Senhor…obrigado pelas explicações..

  85. Antonio Jiva disse:

    Parece-me ser mais correcto o uso de Tu para com Deus devido a intimidade do crente para com Deus e para não comprometer a unidade de Deus que é Um só.
    Forte Abraço
    Antonio

  86. Giovan Guedes disse:

    Eu prefiro chamar Deus no português ortodoxo. Então eu sou ortodoxo para dizer: “Tu, Senhor és o Altíssimo sobre toda terra, e os céus esplendam o teu louvor”.
    Infelizmente, o mundo inteiro acompanha as atualizações de tudo e o nascimento da nova era: tecnológica, linguística, científica, religiosa, cultural e política. Quem sou eu para julgar alguém, e que ninguém diga que estou errado em dizer com reverência a Deus, de ‘o Senhor’ ou ‘Tu’. Pois nasci em 1988, no tempo de escola havia hora cívica, desfile de 7 de setembro, época que se devia e deve chamar os mais velhos de ‘senhor ou senhora’, assim como acontece nos EUA, quando se chama de ‘senhor presidente, senhor fulano, senhor general, sendo que qualquer pessoa é tratada como senhor e senhora. É claro que concordo que quem fala inglês há de chamar Deus de You: você ou tu, e Lord: Senhor. Porque no inglês o pronome pessoal pode significar ‘você ou tu’, mas por respeito a Deus, eu prefiro usar o português de Portugal. Porque lá em Israel, na língua hebraica, Deus é chamado com pronome pessoal e de tratamento conforme o que se pronuncia.

  87. Paulo disse:

    Não concordo em Chamar o Deus de Israel de “você”.

  88. Jeferson disse:

    gostei das explicações..muito mesmo!!
    pq na vdd nos ja entendemos como um desrespeito chamar Cristo ou Deus de Você…nos entendemos q pelo certo é chamar de Senhor, soberano..etc.:
    mas pelas suas explicações e com referências bíblicas eu particularmente percebo q ñ há nada de errado!!!!
    TU é o mesmo que VOCÊ!!!

    • Carlos Nogueira disse:

      Então o pronome pessoal do caso reto “tu” é o mesmo que o pronome de tratamento “você”? Então te desafio a na próxima audiência judicial chamar o juiz de você. Faça isso e depois me diga o que aconteceu.

      • Gente, mas esse é o único argumento que as pessoas sabem usar? Meu irmão, leia o texto, isto já está dito lá.
        Para além de toda explicação sobre os termos (está lá, para quem quiser ler), há a explicação óbvia: Deus nos chamou à intimidade, ele rasgou o véu, meu irmão. Minha vizinha é juíza e eu a chamo de “você”. Sabe por que, Carlos? Porque ela me deu essa liberdade. Não sei se você viu, mas Jesus nos deu a liberdade de chamar Deus de Pai.
        Irmão, se você chama Deus de “tu” achando que está sendo muito reverente, saiba que você faz isso porque, no século 18, quando JFA traduziu a Bíblia para o português, essa era a forma mais informal de tratamento que existia. Compreende isso, irmão?

        Abraço,
        mz

  89. Carlos Nogueira disse:

    Eu, tu, nós, vós, eles, não são tratamentos, são pronomes pessoais, que acompanham o verbo. É comum dizer. Tu és o Todo-Poderoso, Tu és o Senhor. Você é pronome de Tratamento.
    Penso que não entende a diferença entre pronome de tratamento e pronome pessoal.
    Classe do tu: Eu, tu, nós vós, eles.
    classe do você? Você, Senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Majestade, Vossa Alteza, etc…
    Será que está claro? Pronome pessoal tem que se usar independente da autoridade de quem se refere.
    Se trata de quem fala: Eu e seu plural nós
    Se trata de com quem se fala: Tu e seu plural vós
    Se trata de quem se fala: ele e seu plural eles..

    Não se pode classificar você na mesma classe de pronome que o tu.

    Da mesma forma que todo pronome de tratamento tem que se usar a terceira pessoa e não a segunda.

    Correto se usar pronome reto: Tu corres.(2a pessoa do singular)

    Correto se usar pronome de tratamento:
    Você corre (3a. pessoa do singular)
    Vossa Senhoria corre.
    Vossa Alteza corre
    Vossa Excelência corre.

    Você está na classe do PRONOME DE TRATAMENTO.

    O uso do você em substituição do tu é coloquial.

  90. Carlos Nogueira disse:

    Em nenhuma versão atual da Bíblia que já usa a palavra você, Deus ou Jesus é chamado de você. Vide NTLH, NVI, KJA, NAA, etc..

    • Prezado, se vós não desejais chamar Deus de “você”, não chamais. É simples. Só não vos esqueçais de que, se quereis ser formal mesmo, segundo o português de Portugal que JFA usou na tradução, vós precisais usar o “vós”, ok? “Tu” é totalmente informal.

      As versões continuam usando o “tu” em vez do “você” exclusivamente para evitar o preconceito dos tradicionalistas. Acreditai, sei o que falo. 😉

      Abraço, Deus vos abençoe,
      mz

  91. Karime disse:

    Que sensacional! Muito bem explicado e o principal foi dito: temos coisas mais importantes pra fazer do que ficar perdendo tempo com coisas tão pequenas. Sendo tu ou sendo você, o importante é falar com Ele, se aproximar Dele com um coração contrito, reconhecendo que Ele é nosso Redentor! Que benção! Obrigada por compartilhar! 💞💞💞💞 Seja muito abençoado!

  92. LOCIDIO FERREIRA NUNES disse:

    Basta chegar á um fórum, chamar o juiz de vc , tu, colocado pra fora na hora , imagina o rei dos reis ,tinha reverência

    • Amigo, a minha vizinha é juíza e o marido dela é procurador. Sabe como eu os chamo? De “você”. Sabe por quê? Porque eles me autorizaram a isso. Sabe o que Deus fez? Se revelou como Pai, o Abba, o “Paizinho”. Sabe o que isso significa? Que ele nos autorizar a enxergá-lo com alguém íntimo e não um distante juiz sentado numa tribuna longínqua.

      Alguém chamar o pai amado e o Pai Amado de “você” não é irreverência.

      Irmão, pare de repetir os argumentos que todo mundo fala sem pensar e veja Deus como ele é, se apresentou a nós na Bíblia e nos autorizou a vê-lo e tratá-lo. O véu rasgou, irmão, saia do Antigo Testamento, pare de matar cabritos, o Cordeiro já nos deu acesso definitivo ao Abba e à sua intimidade. Saia do tribunal e sente aos pés do Papai do Céu, ponha a cabeça em seu colo e desfrute das maravilhas de seu amor.

      Paz, Deus o abençoe.

      • Jessica disse:

        Sair do antigo testamento? é para rasgar entao?

        São comentários necessários para contestar.

        Se nao quer comentários nao escreva.

      • Olá, Jessica,

        mas quem disse que eu não quero comentários? Quero, mas me reservo o direito de comentar os comentários, não posso?

        Sobre “sair do AT”, acho que você é plenamente capaz de entender o contexto do que escrevi. Mas, se não entendeu, eu explico: no AT, Deus se revelou como o Senhor dos Exércitos, o El-Shadday, aquele cujo rosto não pode-se ver sem morrer. Mas, no NT, mediante a revelação progressiva do evangelho (como você certamente sabe que aconteceu), ele se revelou como PAI. Vimos sua face, no rosto de Jesus. Passamos a ter acesso direto ao Senhor, o ABBA – “Paizinho” (isso é formal?)

        A questão não é ofender Deus chamando-o do que ele não quer ser chamado. Nada disso: ele nos autorizou a chamá-lo de Pai, o que faz um oceano de diferença. Ele nos adotou, no NT, como filhos (estude sobre a doutrina da adoção). Portanto, o Senhor nos autorizou à intimidade. O Deus que ficava depois do véu o rasgou na morte de Jesus e disse: vinde a mim, filhinhos. É isso o que eu quis dizer, como o contexto deixa claro.

        Além disso, eu não sei se você leu com atenção todo o texto do artigo. Se não leu, deixa eu explicar de novo: o vocábulo usado nos originais para se dirigir a Deus era “su”, que era a mesmíssima forma de tratamento que Jesus usava, por exemplo, com os discípulos, detonando intimidade. Na tradução de JFA, um português de Portugal, ele traduziu “su” como “tu”, justamente porque, naquele país, é a forma mais informal de tratamento que existe. Se JFA quisesse denotar formalidade, teria usado o “vós” e nunca o “tu”. Porém, por algum mistério da vida, aqui no Brasil nós achamos que o tratamento “tu” para Deus é formal. Nunca foi, nem nos originais da Bíblia, nem na tradução de JFA.

        Então, minha irmã, se você ora a Deus tratando-o por “tu”, saiba que está sendo absolutamente informal na sua forma de tratamento, pois o “você” que usamos em nossos dias no Brasil tem exatamente o mesmo peso de formalidade que o “tu” na Portugal de JFA. Esse é o fato. Se as pessoas não quiserem enxergar, é um direito.

        Um abraço fraterno,
        mz

  93. divina alves disse:

    Gostei muito da sua explicação me ajudou muuuito !! Obrigada 😃

  94. Jeferson Silva Figueiredo disse:

    Quero dizer que amei esse texto pelo detalhe das explicações. estava pesquisando esse assunto tbm por conta de pessoas que me perguntaram e resolvi pesquisar. ( Li quase todos os comentários, rsrsrs)
    Eu compartilho o mesmo pensamento do irmão Maurício. Não é desonra nenhuma o chamar de você e isso não é o que eu ou outro acha e sim o que está escrito. É claro que eu discordo com a banalização e o desrespeito que muitos tem para com Deus ( que não é o chamar de” você”).
    Não adiantar eu procurar a palavra que achar no dicionário mais honrosa para atribuir a um ser e não viver o amor que é respeitar aqueles que pensam diferente de mim. E então eu brigo, eu acho que sou melhor que o outro, eu humilho e odeio o irmão por algo que é um pensamento particular.

  95. Josilene Alcântara disse:

    respeito o seu pensar mas não concordo!mesmo sendo o normal da língua portuguesa do Brasil
    em tratar as pessoas! Por que se fosse assim todos poderiam chamar os juízes
    de você, mas não se alguém chamalos de você os juízes vão se ofender vão achar que isto é um grande desrespeito para com a pessoa deles! então por que as pessoas acham normal chamar Nosso criador e salvador de vc temos que ter reverência mesmo tendo intimidade para com Eles. Qual é o filho que chama seus pais ou a pessoa mais velha de você se isto acontecer todos acharam um grande desrespeito e nossos pais e avós são íntimos mas mesmo assim temos que ter um mínimo de respeito pela pessoa deles , então não concordo com este jeito de si referir ao Nosso Senhor temos que ter respeito mesmo tendo intimidade com Eles

    • Josilene, olá,
      todos esses argumento (dos juízes, pais etc.) já foram exaustivamente respondidos nos comentários deste post, por gentileza, leia lá. É uma questão cultural e não teológica e, portanto, chamar Deus de “você” não configura nenhum desrespeito.
      Abraço fraterno,
      mz

  96. Paulo Roberto disse:

    Olá, Maurício, a paz do Senhor! Tudo bem?

    Primeiramente, parabéns pela reflexão e pela oportunidade dos debates e esclarecimentos nos comentários, acho muito saudável.

    Quero compartilhar contigo minha visão pessoal e de líder de louvor:
    Minha preocupação no assunto foi justamente a partir dos louvores que citam o você a Jesus e a Deus. A mim, pessoalmente, soa estranho justamente pela questão cultural enraizada desde o tratamento com os pais, avós e tios, etc.. “você é pros primos, irmãos e etc.” foi o que aprendi. Então, quando ouço isso num louvor para mim fica estranho, o você parece pouco para Deus.

    Por outro lado, entretanto, um dos meus melhores amigos trata normalmente, e com respeito, seus pais de você, algo que me surpreendi e estranhei no início. Para os pais dele tbm é normal, é o contexto normal deles.

    Levando então para o ambiente do louvor, e de uma igreja tradicional entrei em dois aspectos: está certo o você? o que nós levitas, os outros irmãos da igreja e nossos visitantes sentem?

    A partir de textos como o seu e de outros irmãos, entendi perfeitamente que o você é naturalmente possível e correto para Deus, além do mais, o principal é o coração, nossa vida… “nem todos que me dizem Senhor, Senhor entrarão no reino dos céus”.
    Contudo, num ambiente de louvor com a igreja, onde mais de um irmão entende como irreverência, ou ainda, onde possa gerar dúvida ou irreverência aos visitantes que não conhecem a Deus.. costumamos substituir o você pelo “Senhor” nos louvores que os possui, quando cantamos.
    “Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.”
    Creio que vai de encontro ao que o irmão disse “se não se sente bem, não se dirija”

    Um grande abraço em Cristo! 🙂

    • Oi, Paulo,

      você está certíssimo nisso. Eu mesmo sempre chamo Deus de “Senhor”, por carinho com todos, mesmo compreendendo bíblica e historicamente que “você” se encaixaria muito bem.

      A questão é cultural, sim. Aqui no Rio de Janeiro, onde nasci e cresci, é bizarro um filho chamar os pais de “senhor/senhora”. Aqui, é “você” sem nenhum problema. Quando vou para o Nordeste, por exemplo, vejo que é muito mais comum o “senhor/senhora”. E tá tudo certo. Cada cultura entende o respeito de uma maneira, não há pecado nisso.

      O pecado está em classificar o respeito alheio como desrespeito por questões culturais. Aí temos um problema. Que não façamos isso.

      Ah… se me permite… cuidado com essa moda cultural (rsrs) de chamar músico de igreja de “levita”. Isso é um problema teológico, pois levirato é muito mais do que cantar e tocar. Se alguém é levita, para começar, teria de entregar todos os bens à igreja (o “templo” de nossos dias), entre outras coisas. Músico é músico e levita é levita. Mas isso é papo para outro dia. 🙂

      Abraço fraterno,
      mz

  97. Merian disse:

    Confesso que não me sentiria a vontade se referir a DEUS usando a tratamento “você”. Acho desconfortante. Não importa se “você” é um encurtamento da palavra “vossa mercê” Aqui no Brasil a palavra “você” e usada para nos dirigirmos a pessoas simples do nosso convívio do dia a dia.

  98. @carolknupp_ disse:

    Eu li o artigo. Pra mim é muito claro que essa questão não é bíblica, mas sim cultural. Mas o fato de ser cultural não quer dizer que deva ser ignorada. É onde entra o ser lícito, mas não ser conveniente.

    Assim como usar o “Senhor” não significa respeito na prática, usar o “você” também não significa intimidade. Quem aqui se refere aos próprios avós e/ou senhores idosos por “você”? Pode até ter alguém, mas é minoria.

    “O que ocorre, em geral, é que, se uma pessoa que considera desrespeitoso chamar Deus de “você” ouve um pregador se dirigir ao Todo-poderoso por essa forma de tratamento, um detalhe como esse pode prejudicar a receptividade à mensagem pregada.”

    Isso não pode ser ignorado. Acho mais fácil as pessoas usarem o termo corrente do que querer “chocar” a maioria simplesmente porque acha que não tem nada a ver.

    • Oi, Carol,

      você tem toda razão quanto a chocar de propósito. Essa nunca pode ser a motivação de quem trata Deus com o carinho de um “você”. De igual modo, jamais alguém pode desqualificar quem trata Deus por “você” achando que essa pessoa está sendo desrespeitosa. As duas posturas são erradas.

      Quanto a chamar avós ou idosos de “você”, eu não sei em que região do Brasil você vive, mas, no Rio de Janeiro, onde vivo, dificilmente você encontra alguém que se refira aos avós por “senhor”. Chega a ser estranho e um pouco engraçado para nós escutar isso. Essa forma sisuda é mais comum em certos estados do país, como Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba, mas em outros é bastante estranha tanta formalidade para tratar nossos vovôs e vovós. Então, sim, é cultural e fico feliz que você entenda isso.

      Abraço fraterno e fico feliz por este diálogo respeitoso,
      mz

  99. Idelfonso Frozza disse:

    Com licença nobre companheiro…..sua tese é respeitável, porém, gostaria de colocar um ponto de vista:…….””você “”” muito respeito pra se usar entre nós humanos, sua origem latim, ( vosmese) como nos seus escritos ….
    O problema é que, dentro da língua portuguesa ao chama-lo de “”voce”” eu o coloco em nível de igualdade comigo, é o mesmo que eu dizer: “”” você é igual a mim “”” aqui está a questão ……por mais respeitoso que seja entre os homens, jamais deve ser aplicado ao Senhor Jesus…..
    Ao mesmo momento que digo que “””ele é igual a mim “”” estou dizendo : “”” o sangue derramado na cruz , foi insuficiente “”é a mesma coisa que dizer : “”” eu também conseguiria fazer aquilo””” é anular o poder do sangue precioso derramado na cruz””” e mais, é convidar a satanás a “””pintar é bordar””” sobre a face da terra , pois uma vez que o sangue de Cristo é igual ao meu ele não tem poder pra me guardar das forças das trevas ……..e isso é muito lamentável, é uma heresia que está sendo disseminada sem controle , sem refreio, sem orientação…….e só o SENHOR JESUS , saberá oque será do dia de amanhã…….Deus te abençoe meu nobre , a Paz do Senhor…..

    • Idelfonso, apenas uma pergunta: quando você ora a Deus, o chama de “tu”? Se chama, irmão, segundo a sua própria tese saiba que também o coloca em nível de igualdade. Pois “tu” é tão informal quanto. Se fosse para ser formal, seria “vós”.

      Abraço fraterno

  100. William disse:

    A oração é vossa, vós chamais Deus do que quiserdes, até Amigão, camarada etc. Mas eu trato Deus por tu simplesmente porque eu trato todos por tu seja ele uma formiga, um passarinho, um cão, um gato, um mendigo, um presidente, um rei, um padre, um amigo, um santo ou até um demonio, pois para mim tratar alguem por tu é mostrar meu respeito e educação para com a pessoa e demonstra também que eu quero ser tratado por tu. Agora esse é o meu caso, quem não goste de ouvir musicas, pregações, livros tratando Jesus do pronome derivado do vossa mercê simplesmente é só fazer como eu , não comprar o livro, não ouvir a pregação e não ouvir a música, da mesma forma quem não gosta de o ouvir ser tratado por Tu. Não podemos impor nossa fé para ninguém mas também não somos obrigados a aceitar ouvir a fé alheia. Assim cada um o trata como achar melhor e deixamos essa discussão sem sentido para o próprio Jesus decidir caso a caso, já que ele é o Deus a quem a oração é dirigida.

  101. ROSEMERE CORREA DA SILVA disse:

    Boa noite meu pastor acha errado chamar jesus de você. Envie pra ele esse artigo ele falou que ia ler e me responder 😃

    • Olá, Rosemere,

      sem problemas. Só, por favor, peça para ele ler as respostas a outros comentários da postagem antes de responder, porque, geralmente, quem é contra usa os mesmos argumentos de sempre (não se chama juiz de você etc.) e isso tudo já está respondido, ok?

      Abraço fraterno,
      mz

  102. Lauro de Souza Oliveira disse:

    Bom dia, meu querido, sua explicação é muito eclarecedora; obrigado, de coração!

    Cresci aprendendo que era desrespeitoso chamar meus pais e adultos em geral de você. Diante do seu arrazoado, tudo isso se torna uma mera tradição cultural e transitória. Diante de tudo isso, creio que precisamos resgatar o valor da Palavra “você”. Pois, diante do exposto, torna-se até contradição ofender um irmão chamando-o de você. Por exemplo: você é um burro!

    Mas no que tange a Deus, embora não seja desrespeitoso, como já foi confirmado, usar o ” você” ou mesmo o “tu”. Vejo que a questão aqui é outra: seria
    Você/tu X Senhor.
    O que está desaparecendo lentamente é o devido tratamento: Senhor. Veja bem:

    Mateus 22:44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? 45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?
    Veja que a questão aqui não é o pronome pessoal, mas o termo que que Davi usou para Jesus é para o Pai que um pai não usaria para um filho. Estamos evitando o termo Senhor nas maiorias das letras dos nosso cântico. Sei que mais importante do que o termo Senhor na boca é te-lo no coração. Pois como o mesmo Senhor falou: naquele dia muitos me dirão: Senhor, Senhor… e, eu lhes direi afastai-vos de mim… e ainda, nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus. Isso não implica em ser dispensável o termo Senhor e, sim que além da boca, deve estar no coração. Pois, por Isaías, disse o Deus: se eu sou o Senhor, onde está o meu respeito? toda a língua confessará que Jesus (independente de tu ou você) é o Senhor!. É o Senhor que está sumindo do coração e da língua do nosso povo!

    Pr Lauro de Souza Oliveira

  103. Lucas disse:

    Salmos 16:5 NTLH
    Tu, ó SENHOR Deus, és tudo o que tenho. O meu futuro está nas tuas mãos; tu diriges a minha vida.

  104. Hex disse:

    A Bíblia também fala muito de ter a intimidade com Deus.
    Olhando por esse ângulo, chama-Lo de você poderia também demonstrar essa intimidade que tanto buscamos.

  105. LEONARDO PANTOJA BENKLIN disse:

    Tá vendo sobre isso, é algo que cria bastante polêmica sobre culturas é linguagem brasileira.
    E claro que a palavra “você” não seria errado, ao se referir a Deus na nossa “cultura” Brasileira.
    Assim como a palavra “tu” ou “su” etc.
    Independente de versão bíblica João de Almeida e outra versões mundiais etc.
    Hoje em dia no Brasil questão de cultura vc chama alguma autoridade.
    Ex: advogado, juíz , promotor, polícia, seu pai ou sua mãe de “Você” claro que não, pode ser até processado por desrespeito de autoridade. Mas não é questão de cultura? Ou de respeito? Ou tradicionalista?
    Lembrando o linguajar das culturas mudam com o tempo, aí está futuro nós mostrando.

    A palavra de Deus fala.
    Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.
    Sua palavra não muda, a oração modelo deixada por Jesus Cristo, ele se refere a Deus nas seguintes palavras: Mateus 6:9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.

    Isaías 6:3 E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.

    Alguma dúvida?

    Eu não chamo Deus pelo pronome “você” Independente de cultura linguística criada pelo Homem.
    Eu chamo Deus pelo que ele é Santo, Santo, Santo. Esse é o exemplo da autoridade de Deus, supremo acima de tudo.

    Amém.

    • Oi, Leonardo, obrigado por sua contribuição. Porém:

      O argumento do juiz já foi plenamente respondido em outros comentários deste post, por gentileza, leia lá. Se o juiz te autoriza a chamá-lo de “você”, então você o chama de “você”. Meus dois vizinhos são uma juíza casada com um procurador federal, frequento a casa deles e almoçamos de bermuda e sem camisa. Por quê? Porque eles me autorizaram a isso. Do mesmo modo, Deus nos autorizou a chamá-lo de Pai, o que denota o maior nível de intimidade possível. É família. É de casa. É totalmente ter intimidade sem que isso configure desrespeito pela autoridade.

      Sobre Mt 6.9 – Excelente! Jesus diz que podemos chamar Deus de Pai. Logo, estamos autorizados a ter o mesmo nível de intimidade com Deus. E, se chamo meu pai de “você”, posso chamar Deus de “você”. Nenhum desrespeito.

      Sobre Is 6.3 – nada nesse versículo diz que chamar Deus de “tu” é respeitoso e de “você” é desrespeitoso. Meu Deus é Santo, Santo, Santo e, por ser meu Pai, a santidade dele se reflete em nossa intimidade.

      E, novamente: quem diz que não pode chamar Deus de “você” mas chama de “tu” está se contradizendo, pois absolutamente nada em nossa língua portuguesa diz que “tu” é formal. Se fôssemos seguir esse argumento, teríamos de chamar Deus de “vós”, pois, isso sim, seria um tratamento formal.

      Logo, nenhuma dúvida.

      Abraço fraterno pra ti,
      mz

  106. Junior Gadotti disse:

    A paz do Senhor Mauricio,

    quis deixar o comentário para parabenizá-lo por esse estudo. Foi de grande valia para mim. eu mesmo tinha um grande preconceito quando pessoas usavam o “você” para se dirigir a Deus. Achava falta de respeito. Mas esse estudo iluminou e clareou muito a minha mente. fiquei pensando como nós fazemos julgamentos tão rápidos, sem antes termos conhecimento do assunto. Que Deus nos perdoe por isso.
    Que Deus seja sempre honrado e glorificado na forma linguistica que cada um estiver confortável em usar, desde que feito sempre em santo temor, e sabendo com quem estamos falando, o pronome pessoal não será de grande importancia.

    parabéns pelo seu trabalho. obrigado por esse estudo. que Deus continue te derramando graça e sabedoria para nos ajudar a compreender melhor sobre as coisas de Deus.

    Abraço

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